segunda-feira, 11 de julho de 2005

FOTOS DE FÉRIAS - 1

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Conde de Monsaraz
recordado neste palacete
Na Figueira da Foz, nas Abadias, há um palacete que faz parte da Quinta das Olaias. Quem por lá passa pode ler a inscrição que recorda o poeta Conde de Mosaraz, também recordado numa rua figueirense. Hoje, a quinta e o palacete pertencem à Câmara Municipal, que ali organiza, de quando em vez, encontros sociais, culturais e artísticos, segundo me informou uma funcionária.
Na fachada que dá para a rua, que conduz à Igreja Matriz, pode ler-se a seguinte inscrição:
:
"Nesta casa viveu e algumas obras compôs António de Macedo Papança, Conde de Monsaraz. No primeiro centenário do seu nascimento, gloriosa memória do poeta esta lápide consagrou. A Câmara Municipal da Figueira da Foz. Ano de 1952" :
Pouco consegui indagar, nestas férias de 2005, sobre a vida do Conde de Monsaraz na Figueira da Foz. Soube, contudo, por ter lido algures, que o poeta costumava receber neste palacete um outro poeta, João de Deus, com quem habitualmente passeava pela Figueira, durante longas conversas.
Também aqui não tenho qualquer poema do Conde, mas prometo oferecê-lo aos meus leitores, numa próxima oportunidade
F.M.

Parem, em nome de Deus!

Bento XVI apela ao final do terrorismo
“Parem, em nome de Deus!”. Foi este o grito com que o Papa se dirigiu ontem a todos os que “fomentam sentimentos de ódios e levam a cabo acções terroristas tão repugnantes” como os da passada quinta-feira, em Londres.
Falando aos peregrinos, reunidos na Praça de São Pedro, após a recitação do Angelus, Bento XVI manifestou a sua profunda dor pelos atentados que provocaram mais de 50 mortos e 700 feridos, afirmando que “Deus ama a vida que criou, e não a morte”, mostrando assim que a Religião não pode justificar nenhum acto terrorista.
O Papa pediu aos fiéis que rezem pelas vítimas dos atentados na capital britânica e pelas suas famílias. Bento XVI convidou também os presentes a rezar pelos autores do atentado, para que "Deus toque os seus corações".
Num telegrama enviado ao Cardeal de Westminster, o Papa já tinha manifestado o seu pesar e angústia pelo que qualificou de "actos bárbaros contra a humanidade". Ontem voltou a condenar os ataques, classificando-os como "atrozes".
Fonte: Ecclesia

Recados de Jorge Sampaio

Posted by Picasa Jorge Sampaio “Quanto mais se falar da crise,
pior será” Num intervalo da sua visita ao Chile e ao Paraguai, o Presidente da República, Jorge Sampaio, enviou alguns recados, oportunos, para os portugueses. Políticos profissionais e povo em geral. “Quanto mais se falar da crise, pior será”, sintetizou. De facto, todos gostamos muito de criticar o que (não) se faz, mas nem sempre assumimos as tarefas que urge fazer no dia-a-dia, em prol do País, directa ou indirectamente. Quem está atento ao que se escreve e diz na comunicação social facilmente pode confirmar que os colunistas e cronistas se agarram, com unhas e dentes, à crise portuguesa, assunto que dá para tudo. Para apoiar o Governo e para o criticar, às vezes doentiamente, numa clara manifestação de falta de ideias. A crise, pela sua importância, deve ser debatida, na verdade, mas penso que há outros temas que não podem ser ignorados. Realmente, não custa nada dizer bem ou mal, com frases bonitas, trocadilhos e metáforas bem engendradas, semana após semana, repetindo-se todos, até à exaustão, em jeito de competição para ver quem fala ou escreve com mais ênfase. Se a muitos recomendassem que abordassem outras questões, estou convencido de que alguns depressa perdiam a avença ou o espaço que os órgãos de comunicação social lhes reservam. Diz Jorge Sampaio, noutro momento da conversa que teve com os jornalistas, que “o que é preciso é fazer. Demoramos muito tempo a pensar no que falta fazer ou naquilo que devemos fazer”. Mas também apelou ao reforço da área da educação, onde as empresas nacionais podem ser agentes de mudança. E sublinhou: “O País precisa de uma iniciativa privada que não esteja sempre a questionar.” Fernando Martins

Preços dos medicamentos podem descer em Agosto

O “PÚBLICO” noticia hoje que o Governo tem pronta a publicação de uma portaria que pode fazer cair a pique os preços dos medicamentos até final do ano. Diz ainda que no Diploma em que concretiza a anunciada redução de seis por cento já a partir de Agosto, exige à indústria que venda abaixo dos preços praticados em Espanha, Itália e França. A indústria farmacêutica já manifestou o seu descontentamento por esta medida, alegando que este pacote governamental vai arrasar o sector, mas a verdade é que ninguém explica por que motivo os medicamentos são, em Portugal, mais caros do que naqueles países citados pelo Governo. Toda a gente sabe que os elevados preços de alguns medicamentos são incomportáveis para muitos portugueses, sobretudo para os mais idosos, sobretudo para os que vivem com pensões muito baixas. A política da Saúde, a meu ver, não pode permitir que haja compatriotas nossos que tenham de escolher entre comprar medicamentos, caríssimos, ou pão para matar a fome. Claro que o Governo vai ter de enfrentar o lóbi poderoso da indústria ligada à produção de medicamentos, no sentido de procurar um maior equilíbrio social, em que todos, industriais, proprietários de farmácias e consumidores possam viver com dignidade, isto é, sem grandes disparidades de rendimentos. F.M.

sábado, 9 de julho de 2005

BOAS FÉRIAS - 3

O prazer de sentir a natureza As férias devem ter momentos para descobrirmos prazeres. Em semanas anteriores, escrevi sobre o prazer de conviver e sobre o prazer de ler. Para esta semana proponho o prazer de descobrir e de sentir a natureza, com todas as suas tonalidades. Depois de conviver com amigos e familiares e de ler textos saborosos, acho que fica bem procurarmos a natureza que nos rodeia e que nem sempre soubemos ver e apreciar. Sair de casa, deixar os lugares fechados e olhar a vegetação, respirar o ar puro, calcorrear caminhos rurais nunca dantes andados, cheirar o mar, sentir a frescura dos campos, mirar as aves que viajam pelos céus, ouvir os seus chilreios, falar com as árvores e contemplar as flores, tudo isto pode afugentar o stresse, aliviar o espírito, dar ânimo a pensamentos positivos. Para mim, férias nunca foi andar a correr, nunca foi fazer nada, nunca foi procurar o enfado, nunca foi perder tempo, nunca foi cansar-me física e mentalmente. Porque no resto do ano temos tempo de sobra para tudo isso e para muito mais. Sugiro, pois, aos meus leitores, que experimentem descobrir novos lugares (às vezes tão perto de nós), onde Deus beneficiou a natureza com quadros talvez nunca vistos nem apreciados. As montanhas tão cheias de lendas e de horizontes a perder de vista, o mar imenso tão cheio de histórias que fizeram a nossa história pátria, os rios vagarosos ou apressados tão cheios sonhos que se deitam tranquilamente no oceano, o céu estrelado que nos desafia e descobri-lo e a lê-lo e as noites de Verão que nos ajudam a abrir a alma aos que nos enchem a vida são bons motivos para passarmos umas férias mais felizes. Fernando Martins

Dívidas de países pobres perdoadas

G8 unido contra o terrorismo
e contra a pobreza O G8 – grupo dos oito países mais industrializados do mundo (Alemanha, França, Itália, Grã-Bretanha, EUA, Canadá, Japão e Rússia) está unido na luta contra o terrorismo e contra a pobreza no mundo, mormente em África, o continente mais devastado pelas guerras fratricidas, pela corrupção e pela fome. A Declaração Final do encontro do G8, que se reuniu em Gleneagles, na Escócia, até ontem, com a participação também do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, adianta que vai ser reforçada a cooperação na luta contra o terrorismo, enquanto vão ser adoptadas políticas que contrariem o recrutamento de terroristas, em especial nas democracias ocidentais. Ainda foi sublinhado que é preciso responder ao terrorismo no quadro do respeito pelos valores democráticos comuns. Quanto ao esforço a desenvolver para erradicar a pobreza, o G8 resolveu aumentar a ajuda aos países pobres em mais 50 mil milhões de dólares por ano, até 2010, metade dos quais para África. Entretanto, foi ratificado o perdão da dívida a 18 países dos mais pobres do mundo e prometido que haverá negociações com outros nove, no sentido de os ajudarem a combater a corrupção, mas ainda a organizarem-se para garantir políticas de desenvolvimento credíveis. F.M.

Festival de Folclore na Gafanha da Nazaré

CULTURA POPULAR A cultura popular precisa de ser mais apoiada por toda a gente. Pelo Estado, que muitas vezes só olha para as culturas eruditas, pelas autarquias e pela sociedade civil. Afinal, é a partir da cultura popular que nós podemos chegar mais facilmente às nossas raízes. Os grupos etnográficos e folclóricos, que existem espalhados por todo o País, estão na linha da frente da luta pela preservação das nossas tradições, quer pelas pesquisas e estudos que fazem e dinamizam, quer pela divulgação que fazem dos usos e costumes das suas regiões. Hoje, sábado, realiza-se o XXI Festival Nacional de Folclore da Gafanha da Nazaré, numa praceta da Alameda Prior Sardo, com a participação dos Grupos Folclóricos de Vila Verde, Baixo Minho; de Vila Nova do Coito, Santarém; de Passos de Silgueiros, Viseu; de Santa Maria de Cárquere, Resende; “As lavadeiras da Ribeira da Lage, Oeiras; e do Grupo anfitrião, Etnográfico da Gafanha da Nazaré. A apresentação dos grupos participantes será a partir das 21 horas, esperando-se a adesão de muitos gafanhões, e não só, a mais esta festa de Folclore, organizada pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré, que há mais de 22 anos investiga, promove e divulga os usos e costumes do povo das Gafanhas. F.M.