A limpeza das pedras obriga a algum cuidado. Ao menor deslize, lá estão as águas do canal, no Jardim Oudinot, para receber quem trabalha.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
É LEGÍTIMO LUTAR POR UM LUGAR DE TRABALHO
Estímulos e travões
no processo de recuperação
António Marcelino
Dizer que o momento que atravessamos é difícil não vai além
de repetir o que todos sabemos e vamos sentindo. É verdade, no entanto, que
para uns as dificuldades são maiores do que para outros. Sendo assim, não
podemos deixar de nos perguntar como consegue sobreviver uma família modesta
com um ou os dois pais desempregados ou um casal de idosos com uma reforma mais
do que magra. Muitas perguntas pertinentes se podem e devem fazer para se poder
interiorizar a crise. Multiplicam-se, é certo, as expressões de solidariedade.
Porém não é fácil a pessoas que sempre tiveram uma vida que se ia bastando por
si própria terem agora de recorrer a instituições para pedir alimento ou ajudas
que lhes permitam responder a despesas inadiáveis. O que toca na auto-estima
também empobrece as pessoas.
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Os nossos artistas: Cândido Teles
Neste dia, há um ano, recordei o nosso artista Cândido Teles. Dele tenho apenas um serigrafia, mas pode ser que um dia, com menos crises em cima ou à vista, possa adquirir uma sua obra de mais peso. O mais importante, porém, será cultivarmos o gosto pelos artistas que mais admiramos.
Veja aqui
Igreja com intervenção mais política
Carlos Azevedo, Bispo Auxiliar de Lisboa, defende que Igreja Católica deve ter uma intervenção política mais ativa.
Veja aqui
«Preciso da tua mão»
O que resta do Pai?
José Tolentino Mendonça
«O que resta do Pai?», pergunta-se o psicanalista Massimo
Recalcati no seu oportuníssimo estudo sobre a paternidade na época pós-moderna.
A preocupação que partilha com os leitores é esta: resta muito pouco. E para
classificar os tempos que correm ele recupera uma expressão de Jacques Lacan:
«a evaporação do pai». De facto, a nossa cultura tem praticado, com razões mas
sem razão, uma demolição sistemática da figura do pai. O pai deixou de ser
referência de valor para avaliarmos o sentido, para delinearmos a fronteira do
bem e do mal, da vida e da morte. Vivemos muito mais uma suspeita permanente em
relação ao que o pai representa ou mergulhados num luto obsidiante, promovendo
o desencanto e a incerteza ao estatuto de novas formas de felicidade (e de
ilusão). O que defende Recalcati é que a figura do pai precisa de ser
recuperada.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
S. Paio da Torreira
A tradicional romaria do S. Paio da Torreira, no concelho da Murtosa, continua a atrair muitos romeiros. Ver mais aqui
A CLASSE MÉDIA
Um artigo de António Rego

(...) mais que um enfraquecimento económico, foi debilidade de alma com dependência viciosa da banalidade, mau gosto, futilidade de vida e perda de valores humanos e patrimoniais.
E cada vez mais se vão vendo e ouvindo notícias, debates, declarações, sentenças avulsas, sobre uma crise que desaba sobre todos, e onde todos parecem querer fugir na hora de assumir gestos concretos para a solução. Os verdadeiramente pobres já não sabem que dizer e fazer. Os chamados ricos não sentem alteração apreciável. Tal como está a impatrialidade do dinheiro, facilmente se arranja um colchão anónimo em qualquer recanto do planeta e aí se faz descansar em paz os milhões, escapando ao mais rigoroso sistema fiscalizante. Assim ignoram a crise dos outros aquietando a consciência com doações ou fundações que pouco remendam os andrajos ou saram as feridas. A crise, mais cedo ou mais tarde, vai passar e tudo continuará como dantes.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
De que precisamos para ser felizes?
Satish Kumar, em entrevista ao PÚBLICO, garantiu que a Natureza tem a solução para sermos felizes. Este indiano, que já foi monge e caminhou 13 mil quilómetros, sem dinheiro, pela paz mundial, pede o regresso à Natureza, em entrevista registada por Helena Geraldes.
Mais um livro de Senos da Fonseca
Uma mais-valia para o conhecimento das nossas raízes
Quem gostar de conhecer a nossa história local, com
tradições, saberes e actuais realidades, não pode ignorar o que Senos da
Fonseca tem publicado nos últimos anos, com garantias de que continuará neste
mister de mostrar o que fomos e somos. O seu mais recente livro, Embarcações que tiveram berço na laguna —
Arquitectura Naval Lagunar, oferece-nos um conjunto de informações a todos
os títulos meritórias, que surgiram agora na sequência de trabalhos como Na Rota dos Bacalhaus, Ílhavo — Ensaio Monográfico, O Labareda e Costa-Nova
— 200 Anos de História e Tradição, entre outros.
Embora ainda não o tenha refletido na íntegra, posso
adiantar que me sinto à vontade para dizer que se trata de uma obra muito digna
de qualquer estante de todos os ílhavos, neles incluindo os gafanhões, ou não
fossem todos parte integrante da laguna, como as embarcações que Senos da
Fonseca nos apresenta com riqueza de pormenores, muitos dos quais nos escapam
por insuficiente preparação para os sabermos arquivar na nossa memória. Contudo,
haverá ainda tempo para nos iniciarmos na recolha sistemática de tanta
sabedoria que nos foi legada pelos filhos genuínos da ria, os nossos
antepassados, onde as embarcações retratadas tiveram berço.
domingo, 4 de setembro de 2011
AO SABOR DA MARÉ - 2
1. Disse aqui, no meu blogue, que nem sempre apreciamos e valorizamos as nossas instituições que, no fundo, são o reflexo dos gostos, aspirações e sentimentos do povo que somos ou que gostaríamos de ser, enquanto membros ativos e criativos de uma sociedade em constante evolução, desde o século XVII.
Sublinhei então a necessidade de todos olharmos para o que nos cerca, no sentido de a qualquer momento apoiarmos as instituições que se dão à nossa comunidade. E haverá muitas maneiras de fazer, bastando para isso a nossa imaginação e espírito solidário.
2. Participei, na quarta feira, 1 de setembro, na reunião promovida pela ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha), com vontade de colaborar, dentro das minhas limitadas capacidades. Gostei do que vi e ouvi, sentindo e pressentindo o gosto que muitos nutrem pelas problemas e aspirações da nossa terra. Bom sinal. Só espero que o prazer de colaborar de tantos gafanhões não esmoreça, antes prossiga num crescendo que decerto enriquecerá a nossa comunidade. Há muitas ideias, muitos projetos em carteira, muitos sonhos à espera de concretização.
3. Foi inaugurado o Monumento do Centenário, na Cale da Vila, conforme relatei neste meu blogue. Foi dito que este ato culminou um ano de celebrações do centenário da criação da paróquia e freguesia. Contudo, e se me permitem a franqueza, eu ainda esperava mais qualquer coisa de interessante, de que se falou há mais de um ano. Refiro-me ao arranjo urbanístico da zona em frente à igreja matriz e, ainda, ao aproveitamento do espaço outrora ocupado pelo mercado. Penso que estava em projeto a construção de um edifício para sede da Junta de Freguesia e dos Correios, bem como de uma praça que poderia chamar-se Praça do Centenário. A crise terá ditado as suas leis, mas seria boa ideia que não caísse no esquecimento.
Fernando Martins
GAFANHA DA NAZARÉ: Festas da Senhora dos Navegantes
A tradição continua a cumprir-se
Como manda a tradição, vão realizar-se, na Gafanha da
Nazaré, as festas em honra da Senhora dos Navegantes, com romaria e procissão
pela Ria de Aveiro, no próximo dia 18 de setembro. Diz a mesma tradição que
Nossa Senhora dos Navegantes, venerada na sua capelinha do Forte da Barra, é
muito da devoção dos nossos marítimos, a quem rogavam ajuda nas horas difíceis,
em mares alterosos.
Estas festas foram acompanhando os tempos, até se tornarem
mais conhecidas, muito para além das gentes do mar, sobretudo quando, por
iniciativa do Padre Miguel Lencastre, foi implementada a procissão pela ria,
desde o porto de pesca longínqua, na Cale da Vila, até ao Forte da Barra.
A procissão inicia-se pelas 14 horas a partir do Stella
Maris, em direção ao cais n.º 3, onde começará o desfile pela ria.
Incorporam-se as imagens de Nossa Senhora, a Filarmónica Gafanhense, barcos
moliceiros com grupos folclóricos convidados, barcos saleiros e mercantéis, que
transportarão pessoas devidamente autorizadas. Ainda participam barcos de recreio
e outros, com os seus proprietários, familiares e amigos. No percurso, é marco
importante a passagem por S. Jacinto, cujas populações testemunharão o carinho
que nutrem pela Senhora dos Navegantes.
Pelas 16.30 horas será o desembarque no Forte da Barra,
seguindo-se a celebração da eucaristia, acompanhada por grupos folclóricos.
No final, atuará a Filarmónica Gafanhense, após o que terá início o Festival de
Folclore, com a participação da Associação Cultural e Recreativa do Mindelo, do
Rancho Folclórico “Os Pastores de S. Romão, Seia, e do Grupo Etnográfico da
Gafanha da Nazaré, que organizou, com a paróquia, esta festa dedicada à Senhora
dos Navegantes.
Subscrever:
Mensagens (Atom)
PESQUISAR
DESTAQUE
Animais das nossas vidas
O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...
https://galafanha.blogspot.com/
Pesquisar neste blogue
Arquivo do blogue
- julho 2025 (4)
- junho 2025 (28)
- maio 2025 (51)
- abril 2025 (53)
- março 2025 (52)
- fevereiro 2025 (48)
- janeiro 2025 (50)
- dezembro 2024 (49)
- novembro 2024 (45)
- outubro 2024 (43)
- setembro 2024 (38)
- agosto 2024 (21)
- julho 2024 (29)
- junho 2024 (40)
- maio 2024 (25)
- abril 2024 (39)
- março 2024 (51)
- fevereiro 2024 (36)
- janeiro 2024 (61)
- dezembro 2023 (46)
- novembro 2023 (61)
- outubro 2023 (66)
- setembro 2023 (37)
- agosto 2023 (37)
- julho 2023 (48)
- junho 2023 (48)
- maio 2023 (58)
- abril 2023 (67)
- março 2023 (54)
- fevereiro 2023 (53)
- janeiro 2023 (56)
- dezembro 2022 (59)
- novembro 2022 (60)
- outubro 2022 (71)
- setembro 2022 (54)
- agosto 2022 (59)
- julho 2022 (48)
- junho 2022 (56)
- maio 2022 (53)
- abril 2022 (65)
- março 2022 (60)
- fevereiro 2022 (51)
- janeiro 2022 (66)
- dezembro 2021 (73)
- novembro 2021 (57)
- outubro 2021 (66)
- setembro 2021 (67)
- agosto 2021 (52)
- julho 2021 (56)
- junho 2021 (68)
- maio 2021 (60)
- abril 2021 (48)
- março 2021 (67)
- fevereiro 2021 (55)
- janeiro 2021 (60)
- dezembro 2020 (61)
- novembro 2020 (57)
- outubro 2020 (68)
- setembro 2020 (69)
- agosto 2020 (64)
- julho 2020 (76)
- junho 2020 (60)
- maio 2020 (63)
- abril 2020 (49)
- março 2020 (63)
- fevereiro 2020 (57)
- janeiro 2020 (73)
- dezembro 2019 (66)
- novembro 2019 (67)
- outubro 2019 (55)
- setembro 2019 (43)
- agosto 2019 (45)
- julho 2019 (40)
- junho 2019 (41)
- maio 2019 (54)
- abril 2019 (63)
- março 2019 (54)
- fevereiro 2019 (41)
- janeiro 2019 (45)
- dezembro 2018 (49)
- novembro 2018 (52)
- outubro 2018 (43)
- setembro 2018 (44)
- agosto 2018 (33)
- julho 2018 (68)
- junho 2018 (50)
- maio 2018 (68)
- abril 2018 (63)
- março 2018 (68)
- fevereiro 2018 (43)
- janeiro 2018 (65)
- dezembro 2017 (63)
- novembro 2017 (59)
- outubro 2017 (59)
- setembro 2017 (50)
- agosto 2017 (24)
- julho 2017 (60)
- junho 2017 (85)
- maio 2017 (61)
- abril 2017 (54)
- março 2017 (52)
- fevereiro 2017 (43)
- janeiro 2017 (42)
- dezembro 2016 (46)
- novembro 2016 (46)
- outubro 2016 (36)
- setembro 2016 (48)
- agosto 2016 (35)
- julho 2016 (53)
- junho 2016 (63)
- maio 2016 (66)
- abril 2016 (49)
- março 2016 (46)
- fevereiro 2016 (50)
- janeiro 2016 (50)
- dezembro 2015 (69)
- novembro 2015 (62)
- outubro 2015 (79)
- setembro 2015 (54)
- agosto 2015 (39)
- julho 2015 (48)
- junho 2015 (47)
- maio 2015 (79)
- abril 2015 (48)
- março 2015 (54)
- fevereiro 2015 (57)
- janeiro 2015 (78)
- dezembro 2014 (76)
- novembro 2014 (88)
- outubro 2014 (82)
- setembro 2014 (57)
- agosto 2014 (63)
- julho 2014 (54)
- junho 2014 (45)
- maio 2014 (27)
- abril 2014 (57)
- março 2014 (68)
- fevereiro 2014 (74)
- janeiro 2014 (88)
- dezembro 2013 (76)
- novembro 2013 (81)
- outubro 2013 (92)
- setembro 2013 (70)
- agosto 2013 (72)
- julho 2013 (75)
- junho 2013 (73)
- maio 2013 (37)
- abril 2013 (60)
- março 2013 (80)
- fevereiro 2013 (64)
- janeiro 2013 (81)
- dezembro 2012 (84)
- novembro 2012 (67)
- outubro 2012 (80)
- setembro 2012 (65)
- agosto 2012 (57)
- julho 2012 (61)
- junho 2012 (49)
- maio 2012 (115)
- abril 2012 (94)
- março 2012 (117)
- fevereiro 2012 (117)
- janeiro 2012 (118)
- dezembro 2011 (108)
- novembro 2011 (106)
- outubro 2011 (99)
- setembro 2011 (94)
- agosto 2011 (66)
- julho 2011 (80)
- junho 2011 (108)
- maio 2011 (121)
- abril 2011 (109)
- março 2011 (127)
- fevereiro 2011 (119)
- janeiro 2011 (105)
- dezembro 2010 (94)
- novembro 2010 (83)
- outubro 2010 (87)
- setembro 2010 (109)
- agosto 2010 (88)
- julho 2010 (93)
- junho 2010 (66)
- fevereiro 2010 (48)
- janeiro 2010 (144)
- dezembro 2009 (126)
- novembro 2009 (137)
- outubro 2009 (130)
- setembro 2009 (111)
- agosto 2009 (118)
- julho 2009 (124)
- junho 2009 (103)
- maio 2009 (131)
- abril 2009 (124)
- março 2009 (114)
- fevereiro 2009 (101)
- janeiro 2009 (109)
- dezembro 2008 (116)
- novembro 2008 (118)
- outubro 2008 (139)
- setembro 2008 (111)
- agosto 2008 (69)
- julho 2008 (139)
- junho 2008 (153)
- maio 2008 (169)
- abril 2008 (160)
- março 2008 (142)
- fevereiro 2008 (124)
- janeiro 2008 (135)
- dezembro 2007 (119)
- novembro 2007 (106)
- outubro 2007 (119)
- setembro 2007 (87)
- agosto 2007 (68)
- julho 2007 (45)
- junho 2007 (79)
- maio 2007 (83)
- abril 2007 (76)
- março 2007 (108)
- fevereiro 2007 (132)
- janeiro 2007 (106)
- dezembro 2006 (66)
- novembro 2006 (87)
- outubro 2006 (101)
- setembro 2006 (74)
- agosto 2006 (109)
- julho 2006 (89)
- junho 2006 (111)
- maio 2006 (122)
- abril 2006 (107)
- março 2006 (149)
- fevereiro 2006 (89)
- janeiro 2006 (145)
- dezembro 2005 (109)
- novembro 2005 (120)
- outubro 2005 (142)
- setembro 2005 (101)
- agosto 2005 (129)
- julho 2005 (113)
- junho 2005 (145)
- maio 2005 (152)
- abril 2005 (148)
- março 2005 (113)
- fevereiro 2005 (115)
- janeiro 2005 (101)
- dezembro 2004 (44)
-
Já lá vão uns anos. Os primeiros passos para a sua construção estavam a ser dados. Passei por lá e registei o facto. As fotos retratam o qu...
-
O esperado primeiro dia de 2025 veio sereno, bem próprio do meu normal estado de espírito. Por temperamento, não sou dado a euforias. Vivo u...
-
Chá com amigos: Padre António Maria Borges, Daniel Rodrigues e Padre Miguel Lencastre. O tema, entre outros, era a preparação de umas report...