quinta-feira, 17 de março de 2005

Mensagem Pascal do Bispo de Aveiro

Louvado o Senhor da Páscoa, 
alegria e força de quem crê 


Eu sei, Senhor, que a Páscoa é a Festa, da minha alegria e da minha fé. Sei-o desde criança, mesmo sem entender por que era assim. Mais tarde percebi que não podia ser de outra maneira. Porque a Páscoa, Senhor Jesus, assim o creio, é, pela Tua Ressurreição, a vitória definitiva sobre a morte. É a Vida, por inteiro, oferecida a todos, por igual. Assim, fui e vou experimentando, em mim e à minha volta, que a Tua Páscoa é fonte inesgotável de alegria, certeza perene de amor, sentido iniludível de paz, fundamento inquebrantável de esperança, garantia definitiva de vida, vida que é sempre dom e festa.
Já não sei viver sem a Tua Páscoa, Senhor da Vida, sem a alegria que dela brota, sem a certeza de Ti, sempre vivo, que a tudo dás sentido. Pela Tua Páscoa e a descoberta de nela eu ter lugar, ouvi, um dia, o convite para Te seguir, joguei contigo a vida que me deste, fui aprendendo, a teu jeito, a fazer dos outros o meu caminho, e a amar o tempo e a sociedade, em que me é dado viver. Por isso, cantarei, cada dia, a alegria da Tua Páscoa, Senhor! Cada dia agradecerei a graça da Tua Páscoa. Cada dia do meu viver, sentirei a certeza da Tua Páscoa, nos desafios que me tocam, na luta dos irmãos, nos sonhos da humanidade... 
Páscoa de Cristo, festa do coração e da alegria sem limites! Luz nova que esclarece, purifica, compromete! Bendita Páscoa, que liberta de medos e tristezas, de injustiças e mentiras, de dores sem sentido, de amor sem misericórdia, de passos mal andados! 
Bendita Páscoa, que a todos une, como irmãos, a todos abre novos caminhos de vida! Páscoa de Cristo, minha Páscoa e nossa Páscoa! Alegria de Cristo, minha alegria e nossa alegria! Luz de Cristo, minha luz e nossa luz! Vitória de Cristo, vitória de todos quantos crêem, que só Ele é o Senhor!

António Marcelino, Bispo de Aveiro

LEITURAS

No Correio do Vouga pode ler o artigo de D. António Marcelino, intitulado “Liberdade e vida, inseparáveis e nunca concorrentes”. De Acácio Catarino, “Quatro patamares da política social”. Pode ainda ler “Em busca da casa comum”.

ÍLHAVO, VAGOS E MIRA unidos na defesa da FLORESTA

Os municípios de Ílhavo, Vagos e Mira avançaram com uma Comissão Intermunicipal da Floresta. Num tempo de seca, como não se via há muitos anos, os técnicos admitem a intensificação dos fogos florestais no próximo Verão. Aliás, ainda não estamos na Primavera e esse flagelo já apareceu no nosso País, causando estragos incalculáveis. Esta Comissão, a todos os títulos louvável, pretende, para além da gestão dos meios de combate aos fogos florestais, apostar na preservação da Floresta a todos os níveis. A Câmara Municipal de Ílhavo informou, entretanto, que vai mobilizar jovens para acções de vigilância e limpeza da conhecida e centenária Mata da Gafanha, durante as férias escolares do Verão, depois de uma preparação prévia, a ministrar pelos Bombeiros de Ílhavo.

terça-feira, 15 de março de 2005

DIA MUNDIAL DOS DIREITOS DOS CONSUMIDORES

Hoje celebra-se o Dia Mundial dos Direitos dos Consumidores. É mais um dia para pensar nos direitos que nos cabem enquanto consumidores. Direito a um atendimento delicado e esclarecedor, direito a produtos de qualidade e respeitadores das regras estabelecidas, nomeadamente ao nível da higiene, direito a preços justos, direito a uma publicidade não enganosa, direito a reclamar quando nos sentirmos prejudicados, direito a factura/recibo dos pagamentos que fizermos, direito a serviços, estatais ou particulares, competentes e atenciosos, direito à formação e à informação, direito à reparação de danos, direito à segurança, contra produtos que possam prejudicar a nossa saúde. Mas também há deveres, que nos obrigam a tratar com educação os que nos atendem. Acontece que nem sempre pensamos nestas coisas e muitas vezes deixamo-nos enganar por promessas fraudulentas, publicidades menos correctas e vendedores pouco escrupulosos. Torna-se, pois, necessário, que compremos só o que nos faz falta, só o essencial, não nos deixando levar por papéis e mais papéis que nos podem induzir em erro. Antes de comprar, seja o que for, temos de comparar preços e qualidade, porque, frequentemente, somos atraídos pelo que custa menos dinheiro, quando é certo que "o que é barato sai caro". F.M.

Para pensar

Cultura do Entretenimento É preciso construir o homem livre
"Emerge na sociedade contemporânea um novo tipo de angústia: a angústia do preenchimento do tempo livre. Ter muito para fazer, muitas propostas culturais, uma agenda de possibilidades e nenhuma parecer interessante. O tempo livre e a experiência do tédio não é um problema novo, é, aliás, recorrente na história. Escreveu Eric Weil: "Se, obtido tudo o que razoavelmente se pode desejar, as pessoas estão ainda insatisfeitas e se todo o mundo partilha do mesmo sentimento de insatisfação, pode então desencadear-se o recurso a coisas não razoáveis. Estamos todos de acordo num ponto, a saber: que a violência é o único verdadeiro passatempo". Este problema tem que nos fazer pensar sobre o sentido de cultura e educação como projecto de construção da identidade de homens livres. E o filósofo propõe um caminho: "uma educação que obrigaria cada um a admitir a sua perplexidade, o seu tédio, o seu desespero - não a confessá-lo publicamente a uma autoridade ou especialista, mas a confessar a si mesmo que está à procura de qualquer coisa que não tem e que deseja mais do que tudo no mundo" Excerto de "Cultura do Entretenimento", de Paulo Vale, no "site" da Comissão Episcopal de Cultura

"SUBVERSIVO"

Sarsfield Cabral
No seu artigo de hoje, no DN, com o título "Subversivo", Sarsfield Cabral afirma que "Não cabe à Igreja avançar soluções técnicas ou políticas. Mas cabe-lhe despertar as consciências para que as procurem, não se acomodando ao que está".