segunda-feira, 19 de setembro de 2005

Vaticano defende mudança de rumo na ONU

A ONU TEM DE SE RENOVAR PARA ENFRENTAR OS DESAFIOS DO MOMENTO PRESENTE
O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano, levou até à cimeira de chefes de Estado e de Governo na ONU um pedido de mudança de rumo na acção das Nações Unidas.
“Este organismo, como qualquer realidade humana, sofreu muito desgaste no decorrer destes 60 anos. Há agora uma convicção comum de que deve renovar-se, enfrentando os grandes desafios do momento presente”, disse em Nova Iorque.Explicando que a ONU “não é um supergoverno, mas o resultado da vontade política de cada um dos países membros”, o Cardeal Sodano classificou, em nome dos católicos de todo o mundo, as Nações Unidas “como uma instituição cada vez mais necessária para a paz e o progresso de toda a humanidade”.
A renovação, afirmou, deve oferecer a todos os povos “uma instituição moderna, capaz de proferir determinações e de fazê-las respeitar”. Nesse sentido, apelou à criação de instrumentos jurídicos internacionais para o desarmamento e para o controlo do armamento, para a luta contra o terrorismo e o crime transnacional e para a cooperação efectiva entre as Nações Unidas e os organismos regionais, a fim de resolver as situações de conflito.
“Este é um apelo importante que chega até nós por parte de homens e mulheres decepcionados por promessas feitas e não cumpridas, por resoluções adoptadas e não respeitadas”, lamentou.
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Um artigo de João César das Neves, no DN

Posted by Picasa Olha, afinal é fácil, Portugal!
Olha, Portugal, vou dar-te uma escolha. Podes optar entre estimular a economia, entrando em prosperidade, ou, em vez disso, irmos os dois beber uma cerveja e conversar de futebol. São duas coisas fáceis, sem dificuldades. É só escolher. Que me dizes?
Queres estimular a economia, sair da crise e ter abundância e riqueza? Muito bem! Nada mais simples! Vais ver que se consegue sem quaisquer problemas.
Quem faz a produção e a prosperidade são as empresas e os trabalhadores. E o que é que elas têm de fazer para isso? Muito simples precisamente aquilo que fazem todos os dias. Procurar oportunidades de negócio, investir, trabalhar e lançar os seus produtos. É a actividade normal e é desse esforço que sai a riqueza de todos os países. É uma tarefa exigente e complexa, mas muito simples de identificar. Faz isso e a crise acaba.
Não me venhas com desculpas! Nem a China, nem o preço do petróleo, nem os riscos do mercado, nem a incompetência dos políticos. Isso não são dificuldades, é a própria natureza do problema. Claro que é custoso! Achas que alguém te pagaria se a tarefa fosse agradável e elementar? Sempre foi assim e sempre será. Em todos os tempos existiram barreiras dessas; quando não era isto, era aquilo. O teu pai e o teu avô enfrentaram coisas muito piores, com instrumentos muito mais fracos que os teus.
Aliás, as épocas más, como esta, até são vantajosas. São os tempos em que os azelhas saem, os bons empresários e trabalhadores vêem as boas oportunidades e a necessidade aguça o engenho. Julgas que as empresas só existem para os anos prósperos? Se achares que o desafio da iniciativa, imaginação e trabalho é de mais para ti, podemos sempre ir à cerveja e à conversa.
Mas, se quem faz são as empresas, quem fala sobre progresso e recuperação é o Governo. Esse é que está aflito. E, afinal, é tão simples obter tal coisa! Quer o Governo estimular a economia? Quer ter um surto de crescimento económico? Nada mais fácil! Desça a sério os impostos. Corte os regulamentos estúpidos e os obstáculos à produção das empresas e trabalhadores. Faça isso e vai ver resultados imediatos. Muito mais rápidos e eficazes que os investimentos mirabolantes e programas pomposos que anda a congeminar.
(Para ler mais, clique Diário de Notícias)

MEDICAMENTOS GENÉRICOS MAIS CAROS?

A Associação Nacional de Farmácias diz que doentes estão a pagar mais pelos genéricos
O presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), João Cordeiro, vai fazer hoje um apelo ao ministro da Saúde para que clarifique "a confusão gerada entre os doentes sobre os preços dos medicamentos". Em conferência de imprensa, Cordeiro vai apresentar um estudo que dá conta que os doentes estão a pagar mais pelos medicamentos genéricos. A tomada de posição do líder da ANF acontece depois de, nos últimos dias, terem entrado em vigor dois diplomas que alteraram as regras de comparticipação e estabeleceram a descida de seis por cento dos preços dos medicamentos subsidiados pelo Estado.
Para provar que algumas das alterações vão ter um impacte negativo no bolso dos portugueses, João Cordeiro vai apresentar um estudo segundo o qual o fim da majoração de dez por cento na comparticipação dos genéricos custará "mais 4,2 milhões de euros", por trimestre, aos utentes.
Os genéricos tinham até agora uma comparticipação acrescida em 10 por cento, para estimular o seu consumo. A alteração das regras de comparticipação - que entrou em vigor no passado dia 10 - implicou o fim deste apoio.
(Para ler mais, clique PÚBLICO)

domingo, 18 de setembro de 2005

Senhora dos Navegantes — Um pouco de história


Foto de arquivo: Senhora dos Navegantes preside à procissão. Partida do Porto Bacalhoeiro, pelas 14 horas de hoje, para o Forte da Barra, onde se celebra a eucaristia e há festival de folclore. A não perder

A procissão pela ria 
dá um outro encanto à festa 


Numa tentativa de sensibilizar os historiadores gafanhões, e não só, para se debruçarem, com entusiasmo, sobre o passado do nosso povo no que diz respeito à Festa da Senhora dos Navegantes, nada melhor do que começar por um pequeno texto que extraímos da Monografia da Gafanha do Padre João Vieira Rezende, que foi pároco da Gafanha da Encarnação. Diz assim: 
“No Forte, freguesia da Gafanha da Nazaré, começou a ser construída em 3 de Dezembro de 1863 a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, sob a direcção do exímio engenheiro Silvério Pereira da Silva, a expensas dos Pilotos da Barra, sendo então piloto-mor um tal senhor Sousa. Custou 400$000 réis. Na parede está fixada uma lápide que diz: «Património do Estado». Há de interessante e invulgar nesta capela as suas paredes ameadas e a ombreira da porta principal, de pedra de Ançã, lavrada em espiral com arco em ogiva. Celebra-se a sua festa na última segunda-feira de Setembro com enorme concorrência de forasteiros das Gafanhas, de Ílhavo, Aveiro e Bairrada. 
Nesse dia Aveiro é um deserto por se terem deslocado para ali muitos dos seus habitantes. A procissão ao sair do templo segue por sobre o molhe da Barra e regressa pela estrada sul que vem do farol. A festa é promovida pela Junta Autónoma da Barra.” 

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Posted by Picasa Capela do Forte da Barra Capela de Nossa Senhora dos Navegantes
“No Forte, freguesia da Gafanha da Nazaré, começou a ser construída em 3 de Dezembro de 1863 a capela de Nossa Senhora dos Navegantes, sob a direcção do exímio engenheiro Silvério Pereira da Silva, a expensas dos Pilotos da Barra, sendo então piloto-mor um tal senhor Sousa. Custou 400$000 réis. Na parede está fixada uma lápide que diz: «Património do Estado». Há de interessante e invulgar nesta capela as suas paredes ameadas e a ombreira da porta principal, de pedra de Ançã, lavrada em espiral com arco em ogiva. Celebra-se a sua festa na última segunda-feira de Setembro com enorme concorrência de forasteiros das Gafanhas, de Ílhavo, Aveiro e Bairrada. Nesse dia Aveiro é um deserto por se terem deslocado para ali muitos dos seus habitantes. A procissão ao sair do templo segue por sobre o molhe da Barra e regressa pela estrada sul que vem do farol. A festa é promovida pela Junta Autónoma da Barra.”
In Monografia da Gafanha, do padre João Vieira Rezende

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Posted by Picasa Foto de arquivo: Início da procissão, rumo ao Forte da Barra

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Posted by Picasa Foto de arquivo: Andor transportado por pessoas vestidas com trajes etnográficos