Aborto não será aprovado na Assembleia da República
Afinal, e ao contrário do que há dias afirmou, Sócrates optou pelo referendo para alterar a legislação sobre o aborto, permitindo a despenalização das mulheres que façam a interrupção voluntária da gravidez até às dez semanas. E isso só acontecerá na próxima legislatura, a partir de Setembro de 2006, como determinou o Tribunal Constitucional. Assim, a Assembleia da República já não vai decidir sobre a alteração à lei que legitimou o aborto, como reclamavam o PCP, os Verdes, o BE e algumas franjas mais esquerdistas do PS.
O primeiro-ministro entende, então, que o que foi aprovado por referendo só por referendo deve ser alterado, como mandam as boas regras democráticas. De qualquer forma, uma lei que despenaliza o aborto é sempre, como sublinhou o Cardeal-Patriarca de Lisboa, uma imoralidade. E mal vai um País que, como referiu, opta por lei imorais.
F.M.
sábado, 29 de outubro de 2005
Mudança de hora
Relógios atrasam uma hora às 3 horas de domingo
Na madrugada deste domingo termina o horário de Verão, devendo os relógios ser atrasados uma hora (às 3 horas serão 2), em cumprimento da directiva comunitária, com data de 1981, que rege a denominada Mudança de Hora e que afecta todos os Estados-membros da UE.
sexta-feira, 28 de outubro de 2005
Um poema de João Roiz de Castelo Branco
CANTIGA, PARTINDO-SE
Senhora partem tam tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tam tristes os tristes,
tam fora d’esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
NB: Poema do final do século XV,
início do século XVI
Um artigo de Elsa Costa e Silva, no DN
20% dos licenciados fogem de Portugal
Um quinto dos portugueses com ensino superior não trabalha em Portugal. Este número, que consta de um relatório do Banco Mundial (BM) onde é analisado o fenómeno da fuga de cérebros, dá conta de que Portugal é o país europeu de média/grande dimensão mais afectado pela saída de licenciados e quadros técnicos. Na lista dos Estados com mais de cinco milhões de habitantes, Portugal é 21.º, com a maior percentagem de licenciados a residir fora das fronteiras. Mas esta é uma realidade com traços mundiais entre 1990 e 2000, o fluxo de imigrantes qualificados cresceu a um ritmo anual de 800 mil pessoas.
Por só considerar os países de maior dimensão, este ranking onde consta Portugal deixa de fora países pequenos do Leste europeu, alguns dos quais agora membros da União Europeia, onde a emigração de quadros é também elevada. Apenas Malta, um país de 400 mil habitantes, é contabilizado na lista que inclui a totalidade dos países e que é liderada pela Guiana. Na pequena ilha do Mediterrâneo, mais de metade da sua população licenciada reside no estrangeiro.
Na lista dos países maiores (com mais de cinco milhões de habitantes), elaborada a partir de dados relativos a 2000 e liderada pelo Haiti, surgem a seguir a Portugal mais dois países europeus a Eslováquia e o Reino Unido, ambos com 16,7% da sua população qualificada emigrada. Neste panorama, convém não esquecer que Portugal é um país com forte tradição de emigração. Por outro lado, o relatório do BM não distingue entre as pessoas que emigraram depois de se licenciarem daquelas que frequentaram o ensino superior no país de destino. Uma situação onde estarão muitos jovens nascidos em Portugal, que abandonaram o país ainda crianças, acompanhando os pais emigrantes.
(Para ler tudo, clique aqui)
Um artigo de D. António Marcelino
Vazio preocupante e perigoso
Li, há poucos dias, palavras sensatas de um conhecido e apreciado historiador italiano que analisava os políticos actuais do seu país, em confronto com os de décadas passadas. Dizia ter saudades dos tempos de luta do democrata cristão De Gasperi e do comunista Togliati. “Sabia-se o que eles queriam, o que pensavam e quais os princípios e a ideologia que inspiravam o seus projectos, decisões e lutas pelo bem comum”. Foi acrescentando que eram políticos com ideias e convicções e, apesar de adversários, se respeitavam mutuamente, como respeitavam as regras da democracia que, após o fascismo, começava a implantar-se no país. Alargava, por fim, a sua crítica ao que se estava passando nesses dias, por motivo das eleições primárias e das reacções ouvidas. “Que diferença!”
Num encontro recente com gente responsável de duas dezenas de países da Europa, foi comum reconhecer-se que parecia estar a terminar o tempo da política com conteúdos e saber, orientada por gente convicta. Por todo o lado, dominam os interesses, a ânsia do poder, o vazio ideológico, a perda do sentido de serviço à comunidade no seu conjunto. Frequentemente, os políticos de tope são pessoas com quem não é possível dialogar, porque dizem, desdizem e contradizem, segundo as circunstâncias, os interesses do momento e os jogos de poder.
De dois nossos vizinhos, cidadãos de um país que está na ribalta, ouvi, com manifesta amargura: “Os políticos que nos governam mentem, mentem vergonhosamente, e, com um sorriso descarado, negam o que acabaram de dizer e que toda a gente ouviu. Uma lástima!”Não deixo de reconhecer, porque é essa a minha convicção e a tenho repetido muitas vezes, que a política é uma actividade digna, séria e necessária, e que há muita gente a trabalhar neste campo, com reconhecida dignidade e competência, que merece o nosso respeito e gratidão. Não por mera simpatia ou motivos partidários, mas por um dever de cidadania.
Porém, a Europa parece ter sido invadida por um enxame incómodo de políticos medíocres ou pouco mais do que hábeis, que foram alcançando os postos do poder e neles se aguentam por manobras e apoios, prepotências e favores, mas que não conseguem disfarçar a pobreza das ideias, a debilidade dos critérios, a personalidade frágil, a ausência de sentido...
Deparamos, é verdade, com gente na cadeira do poder, por vezes mais no intermédio do que no cimeiro, com valores morais e éticos, ideias claras, critérios ajustados, projectos fundamentados, vontade, saber e honestidade para ir mais longe. Na hora das decisões, porém, ou é torpedeada por um funcionário de carreira, mais ou menos discreto, com secretária na sala do lado, ou esbarra com interesses de cima, a quem não faltam razões de ocasião para dizer, com um sorriso, que não pode ser assim.Entre nós, começaram já os jogos de circo, porque não se sabe se vai ou não haver referendo, e porque voltamos a um clima de pré-campanha. Sacodem-se os capotes, limpam-se as armas, aventam-se as insinuações…
Pouco se fala de bem comum, de responsabilidade política, de país acima dos partidos, de serviço público para além dos interesses privados, de subsidiariedade, onde esta é possível e mais eficaz. Este vazio tem de ser denunciado e contrariado. Dizer que é fruta do tempo, pouco ou nada resolve, porque não falta gente, dentro e fora do poder, que só gosta desta fruta de passagem. Há que apoiar ou denunciar, quando é caso disso.
O dever cívico de aplaudir ou dizer que o rei vai nu, não se pode exprimir apenas quando nos tocam ou não nos direitos pessoais ou nos interesses corporativos.
quinta-feira, 27 de outubro de 2005
Centros de Saúde vão dar aulas de ginástica a maiores de 50
Os 363 centros de saúde do país vão passar a dar aulas de ginástica e aconselhamento sobre exercício físico a maiores de 50 anos, caso adiram ao Programa Idade Maior, lançado esta quinta-feira em Lisboa e no Porto
Os responsáveis pelo programa acreditam que, em breve, cada centro de saúde aderente estará preparado para oferecer condições para a prática regular de exercício físico a 200 a 300 seniores.
Conscientes de que «apenas 4% dos idosos pratica desporto», os Laboratórios Pfizer decidiram lançar este projecto com o apoio da Direcção-Geral de Saúde.
Marcha, ginástica, passeios terapêuticos e exercícios de resistência são algumas das actividades que os centros deverão ter ao dispor dos utentes.
Segundo Carlos Macedo, director médico da Prizer, os programas de actividade física serão desenvolvidos tendo em conta os problemas de saúde que as pessoas mais velhas possam ter, como diabetes, hipertensão, osteoporose, osteoartrite, depressão, demência e doença isquémica cardíaca.
Esta quinta-feira de manhã, cerca de 200 médicos, enfermeiros e fisioterapeutas dos centros de saúde portugueses participaram nos dois encontros realizados em Lisboa e no Porto para receber formação específica.
Garantindo que este projecto «não exige muitos meios financeiros», Carlos Macedo explicou que «a maior parte dos exercícios desenhados têm em conta a limitação dos centros de saúde, estando programados exercícios como marcha ou passeios».
«Muitos centros de saúde têm condições para dar aulas e podem ser feitas parcerias com instituições, como os bombeiros locais ou a junta de freguesia, para dar as aulas», sublinhou Helena Santa Clara, da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa, acrescentando que o importante é uma «boa gestão de recursos do estado».
Fonte: Diário Digital
O Caminho Português para Santiago


Escrito por um veterano peregrino de Santiago de Compostela, Lourenço de Almeida, e ilustrado com fotografias de António Homem Cardoso, «O Caminho Português para Santiago» mostra de um modo especial como uma peregrinação “pode ser o caminho certo para nos encontrarmos a nós próprios, aos outros e a Deus” – refere o comunicado de imprensa para o lançamento do livro «O Caminho Português para Santiago».
O lançamento público será no dia 3 de Novembro, às 18.30, no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, com apresentação da jornalista Laurinda Alves. Editado pela Lucerna, esta obra tem cerca de 160 páginas onde os autores desafiam o leitor a percorrer com eles, a pé, o Caminho Português para Santiago de Compostela, o mesmo que é pisado por inúmeros peregrinos portugueses há já muitos séculos, à procura de algo e um tanto ou quanto inquietos, e que desejam rezar junto do túmulo do Apóstolo São Tiago, que ali é venerado ali há quase 12 séculos.
Nesse caminho que este livro desvenda em pormenor, através de um texto rico em detalhes e de fotografias de grande intensidade, abre-se ao peregrino “uma experiência deveras enriquecedora em termos espirituais mediante a qual «cada subida, cada descida, cada pontapé numa pedra e cada escorregadela numa laje molhada, cada noite dormida no chão, cada banho de água fria» se transformam nos vários passos, por vezes degraus, de «um caminho ascendente, um caminho de distanciamento do ponto de partida a caminho da Luz»” – salienta o comunicado.
(Para ler mais, clique aqui)
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