um aumento da oferta gastronómica
Para celebrar um ano de vida em prol da cultura, o Centro Cultural da Gafanha da Nazaré tem patente ao público, até 30 de setembro, uma exposição comemorativa do Bicentenário da Abertura da Barra, intitulada “A Barra e os Portos da Ria de Aveiro — 1808 - 1932”.
Numa curta entrevista que nos concedeu, o presidente da Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), Ribau Esteves, garantiu que o balanço deste ano de trabalho foi «muito positivo». Recordou que a reabilitação do edifício custou o triplo da obra original, tendo sublinhado que «temos de cuidar, em primeira instância, daquilo que temos, dando-lhe qualidade». Essa qualidade foi garantida ao Centro Cultural da Gafanha da Nazaré pelas obras levadas a cabo, o que lhe proporcionou «condições que a modernidade exige».
O autarca de Ílhavo explicou que durante este ano houve 16 mil utilizadores, graças «à gestão integrada com o Centro Cultural de Ílhavo». E adiantou que, para além de artistas de vários quadrantes, não foi descurado «o apoio à nossa gente que também tem as suas artes».
Referindo-se à crise que estamos a atravessar, Ribau Esteves disse que ela ainda não se fez sentir entre nós, talvez «pela tipologia da oferta», pois é ela que proporciona «casa cheia ou média». «Os bons espetáculos é que definem os interesses das pessoas», disse.
O presidente da CMI defendeu que as associações devem cobrar entradas, por uma questão pedagógica, «nem que seja para depois canalizarem as receitas para algumas instituições».
Ribau Esteves frisou que a autarquia tem apostado no envolvimento de patrocinadores, para «reduzir as despesas da Câmara», tendo afirmado que de todas as artes apresentadas «a música ganha sempre», provavelmente pela ajuda dos órgãos da comunicação social, «que são criadores de públicos».
Para abrir o apetite
Sobre projetos para um futuro próximo, na área concelhia, o presidente da CMI informou que o Festival do Bacalhau entra este ano, em agosto, no seu novo ciclo, tendo apresentado, como novidades, «um aumento da oferta gastronómica, um novo sistema de gestão de qualidade, a presença do capital privado e o financiamento das entidades do Turismo, nomeadamente, o Turismo do Centro e o Turismo Nacional. Haverá ainda grandes empresas nacionais no setor dos patrocínios, o que «vai garantir um nível mais alto das despesas».
Fernando Martins