quinta-feira, 27 de abril de 2006

Diocese de Aveiro aposta na relação com Artistas

Padre Georgino Rocha anuncia: Diálogo com os artistas
vai continuar A Comissão da Cultura da Diocese de Aveiro está satisfeita com a relação estabelecida com os artistas aveirenses, no âmbito da Exposição de Artes Plásticas, sobre o tema «O sentido da vida: Que horizontes?», encerrada no passado domingo.
Entre os dias 1 e 23 de Abril esteve patente ao público uma exposição de Artes Plásticas promovida pela Comissão Diocesana da Cultura, em parceria com a Câmara Municipal de Aveiro e com a associação AveiroArte.
No final desta exposição, o Presidente da Comissão Diocesana manifesta-se satisfeito com a realização, fazendo um balanço positivo “tanto pelo número de artistas que responderam generosamente como pelo número de visitas, que excederam as nossas expectativas”, disse à Agência ECCLESIA.
Segundo o Pe. Georgino Rocha, foi “positivo o facto de a Comissão ter conseguido esta relação com os artistas aveirenses”, adiantando que esse contacto “vai ser intensificado com novas iniciativas”, e é também intenção “alargar não apenas aos artistas da cidade de Aveiro, mas a outras galerias que existem na diocese, e que se situam no âmbito da Pastoral da Cultura”.
Nesta exposição participaram diversos artistas plásticos, “explicitamente confessantes” ou não, com quem a Comissão Diocesana conseguiu contactar através das galerias e associações de artistas de Aveiro, e a quem, agora, quer agradecer o contributo dado. “Vamos ter um encontro com os que quiserem aparecer, para entregar a Carta do Papa ao Artistas, para lhes agradecermos o contributo que deram, e também para ver passos possíveis, na linha de outras exposições, e mediante o que o espirito criativo de cada um for sugerindo”, referiu.
“A partir do que eles disserem poderemos alargar a outras áreas das artes, e não apenas às Plásticas”, concluiu.
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Fonte: Ecclesia

CUFC: Fórum::UniverSal

Quarta-feira,
3 de Maio, José Carlos Vasconcelos no CUFC
Liberdade de Imprensa:
informar ou deformar?
No CUFC (Centro Universitário Fé e Cultura), junto à Universidade de Aveiro, vai ter lugar mais uma Conversa Aberta, integrada no Fórum::UniverSal. A Conversa vai ser na quarta-feira, 3 de Maio, pelas 21.30 horas, tendo por tema “Liberdade de Imprensa: Informar ou deformar?”. Como convidado para dissertar sobre o assunto estará presente José Carlos Vasconcelos, director do “JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias” e coordenador editorial da revista “Visão”. Tendo em conta que muito se tem falado sobre liberdade de imprensa, apontada, muita vezes, como direito absoluto, é oportuno sublinhar a importância deste tema no Fórum::UniverSal, que vai estar aberto a todos os interessados. O Fórum::UniverSal acontece todas as primeiras quartas-feiras de cada mês, pelas 21.30 horas, no CUFC, com organização desta instituição da Igreja Católica e da Fundação João Jacinto de Magalhães – Editorial UA. O apoio é do “Diário de Aveiro” e do Jornal www.ua.pt/uaonline.

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Conferência Episcopal aprova estatutos do Santuário de Fátima

D. Carlos Azevedo
diz que este é um
momento histórico
A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) já aprovou os novos estatutos do Santuário de Fátima, para definir "a natureza jurídica de Santuário Nacional". Para o secretário da CEP, D. Carlos Azevedo, este é um "momento histórico".
Em declarações à Agência ECCLESIA, o prelado explicou que os estatutos fazem corresponder "ao relevo e significado do Santuário" um "enquadramento jurídico e pastoral", definindo a missão do Santuário "no acolhimento dos peregrinos e na vivência da mensagem de Fátima".
Nesse sentido, o documento tem, como anexos, textos relativos às aparições e à mensagem de Nossa Senhora, em Fátima."A piedade marial é, certamente, uma componente da vida religiosa dos portugueses e a importância que o Santuário adquiriu a nível internacional justificava este enquadramento", assinalou D. Carlos Azevedo.
O secretário da CEP revelou ainda que haverá um Conselho Nacional do Santuário de Fátima, o qual será constituído pelo presidente da CEP, os três Metropolitas do país (Arcebispo Primaz de Braga, Arcebispo de Évora e Patriarca de Lisboa), o Bispo de Leiria-Fátima e, como assessor permanente, o Reitor do Santuário.
Os estatutos definem "o modo como a CEP se articula com o governo directo e a orientação pastoral e a gestão do Bispo de Leiria-Fátima e do Reitor do Santuário"."O Conselho Nacional colabora com o Bispo de Leiria-Fátima e com o Reitor do Santuário em tudo o que possa contribuir para o bom funcionamento do Santuário de Fátima", disse D.Carlos Azevedo.
Existirão, ainda, dois órgãos de gestão: um Conselho de Pastoral e uma Comissão de Gestão Económico-Financeira. Em ambos estará também um representante da CEP.
O Conselho Nacional "estabelece um contributo anual para a Diocese de Leiria-Fátima e para a Conferência Episcopal Portuguesa".Os estatutos serão enviados à Congregação para o Clero, da Santa Sé.
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Fonte: Ecclesia

Um artigo de Vicente Jorge Silva, no DN

25 de Abril: as surpresas de Cavaco
"Ignoro qual terá sido o propósito inicial de Cavaco e se, face à indiscrição do Expresso, optou por um desmentido cabal (a quantos desmentidos sucessivos sobreviverá o semanário mais influente do País?). Ignoro também se a outra óbvia previsibilidade de agenda - o pessimismo económico - não terá estimulado o Presidente a preferir um novo efeito de surpresa. O que não parecia estar, de todo, nas previsões foram o tema e o teor da mensagem de Cavaco Silva. Uma mensagem que teve ainda o condão de contrastar vivamente com a confrangedora banalidade dos discursos que ontem fizeram os representantes partidários, insistindo na retórica estafada de (quase) sempre, e dos quais apenas sobressaiu, pela qualidade e pelo sentimento da evocação histórica, o do presidente do Parlamento."
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Um artigo de António Rego

Nova geração
de políticos Implacável é o tempo. Envelhece pessoas e factos, filtra histórias, reenquadra notícias, arrefece paixões, altera ângulos, abre panorâmicas, projecta luz, atravessa neblinas, cria e evapora mitos. Ingrato, por vezes, com heróis elege, por uma espécie de capricho, quem lhe apetece, para ser lembrado com emoção ou odiado por dever cívico. Perde tempo quem anda a juntar pedras para o seu monumento. A Revolução de Abril já se esfuma, como experiência, nas neblinas dos que não a imaginavam possível, foge aos afectos dos que estabeleceram directamente algumas sintonias com o seu espírito, perde-se raivosamente naqueles que mais directamente se envolveram e se julgam os únicos actores numa cena de aparência simples. Na realidade, ainda está por juntar e explicar a complexidade de factores que se conjugaram para que um acontecimento, ilusoriamente óbvio, correspondesse a uma fractura estrondosa das placas que sustentavam uma sociedade frágil e incerta face às mudanças que já se operavam no mundo. Poucos se aperceberam dessa correlação. Poucos sabiam alguma coisa e ninguém sabia tudo. E os heróis, tão vulgares como os cidadãos anónimos, não perceberam na sua grande maioria, no que se estava a desconstruir e a edificar quando se aventuraram a uma revolução com ferramentas entorpecidas. Sabiam dizer não a duas ou três coisas mas pouco entendiam dos subterrâneos telúricos que mudam a história. Nem por isso Abril deixou de ser para nós um marco decisivo do século XX. Uma nova geração recusa-se, de momento, a edificar o seu e nosso tempo, sobre esses dados. Acha, por isso, que os políticos em vigor, são fragmentos desse estrondo de sonhos e poemas, dessas baladas de palavras fortes, ideias desconexas, sons improvisados em vozes cansadas do passado. Há de facto uma nova geração que nada quer saber dessas idílicas quimeras e das cartilhas exaltantes de certa liberdade. Quer partir do agora e reportar-se a uma história mais alargada que se não estrangule em formulários revolucionários. A recente sequência de desaires parlamentares pode proporcionar uma reflexão sobre o excesso de anciãos de espírito que regem o nosso pequeno universo político. Não basta ter sabedoria, experiência e idade. É preciso energia interior renovada, mobilizadora e criativa. O protesto dos jovens tem razão de ser. Que sirva ao menos para refrescar os ideais e o entusiasmo dos mais velhos ou dos que continuam a partir dum passado cujos pressupostos pouco têm a ver com o mundo de hoje. Só lê bem a história quem junta inteligentemente todas as peças que a compõem. Homenagear Abril é colocá-lo na senda da evolução.

terça-feira, 25 de abril de 2006

25 de Abril na Assembleia da República

Cavaco Silva diz que há sinais de esperança em vilas e aldeias
do interior Nas comemorações do 25 de Abril, que decorreram na Assembleia da República, o Presidente da República, Cavaco Silva, garantiu que há sinais de esperança em vilas e aldeias do interior do País.
Adiantou que “Portugal precisa de olhar para esses sinais, identificar as boas práticas que os sustentam, reconhecer o esforço que os agentes económicos, sociais e políticos vêm desenvolvendo e, a partir daí, traçar um caminho para que todos se sintam responsáveis e mobilizados para a acção”. E Acrescentou: “Há que vencer os obstáculos que nos têm impedido de enfrentar com sucesso a dupla exclusão do envelhecimento e da pobreza que atinge as comunidades do interior de Portugal.” (Para ler todo o discurso, clique aqui)

Um poema de Sophia

25 de Abril Esta é a madrugada que eu esperava O dia inicial inteiro e limpo Onde emergimos da noite e do silêncio E livres habitamos a substância do tempo