segunda-feira, 30 de maio de 2005

Um artigo de Sarsfield Cabral, no DN

REACCIONÁRIOS
Uma boa parte dos franceses que votaram "não" ao tratado constitucional europeu quis rejeitar o chamado ultraliberalismo. Ou seja, o capitalismo de tipo anglo-saxónico, por sinal eficaz no crescimento económico e na redução do desemprego, mas com menos protecções para os que estão empregados. Para defender o "sim", Chirac chegou mesmo a dizer que o liberalismo é pior do que o comunismo. E mostrou-se contra princípios básicos do mercado livre e da própria integração europeia, como a concorrência nos serviços por parte dos novos Estados membros da União.
Na Alemanha o populismo antimercado está também em alta. A globalização e as deslocalizações de empresas para a Europa de Leste puseram em causa a "economia social de mercado", com a co-gestão, salários generosos e um alto grau de protecção social. O "capitalismo renano" está ali a ceder terreno ao modelo anglo-saxónico, mais assente na bolsa. O problema é que, tanto em França como na Alemanha, o tão apregoado modelo social europeu não consegue taxas de desemprego abaixo dos 10% da força de trabalho.
As reacções anticapitalistas de franceses e alemães são defensivas. São ditadas pelo medo e pela incapacidade de adaptação às novas realidades da globalização e até de uma integração europeia alargada a novos Estados membros. O populismo antimercado da França e da Alemanha não aponta para reformas com futuro, mas para regressar artificialmente a um passado que não voltará. É uma atitude reaccionária, que nada tem a ver com o combate aos reais defeitos do capitalismo liberal nem com o desejo de outros modelos possíveis (como o escandinavo, que funciona). Algo semelhante, e dramático, aconteceu nos anos 30, com a escalada proteccionista. A integração europeia surgiu, também, para que tal jamais se repetisse.

ISCRA oferece cursos de pós-graduação

Posted by Hello Seminário de Aveiro Ciências da Família e História das Religiões
No próximo ano lectivo, o Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA) oferece dois cursos de pós-graduação em Ciências da Família e em História das Religiões. As fortes tensões a que a Família tem sido sujeita “resultantes das mudanças sociais que se têm verificado nos últimos tempos, justificam, por si só, o aprofundamento das Ciências da Família, como ponto de partida para a realização da pessoa e para a humanização da sociedade” – sublinha um comunicado de imprensa do ISCRA.
Por outro lado, a dimensão “crescente dos conflitos religiosos a que assistimos em diversas partes do mundo tornam urgente a compreensão dos fundamentos da fé e o estudo e análise das diversas doutrinas e suas manifestações culturais, a bem da evolução do diálogo ecuménico e inter-religioso” – menciona.
As pós-graduações são dirigidas a titulares de um Bacharelato, Licenciatura ou equivalente em qualquer área, têm a duração de um ano lectivo e serão leccionados em horário pós-laboral.
As inscrições estarão abertas de 1 a 30 de Junho de 2005. Mais informações em www.iscra.pt ou contactar através do telefone 234 379 880, fax 234 379 887 ou do email iscra@netvisao.pt
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Dados do ISCRA
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Fundação: 29 de Junho de 1989
Instalações: Seminário de Santa Joana Princesa, Aveiro
Presidente: D. António Baltasar Marcelino, Bispo de Aveiro
Directora: Doutora Deolinda Serralheiro, snsf
Protocolos: com o Instituto Superior de Ciencias Religiosas a Distância “San Agustín, patrocinado pela Universidade Pontifícia de Comillas (para a Licenciatura em Ciências Religiosas a Distância)
Cursos: Licenciatura em Ciências Religiosas a Distância, Plano de Formação Sistemática e Curso Básico de Ciências Religiosas
N.º de alunos: cerca de 250, dos quais, 110 frequentam a Licenciatura em Ciências Religiosas a Distância.
Fonte: ECCLESIA

RECONCILIAÇÃO entre cristãos

O presidente do Conselho Pontifício para a promoção da Unidade dos Cristãos propôs aos Ortodoxos um sínodo de reconciliação e, juntamente com os filhos da Reforma Protestante, uma aliança a favor da redescoberta das raízes cristãs. O Cardeal Walter Kasper fez estas propostas no Congresso Eucarístico Nacional Italiano, que decorreu em Bari. No início da sua intervenção, o cardeal alemão recordou que, em Bari, “cidade ponte entre Ocidente e Oriente, lugar do túmulo de São Nicolau, o santo da caridade reconciliadora, venerado tanto no Oriente como no Ocidente”, teve lugar em 1098 um sínodo de bispos gregos e latinos. “Por que não esperar que aqui, em Bari, mil anos depois do sínodo de 1098, em 2098 (e por que não antes?), possamos celebrar de novo um sínodo de bispos gregos e latinos, um sínodo de reconciliação?”, perguntou. O novo pontificado de Bento XVI, assegurou, “deu-nos a esperança de que estas expectativas não são utopias”. “Esperamos de coração, e eu estou profundamente convencido de que, depois dos grandes esforços e dos importantes passos de João Paulo II, o novo Papa Bento XVI aplane e abra o caminho para uma perspectiva assim”, acrescentou. O Cardeal Kasper reconheceu que ortodoxos e católicos “são herdeiros da cultura europeia comum e têm os mesmos valores éticos que são fundamentais para o bem das nossas sociedades e para os seus homens”. Nesse sentido, apontou como próximo passo, rumo à plena comunhão, a formação de “uma aliança a favor da redescoberta das raízes cristãs da Europa”. “Uma aliança – indicou – para nos ajudarmos mutuamente a favor dos valores comuns e de uma cultura da vida, da dignidade da pessoa, da solidariedade e da justiça social, pela paz e pela salvaguarda da criação”. O Cardeal Kasper abordou ainda a questão do ministério petrino (do Bispo de Roma), que constitui uma das dificuldades para o avanço do ecumenismo. “Por que não reflectir juntos sobre uma osmose entre o princípio de sinodalidade e o de colegialidade e o princípio petrino, que, precisamente nas semanas passadas, mostrou a sua força espiritual?”, desafiou. Fonte: ECCLESIA

domingo, 29 de maio de 2005

Um poema de Sabastião da Gama

Posted by Hello Oração de Todas as Horas Agora, que eu já não sei andar nas trevas, não me roubes a Tua Mão, Senhor, por piedade! Voltar às trevas não sei, e sem a Tua Mão não poderei dar um só passo em tanta Claridade. Pelas Tuas feridas minhas, pelas tristezas de Tua Mãe, Jesus, não me deixes, no meio desta Luz, de pernas presas... Não me deixes ficar com o Caminho todo iluminado e eu parado e tão cansado como se fosse a andar

LEGIÃO DE HONRA para Manoel de Oliveira

Posted by Hello Manoel de OLiveira Exemplo de invejável juventude
No próximo dia 3 de Junho, o realizador português Manoel de Oliveira vai ser condecorado pelo Presidente da República Francesa, Jacques Chirac, no palácio do Eliseu, com a Legião de Honra. Será mais uma distinção a juntar a tantas outras que tem recebido, ao longo da sua carreira de cineasta. Manoel de Oliveira, o mais idoso dos realizadores no activo do mundo, com os seus 96 anos, continua, com uma serenidade impressionante, a trabalhar e a mostrar que, parando, pode ser o fim. Falar, hoje e aqui, do nível da sua extraordinária obra cinematográfica, não está nos meus horizontes, que isso fica para os críticos de cinema. Apetece-me, no entanto, apontar o seu exemplo de tenacidade e de vida a todos quantos, aposentados, se remetem a um não fazer nada, a ficar pelos cafés, calados ou a discutir banalidades futebolísticas e pouco mais, enfim, morrendo aos poucos e desligados do mundo. Manoel de Oliveira não pára, apesar da sua provecta idade, exibindo uma capacidade de trabalho invulgar e uma lucidez de espantar. Ouvi-lo na Rádio ou na TV e lendo as entrevistas que dá é um prazer para toda a gente sensível. E não podemos, mesmo, ficar indiferentes à sua cultura multifacetada e aos seus conceitos de arte, sobretudo da área que domina com mais profundidade e que é o cinema. O autor de “Aniki Bobó”, “Vale Abraão”, “Non ou a Vã Glória de Mandar”, “Douro, Faina Fluvial”, “A Carta” e de “Le Soulier de Satin”, entre tantos outros filmes, vai, como sempre disse, continuar a filmar, dando-nos um exemplo de invejável juventude.
F.M.

Reportagem de Jesus Zing, no JN

Reitora da Universidade de Aveiro critica Ministério
A reitora da Universidade de Aveiro (UA), Helena Nazaré, lamentou, na cerimónia de entrega de diplomas que assinalou o "Dia da Universidade", que o financiamento do ensino superior só seja "capaz de premiar a quantidade".
(Para ler o texto na íntegra, clique JN)

Um artigo de Diogo Pires Aurélio, no DN

: Mexer ou não mexer no Estado
Chegaram, finalmente, as tão faladas e, ao mesmo tempo, receadas medidas do Governo para reduzir o défice. Apoiado, na generalidade, pelos economistas, contestado por vários dos sectores atingidos, o receituário anunciado pelo primeiro-ministro é, no entanto, apesar da sua dureza e da coragem política que denota, encarado por muita gente como um soporífero que talvez não chegue sequer para o objectivo imediato de cumprir em tempo útil as obrigações decorrentes do PEC.
Tal como acontecera com Durão Barroso e a política protagonizada por Manuela Ferreira Leite, o anúncio das medidas de combate ao défice, em particular a subida de impostos, que num como noutro caso vieram ao arrepio dos objectivos repetidos em campanha eleitoral, fez-se acompanhar por uma alegação de ignorância quanto à verdadeira dimensão do défice existente.
(Para ler o artigo na íntegra, clique DN)

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