segunda-feira, 31 de janeiro de 2005

SANTO SUDÁRIO

Um novo estudo sobre o Santo Sudário afirma que o pano é muito mais antigo do que foi sugerido por testes com carbono-14, realizados em 1988. A nova pesquisa foi publicada na revista especializada "Termochimica Acta" e afirma que sudário tem entre 1.300 a 3.000 anos, considerando "inválidos" os teste anteriormente referidos por causa do fenómeno denominado "intromissão de material". 
O Santo Sudário, uma das relíquias mais famosas do Cristianismo, é o pano de linho puro, que alguns afirmam ter sido utilizado para envolver o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação. Mede 4 metros e 36 centímetros de comprimento por 1 metro e 10 centímetros de largura. Há notícia dele desde 1353, quando um pano que supostamente serviu de mortalha para Cristo apareceu em Lirey (França), levado pelas expedições que estiveram na Terra Santa. 
Um século depois, chegou às mãos dos duques de Savóia, que o guardaram em Chambéry. Em 1532, foi danificado num incêndio e, em 1694, foi transferido para a capela do Duomo (Catedral) de Turim. Os testes para provar se realmente envolveu o corpo de Cristo começaram em 1898, depois de um fotógrafo de Turim ter feito uma foto do manto e, na revelação, descoberto que os negativos mostravam o corpo e o rosto de um homem crucificado. 
Em 1989, o Sudário foi submetido ao teste do carbono-14 em três laboratórios da Suíça, Estados Unidos e Reino Unido. Os resultados dos testes datavam o tecido como sendo do período 1260 a 1390. Vários especialistas criticaram os testes, considerando que foi mal feito: os três pedaços do tecido que foram cortados, naquela ocasião, para servir de amostra para o teste, eram das pontas, ou seja, a parte pela qual o manto foi suspenso nas inúmeras ocasiões em que foi apresentado aos fiéis ao longo dos séculos. 
Em Abril de 1997, um incêndio destruiu a capela Guarini, onde o Santo Sudário é guardado, mas a relíquia foi resgatada sem sofrer danos. Meses mais tardes, foi estendida e não enrolada como até então, numa caixa à prova de incêndios e atentados. A impressão no lençol de Turim deu-se por uma radiação luminosa-térmica: há vestígios de uma anormal produção de energia, que se pode comparar a uma explosão atómica, controlada e em relevo, segundo a profundidade da queimadura. 
A NASA confirmou que a impressão está de acordo ponto por ponto, com a distância do corpo que "explodiu atomicamente": a impressão, tridimensional (caso único de entre todos os objectos analisados pela NASA até hoje) do Sudário, deu-se por radiação de um milionésimo de segundo. A impressão é uniforme e dependendo da distância, maior ou menor, do corpo. Não há contacto nem marcas de decomposição.

Octávio Carmo 

 Fonte: Ecclesia 

Erros e mais erros

Num canal televisivo, uma finalista de Filosofia pronunciou, com todas as letras, quaisqueres (quaisquer) e num café, na mesa do lado, ouvi, claramente, que a questã (questão) já estava ultrapassada. Num outro canal de televisão, o apresentador do noticiário afirmou que … o jogador era um dos que quer (querem) chegar à equipa principal. Entre parêntesis o certo.

Entre o Tolerável e o «Direito à Indignação»

«Na vida social e política, se a tolerância deixar de ser justiça e igualdade de tratamento equitativo, passará a ser joguete retórico. Só na ordem espiritual, a tolerância pode significar que, por amor (caritas), se tolere o que, por justiça, seria intolerável.» Isto é um desafio a que se leia, no PÚBLICO, o artigo de Mário Pinto, professor universitário.

domingo, 30 de janeiro de 2005

MENSAGEM DO PAPA PARA A QUARESMA

Mensagem do Papa para a Quaresma «Todos os anos a Quaresma se apresenta como um tempo propício para intensificar a nossa oração e penitência, abrindo o coração à dócil aceitação da vontade divina. Nela, é-nos indicado um percurso espiritual que nos prepara para reviver o grande mistério da morte e ressurreição de Cristo, sobretudo mediante a escuta mais assídua da Palavra de Deus e da prática mais generosa da mortificação, graças à qual podemos ajudar em maior medida o próximo necessitado.» Assim abriu o Santo Padre a sua Mensagem Quaresmal, dirigida a todos os homens e mulheres de boa vontade. Para ler na íntegra, clique aqui. Posted by Hello

Ler FREI BENTO DOMINGUES

Nunca devemos perder a oportunidade de reflectir, porque isso dignifica o ser humano. Olhar para o mundo sem o ver atira-nos para a marginalidade. Ora, uma boa ocasião para olhar o mundo, com olhos de gente atenta e interessada, pode passar pela leitura de bons pensadores.
Hoje proponho Frei Bento Domingues, que escreve todos os domingos no PÚBLICO. O seu artigo tem por título «Felizes Os Esquecidos e Oprimidos» e
termina assim:
«Os católicos escutam hoje na Missa a proclamação das Bem-aventuranças segundo S. Mateus. Jesus fala às multidões rodeado dos discípulos. São palavras de subversão e de esperança: felizes os oprimidos e esquecidos, porque vão ter quem olha para eles, os alivie e os salve. Esta é a palavra de Cristo, a verdadeira palavra da Igreja à qual todas as outras se devem submeter.»
Para o ler, clique aqui.

POESIA NA CIDADE

A Figueira da Foz é uma boa sugestão, no meu entender, para um passeio de domingo. Mesmo no Inverno, há sempre algo de bonito para ver. O mar e a grande marginal, sempre com gente a desfrutar a paisagem, a Serra da Boa Viagem, donde se abarcam horizontes a perder de vista, bons restaurantes que oferecem pratos típicos, muitos dos quais ao gosto das gentes da beira mar Na marginal, há um monumento a João de Barros (1881 - 1960), inspirado poeta figueirense, de que lhe deixamos um excerto poético, oferecido, com gosto, a quem passa: Aquele mar da minha infância bom camarada e meu irmão...
...........................................
eu sorrirei, calmo e contente se ouvir e vir, perto, bem perto O mar fraterno, o mar eterno, o livre mar...
Posted by Hello

GRUPO ETNOGRÁFICO CANTA «JANEIRAS»

Na noite de sábado para domingo, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré cantou as «Janeiras», de casa em casa, na Gafanha da Nazaré. Cumpriu mais uma vez a tradição para a reavivar, já que esteve perdida bastante tempo. Jovens e menos jovens, bem agasalhados que o frio apertava, instrumentos afinados e vozes ainda muito frescas, muito vivas, muito alegres, sem mostrarem cansaço, pararam à minha porta, como sempre o fizeram e porque sabem como aprecio tudo quanto diz respeito ao nosso povo e à sua história, feita esta de muito suor e de muitas canseiras e amores. Os cânticos que me ofereceram e que vêm dos nossos avós, de autores desconhecidos e cuja música muitos ainda conhecem, são de uma beleza ímpar. Perdê-los seria uma grande pena cultural. Ano após ano, porém, no Cortejo dos Reis, todos eles podem ser ouvidos e entoados pelas ruas da Gafanha da Nazaré. Nesta referência às «Janeiras», bem ao gosto do que alguns emigrantes me pediram, por e.mail, aqui fica também a letra de um desses cânticos:
DEUS NOS DÊ FESTAS ALEGRES

Deus nos dê Festas Alegres 
Com Seu divino amor 
A Virgem Nossa Senhora 
Deu à luz o Redentor 

Cantemos nossas canções 
Para visitar Jesus 
Vamos ver Sua lapinha
Cheia da divina luz


 Coro

A Gafanha da Nazaré 
É esta sedutora 
Damos graças ao Menino 
E à Virgem Nossa Senhora

O presépio enfeitado 
Nos espera e nos seduz 
Para prestar homenagem 
Ao que a Virgem deu à luz 

Vamos indo pastorinhos 
Com toda a nossa alegria 
Visitar o Deus Menino 
Filho da Virgem Maria 

Vamos indo piedosos 
Cada qual com sua oferta 
Oferecer ao Menino 
Que é dia da Sua festa 

É o nosso Deus Menino 
O Rei dos pobrezinhos 
Oferecer-lhe ofertas 
Dos humildes pastorinhos 

Do livro "Cortejo dos Reis - Um apontamento histórico" 
de Padre José Fidalgo e Prof. Fernando Martins

Posted by Hello