terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

JUSTIÇA SOCIAL - UMA LUTA DE TODOS OS DIAS



Celebra-se hoje, 20 de fevereiro, o Dia Mundial da Justiça Social, criado precisamente há 11 anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Foi celebrada pela primeira vez em 2009 e precisa de todos nós, no sentido de despertar a consciência de toda a gente para as realidades concretas de injustiças ofensivas da dignidade humana.
Desde jovem, sempre me senti acordado para esta premência de lutar, no dia a dia, pela justiça social, graças ao meu envolvimento concreto na Ação Católica, nomeadamente na JOC (Juventude Operária Católica). Foi aí que tomei consciência das injustiças no mundo do trabalho e na sociedade em geral, ao ouvir, semana a semana, os relatos dos jovens trabalhadores, apesar de eu ser estudante. O método criado por Joseph Cardjin, um padre belga, filho de operários, apoia-se no Ver, Julgar e Agir, e ainda se mantém atual. 
Os jovens trabalhadores relatavam, com riqueza de pormenores, as injustiças de que eram alvos nas oficinas, fábricas, empresas de construção civil e outras, o que nos levava a refletir e a delinear estratégias de atuação, no sentido de repor a justiça de quem ganhava o pão com o suor do seu rosto. E se havia patrões compreensivos e justos, não faltavam os exploradores dos operários, quantos deles ainda na adolescência. Conheci humilhações que me marcaram para a vida. 
Presentemente, o Dia Mundial da Justiça Social, que deve ser vivido todos os dias do ano e de todos os anos, leva-nos a olhar para a pobreza que nos cerca, para o desemprego e exclusão, para os aposentados com reformas de miséria, para trabalhadores com o salário mínimo para sustentar a família, para a discriminação com base no sexo e na idade, para a xenofobia e marginalização dos migrantes e refugiados, no espírito de contribuirmos para que o mundo se torne verdadeiramente mais fraterno. 
Se é verdade que muitos já fazem muito pelos mais desprotegidos, importa continuar a lutar sem descanso pelos Direitos Humanos em todas as frentes. 

Fernando Martins

HOJE ACORDEI COM ESPÍRITO DE PRIMAVERA


A Ria

Hoje acordei com olhos e espírito de primavera. Dia sereno, sem frio e com sol a brilhar, resolvemos sair de casa para respirar o ambiente que garantia paz, harmonia e abertura ao mundo que nos envolve. Alheios às guerrilhas futebolísticas e políticas que dominam os quotidianos de tantos, que  deles nem sempre conseguimos fugir, lá saímos tranquilos. Partimos para Aveiro e a ria encheu-nos a alma. Mesmo dentro do carro, registei o panorama tantas vezes visto a correr. A água, os canais, as gaivotas e outras aves, os arbustos salgados pela maresia e ao longe o burgo com os seus apelos e recordações. 
Estou a escrever em direto, que as novas tecnologias permitem isso. Numa grande superfície, os rostos de quem vive a correr, de quem está a aproveitar uma temperatura amena, de quem passeia sem pressas e de quem se abastece para normalizar a despensa completam o quadro real. E o dia corre assim. 
Uma excelente tarde para todos.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

PRAIA DA BARRA POR FRANCISCOLTB



Com a devida vénia, copiei daqui

A propósito desta fotografia que publiquei no meu blogue, resolvi procurar o autor e conhecer os seus trabalhos. Li que as suas paixões são os barcos, navios e equiparados, sendo as paisagens um complemento que enriquece a sua arte. 
Do que vi, gostei imenso, razão por que se compreende a escolha do Porto de Aveiro, onde há, sem dúvida, colaboradores de muito bom gosto.
A foto da Praia da Barra, um ex-libris do nosso concelho, ao lado da Costa Nova e da nossa laguna, é lindíssima. Um colorido inebriante que casa bem com as nuvens e o mar, deixa-nos “invejosos” por não possuirmos saber e arte capazes de o imitar. Uma saudação especial para o autor.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

A FAMÍLIA NASCE DE UMA BÊNÇÃO DIVINA

Bento Domingues 


«O humor não faz mal ao amor à família. Em Granada, encontrei um pequeno azulejo com estes dizeres: família só a Sagrada e, mesmo esta, na parede pendurada.»

1. Da religião da tristeza resvalou-se para a tristeza da religião. Os primeiros gestos, palavras e atitudes do Papa Francisco mostraram que era possível virar essa página: a da Igreja e a da sociedade. Não queria fazer nada sem Deus e sem os irmãos. Mas o Deus de que fala e vive não é o da tristeza e da ameaça. Os irmãos convocados não são, apenas, os praticantes dos rituais católicos.
É bem conhecido que, em muito pouco tempo, enviou ao episcopado, ao clero, às pessoas consagradas e a todos os fiéis leigos uma convocatória para levarem o Evangelho da Alegria ao mundo actual. Inscreveu-se, deste modo, no caminho aberto por Jesus de Nazaré, assumido por João XXIII e esboçado no Vaticano II. Entretanto, o mundo mudou e está a mudar com uma velocidade estonteante.
Para Klaus Schwab, entre os muitos e diversificados desafios fascinantes que enfrentamos, o mais intenso e importante é como compreender e definir a nova revolução tecnológica, que implica nada menos do que a transformação de toda a humanidade. Estamos no início de uma revolução que alterará radicalmente a maneira como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Na sua escala, amplitude e complexidade, o que considera ser a Quarta Revolução Industrial é diferente de tudo o que a humanidade viveu antes [1].

sábado, 17 de fevereiro de 2018

“ENTRE O MAR E A RIA” - Para conhecer a nossa terra

Dois dias de aulas diferentes 
na Gafanha da Encarnação


«A EB 2,3 da Gafanha da Encarnação promoveu as suas jornadas que, este ano, foram subordinadas ao tema “Entre o Mar e a Ria”. Nestes dois dias, não houve aulas, estando os alunos totalmente focados nestas actividades. A iniciativa contou com cerca de 30 oradores convidados, entre professores da Universidade de Aveiro (do ramo do Ambiente e Biologia), entidades como a Capitania do Porto de Aveiro e várias empresas que laboram nas áreas do turismo, pesca, cultura e gastronomia.
Sérgio Costa, professor dinamizador deste evento, explica que estas actividades formativas pretendem “facilitar a aprendizagem num contexto menos formal, ainda que procuremos que não seja menos eficaz”. A cultura de ostras foi um dos temas apresentados, tendo a empresa Ostraveiro explicado aos alunos a composição das ostras e os seus benefícios, em termos de serem ricas em vitaminas, cálcio e ferro. Outra das temáticas abordadas foi o mergulho, tendo a apresentação estado a cargo da Aveirosub. Alunos ficaram a saber mais sobre as várias vertentes do mergulho e a componente da formação. Os estudantes tiveram, também, oportunidade de ver algumas imagens antigas do concelho de Ílhavo, no âmbito do projecto “Imagens com Memória”.»


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A LEI DO CELIBATO DOS PADRES

Anselmo Borges 

Anselmo Borges

1 Escreveu-se imenso sobre um padre da Madeira que assumiu a paternidade de uma menina. Também me perguntaram o que é que eu penso.
Desconheço a situação concreta, mas, em princípio, ter assumido a paternidade é um acto que honra o padre. Está, aliás, na linha do recente documento da Conferência Episcopal Irlandesa, que Francisco quer estender a toda a Igreja, estabelecendo que os padres devem, como qualquer outro pai, assumir as suas responsabilidades, colocando os interesses da criança em primeiro lugar, com todas as consequências: afectivas, legais, morais, financeiras. É inaceitável que os filhos dos padres continuem a ser "sobrinhos" ou "afilhados". As crianças têm direito à sua identidade e a mãe não pode ficar sozinha e excluída. Se a Igreja prega os direitos humanos aos outros, tem de praticá-los em primeiro lugar no seu próprio seio.
Ter sido pai não deve implicar automaticamente o abandono do sacerdócio. A questão deve ser dialogada entre o padre, o bispo, a mãe e a comunidade a que o padre preside. Se quiser casar-se, deverá seguir o seu caminho, abandonando.

JESUS, TENTADO, ANUNCIA O EVANGELHO DE DEUS

 Reflexão de Georgino Rocha 

Georgino Rocha

Jesus recebe no baptismo do Jordão a declaração da sua identidade. João realiza o rito. Jesus sai da água e acontece uma série de sinais reveladores: Vê os céus abertos e o Espírito descer sobre Ele na forma de pomba; escuta uma voz vinda do céu que diz: “Tu és o Meu Filho amado; em Ti encontro o Meu agrado”. (Mc 1, 12-15).
Credenciado como Filho, o encanto do Pai, é impelido para o deserto pelo Espírito Santo. Esta afirmação do autor do relato, simples e densa, realça que Jesus, no seu agir histórico, está envolvido na comunhão de Deus, das pessoas divinas. E esta é a primeira boa notícia do Evangelho. Jesus não se move por outros interesses ou intenções: de benefício pessoal ou familiar, de projecção pública ou religiosa. É o Espírito Santo que o anima e ilumina nas suas opções. E leva ao deserto.
O deserto geográfico é uma região da Judeia que tem como referências principais Jerusalém e Belém, terras com estilo de vida organizada, citadino, e memória histórica de feitos inesquecíveis. Ao atravessá-lo, o povo de Deus faz experiências marcantes, onde ocorrem as tentações, aquando da fuga do Egipto, do acampamento junto ao Sinai, da travessia de outros locais até chegar ao destino. Durante a sua atribulada viagem, recebe as bênçãos de Deus, as Tábuas da Lei com os mandamentos, e faz a experiência salutar de confiar nas promessas, de aprender com as crises, de se deixar encontrar por Deus em festiva aliança de amor.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Oficinas Criativas para potenciar novos talentos

Foto do arquivo da CMI

Oficinas Criativas 2018 é um projeto das Câmara de Ílhavo aberto aos jovens, mas também a outros interessados. Destina-se «a fomentar o gosto pelo saber», no sentido de «promover a imaginação», aprofundando e consolidando ainda «conhecimentos já adquiridos» e potenciando «novos talentos».
As Oficinas Criativas vão funcionar em horário pós-laboral, e aos participantes serão atribuídos certificados. Os assuntos a tratar abordam temas como Fotografia, Teatro e Representação, Língua Gestual, e Modelação e Confeção. Tudo decorrerá à sombra dos Fóruns Municipais da Juventude (FMJ) e os projetos serão trimestrais.
Para mais informações, recorrer aos FMJ da área concelhia.
Comunidade de Leitores 
na Biblioteca Municipal de Ílhavo
 
Ana Maria Lopes autografando um dos seus livros


«A Câmara Municipal de Ílhavo volta a promover a Comunidade de Leitores com novas leituras e um moderador diferente em cada sessão, desafiando à leitura de um livro. A primeira sessão desta segunda temporada da Comunidade de Leitores tem lugar já no dia 22 de fevereiro (quinta-feira), pelas 21h00, na Biblioteca Municipal de Ílhavo, e será dedicada ao livro "Os pescadores", de Raul Brandão.
O prazer e as experiências de leitura serão partilhados por todos os que aceitarem o desafio de se reunir para uma conversa sobre o livro, moderada por Ana Maria Lopes.
A participação é gratuita. Inscreva-se e participe!»
Nota da Biblioteca Municipal de Ílhavo 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

O PORTO COM A LIVRARIA LELLO





Fui hoje ao Porto com a minha neta Filipa. Aceitei o seu convite ao jeito de quem deseja celebrar, de forma diferente, o seu aniversário. E a ida ao Porto, cidade da qual guardo gratas recordações dos tempos em que por lá andei, foi a cereja no topo do bolo. 
O tempo chuvoso e frio, à partida, não seria motivo de um dia bem passado, mas a cidade, que me envolveu logo à chegada, protegeu-me da invernia. E facilmente voltei décadas atrás, calcorreando velhas ruas com velhas casas, e de vários ângulos apreciei comércio antigo e moderno, edifícios com história, praças dedicadas a gente que deixou marcas no coração burgo. 
Foi bastante agradável conversar… conversar… conversar, enquanto passávamos por entre os pingos da chuva miudinha sem vento que incomodasse. A azáfama dos portuenses é notória e os estacionamentos repletos sugeriram-nos os parques subterrâneos sem olhar a preços, que o tempo urgia. E uma visita à famosa livraria Lello impunha-se. Entrada paga, com desconto garantido na compre de um livro. A livraria, considerada das mais bonitas do mundo, merecia a espera, a compra dos bilhetes em loja separava com bicha a impor a ordem. 
Turistas e mais turistas, funcionários atenciosos, fotógrafos e fotografias sem conta e  o esplendor do interior a apelarem à nossa atenção justificam a visita E os livros, sempre os livros, e a normalidade de uma qualquer livraria a declarar-se ali. Mas a chama e a fama do antigo e do belo bem casados atraem-nos. E os turistas não faltam e agradecem. 

FM

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

UMA COISA COMOVEDORA E INTERESSANTE

A Igreja dos caminhos 
que se bifurcam

«Uma das coisas mais comovedoras em Portugal é o zelo dos indiferentes e dos ateus pela Igreja Católica. Não vão à missa, “não acreditam em nada daquilo”, mas ei-los sempre cheios de opiniões sobre o que devia ser o catolicismo. Cento e dezassete anos depois da separação, a Igreja continua a ser discutida como se fosse o equivalente religioso do Serviço Nacional de Saúde.»

Rui Ramos, no OBSERVADOR 

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