domingo, 20 de fevereiro de 2005

NAVIO-MUSEU SANTO ANDRÉ

Hoje, depois de cada um votar para a escolha dos deputados que nos hão-de representar no Parlamento, proponho uma visita ao Navio-Museu Santo André, que tantas viagens fez aos mares do bacalhau. Foi campeão português na pesca do fiel amigo e o segundo melhor do mundo. Agora, mostra-se no Jardim Oudinot (Forte da Barra) na Gafanha da Nazaré, com histórias para recordar e para contar. Ao longo de quase 50 anos, foi arrastão salgador e congelador, tendo pescado com redes de emalhar, especialmente nos mares da Terra Nova e da Gronelândia. Pescou fundamentalmente o bacalhau que, depois de salgado e seco, os portugueses tanto apreciam, desde há meio milénio, sendo, por isso, dos maiores consumidores do mundo. O dia está bonito para passar pelo Santo André e para perguntar aos cicerones tudo o que quiser saber sobre este navio-museu. E depois, desfrute um pouco o ambiente, aprecie a paisagem da Ria e... descanse por ali. À noite, vamos esperar pelos resultados das eleições.
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sábado, 19 de fevereiro de 2005

Presidente da República: "em democracia, todas as crises têm uma solução"

A propósito das eleições de amanhã, o Presidente da República, Jorge Sampaio, afirmou que, "em democracia, todas as crises têm uma solução". Por isso, estas eleições têm "uma importância acrescida". Disse que "Portugal está numa encruzilhada" e que, neste momento, " a escolha da melhor forma de responder à crise portuguesa está nas mãos dos cidadãos". "Confio no sentido de responsabilidade do eleitorado, na sua seriedade, na sua lucidez. Amanhã, vamos votar com responsabilidade cívica e confiança na nossa democracia e no nosso país. Estou certo de que a escolha dos portugueses será, como no passado ficou demonstrado, a boa escolha para Portugal", acentuou Jorge Sampaio. O Presidente da República considerou que "nem todos os responsáveis políticos e analistas fazem a mesma avaliação das causas e da sua caracterização, da sua extensão e da sua profundidade" , mas também é verdade que "nenhum deles nega, porém, a sua existência e a necessidade imperiosa de lhe responder com reformas estruturais e com medidas urgentes e eficazes. Todos concordam que não é possível deixar andar, como se nada fosse". A concluir, adiantou que votar é, sem dúvida, uma forma fundamental e consequente de afirmar o nosso empenhamento para ultrapassar as dificuldades. "Portugal exige-o de todos nós. A indiferença e o alheamento da vida da comunidade não resolvem nenhum problema. Pelo contrário: com indiferença e alheamento todos os problemas se multiplicam e se agravam", garantiu. , Posted by Hello

João César das Neves diz o que pensa sobre a sexualidade

O economista e professor da Universidade Católica Portuguesa, João César das Neves, foi acusado em tribunal por ter feito certas afirmações, que algumas organizações homossexuais consideraram difamatórias. Para ficar a saber o que se passou e para ficar esclarecido sobre as suas posições, pode ler no INDEPENDENTE a entrevista que ele concedeu a este semanário.

Ainda a CASA DO GAIATO

O ministro da Segurança Social, Família e Criança, Fernando Negrão, já assinou o despacho que constitui a comissão de acompanhamento da Casa do Gaiato e revoga, ao mesmo tempo, o despacho de 28 de Junho de 2004, que suspendeu a entrega de menores à Casa do Gaiato (CG). Num artigo de António Marujo, no PÚBLICO, o problema da Casa do Gaiato volta a ser notícia. Artigo para ler, para estarmos atentos e para descobrirmos formas de colaborar. A Casa do Gaiato e o seu espírito não podem morrer, porque nasceu por amor.
Foto: Visita à Casa do Gaiato Posted by Hello

AUGUSTO GIL - BALADA DA NEVE


 
 
 
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim...
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim...

É talvez a ventania;
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho...

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento, com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
Há quanto tempo a não via!
E que saudade, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho...

Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
de uns pezitos de criança...

E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
 depois em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!...

Que quem já é pecador
sofra tormentos... enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na natureza...
– e cai no meu coração.


Augusto Gil


NB: A seca que o país está a sentir trouxe-me à memória, nem sei porquê, este poema de Augusto Gil que, na minha infância e juventude, tanto gostava de recitar. Aqui partilho com os meus amigos esta linda balada, na esperança de que outros a releiam com o mesmo gosto com que eu a reli.

F. M. 

SECA coloca Portugal em risco de incêndios

A seca que se faz sentir em Portugal, a maior desde há muitos anos, coloca o nosso país numa situação de risco de incêndios, alerta a Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais. Com a falta de humidade, torna-se mais fácil a deflagração de fogos e a propagação de incêndios, o que nos deve obrigar a cuidados extremos. Aquela Agência recomenda, então, que se sigam as medidas preventivas previstas na lei, como a proibição das queimadas para renovação de pastagens, a queima dos materiais que sobram das explorações agrícolas e o uso de foguetes em espaços rurais sem a presença de bombeiros. Recomenda, ainda, que, "nas manchas florestais de reconhecido valor económico, social e ecológico, não é permitido desenvolver quaisquer acções, a não ser aquelas que estejam relacionadas com a actividade florestal e agrícola, mas desde que não se proceda à execução de trabalhos que envolvam a utilização de maquinaria susceptível de provocar faíscas ou faúlhas". Refere, também, que as pessoas que circulem no interior de zonas críticas estão obrigadas a identificar-se perante as entidades com competência em matéria de fiscalização.
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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Empresários cristãos querem governação com ética

Em documento tornado público, a ACEGE (Associação Cristã de Empresários e Gestores) propõe uma governação com ética, que estimule uma economia social de mercado, em que a regulação da actividade económica defenda o direito de iniciativa e de propriedade, "criando mecanismos que assegurem a inclusão dos excluídos do mercado de trabalho e da sociedade". Nessa linha, sublinha que é preciso desenvolver uma política de promoção da Família e potenciar a adopção de medidas que ajudem a promover, nas empresas, a conciliação do trabalho com a família. Ao mesmo tempo, alerta para a necessidade de "favorecer a liberdade de Educação, de ensinar e de aprender, que permita às famílias escolher, sem restrições económicas, o seu projecto educativo, estimulando a qualidade do ensino e a articulação com o mercado de trabalho". Por outro lado, sugere um relacionamento, com o Estado, baseado na exigência, independência e lealdade, lutando, designadamente, "contra todas as situações de fraude fiscal e não influenciando de modo ilegítimo a decisão política". Entretanto, aquela associação defende o combate à evasão fiscal, promovendo uma cultura de cumprimento solidário das respectivas obrigações fiscais, pessoais e empresariais. Mas também quer que o Estado seja o primeiro a dar o exemplo no cumprimento das suas obrigações para com os cidadãos, evitando ser confrontado com o argumento de que o Estado não tem legitimidade para exigir e não é, por isso, pessoa de bem.
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