
sábado, 2 de abril de 2005
Noite de oração pelo Santo Padre

sexta-feira, 1 de abril de 2005
PAPA WOJTYLA: Biografia de João Paulo II

O Papa polaco é uma das figuras mais marcantes da história recente, na Igreja e no mundo, e tem atrás de si a herança de um longo Pontificado de 26 anos e meio.
Karol Wojtyla nasceu no dia 18 de Maio de 1920 em Wadowice, no sul da Polónia, filho de Karol Wojtyla, um militar do exército austro-húngaro, e Emília Kaczorowsky, uma jovem de origem lituana.
Aos 9 anos de idade recebeu um duro golpe, o falecimento de sua mãe ao dar à luz a uma menina que morreu antes de nascer. Três anos mais tarde faleceu o seu irmão Edmund, com 26 anos, e em 1941 morre o seu pai.
Em 1938 foi admitido na Universidade Jagieloniana, onde estudou poesia e drama.
Durante a II Guerra Mundial (1939- 1945) esteve numa mina em Zakrzowek, trabalhou na fábrica Solvay e manteve uma intensa actividade ligada ao teatro, antes de começar clandestinamente o curso de seminarista. Durante estes anos teve que viver oculto, junto com outros seminaristas, que foram acolhidos pelo Cardeal de Cracóvia.
Segundo relata o actual Pontífice, estas experiências ajudaram-no a conhecer de perto o cansaço físico, assim como a simplicidade, a sensatez e o fervor religioso dos trabalhadores e pobres.
As marcas no seu corpo começam a aparecer quando em Fevereiro de 1944 é atropelado por um camião alemão e é hospitalizado.
Ordenado sacerdote em 1946, vai completar o curso universitário no Instituto Angelicum de Roma e doutora- se em teologia na Universidade Católica de Lublin, onde foi professor de ética.
(Para ler toda a biografia, clique aqui)
Estado de saúde do Papa
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Declaração oficial do Vaticano
sobre a saúde do Papa
As condições gerais e cardio-respiratórias do Santo Padre agravaram-se ulteriormente. Regista-se uma baixa da tensão arterial cada vez mais grave, enquanto a respiração se tornou superficial.Instaurou-se um quadro clínico de insuficiência cardio-circulatória e renal. Os parâmetros biológicos estão notavelmente comprometidos.O Santo Padre, com visível participação, associa-se à oração continua daqueles que o assistem.
O mundo reza pelo Santo Padre
João Paulo II continua em condições muito graves e o Vaticano não faz questão de esconder que todos os cenários são possíveis nos próximos momentos. Joaquín Navarro-Valls, porta-voz do Vaticano, refere que o Papa está "lúcido, plenamente consciente" e "muito sereno" diante deste momento de sofrimento.
O último boletim clínico oficial explica que "a situação neste momento é estacionária, permanecem as condições de extrema gravidade. Os parâmetros biológicos estão alterados, a pressão arterial é instável".
João Paulo II foi informado "da gravidade da sua situação", de acordo com Navarro-Valls, e perguntou se era "absolutamente necessário" ir para a Clínica Gemelli. Não sendo, decidiu permanecer no Vaticano.
As recentes informações desmentem categoricamente que o Papa tenha caído num estado de coma. O Papa recebeu os seus colaboradores mais próximos e acompanha a situação através da oração: concelebrou hoje a missa no seu leito e pediu para ouvir a leitura das catorze estações da Via Sacra. Rezou a Liturgia das Horas e ouviu passagens da Sagrada Escritura, após ter recebido ontem a Unção dos Enfermos. (Para ler mais, clique ECCLESIA)
D. José Policarpo pede orações pelo Papa
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Quanto tempo durará esta última etapa da vida do Papa? «Só Deus sabe» - disse o Patriarca de Lisboa aos jornalistas.

D. José Policarpo
O estado de saúde de João Paulo II "agravou-se muito seriamente nas últimas horas" , disse D. José Policarpo esta manhã aos jornalistas, mas "só Deus sabe quanto tempo durará esta última etapa da vida do Papa". "Este momento será fecundo para Igreja", realçou o Patriarca de Lisboa, ao pronunciar-se sobre o estado débil do Papa. Na conferência imprensa, o Patriarca de Lisboa referiu que "gostaria que as celebrações que hoje se realizam na diocese de Lisboa, e também nos próximos dias, tivessem explicitamente esse dom de união espiritual e de oração de acompanhamento do Santo Padre".
A Igreja tem dois mil anos e o normal "é a continuidade". Esta alterna-se "com a resposta ao momento que passa". O mundo anda a uma velocidade estonteante; por isso, realça o Patriarca de Lisboa, "não merece a pena fazer prognósticos", porque "as exigências concretas do futuro pontificado podem exigir atitudes e decisões que neste momento ninguém consegue prever". O Pontificado de João Paulo II foi longo e "tem continuidade e originalidade".
Em relação à estada de João Paulo II no seu quarto e não na clínica Gemelli, D. José Policarpo sublinhou que "as notícias que temos [dizem] foi uma opção dele". E acrescenta: "nos últimos séculos seria a primeira vez que um Papa morria fora do Vaticano."
Como nunca participou em nenhum conclave, o Patriarca de Lisboa disse que "será tudo uma grande surpresa" para si. A sucessão "correrá normalmente" e não prevê nenhum "ambiente dramático". Para o futuro, D. José Policarpo mostrou a "sua disponibilidade total para fazer aquilo que a Igreja" lhe pedir.
Os últimos papas têm publicado sempre um texto sobre a sua sucessão. A Constituição Apostólica «Universi Dominici Gregis» - afirma D. José Policarpo - diz que "só quando for declarado oficialmente a morte do Santo Padre é que o processo [da eleição de um novo Papa] se desencadeia". Com a morte do Papa "cessam todas as estruturas do governo da Santa Sé", assumindo o colégio dos cardeais o Governo da Igreja. Nessa altura, os cardeais serão convocados para Roma. E adianta: "os eleitores que vivem em Roma devem esperar pelo menos 15 dias, antes de iniciar o conclave, para dar espaço aos cardeais que estão fora de Roma [para] se dirigirem até lá." No caso do bispo de Lisboa, D. José Policarpo anunciou aos jornalistas que "quer ir ao funeral do Santo Padre".
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Fonte: Agência ECCLESIA
Sobre a vacatura da Sé Apostólica e eleição do Papa


Se gostar de saber o que acontece quando o Santo Padre morre e como se processa a eleição de um novo Papa, clique aqui.
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