quinta-feira, 22 de março de 2007

50 anos da Comunidade Europeia

UMA EUROPA DE VALORES


A Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) apresentou hoje o Congresso que vai promover, de 23 a 25 de Março, para assinalar os 50 anos dos Tratados de Roma, fundadores da Comunidade Europeia, num momento de reflexão sobre o futuro da Europa.
Para discutir os "valores e perspectivas sobre a construção europeia", os Bispos católicos convocaram cerca de 400 participantes, com a intenção de "identificar valores-chave" para os cristãos, confirmando aqueles que definiram o processo de unificação europeia desde o seu início. Sábado será proclamada a "Mensagem de Roma", que vai ser enviada aos Chefes de Estado e de Governo da UE. 23 delegações episcopais estarão presentes, ao lado dos maiores movimentos e comunidades católicas da Europa.
Um grande número de políticos europeus de referência também irão marcar presença: Romano Prodi, Mary McAleese, Wolfgang Schäuble, Hans-Gert Pöttering, Peter Sutherland, Marcelino Oreja e Mario Monti. A Santa Sé será representada por D. Dominique Mamberti, Secretário para as Relações com os Estados.
O Congresso é inaugurado pela apresentação do documento "Uma Europa de valores", redigido pela comissão de sábios nomeada pela COMECE, na qual se inclui Manuela Silva, presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz.
Por outro lado, a COMECE já enviou aos dirigentes das instituições europeias um documento que recolhe as contribuições dos Bispos para a chamada “Declaração de Berlim”, que servirá para afirmar a UE como uma comunidade de valores. O documento tem como título “Valores comuns, a fonte viva do projecto europeu”, procurando chamar a atenção para a necessidade de colocar a pessoa no “coração do projecto europeu”.
A COMECE tem preferido falar em “unificação” europeia e não em “alargamento” da UE, dando especial destaque ao movimento de reconciliação da Europa após a queda do muro de Berlim – à imagem do que acontecia, aquando do Tratado de Roma, com um Continente saído da II Guerra Mundial e em busca de um futuro de paz.
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Leia mais na Ecclesia

Ares da Primavera

Conímbriga

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Nota: "Ares da Primavera" vai ser um espaço dedicado à estação considerada, por muitos, como a mais bonita. O que nos fizer recordar a Primavera (poemas e outros textos, fotos, obras de arte e recordações desta época) tem aqui lugar. O importante será que todos partilhemos os nossos gostos e emoções. Fico à espera.

Dia Mundial da Água

ALERTAS Neste Dia Mundial da Água, fica o alerta do World Wild Found (WWF) : os rios do planeta estão a morrer devido à poluição, às barragens e às alterações climáticas. Em Portugal, um dos cursos de água com mais problemas é, na opinião do hidrobiólogo Bordálo e Sá, o rio Douro, “um rio extremamente compartimentado, artificializado, porque no percurso português ou internacional tem uma barragem a cada mais ou menos 30 quilómetros”. Este professor da Universidade do Porto adverte para o facto de o caudal que chega à foz depender mais “em certas alturas do ano, da política da empresa que gere a produção hidroeléctrica nestas barragens, do que das necessidades ambientais. Nós estamos, de alguma maneira, a intervir, retirando água, exacerbando o efeito destas alterações climáticas que já ocorrem”. :
Fonte: Rádio Renascença

Dia Mundial da Água

É IMPORTANTE COMEÇAR
A POUPAR ÁGUA POTÁVEL
Na agenda do Expresso, com pequenas e grandes ideias, lê-se, sobre os consumos de água. Talvez a partir desse conhecimento possamos começar a poupar: Lavagem de roupa……. 90 litros Banho de imersão……...60 litros Lavagem do carro……...50 litros Limpezas da casa……..35 litros Descarga de sanita……15 litros E por aí adiante….

Dia Mundial da Água


A FALTA DE ÁGUA POTÁVEL
PODE PROVOCAR GUERRAS

Celebra-se hoje o Dia Mundial da Água, para todo o mundo pensar no bem que é termos este precioso líquido, usado em tudo no dia-a-dia. Acho que ninguém ignora a importância da água, mas penso, também, que toda a gente já sabe que ela começa a escassear em muitas regiões do globo. Li há tempos que a falta de água potável poderá provocar guerras devastadoras. Não sei se tal virá a acontecer, mas não me custa acreditar nessa profecia terrível de alguns.
Todos sabemos que se gasta água em demasia. Não vejo ninguém a preocupar-se com os anúncios do perigo da escassez. Parece que toda a gente pensa que a água potável é um bem inesgotável. O mal está aí. E um dia poderemos sofrer as consequências das nossas negligências.

Um artigo de D. António Marcelino



HUMILDADE DE QUEM
PRESIDE E GOVERNA

"A humildade é a verdade.” Assim dizia Teresa de Ávila, que bem o sabia por experiência própria e pelo dever e missão diária de educar quem pretendia ir além da monotonia de uma vida instalada ou apenas voltada para si própria. A frase ficou, mas a sua prática deixa ainda muito a desejar.
Os tempos não são propícios à verdade porque, também, a humildade tem um preço caro e, num mundo de aparências, poucos se dispõem a andar por tal caminho.
Quem não aceita confrontos de outros e tudo faz, sem olhar a meios, para ocupar sempre o pódio dos vencedores, acha que a humildade é deprimente e coisa de pessoas alienadas e sem brio. Nada tem a ver com os sentimentos de quem gosta de aparecer à frente do pelotão, nem que outros o levem, de bom gosto, ao colo, ou comodamente instalado num palanquim, aos ombros de escravos sorridentes.
Todos temos mais razões para ser humildes, que suficientes e orgulhosos. Mas, quem detém o poder, qualquer que ele seja, ou faz um esforço de verdadeira humildade ou entra numa atitude de mentira e arrogância que, tarde ou cedo, deixa a descoberto pés de barro, incapazes de sustentar a estátua que tem sempre o peso da sua inutilidade.
Quem preside e governa não pode ser malabarista ou ilusionista. Aqueles que são a razão de ser do serviço da autoridade têm direito à verdade. Ocultá-la ou disfarçá-la é enganar os outros e enganar-se a si próprio. Quem preside e governa não pode prometer o que sabe que não pode dar; não pode calar ou disfarçar as dificuldades e os fracassos; não pode falar de êxitos, quando já se vêem as falhas e as carências; não pode deixar-se inebriar com os elogios dos louvaminhas da corte; não pode desprezar quem não se deixou acorrentar, nem perseguir quem ousou contrariar e dissentir.
Em tudo a humildade tem um lugar indispensável. Quando se perde a consciência da própria dimensão, tudo, pessoas e acontecimentos, fica deformado e menos verdadeiro
Os orgulhosos, por mais que o disfarcem, são inseguros. A sua força é a que lhes vem de fora, quando dela podem dispor arbitrariamente. Por isso a procuram e sempre a concentram nas suas mãos. Não confiam nos outros, nem na sua opinião, nem na sua ajuda. Não gostam de estender a mão para pedir, nem de acolher a mão que se lhes estende, mesmo que seja apenas para dar e para propor. Nasceram para mandar.
O orgulho e a total suficiência dos chefes não são estímulo para ninguém. Ao contrário, provocam desinteresse, crítica, passividade, dó. O orgulhoso acaba sempre por ficar só. Mesmo os que se lhe venderam aos elogios, um dia vêem que, afinal, o engodo em que caíram, não trazia nada de válido na ponta da linha.
Só a verdade liberta e só ela permite fazer caminho com esperança e sentido. O projecto da verdade só os humildes são capazes de o realizar. Sabem o que podem e valem, dão valor aos outros, contam com todos e proporcionam a cada um a oportunidade de servir a comunidade com as suas capacidades.
Por estranho que pareça, o “Princípio de Peter”, por virtude do qual se constrói a pirâmide dos inúteis, é ainda muito seguido e apreciado, em vários campos da vida. Tem os seus cultores, que são sempre os iludidos acerca do seu valor pessoal e, por isso, se rodeiam dos que executam sem nada perguntar e concordam sempre, mesmo que vejam que é disparate. Com tal gente, o chefe nunca se sentirá incomodado, nem ajudado. Nem corrigido e aconselhado.
Sem humildade e verdade o terreno está mais propício e aberto ao orgulho e à mentira. Quem preside e governa fica mais enganado consigo próprio e mais pobre e perigoso para a comunidade que lhe é dado servir. Até o que há de bem deixará de o ser, porque a fumaça lançada um dia acabará por ocultá-lo e enegrecê-lo.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Dia Mundial da Poesia

POEMA 2 A palavra retira-se a silêncio. Chama-o à sua interioridade para que fique sendo um recuo feliz. Ou, talvez, mais que esse recuo, tempo de espera, de penúria, de constante transparência que cai em pensamento mas sem que o pensamento chegue a frase. E, mesmo assim, como se vai regendo a plenitude da penúria. Que age e se acrescenta pelo campo dentro onde somente mais penúria se abre. É então que a palavra recupera isento o ímpeto da sua vacuidade e se dispõe a devolvê-lo em silêncio feliz. E potestade. Fernando Echevarría Singeverga, 18 de Março de 2007 :: Leia mais sobre um retiro de poetas, em "Poeta arrisca-se à conversão católica", no "Público" de hoje, no caderno P2

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