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João Gonçalves |
«Por uma janela, nem que seja estreito postigo, limitado por qualquer grade ou desgosto, queremos sempre deixar e proporcionar a entrada da Luz, da Vida e da Esperança... Janelas com horizonte, donde se espreite e criem, com o auxílio de mãos e de corações, certezas de Felicidade!»
Há dias, num encontro internacional da Pastoral Penitenciária Católica, realizado em Roma, e onde Portugal também se fez presente, o Papa Francisco lançou um forte convite às Pessoas em privação de liberdade, convidando-as a que não desistam de aproveitar o vidro das janelas para espreitar horizontes de liberdade!
Todos sentimos e vivemos a certeza de que não é possível mudar de vida, para melhor, se não se vê um horizonte que aponte caminhos de mais felicidade, de melhor e maior realização pessoal e social.
Nunca temos como exagerada a referência frequente, e sempre necessária, do "código da Felicidade", tão bem desenvolvido e concretizado no capítulo das Bem-aventuranças, onde o Mestre chama Felizes a todos os que aceitam fazer percursos por caminhos muito contestados por tantos...
A missão do Pastor - e da Igreja, na sua bela tarefa de Mãe e de Pastora - não é empurrar nem forçar o rebanho a prosseguir caminhos nem critérios; oferece e aponta, e pode apresentar provas do que traz melhores resultados. Ainda assim, as fragilidades do barro que somos nem sempre deixam a liberdade suficiente para uma actuação correcta e consentânea com o Evangelho, aceite como critério de vida.