quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

LÍNGUA PORTUGUESA NA INTERNET

Mariano Gago apela à criação de conteúdos de Língua Portuguesa na Internet
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"Só pode haver [conteúdos em língua portuguesa] se houver um esforço" de todas as entidades, afirmou aos jornalistas o governante, citado pela Lusa, à margem do Fórum de Líderes de Governo organizado pela Microsoft, em Lisboa, que hoje termina."Não há razão para que milhões de obras portuguesas, música, não estejam na Internet", considerou Mariano Gago, acrescentando que para atingir esse objectivo é preciso haver "um esforço cooperativo e descentralizado", disse.
O ministro disse que o acordo estabelecido com a Microsoft não inibe o desenvolvimento de software livre (software de código aberto [sem propriedade] sobre o qual se podem desenvolver livremente aplicações, sendo o exemplo mais conhecido o sistema operativo Linux).
No Fórum de Líderes, o ministro defendeu um maior investimento das empresas privadas na área da ciência e inovação, a nível europeu. O ministro destacou o facto de neste momento se assistir a uma diminuição generalizada de alunos nas áreas de ciências.
O segundo e último dia do evento, que tem como tema "Impulsionar a competitividade global através da inovação local", conta com a intervenção do presidente e maior accionista da Microsoft, o norte-americano Bill Gates, e do primeiro-ministro, José Sócrates.
No primeiro dia do fórum, que contou com as intervenções do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Diogo Freitas do Amaral, entre outros, a Microsoft anunciou que pretende formar um milhão de portugueses em tecnologias de informação, nos próximos cinco anos, no âmbito de um programa mais vasto para formar 20 milhões de pessoas na União Europeia.
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Fonte: PÚBLICO on-line

terça-feira, 31 de janeiro de 2006

PROFESSOR EGAS MONIZ VAI SER HOMENAGEADO

FACULDADE DE MEDICINA DE LISBOA VAI COMEMORAR O CINQUENTENÁRIO DA MORTE DO
PROFESSOR EGAS MONIZ A Faculdade de Medicina de Lisboa vai promover uma sessão, no dia 6 de Fevereiro, pelas 9.30 horas, no Grande Auditório do Edifício Egas Moniz da Faculdade de Medicina de Lisboa, comemorativa do cinquentenário da morte do distinto Professor, que foi honrado com o Prémio Nobel da Medicina.
Nessa ocasião, também será descerrado um Medalhão que dá nome ao Edifício Egas Moniz da FML.
Com o seu nome, está patente ao público, em Avanca, sua terra natal, um museu com diversas colecções, de teor muito variado, incluindo uma sala que conta a história dos estudos científicos que desenvolveu e que lhe deram o Prémio Nobel, em parceria com outro sábio.

FESTAS SEM FOGUETES

FESTAS, SIM;
FOGUETES, NUNCA O secretário de Estado do Desen-volvimento Rural e das Florestas garante que, no Verão, será proibido o lançamento de foguetes e de balões com mecha acesa. Até agora, era permitido o lançamento de foguetes mediante licença e presença de bombeiros no local. Rui Gonçalves afirma que os foguetes são responsáveis por alguns dos grandes incêndios e como tal serão proibidos no chamado "período de risco", que corresponde, «grosso modo» ao Verão. O diploma do Governo, que prevê coimas elevadas, deverá ser discutido na Assembleia da República já em Fevereiro e a sua aprovação está prevista para Março.
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Fonte: RR

BANDA LARGA NAS ESCOLAS

Sócrates coloca Portugal
no topo da UE O primeiro-ministro garantiu hoje que a ligação de todas as escolas públicas do país à Internet em banda larga representa um salto tecnológico que coloca Portugal no topo dos países da União Europeia nesta matéria. José Sócrates falava durante uma deslocação à escola básica do 1º ciclo de Oriola, no concelho de Portel, onde o Governo quis assinalar a conclusão de “um dos projectos mais emblemáticos do plano tecnológico”.“As escolas ficam agora na vanguarda tecnológica e este projecto é muito importante para esbater diferenças entre o litoral e o interior, entre o centro e a periferia", afirmou o primeiro-ministro.
Acompanhado pelos ministros da Educação, Ciência e do Ensino Superior e Obras Públicas, Transportes e Comunicações, José Sócrates considerou que a informatização do país é essencial para o seu crescimento económico e sublinhou que Portugal tem de queimar várias etapas nesta matéria para alcançar outros países europeus.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

Um artigo de António Rego

O ESPLENDOR DA CARIDADE
Algo de surpreendente aconteceu em torno da primeira Encíclica de Bento XVI. Com um título curto, óbvio, aparentemente abstracto para as lógicas de marketing de hoje, eis que suscita um volume impensável de informação e comentário, quer nos media confessionais, quer nos laicos ou mesmo adversos. E em todos os casos, com algum desconcerto acerca dum homem que foi duramente criticado antes de ser Papa e, quando eleito, apontado por apressados comentadores, de conservador impiedoso e intolerante.
Ainda que muitos continuem a falar sem nada perceberem do que dizem, eis que paira um olhar suspenso sobre uma Encíclica acerca do Amor que surge com uma clareza meridiana, um suporte histórico e bíblico em tudo o que exprime, desde a antiguidade clássica, passando pelo Antigo e Novo Testamento, e descendo às mais duras exigências no terreno social.Tudo se tece com uma lógica cerrada, uma argumentação sólida e simultaneamente uma doçura inexcedível, ao olhar Deus como Amor e o homem e mulher como seres amados, e que se amam no seu todo sem pertença ou exclusão de Afrodite ou Platão.
Nesta palavra do Papa o amor humano ganha um estatuto de nobreza no seu todo de pessoa, mais que soma ou exclusão de corpo e espírito. Por isso Bento XVI nem por um momento se esquiva à temática do amor, na viagem fascinante do eros à agape, procurando, como disse, restituir à Caridade todo o seu esplendor. E tudo se consumando, tal como havia procedido, no amor de Deus.
Bento XVI entrou num terreno essencial de Deus e do homem. Sem um entendimento sobre o amor, a nada nem a ninguém se pode pedir clareza, entrega, afecto. Sem arremessos nem condenações primárias de moral legalista, o Papa convida a Igreja e quem se sinta dela companheira no itinerário da história, a um retempero de esperança e de força pela aproximação ao calor imanado do âmago de Deus.
Estamos perante um hino, mais convincente e sedutor que qualquer arremesso de condenação ao homem de hoje, ele próprio profundamente carente da experiência do Amor à medida de Deus. Quem experimenta a dessedentar-se nas águas cristalinas não mais vai beber às lamas dos pântanos desgovernados.

Pintura de Van Gogh

Van Gogh: auto-retrato
:: VAN GOGH IMPRIMIU À SUA PINTURA HARMONIA E CONCÓRDIA ::
Vincent Van Gogh nasceu em 1853 e faleceu em 1890. Filho de um pastor protestante, cedo se sentiu atraído pela pintura. Ao longo de uma vida desequilibrada e trágica, Van Gogh imprimiu à sua arte, obsessivamente, harmonia e concórdia, tendo considerado o seu ideal artístico, desta forma: "Qualquer coisa de pacífico e agradável, realista e todavia pintado com emoção; qualquer coisa breve, sintética, simplificada e concentrada, cheia de calma e de harmonia pura, reconfortante como a música".

CNIS DEFINE NOVO RUMO

PARA AS IPSS
HÁ NOVOS
CAMINHOS
A PERCORRER A Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) elegeu, no passado fim-de-semana, uma nova direcção nacional, que será presidida pelo Pe. Lino Maia. Este foi um dos momentos centrais do II Congresso da CNIS, que contou com a participação de cerca de 1300 congressistas.
Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. Lino Maia lembra que a Confederação “representa muitas respostas sociais”, concretizadas nas cerca de 4 mil Instituições de Solidariedade Social que existem no país. Para todas elas “há novos caminhos a percorrer”.“Penso que a CNIS não pode ser apenas a organização representativa das IPSS, deve ser também um movimento social, onde se reflicta e se implementem respostas para o terceiro sector, à procura de uma maior qualidade de vida para os portugueses”, acrescenta.
Na abertura dos trabalhos, o Presidente da República, Jorge Sampaio, defendeu a solidariedade e a co-responsabilidade solidária para com as pessoas, tendo destacado o papel fundamental da CNIS no desenvolvimento social do País.O documento conclusivo apela ao fim de “atitudes de desconfiança em relação ao Estado, aos cidadãos e às IPSS, criando-se um clima de transparência no relacionamento”. Ao Estado é pedido que reconheça e apoie as instituições de solidariedade social, “já que estas contribuem activamente para o processo de desenvolvimento e democratização social, cultural e económico”.
O Pe. Lino Maia assegura que a CNIS não pretende ser “uma força de oposição nem de bloqueio” em relação ao Estado, embora lamente que as Instituições sejam, muitas vezes, “ignoradas”. “Queremos estabelecer relações de parceria, franca e transparente, com um melhor enquadramento legal deste sector”, adianta.