com Estado paternalista
Com eleições daqui a mais de três anos, parece que iremos ter um período de acalmia política. A agitação virá sobretudo da área económica. E bem necessária ela é, para sairmos da actual estagnação.
A tentativa de compra da maioria do capital da Portugal Telecom (PT) pela Sonae é um bom começo. Esta operação, inédita entre nós pela sua dimensão (equivale a mais de 10% do PIB nacional), desafia o estilo tradicional de gerir empresas em Portugal, com os empresários a inventarem mil pretextos para se encostarem ao Estado. E como os governos gostam dessa dependência, a oferta pública de aquisição (OPA) da PT é também um teste à disposição do Executivo de Sócrates para levar a sério o mercado.
A primeira preocupação de boa parte da nossa classe empresarial continua relacionada com o Estado.
Um significativo exemplo dessa atitude é a triste história de 30 anos de falhanços na união das organizações patronais, o último das quais há dias. Algumas dessas organizações têm um enorme empenho em colaborar com o Governo na distribuição dos fundos de Bruxelas. Há aí muito dinheiro e muita influência em jogo.
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