quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Dr. Maximiano Ribau


A propósito do falecimento do Dr. Ribau, cuja notícia neste blogue chegou muito longe, o meu leitor e amigo João Marçal enviou-me dois textos, que aqui publico, com muito gosto. Demorei a pô-los no meu blogue, porque estive à espera de uma fotografia. 

Assiste doente às 6 horas da manhã 

Dizia minha mãe que o Dr. Ribau tinha orientado a escolha do nome com que fui baptizado, pois foi meu médico nos meus primeiros dias de vida. Eu digo que ele talvez a tenha salvado quando, chamado às 6 horas da manhã, logo compareceu em nossa casa assistindo-a num AVC que, felizmente, só leves sequelas lhe deixou e apenas durante algum tempo. Muitas vezes comentámos esta sua disponibilidade. Que descanse em paz. 

Cebola nos dentes do engaço 

Tendo-nos deixado há pouco mais de um mês, a sua memória perdurará no espírito dos que o conheceram. Foi o médico ideal para os seus conterrâneos que compreendia e ao lado de quem estava nos momentos de aflição. Gostava de lembrar esses contactos com toda a compreensão, sabedor da inocência e tradição do povo. Contava com satisfação o dia em que há muitos anos foi procurado por um camponês que se havia ferido espetando um engaço num pé. Durante a prestação dos cuidados médicos que lhe dedicou, perguntando ao acidentado se já havia tomado alguma precaução quanto ao sinistro, este respondeu com toda a convicção: - Espetei uma cebola nos dentes do engaço. 

João Marçal

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