Quem marca a agenda dos jornais, rádios e televisões?
Por que é que as notícias são tão semelhantes em todos os media?
E o que explica que as mesmas notícias sejam tantas vezes repetidas
em diversos espaços informativos, nos mesmos canais de televisão?
Por que é que o jornalismo de investigação quase desapareceu das redacções?
Este é o tema central do próximo CJ na TV, a transmitir 2.ª feira, dia 18, às 23 e 30, com repetição na 5.ª feira, dia 21, às 15 horas.
O debate, moderado por Estrela Serrano, conta com a presença do jornalista e investigador Dinis Alves, do editor da RTP Fernando Barata e do
editor do "Jornal de Notícias" Paulo Martins.
Em depoimentos gravados juntam-se ao debate, Ricardo Costa, director de Informação da SIC Notícias, e António Pratas, chefe de Redacção da TVI.
Marcar a agenda dos media constitui, nas sociedades mediatizadas dos nossos dias, uma forma de poder, porque se os media não nos dizem como pensar dizem-nos, pelo menos, sobre o que pensar.
Com base em casos concretos, de notícias tratadas por jornais nacionais e regionais, retomadas depois pelas televisões, por vezes sem menção da fonte, são discutidos os critérios que orientam as escolhas dos jornalistas sobre o que é notícia.
O funcionamento das redacções, as rotinas na produção de notícias, constrangimentos de tempo, redução de custos, mobilidade das audiências são algumas das razões apresentadas como podendo explicar os mimetismos verificados nas agendas dos media.
Opiniões de jornalistas de televisão sobre esses mimetismos e sobre a maneira como vêem o seu trabalho, as críticas que recebem, a sua origem e a atenção que lhes dedicam, a capacidade de iniciativa no tratamento de temas e o papel das chefias, são outros aspectos do problema, analisados no debate.
segunda-feira, 18 de julho de 2005
sexta-feira, 15 de julho de 2005
FOTOS DE FÉRIAS - 11
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Museu do Piódão: Gerador eléctrico
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Gerador movido a vento
No Museu do Piódão, pode ser apreciado um gerador para produção de energia eléctrica, movido pela força do vento. Foi um antepassado das modernas torres eólicas, que já se vêem pela Serra do Açor e por muitas outras. Diz-se que servia no Piódão para alimentar as poucas telefonias que existiam na aldeia.
FOTOS DE FÉRIAS - 10
Piódão: Igreja Matriz
Igreja dedicada
a Nossa Senhora da Conceição
A igreja matriz, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, ostenta uma fachada principal muito original, com quatro torres, encimadas por cones, que lhe emprestam uma beleza rara. Com senão, o facto de não ser visível o material da região, o xisto, bem patente nas demais construções da aldeia.
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Piódão: Casa imponente com vários pisos
Casas imponentes
O casario de Piódão não se limita a casas simples. Por aqui e por ali há casas imponentes de vários pisos, que indiciam uma classe mais abastada da aldeia.
FOTOS DE FÉRIAS - 8
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Núcleo Museológico do Piódão
Um aspecto do museu
As raízes de um povo entroncam
na sua memória colectiva
Fazer turismo, para mim, é passar obrigatoriamente, com olhos de ver e ouvidos para ouvir, pelos museus, é visitar e apreciar monumentos, é conhecer a história das povoações, é indagar das suas raízes. No Piódão, não podia deixar de visitar o Núcleo Museológico e de contemplar todo o seu acervo, como quem saboreia delicioso petisco.
“As raízes de um povo entroncam na sua memória colectiva”, lê-se no desdobrável promocional do Núcleo Museológico, e é verdade. Quem não entender isto não vai longe no seu amor à terra em que nasceu. Mas o povo de Piódão sabe que, para construir o seu presente e o seu futuro, não pode prescindir do seu passado colectivo. E para mostrar a importância desse passado, tem o seu Museu, que a Câmara Municipal de Arganil ajudou e ajuda a manter, com todo o rigor etnográfico.
O Núcleo Museológico fica logo à entrada da povoação, no Largo Cónego Manuel Fernandes Nogueira, que foi pároco e em Piódão fundou um colégio, que funcionou entre 1886 e 1906. Este colégio, que muitos consideram ter sido também um Seminário, foi um grande centro cultural que serviu toda a região.
O espaço museológico está organizado em três núcleos temáticos: “ Olhar dos Outros”, isto é, o modo como os artistas (pintores, escritores, escultores, entre outros) sentiram e sentem estas terras e estas gentes, a serra e os seus recantos; “Uma História cheia de Estórias”, onde mouros e bandidos, médicos e mestres barbeiros, ali são recordados; e “Vida Quotidiana (A casa e a terra)”, com as tradições, os usos e costumes e o modo de vida das pessoas, como testemunho de tempos distantes e … também não muito distantes.
No mesmo desdobrável, leio que “uma cultura só permanece viva enquanto houver um conjunto significativo de actos, objectos e histórias reconhecíveis por todos como pertencendo a um legado comum. Esta herança identitária (…) é a base da coesão comunitária, o cimento sobre o qual se podem, com segurança, erguer os alicerces que estão para vir”. Concordo.
Fernando Martins
Dois registos, patentes no Museu:
Piódão, 7 de Abril de 1991
“Com o protesto do corpo doente pelos safanões tormentosos da longa caminhada, vim aqui despedir-me do Portugal primevo. Já o fiz das outras imagens da sua configuração adulta. Faltava-me esta do ovo embrionário”
Miguel Torga, in Diário XVI
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E agora
Que o frio
Deixou vazio
Todo o espaço…
O traço do tempo
Que vejo e vedes
Fica mais claro
Por detrás destas paredes
Agora
Deuses da montanha
Adormecidos
Sem lamentos
Dizei-nos da vossa luz
Soprai-nos dos vossos ventos
Hélio Gomes
(Poeta e escultor)
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