quarta-feira, 2 de março de 2022

AVEIRO: Pe. João Gonçalves vai ter nome de rua

Pe. João (Foto do meu arquivo)
O nome do Padre João Gonçalves, falecido no dia 8 de dezembro de 2020, vai ser dado a uma rua, ainda por definir, da freguesia da Glória-Vera Cruz, na cidade de Aveiro, dando seguimento a uma sugestão da Comissão Municipal de Toponímia, órgão consultivo da Câmara Municipal de Aveiro (CMA), cuja proposta foi aprovada pelo executivo municipal.
Natural da Gafanha do Carmo, para além de ter sido pároco da Paróquia da Glória (Sé de Aveiro) durante mais de duas décadas, o João Gonçalves desempenhou diversos cargos, entre os quais, o de presidente da IPSS Florinhas do Vouga e coordenador nacional da Pastoral Penitenciária, ficando conhecido por “Padre das Prisões”.
Para além desse novo topónimo, a CMA aprovou a atribuição de outros nomes para a toponímia aveirense, entre os quais o de Aristides de Sousa Mendes, o conhecido cônsul de Portugal em Bordéus que viveu cerca de seis anos em Aveiro onde estudou no antigo liceu.
Entre outros nomes propostos, estão os de D. António Gameiro de Sousa, Coronel Gaspar Inácio Ferreira e Porfírio Vieira de Carvalho e Silva.

Fonte: Texto integral publicado no "Correio do Vouga"

terça-feira, 1 de março de 2022

O carnaval popular morreu?

Máscara - Google
O Carnaval nunca me seduziu. Não sei porquê, mas é assim. Contudo, aplaudo os que gostam da folia e de brincar, mesmo mascarados. Mascarados, porque, decerto, não há coragem para o fazer de rosto ao léu.
A tradição, ao que julgo, perde-se no tempo e o que era genuinamente português já se foi, ou quase. Sem imaginação, copia-se muito o que se faz por outras bandas. Por exemplo, há quem se divirta como se estivesse no Brasil, um país onde abunda o calor.
Hoje saímos para dar uma volta e não vimos nada, absolutamente nada, do carnaval popular de outras épocas. Mascarados, homens disfarçados de mulheres e mulheres a imitarem os homens, com brincadeiras e palavreado em cartazes trocista ou crítico, tinham a sua graça. Olhámos e nada! O carnaval, o carnaval doutras eras, morreu. Paciência. E à falta dele, inventaram outra coisa qualquer, importando festas que atraem pessoal para a reinação.
Também reconheço que bailar deve fazer bem, porque de tristeza andamos todos fartos todo o ano. Mas se não frequento as festas carnavalescas, não deixo de apreciar quem o faz com parcimónia, para que famílias inteiras possam divertir-se. Descontrair é preciso. Amanhã começa a Quaresma.

F. M. 

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

A reforma da Igreja exige a colaboração de todos

Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO

Devemos reflectir sobre a prática actual da nomeação dos bispos e encontrar mecanismos, mais explicitamente sinodais, para incluir os fiéis nos processos de discernimento das nomeações episcopais

1. Quando se pede, a certas pessoas, uma informação ou uma opinião, a resposta é sempre a mesma: não sei nem quero saber e tenho raiva de quem sabe.
Se não fosse uma brincadeira, seria uma recusa definitiva de aprender. Quem nunca se engana pode repousar, para sempre, na sua ignorância. Sente-se dispensado de investigar, de estudar e também dispensa assessores. Ficará sempre infalivelmente ignorante.
Quando, no Vaticano I (1870), foi definida a chamada infalibilidade papal, para muitas pessoas, isto equivalia a dizer: sabe tudo e não precisa de aprender, de investigar e, como é crente, pensa que o Espírito Santo o defenderá de todo o erro. Alguém reagiu que, com tanta infalibilidade, já não seria preciso reunir mais concílios ecuménicos. As bibliotecas podiam ser queimadas e encerrar, definitivamente, todas as faculdades de teologia. Bastava uma central telefónica ligada à infalibilidade pontifícia.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

A propósito das guerras

"A esperança é uma arma poderosa e nenhum poder no mundo pode privar-te dela"

Nelson Mandela 
 (1918-2013)
Presidente da África do Sul

No PÚBLICO de hoje

Ligação a São Jacinto sem ferry durante um mês




É notícia que o ferry boat que faz a ligação entre o Forte da Barra, na Gafanha da Nazaré, e São Jacinto vai parar temporariamente para trabalhos de manutenção, o que  causará inúmeros transtornos a quantos necessitam de se deslocar àquela freguesia e vice-versa. Está previsto que o ferry esteja inativo mais de um mês,  sendo substituído por uma lancha que não oferece as condições ideais de segurança e horários, como facilmente se compreende.

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Palavras para mim. 1

Crónica de Anselmo Borges 

Anselmo Borges
Ao longo da minha vida muitas palavras me foram dirigidas. Mas há aquelas que me marcaram. Positivamente. Ficam aí algumas.
Do meu pai. "Só é livre quem não deve nada a ninguém. Quem não tem de andar sempre com o chapéu na mão".
Da minha mãe. "Quem é não precisa de parecer". "Olha aquela folha de trevo, aquela pereira; ah! aquela pêra. Que beleza!". "Queres saber? Andar e ler." "Neste mundo, não há alegria perfeita." Quando me escrevia, terminava assim: "Que o Divino Espírito Santo te ilumine!"
Do meu professor da escola primária. "Para a frente! Sempre para a frente, sem medo! Para trás m.ja a burra."
Da minha irmã. "Como é que a gente não enlouquece?!", disse-me, agarrada a mim, quando o caixão com o cadáver da nossa mãe desceu à terra.
De um grande amigo alemão, Anton Kaufmann. Muito jovem fora prisioneiro de guerra dos americanos e chegou a estar encostado à parede, como se fosse para ser fuzilado. Perguntei-lhe em que pensou naqueles instantes. "Pedi perdão a Deus e lembrei-me da minha mãe". Ele era uma força da natureza. Da última vez que o vi, estava num lar, alquebrado. "Adeus, Anselmo. A vida passa tão depressa...".

O meu pai faleceu há 47 anos

O meu saudoso pai, Armando Lourenço Martins, faleceu neste dia, 26 de Fevereiro de 1975. precisamente há 47 anos. Tinha 61 anos de vida, de trabalhos e canseiras. Não interessa falar da dor que se sente pela morte de um pai ou de uma mãe. O mesmo de irmãos e amigos próximos. Sobre a partida para Deus de meu pai, já escrevi e já falei muito. Penso que a tristeza e a dor do que sentimos em horas dolorosas jamais serão esquecidas, mas hoje não vou por aí.
Lembrando o meu pai, tenho vontade de me felicitar, recordando os momentos felizes que ele me proporcionou. Os meus familiares e amigos nem imaginam o sorriso aberto e as gargalhadas mais que sonoras com que ele saudava as brincadeiras que eu mantinha com o meu irmão, o Armando (que eu tratava por Menino), três anos mais novo do que eu.
Sentado numa cadeira no terraço de nossa casa, sempre de cigarro na boca ou bem seguro entre os dedos grossos e amarelados pelo fumo ou queimados pelo calor da "beata", que ele aproveitava até quase ao impossível. E logo a seguir outro cigarro e outro e outro. Marca Porto, diga-se de passagem, Talvez por ele torcer pelo Porto, nem sei porquê.
Ralhar não era com ele. Deixava isso para a minha mãe. Ria-se quando ela nos ameaçava e jamais permitiria que ela nos batesse. Quando nos queria repreender,  até parecia que nos pedia desculpa pelo que nos dizia. Talvez por andar meses e meses embarcado ou, aposto eu, pelo seu coração bondoso e temperamento pacífico. Quando ele morreu, até perguntei a Deus:  Por que razão chamaste para Ti, Senhor da vida, tão cedo,  o meu bom pai?

Fernando Martins

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