“Deus constrói tanto com os nossos êxitos como com os nossos fracassos”, afirmou o Bispo de Aveiro, na celebração da acção de graças pelos seus 25 anos na diocese de Aveiro. D. António fez um balanço da sua missão, agradeceu a Deus e pediu “lucidez até ao fim”
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D. António Marcelino queria uma celebração modesta, ao completarem-se 25 anos da sua presença na diocese. “Pensava que ia passar despercebido”, disse, na Eucaristia do dia 1 de Fevereiro, no Seminário de Aveiro, lembrando que 2005 fora cheio de comemorações (75 anos de vida, 50 de ordenação...). Mas leigos, consagrados e padres (em parte vindos do retiro espiritual que estava a decorrer em Albergaria-a-Velha) quiseram estar com o seu bispo.
No início da celebração, Monsenhor João Gaspar assumiu o sentir da assembleia e sublinhou a “coragem e persistência intrépida” de D. António, a sua “caridade sem reticências”, o seu esforço “para o bem da Igreja e de todos nós”.
Na homilia, D. António, olhando para a sua vida e o seu ministério, sublinhou ideias sobre a identidade do ministério sacerdotal que têm sido recorrentes, por exemplo, nas ultimas ordenações. “A entrega e o esforço do padre não são um favor. São a lógica da nossa vida. O padre só se realiza quando olha para Deus. É importante que o povo perceba isto. A única forma de vencer o cansaço é a fidelidade de Deus. Ai do bispo ou do padre que perde tempo a olhar para si ou a pensar na realização humana. (...) Deus constrói tanto com os nossos êxitos como com os nossos fracassos. Deus não precisa dos nossos êxitos, mas da nossa verdade, da nossa entrega ao povo. O padre é um expropriado, alguém que Deus fez Seu e do povo que ama”, disse o Pastor da igreja aveirense.
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