segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Uma quadra de António Aleixo

Qu’ria que o mundo soubesse que a dor que tortura a vida é quase sempre sentida por quem menos a merece.

Porto de Aveiro

Porto de Aveiro: Vias de acesso. Foto de Dinis Alves
VIAS FUNDAMENTAIS
:
Porto sem vias de acesso compatíveis não tem futuro. Daí a preocupação de dotar o Porto de Aveiro, nas suas vertentes de Pesca Costeira, Pesca Longínqua, Comercial, Industrial e de Turismo, das melhores vias. Para já, há as rodovias. As ferrovias virão a seguir. Para breve, pensa-se.

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Um soneto de Camões


AQUELA TRISTE E LEDA MADRUGADA


Aquela triste e leda madrugada,
Cheia toda de mágoa e de piedade,
Enquanto houver no mundo saudade,
Quero que seja sempre celebrada.

Ela só, quando amena e marchetada
Saía, dando à terra claridade,
Viu apartar-se de uma outra vontade,
Que nunca poderá ver-se apartada.

Ela só viu as lágrimas em fio,
Que de uns e de outros olhos derivadas,
Juntando-se, formaram largo rio.

Ela ouviu as palavras magoadas
Que puderam tornar o fogo frio
E dar descanso às almas condenadas.

Citação

"As crises são necessárias e os confrontos também, porque só assim é possível ponderar e fazer escolhas"
Laurinda Alves,
na XIS

Provérbio

"A ingratidão é filha da soberba"

Arte para todos


Costa Nova com arte para toda a gente
:
Diz-se, por aqui, que aos domingos há muita gente a dar a voltinha dos tristes. Não sei de onde veio esta expressão tão sem sentido. A ela está ligada a ideia de alguém que mete a família no carro e vai passear pelos recantos mais atraentes. Neste caso, para os de Aveiro e arredores, a saída leva-os até às nossas praias. Passeiam, olham a ria, lancham em qualquer café ou pastelaria, e voltam para casa. Hoje sugiro que apreciem a arte que está à disposição de todos, na ampla esplanada ao longo da Ria, na Costa Nova do Prado.

Um artigo de Anselmo Borges, no DN


Depois do referendo, o quê?


Durante a campanha para o referendo sobre o aborto - não é correcto dizer interrupção voluntária da gravidez, pois é de cessação que se trata -, foram citadas por adeptos do "sim", inclusive nos grandes debates televisivos, afirmações minhas sobre o tema, que não renego, mas que não exprimem todo o meu pensamento. Permito-me retomar algumas reflexões sobre questão tão delicada e complexa.

1. À pergunta do referendo, o povo português respondeu: "sim", 59%; "não", 41%; 56% abstiveram-se.
Espera-se agora uma lei da despenalização que seja equilibrada e com o maior consenso possível, tanto mais quanto se trata de uma questão que deveria ser tratada suprapartidariamente e na indicação de que o Estado favorece a vida e não a morte.

2. Houve uma elevada percentagem favorável ao "não", sendo generalização apressada arrumá-lo, sem mais, no mundo rural e pré- -moderno. Por outro lado, embora as razões da abstenção não sejam quantificáveis, não é legítimo excluir que entre elas se encontrou o facto de a pergunta dar azo à perplexidade do cidadão por causa da colisão entre o plano jurídico-penal e o moral: cidadãos que não querem ver a mulher penalizada receavam, não sem razão, que o "sim", para lá da despenalização, abrisse as portas à liberalização.
:
Leia mais em DN