quarta-feira, 23 de junho de 2021

São João Batista - Um hino à vida, dom de Deus

Reflexão de Georgino Rocha 
para a festa de São João

Ele é o precursor de Jesus, anunciará a sua chegada como profeta do Reino, preparará o seu acolhimento como mestre da Palavra que cura e salva.

A alegria do nascimento de João irrompe na família e estende-se na aldeia e nos arredores: a mãe Isabel contempla o menino, concebido na sua velhice, o pai Zacarias liberta-se da mudez e entoa um dos hinos bíblicos mais belos, os parentes congratulam-se com a vitória da fecundidade sobre a esterilidade, os vizinhos entram em alvoroço e fazem comentários auspiciosos, todos os que ouvem a narração dos factos alimentam, no coração, a esperança de saber o futuro da criança-surpresa. Esta alegria vive-se, ainda hoje, nos festejos populares, com tantos matizes, na poesia e na arte, nas orações e celebrações litúrgicas. Por vezes, com humor muito discutível e até “lesivo” da honra do santo e de alguns dos seus devotos. Lc 1, 57-66.80.

terça-feira, 22 de junho de 2021

EVOCAÇÃO: Ordenação Presbiteral do Diácono Carlos Alberto

D. António Marcelino: 
“A hierarquia é o primeiro serviço da comunhão na Igreja”




“A hierarquia é o primeiro serviço da comunhão na Igreja”, afirmou D. António Marcelino na cerimónia de ordenação presbiteral do Diácono Carlos Alberto Pereira de Sousa. A ordenação foi na igreja matriz da Gafanha da Nazaré [29 de Junho de 1996], estando presentes os superiores e colegas do novo Padre, pertencentes ao Instituto Secular dos Padres de Schoenstatt, outros Padres e Diáconos Permanentes da Diocese de Aveiro, familiares e amigos.
À homilia, o Prelado aveirense sublinhou o facto do novo sacerdote pertencer à comunidade dos Padres de Schoenstatt, e a propósito referiu que tudo seria diferente na Gafanha da Nazaré, e não só, se não houvesse o Movimento de Schoenstatt. Lembrou o antigo prior desta paróquia, Padre Rubens Severino, falecido há anos, ainda jovem, mas a quem todos muito devemos e que nos deixou com gratidão e saudade.
D. António Marcelino falou depois da importância dos Movimentos Apostólicos no contexto das comunidades diocesanas, pois que os carismas que o Espírito Santo suscita, através deles, são fundamentais ao serviço da comunhão da Igreja. “Os Movimentos laicais e mesmo sacerdotais manifestam a grande preocupação de Deus de pôr na sua Igreja os instrumentos de salvação”, disse.
O Bispo de Aveiro evocou o espírito de “cristandade” que perdura em muitas comunidades e logo acrescentou que a hierarquia não pode obscurecer Deus, antes deve, com vida, torná-lo acessível a todos os povos. “A hierarquia encarna o poder sagrado, não para submeter a si quem quer que seja, mas para a todos submeter ao Espírito Santo”, sublinhou D. António.
Falando ainda dos Movimentos, o nosso Bispo afirmou que eles são a esperança e a primavera da Igreja, mostrando a comunhão.

segunda-feira, 21 de junho de 2021

O perdão deu resultado

 

Esta ameixieira foi plantada há bastante tempo, mas nunca deu fruto que satisfizesse a família. Duas ou três ameixas que caíam sem viço. Diversas vezes foi ameaçada de morte por decapitação para dar lugar a outra, mas foi escapando. No ano passado demos-lhe mais uma oportunidade. Continuou a ser regada e cuidada como as demais árvores do nosso mediano pomar. E este ano, apesar do seu pequeno porte, decerto da raça, carregou de fruta apetitosa. O perdão deu resultado. 

Chegou o Verão com férias nas agendas




Hoje, 21 de Junho, é o primeiro dia do Verão. O solstício está marcado para as 4h32. Será o maior dia do ano e, consequentemente, a menor noite. Quando acordarmos, ficaremos à espera que o Verão nos traga calor, luminosidade, alegria, praias ou campos serenos com férias para quem as tiver e puder gozar, sempre com as regras do coronavírus à vista, que as novas variantes são imprevisíveis. 
Com o Verão, sentimo-nos mais leves, mais abertos, mais disponíveis para a partilha de sentimentos e emoções, para os  encontros familiares e para a recuperação física e mental. Depois voltaremos à vida habitual, com trabalho e preocupações, talvez mais recuperados e reconfortados.
Que o Verão venha em boa hora e nos faça esquecer depressa a triste Primavera que tivemos. Falo por mim.
Boas férias para todos.

Fernando Martins

domingo, 20 de junho de 2021

Figueira da Foz - Para avivar saudades


Paisagem vista da janela da nossa sala

Lita na hora do descanso na  Feira das Velharias

Cumprir as regras do Covid-19
Serra verdejante

Marina com ponte à vista

Abrigo da Montanha - Restaurante que deve abrir no Verão

Farol do Cabo Mondego

Menino já treina na Marina

Ontem, sábado, foi dia de visitar a Figueira da Foz, cidade e região a que me ligam vivências que perduram desde o ano 2000. Por ali passei temporadas, todas marcantes e descontraídas porque relativamente afastado dos quotidianos de trabalhos e canseiras assumidos com consciência e entusiasmo ao longo da minha vida ativa. A idade e as forças assim o permitiam e eu até gostava de me sentir útil ao mundo em que me integrava com empenho.
Com o quebrar das forças e do ânimo e com o entusiasmo a ficar para trás, a Figueira da Foz seguiu o seu caminho com pernas que eu já não tenho para a acompanhar neste entardecer  da vida, que só Deus sabe quando terminará. Mas ontem estive na Figueira da Foz com a Lita, graças ao apoio do nosso filho Fernando. Foi muito bom.
Deambulámos um pouco ao sabor da maré, com marina e ponte à vista, em dia de Feira de Velharias, tão ao gosto da Lita. Almoçámos num restaurante conhecido, onde predomina o peixe, e depois do necessário descanso, impunha-se a visita à Serra da Boa Viagem com os seus miradouros a levarem-nos muito longe, apesar das neblinas nos perturbarem a visão de paisagens mais expressivas. Mas o que ainda pudemos ver mereceu o nosso entusiasmo. 
Não sabemos quando será possível repetir a visita. Sei apenas que jamais me cansarei daquela terra e da sua serra verdejante, que proporciona viagens reconfortantes.

Fernando Martins

As lágrimas de Pedro

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO



Todas estas três cartas exemplares ajudam, não apenas a uma nova visão da Igreja, mas ao seu exercício em actos e compromissos efectivos.

1. Há gestos, atitudes, acontecimentos que abrem um futuro de esperança, sem enterrar os crimes do passado e a responsabilidade actual de toda a Igreja. Não me vou referir às iniciativas e decisões corajosas e radicais do Papa Francisco, sobre a protecção de menores e pessoas vulneráveis na Igreja Católica, nem às resistências que têm encontrado na sua aplicação. Já existe muita informação disponível acerca dessa questão vergonhosa.
Vou limitar-me a três cartas exemplares: a justificação do pedido de renúncia do cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising; o Papa, em vez de aceitar a renúncia, agradece a atitude do cardeal, confirma-o na sua missão e envolve toda a Igreja no pedido da graça da vergonha; o cardeal não resistiu à carta do Papa, que o comoveu.
Não vale a pena comentar essas cartas sem as conhecer. Como não podem ser apresentadas na íntegra, o melhor é dar a palavra aos intervenientes, no que julgo que têm de essencial. Todas elas ajudam, não apenas a uma nova visão da Igreja, mas ao seu exercício em actos, em tomadas de posição, em compromissos efectivos.
Comecemos pela carta do cardeal: “Na minha opinião, para assumir a responsabilidade, não basta reagir apenas quando os erros e omissões podem ser comprovados a partir dos autos dos processos. Em vez disso, como bispos, temos de deixar claro que nós também representamos a instituição da Igreja como um todo.

sábado, 19 de junho de 2021

Abusos de menores no Código de Direito Canónico

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

1 O Evangelho é duríssimo. Nele, diz-se: "Deixai vir a mim as criancinhas", mas também se diz: "Ai de quem escandalizar uma criança! Era melhor atar-lhe uma mó de moinho ao pescoço e lançá-la ao mar." O que tem acontecido na Igreja quanto aos abusos de menores é pura e simplesmente execrável.
Em 2019, Francisco tomou uma iniciativa histórica, convocando uma Cimeira para o Vaticano, com 190 participantes, entre os quais 114 presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo, bispos representando as Igrejas católicas orientais, alguns membros da Cúria, representantes dos superiores e das superioras gerais de ordens e congregações religiosas, alguns peritos e leigos. Os três dias estiveram sob o lema: "responsabilidade", "prestação de contas", "transparência". O Papa quer - não se trata de mero desejo - implantar "tolerância zero".

2 Para implantar essa "tolerância zero" e pôr fim a esta catástrofe na Igreja, publicou o Motu Proprio "Vos estis lux mundi" (Vós sois a luz do mundo), decretando medidas concretas contra a pedofilia na Igreja.
Estas normas contra os abusadores e os encobridores impõem-se, porque, escreveu Francisco, "o delito de abuso sexual ofende Nosso Senhor, causa danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas e prejudica a comunidade dos fiéis."

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Dia Internacional do Piquenique - Recordações que não quero perder

Mata entre São Jacinto e Torreira
Sem muito sol e com aragem a propor abrigo, não faltaram hoje no parque que habitualmente atravesso famílias em piqueniques. O aconchego do arvoredo e as mantas estendidas convidaram quem estava, e muitos eram, a saborear os farnéis que de longe vislumbrei. E pela forma como eram degustados, sem pressas e sem complexos, posso garantir que estavam apetitosos. Depois, seguiu-se a soneca dos mais pesados e a bola dos mais miúdos. Tanto bastou para eu recuar uns bons 40 anos, quando, com a família, bem unida e concordante, fazia o mesmo, quer na mata da Torreira e S. Jacinto, quer entre a Costa Nova e a Vagueira. Não era pela poupança, embora não fosse despiciendo pôr de lado essa vertente. Bons tempos.

Escapar entre os pingos da chuva

 

O Covid-19, com as suas novas estirpes, continua a atacar os humanos, sem discriminação, incluindo os vacinados. Quando todos embandeirámos em arco, convictos de que estaríamos protegidos, a verdade é que não temos assim tantas certezas. E os cuidados, face ao que está a acontecer, têm de ser retomados. No fundo, temos de aprender a escapar entre os pingos da chuva.

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Pela Positiva há 10 anos - Elogio da Fraternidade

7.ª Jornada da Pastoral da Cultura



DOIS REFLEXOS

1. José Mattoso

Falando de Sabedoria e Fraternidade, o historiador medievalista José Mattoso afirmou que, «se algum progresso houve, foi à custa da fraternidade», já que a técnica se torna «impotente para resolver os problemas da humanidade». Afirmou, a dado passo da sua intervenção, que a fraternidade valoriza as relações humanas, enquanto a sabedoria gera a partilha. Também referiu que «podemos sofrer, mas não podemos fazer sofrer».

2. Lídia Jorge

«Quando pensávamos que o progresso era ilimitado, que os estados seriam parceiros e amigos da vida, os bancos um cofre inesgotável, a juventude o futuro que não conhecia decadência, o cartão de identidade um documento dispensável substituído por um cartão de crédito, que as fronteiras seriam abolidas, de súbito tudo se alterou”, referiu a escritora. E acrescentou: «o homem esperançoso confunde a causa dos outros com a sua; é a certeza que este futuro existe, que nos dá confiança.»

Ler o que então escrevi aqui 

Papa Francisco - A fome aumentou durante a pandemia

O Papa alertou para o aumento da fome no mundo, durante a pandemia, apelando a um sistema alimentar global “capaz de resistir a crises futuras”. Numa carta dirigida à 42ª sessão da Conferência da FAO, a decorrer em Roma, Francisco pede à comunidade internacional que desenvolva os esforços necessários para “alcançar a autonomia alimentar, tanto através de novos modelos de desenvolvimento e consumo, quanto através de formas de organização comunitária que preservem os ecossistemas locais e a biodiversidade”.
A crise provocada pela Covid-19, indica a mensagem, deve ter como resposta, entre outras, a promoção de “uma agricultura sustentável e diversificada” que leve em conta “o papel precioso da agricultura familiar e das comunidades rurais”.
Francisco observa que são “exatamente aqueles que produzem alimentos que sofrem com a falta ou escassez” dos mesmos, sublinhando que “três quartos dos pobres do mundo” dependem principalmente da agricultura, mas estão afastados “dos mercados, da propriedade da terra, dos recursos financeiros, das infraestruturas e das tecnologias”. O Papa alerta que o número de pessoas “em risco de insegurança alimentar aguda” atingiu o seu máximo em 2020, um quadro que “pode piorar no futuro para milhões de pessoas”

Fonte: "Correio do Vouga"

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