quarta-feira, 22 de dezembro de 2004

JOVENS DE TAIZÉ EM LISBOA

Jovens de Taizé em encontro europeu

Em Lisboa, de 28 de Dezembro a 1 de Janeiro, vai ter lugar o 27º Encontro Europeu de Jovens de Taizé. Serão três dias de oração, reflexão, partilha e debate de temas de importância para a construção de uma sociedade mais humana. Neste encontro, participam jovens de toda a Europa, esperando-se a presença empenhada de cerca de 50 mil, fundamentalmente cristãos de várias denominações. Os jovens vão ser, na sua grande maioria, acolhidos por famílias de Lisboa e arredores, num verdadeiro espírito ecuménico. Os momentos de oração serão seguidos de encontros abertos a todos os interessados, versando temas sobre religião, cultura, economia, entre outros, ao mesmo tempo que oferecem uma boa oportunidade aos participantes para fortalecerem a sua personalidade, com vista a um futuro melhor. Para mais informações: 

www.taize.fr/pt

NATAL - 6

Miguel Torga 




  ESTRELA DO OCIDENTE 

Por teus olhos acesos de inocência 
Me vou guiando agora, que anoitece. 
Rei Mago que procura e desconhece 
O caminho. 
Sigo aquele que adivinho 
Anunciado 
Nessa luz só de luz adivinhada,
Infância humana, humana madrugada. 
Presépio é qualquer berço 
Onde a nudez do mundo tem calor 
E o amor 
Recomeça.
Leva-me, pois, depressa, 
Através do deserto desta vida, 
À Belém prometida... 
Ou és tu a promessa?

terça-feira, 21 de dezembro de 2004

PRESTIGIAR A POLÍTICA


Prestigiar a política, uma urgência de hoje. António Marcelino Ouve-se, a torto e a direito, que a política entre nós está pelas ruas da amargura. De mistura com tal modo de dizer e de pensar, vêm os comentários, poucas vezes abonatórios, aos que se dedicam à acção política, sem o cuidado de não generalizar uma crítica negativa, pois ainda há gente séria e capaz que aceita estar em primeiro plano, por dedicação à causa pública. 
Não raras vezes o faz, com prejuízo da vida pessoal, familiar e profissional e sujeitando-se, sem necessidade, a ser vítima de arma de arremesso, gesto fácil de muitos que apenas olham aos seus interesses.
Esta situação traz desafios a quem preza a sua condição de cidadão consciente e não quer ficar em lamentações e protestos, dado que a política, como a entende, se deve considerar uma actividade necessária e, por isso mesmo, indispensável e nas mãos de gente digna, com valores e princípios. 
O que se pede é que todos contribuam para a dignificação da acção política, estimulando o empenhamento dos que a podem realizar, com dedicação e competência, olhando o bem de todos e denunciando os que, dentro ou fora, contribuem para a sua degradação. 
Há que agir, por isso, ponderadamente, na hora da escolha dos candidatos e intervenientes, provocando debate sobre as pessoas e as coisas essenciais, não se quedando a ver o que acontece, mas contribuindo para que aconteça o melhor. Melhor será sempre o que tiver no horizonte das preocupações e das decisões o bem de todos, traduzido na promoção e satisfação dos direitos humanos fundamentais; no respeito pela dignidade da pessoa, da família e da natureza criada; no reconhecimento dos valores éticos e morais; na estima pela cultura e pela legítima e sã tradição; na defesa activa da vida humana, da saúde, da liberdade, da justiça, da paz e da igualdade de direitos e deveres; no respeito pela democracia, suas exigências e construção harmónica e pelas legítimas e possíveis aspirações das pessoas e das populações; no diálogo sereno e aberto com todos; na liberdade interior, em relação a pessoas e grupos, que permita decidir e agir a favor do bem comum, sem prisão a interesses nem pressões de clientelas. É possível expressar tudo isto, com seriedade e sem demagogias, em projectos políticos concretos, e realizá-lo, com tempo e persistência, de modo programado e sem atropelos evitáveis.
O povo, se tem o dever de não se omitir na participação que lhe compete, tem também direito a que se lhe fale claro, sem subterfúgios nem palavras que emocionam, mas pouco ou nada esclarecem. “Forcemos os partidos a porem o acento da sua intervenção na qualidade das propostas, na competência e dignidade das pessoas e não apenas nos discursos que o ambiente de campanha habitualmente inflama”, assim dizem os bispos portugueses. É esta uma palavra responsável que pode, desde agora, ajudar a dignificar a política já na próxima campanha eleitoral. 


Texto do Bispo de Aveiro, publicado no Correio do Vouga

VIDA HUMANA

A vertigem na investigação do início da vida humana Em artigo publicado na ECCLESIA, intitulado “A vertigem na investigação do início da vida humana”, o Doutor Alexandre Laureano Santos, Consultor da Comissão Episcopal das Comunicações Sociais, afirma que “Os progressos da investigação científica e as suas aplicações práticas devem privilegiar o respeito pelo ser humano relativamente aos objectivos e às motivações da ciência e da sociedade, segundo o princípio do primado ético do ser humano em todas as circunstâncias, sobretudo naquelas em que a própria vida pode estar em questão. 
Quando os interesses de uns e outros colidam, deve existir inequivocamente o primado da vida humana sobre todos os valores e interesses. Assim, todo o embrião humano tem o direito às condições do seu desenvolvimento. Os embriões originados in vitro, não obstante as eventuais reservas e limitações que possam colocar-se quanto às circunstâncias e mesmo à legitimidade da sua criação, deverão integrar-se num projecto parental e poder fazer parte de uma família. Em circunstância alguma poderão criar-se embriões humanos destinados à investigação”. 
Um artigo a ler, pela sua pertinência.

Natal


Bom momento para que saibamos e queiramos oferecer
o MENINO-DEUS aos nossos filhos e netos.

Votos de Natal

Voto de Natal 

Acenda-se de novo o Presépio no Mundo! 
Acenda-se Jesus nos olhos dos meninos! 
Como quem na corrida entrega o testemunho,
passo agora o Natal para as mãos dos meus filhos. 

E a corrida que siga, o facho não se apague! 
Eu aperto no peito uma rosa de cinza. 
Dai-me o brando calor da vossa ingenuidade,
para sentir no peito a rosa reflorida!

Filhos, as vossas mãos! E a solidão estremece, 
como a casca do ovo ao latejar-lhe vida... 
Mas a noite infinita enfrenta a vida breve: 
dentro de mim não sei qual é que se eterniza. 

Extinga-se o rumor, dissipem-se os fantasmas! 
Ó calor destas mãos nos meus dedos tão frios! 
Acende-se de novo o presépio nas almas. 
Acende-se Jesus nos olhos dos meus filhos. 

David Mourão-Ferreira

In Cancioneiro de Natal

AVEIRO DIGITAL

Partilha pela Internet Ontem, no Parque de Feiras e Exposições de Aveiro, foram aprovados 32 novos projectos, no âmbito do Programa Aveiro Digital. Trata-se de um investimento de 3,74 milhões de euros. Com estes projectos, são já 78 os que servem a área da AMRia, suporte da Aveiro Digital, o que corresponde a um investimento de 22 milhões de euros. Todos os projecto abrangem sectores tão diversos como a cultura, a educação e o ensino, o lazer, a formação, o social e a solidariedade, servindo populações, escolas de vários graus de ensino, em especial a comunidade Universitária, serviços de Saúde, autarquias, empresas, instituições de cultura e recreio, Misericórdias e IPSS (Institituições Particulares de Solidariedade Social). No fundo, vão proporcionar a aproximação de pessoas e instituições, vão dinamizar a partilha de saberes e bens, vão favorecer a troca de experiências, vão tornar público o que temos e o que nos faz falta e vão servir de estímulo a novas iniciativas, tudo para enriquecimento das nossas comunidades e pessoas, que ficam mais abertas ao mundo. Urge, porém, que não fiquemos apenas a ouvir falar destas novas tecnologias, mas que as saibamos aproveitar, utilizando-as com regularidade.