terça-feira, 4 de abril de 2017

A corrupção


«A corrupção é quando o pecado entra, entra, entra, entra na tua consciência e não te deixa lugar sequer para o ar», vincou Francisco, que ao comentar a atitude dos judeus que lhe apresentaram a mulher adúltera, afirmou que faziam uma interpretação da lei «tão rígida que não deixava espaço ao Espírito Santo». Neste caso trata-se de uma «corrupção de legalidade, de legalismo, contra a graça».

Li aqui 

domingo, 2 de abril de 2017

Inovar ou repetir?

Crónica de Frei Bento Domingues no PÚBLICO


«Conformar-se com o estado actual do mundo
é a grande traição que diariamente nos tenta.
A resignação é o nosso pecado.»

1. Segundo a teologia católica mais corrente, os sacramentos cristãos não são de anjos nem para anjos. A Irmã Lúcia, nas suas Memórias, abalou essa opinião. Contou que, entre Abril e Outubro de 1916, já tinha aparecido um anjo aos três pastorinhos, por três vezes, convidando-os à oração e à penitência. Identificou-se como o “Anjo da Paz, o Anjo de Portugal”. Apresentou-se como ministro da comunhão eucarística sob as duas espécies. Não disse onde as teria ido arranjar.
À distância de um século, é uma poderosa narrativa surrealista, indiferente à disciplina romana, de então, sobre a Eucaristia. Ver aí uma precoce antecipação portuguesa do Concílio Vaticano II que, em 1916, ainda ninguém podia prever, condiz bem com a nossa imaginação delirante, compensatória da frustração de não termos contado para nada no maior acontecimento da Igreja Católica do séc. XX.
Com anjos ou sem anjos, os sacramentos movem-se sempre no mundo simbólico que só fala à inteligência a partir dos sentidos mergulhados nas realidades terrestres mais elementares. Ao se tornarem manifestações rituais e litúrgicas exprimem, em gestos e palavras, a identidade partilhada da fé e a sua transmissão. É a fé subjectiva e manifestada que constitui a alma e o motor de todas as formas da ritualidade cristã. Por tudo isso, petrificar os ritos, considerá-los estáticos e imutáveis é trair a condição incarnacionista do cristianismo. Ritualidade e criatividade não se excluem, exigem-se mutuamente. As celebrações litúrgicas que se limitam, ano após ano, a reproduzir um ritual fixo, tornam-se ritos de sepulcros vazios. Como escreveu S. Tomás de Aquino, a graça não substitui a natureza, não evapora o tempo, a mudança. 
Por enquanto, – aproxima-se a era do pós-humano! - os rituais têm a sua raiz na condição corporal do ser humano e, portanto, na sua composição biogenética, ecológica – natural e cultural – e bio psíquica. [1].

Poesia de António Gedeão



Minha aldeia

Minha aldeia é todo o mundo.
Todo o mundo me pertence.
Aqui me encontro e confundo
com gente de todo o mundo
que a todo o mundo pertence.

Bate o sol na minha aldeia
com várias inclinações.
Ângulo novo, nova ideia;
outros graus, outras razões.
Que os homens da minha aldeia
são centenas de milhões.

Os homens da minha aldeia
divergem por natureza.
O mesmo sonho os separa,
a mesma fria certeza
os afasta e desampara,
rumorejante seara
onde se odeia em beleza.

Os homens da minha aldeia
formigam raivosamente
com os pés colados ao chão.
Nessa prisão permanente
cada qual é seu irmão.
Valência de fora e dentro
ligam tudo ao mesmo centro
numa inquebrável cadeia.
Longas raízes que imergem,
todos os homens convergem
no centro da minha aldeia.

António Gedeão, “Minha aldeia”
 In “Poesias Completas”, Portugália, 1971 (1.ª edição)

NOTA: Por sugestão do Caderno Economia do EXPRESSO  

sexta-feira, 31 de março de 2017

Vale a pena ter nascido



De uma visita à Serra da Boa Viagem, que tanto aprecio. E é deste sítio, mágico e desafiante, que eu tento ver o nosso Farol... sem nunca o ter conseguido. Dizem que é de noite que a sua luz, cadenciada e forte, deve chegar ao cimo da serra. Mas eu insisto, insisto sempre, em vê-lo com os meus próprios olhos de sôfrego amante das nossas paisagens de mar e ria. Um dia, de dia, hei de vê-lo. Bom fim de semana.

Maus tratos na infância

Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré
Sábados | 1 - 8 - 22 -  29 | Abril


«A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Ílhavo (CPCJ) associa-se à Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens e comemora, durante o mês de abril, o “Mês da prevenção dos maus tratos na infância”, através da realização de um conjunto de iniciativas previstas no Plano Local de Promoção dos Direitos da Criança de Ílhavo, que decorrerão na Fábrica das Ideias da Gafanha da Nazaré.
Nos sábados de 1, 8, 22 e 29 de abril decorrerá o Ciclo de Workshops, de participação gratuita, dedicado a temas com especial relevância para a infância e juventude, dirigidos à comunidade em geral e, em especial, a pais, educadores e técnicos da área social, para além das crianças e jovens. Neste ciclo serão abordados temas relacionados com a segurança na Internet, educação para a sexualidade, a prevenção das dependências e o Bullying.»

Ler mais em CMI

Trans-humanismo e pós-humanismo (3)

Crónica de Anselmo Borges 


As novas tecnologias, que têm que ver com as NBIC (nanotecnologias, biotecnologias, informática, ciências cognitivas, isto é, ciências do cérebro e inteligência artificial), não deixam de nos surpreender constantemente, de tal modo que transformar e melhorar a espécie humana deixou de ser ficção. A identificação do processo CRISPR/Cas9 permite modificar o mapa genético, escrevendo a este propósito a investigadora Maria do Carmo Fonseca: "Pode ser que pela primeira vez o homem seja capaz de mudar o seu próprio código genético e a longo prazo concretizar o sonho de melhorar a nossa espécie. Não vamos ser imortais, mas poderemos ser super-homens." E criar uma nova espécie, com a bifurcação da humanidade?
Os êxitos da computação são igualmente estrondosos nas suas inovações. Assim, por exemplo, já se estreou o primeiro filme escrito por um robô e ninguém deu conta; um robô foi dando aulas online durante um semestre e ninguém se apercebeu; um computador bateu o campeão do jogo GO e outro, programado pela IBM, bateu o campeão de Jeopardy, um jogo no qual são apresentadas as respostas sobre os mais variados temas - história, literatura, ciências - e os concorrentes têm de formular as perguntas correspondentes. As capacidades dos computadores aumentarão incomensuravelmente a cada dia. Em Fevereiro de 2017, cientistas de vários países anunciaram que está em marcha uma nova revolução tecnológica, com o projecto de construção do computador mais poderoso de sempre, um computador quântico.

Carta Aberta a Lázaro de Betânia, Amigo de Jesus

Reflexão de Georgino Rocha


Senhor Lázaro

Desculpe a minha ousadia, mas tenho necessidade de expressar os meus sentimentos a propósito do seu reviver após a morte. O Evangelho de João faz um belo relato, mas não regista nenhuma palavra sua. Indica apenas atitudes. Reina um silêncio que parece ser a linguagem única que emerge da gruta onde esteve sepultado. Ou, então, um convite a que não se perca o fundamental: Jesus de Nazaré, seu especial Amigo, tem poder sobre a morte e antecipa um sinal da ressurreição que irá viver, após a morte por crucifixão no Calvário.
Expresso a minha necessidade como padre católico. Vivo em Portugal, um cantinho da Europa junto ao Atlântico. Estudo as Escrituras há muitos anos e encontro sempre dimensões novas nos textos sagrados. O que se refere à sua família desperta-me especial interesse. Aprecio o ambiente de Betânia e admiro a mensagem que brilha na relação fraterna com as suas irmãs, especialmente quando cai doente. Quantos cuidados não teriam consigo e que solicitude em avisar o Amigo comum. Bem sei que o autor do relato, na altura em que o escreve, tem em conta o que aconteceu para destacar e sublinhar algumas características da comunidade cristã e do estilo de vida dos seus membros.

terça-feira, 28 de março de 2017

Uma hora no Jardim Oudinot







Hoje à tarde andei pelo Jardim Oudinot a gastar algumas calorias que vêm da vida muito parada que tenho levado. Tinha uma hora livre para o fazer e aproveitei a oportunidade para caminhar por lá, sem vivalma que me distraísse nem me interrompesse. E foi muito bom. Apenas uns pescadores de cana e anzol à cata de alguns robalos para uma boa caldeirada marcaram presença nesta tarde de primavera com um sol tímido. 
Num outro canto da larga avenida uns homens gozavam o prazer do convívio, num jogo cujo nome desconheço. Sei que atiram umas bolas de aço, suponho eu, direcionadas para um taco, na tentativa de acertarem nele, o que raramente acontece. Mas acontece de vez em quando. Depois medem as distâncias das bolas, para confirmarem o vencedor. Penso que é assim. 
Volta e meia por ali, sem pressas nem correrias, ainda deu para tirar umas fotos que aqui ofereço aos meus leitores, na esperança de que passem pelo Jardim Oudinot, mesmo em dias ainda longe do verão.

6.º Encontro das Comunidades Portuárias

Amanhã, quarta-feira, 29 de março


O Porto de Aveiro vai acolher amanhã, quarta-feira, 29 de março, o 6.º Encontro das Comunidades Portuárias, estando presentes, para além da comunidade anfitriã, as Comunidades Portuárias da Figueira da Foz, Leixões, Lisboa, Setúbal, Sines e Viana do Castelo.
O início dos trabalhos está previsto para as 14h30, sendo a coordenação de João Fugas, Presidente da Comunidade Portuária de Aveiro.

Fonte: CPA

Santa Maria Manuela: Um navio, muitas opções


«O Santa Maria Manuela (SMM) foi construído em 1937, pertenceu à lendária Frota Branca e enfrentou as adversidades do mar do Norte durante as duras campanhas da pesca ao bacalhau. Agora, totalmente renovado, é um veleiro único com excelentes condições para viagens, eventos e experiências náuticas.»

Ver mais aqui 

segunda-feira, 27 de março de 2017

O CIEMar-Ílhavo comemora o seu 5.º aniversário



«O CIEMar-Ílhavo comemora o seu 5.º aniversário no dia 1 de abril, com um programa multifacetado. De manhã o Museu mostra a sua polivalência, com a realização de uma aula de yoga no Aquário dos Bacalhaus e com uma oficina de modelismo náutico. A sessão comemorativa começa às 17:00, com um conjunto momentos de grande interesse: a inauguração da exposição "Ílhavo - Memória e Identidade", um projeto académico da Universidade de Aveiro; a apresentação da publicação “História e Memória do Porto Bacalhoeiro”; a abertura da remodelação da exposição de modelos de navios na Sala dos Mares; e a apresentação do Boletim digital n.º 5 do CIEMar-Ílhavo.
Este será mais um dos momentos da comemoração do 80.º aniversário do Museu Marítimo de Ílhavo, que se prolongará até ao fim do ano.

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