"NO ENCONTRO COM O SANTO PADRE,
SENTI A PRESENÇA
DE TODA A DIOCESE COMIGO"
Correio do Vouga - A Imprensa transmitiu a ideia de que Bento XVI se manifestou desagradado com a realidade da Igreja portuguesa. Foi essa a impressão com que ficou?
D. ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS - Compreendo que a comunicação social, numa leitura marcada pelo imediatismo, tenha entendido a mensagem do Santo Padre como se fosse uma nota de desagrado face à Igreja em Portugal.
Mas a realidade vivida em Roma e a mensagem recebida do Santo Padre revelam-nos outros sentimentos, apontam-nos outros caminhos, relançam-nos noutros desafios e exigem-nos sobretudo respostas noutros horizontes.
A visita Ad Limina proporcionou aos bispos portugueses tempo de oração, de partilha fraterna entre todos, de diálogo com as Congregações Romanas e sobretudo esses momentos únicos que são o encontro pessoal de cada bispo e o encontro de todos os bispos com o Santo Padre.
No diálogo pessoal que tive com o Santo Padre e nas orientações dele recebidas, senti o acolhimento afável, a solicitude fraterna e o estímulo confiante de Bento XVI. É de esperança esta hora que vivemos em Igreja.
O Santo Padre dialoga connosco, escuta o que lhe dizemos e perscruta atentamente os caminhos percorridos e os projectos pastorais acalentados. Deste encontro, brota uma imensa alegria e emerge um incontido ânimo de viver e trabalhar em comunhão com o sucessor de Pedro.
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Toda a entrevista no Correio do Vouga
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