segunda-feira, 31 de outubro de 2005

Uma reflexão de Alexandre Cruz, do CUFC

Uma carta para a humildade Porque falas tão duro na Tua palavra de hoje, Senhor? Porque te indignas de maneira tão forte na Tua crítica? Que se passa para que insistas em não seres conformista, porque Te mexes tanto derrubando a passividade humana, enchendo-nos de inquietação com a Tua inquietude em postura que tão fortemente desinstala todo o mau hábito humano?!... Vendo mais fundo, lendo com olhos de ver, tens toda a razão. Era preciso ir até ao fim, chamar as coisas pelos nomes, retirar da “cadeira de Moisés” o espírito farisaico, a sua visão de Deus e do Homem. Apagar essa ‘ideia-prática’ imatura, tão desigual, turba, paralisante. Vieste até nós para recompor pela justiça o que o mundo nas suas sociedades não conseguia e não consegue. Queres purificar o autêntico Rosto de Deus (que és), queres sentar na cadeira importante os que mais sofrem, deitando por terra aqueles iludidos que, com os pés do barro da vaidade, julga(va)m-se importantes e gosta(va)m de ser tratados acima da sua própria verdade. Enche-nos de comoção, depois de tudo, a Tua insistência renovada de que “somos irmãos” e que a vida só tem significado quando tudo o que se pensa e faz é pelo serviço ao bem comum. Dizes-nos que a “prova dos 9” dos grandes sonhos e causas é a total dedicação amorosa a este mundo, onde todos somos importantes do mesmo modo e “tudo” terá de ser responsabilidade e serviço. Não nos retiras do mundo, antes pelo contrário, queres que no mundo sejamos Teu sinal… Pelo caminho do Teu exemplo e seguimento apercebemo-nos de que temos de ser servos de todos, pois todas as exaltações de poder e vanglória das coisas do mundo cairão em humilhação perdedora… Obrigado, Senhor, por nos chamares à Tua Verdade e nos fortaleceres com a Tua humilde coragem, sendo sempre mais simples ‘cientistas’ e instrumentos da Civilização do (Divino) Amor! Como um dia partilhaste connosco, será pelo poder da simplicidade e humildade que possuiremos a terra! Nessa pureza é que veremos a Deus. É por aqui!...

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