Mensagens

EXPRESSO cativa leitores

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Leio o semanário EXPRESSO desde o seu primeiro número. Como eu, muitíssimos outros. Daí o facto de ser considerado, desde o início, um jornal de referência, pela qualidade do seu estatuto, onde pontifica a sua independência face aos poderes constituídos, mas também o nível de muitos jornalistas e colaboradores. Porém, o tempo de vida deste semanário não pode evitar certos cansaços de alguns  leitores, estando eu convencido de que a conquista de  novos públicos se torna difícil, face aos projetos online que nos oferecem a notícia e a reportagem em cima do acontecimento. Aliás, o mesmo faz este semanário. O EXPRESSO, todavia, tem procurado lutar contra a debandada natural de alguns leitores,  que permanecem fiéis ao peso do papel e aos textos jornalísticos que semana a semana o alimentam, tanto nos cadernos principal e da economia como na revista, com reportagens, curiosidades e entrevistas que marcam a atualidade. E para cativar os leitores usa  a oferta de co...

Turismo Região Centro — Ria de Aveiro

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Viaje por esta região e deixe-se encantar pela sua elegância e serenidade. Viajar é importante? É. Então, podemos começar a descobrir o que, sem dúvida, nos encanta. Vi aqui 

MaDonA — Dia Mundial de Combate ao Bullying

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"Você tem inimigos? Que bom.  Isso significa que você luta por algo  em algum momento da sua vida."  Winston Churchill  O termo em inglês "bullying" é derivado da palavra "bully" (tirano, brutal). Corresponde à prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais e cometidos por um ou mais agressores, contra uma determinada pessoa. Essas vítimas ficam marcadas e podem ter sequelas para toda a vida. Em alguns casos, a ajuda psicológica é fundamental para amenizar a difícil convivência com memórias tão dolorosas. O agressor, em geral, tem uma mente perversa e às vezes doentia. É consciente dos seus atos, mas agride como forma de se afirmar no grupo. Se “O melhor do mundo são as crianças” como diz Fernando Pessoa, e “Não há rapazes maus” como afirmou o Pe Américo, também é verdade, que por vezes são muito cruéis no relacionamento interpares. Conflitos entre crianças e adolescentes são comuns, numa fase de insegurança e au...

Anselmo Borges — Francisco sobre: 5. A Igreja e a política

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Ainda com os diálogos do Papa Francisco e de Dominique Wolton: Politique et Société. Concluo. 1. Um tema que atravessa todo o livro é a política. Francisco pronuncia-se sob múltiplos ângulos. Trump "terá dito de mim que sou um homem político... Agradeci--lhe, porque Aristóteles define a pessoa humana como um animal político, e é uma honra para mim. Portanto, sou, pelo menos, uma pessoa! Quanto aos muros..." "A Igreja deve servir em política, lançando pontes: é esse o seu papel diplomático. "O trabalho dos núncios é lançar pontes"." Mas há "a grande política e a pequena política. A Igreja não deve meter-se na política partidária. A política, a grande política, é uma das formas mais elevadas de amor. Porquê? Porque está orientada para o bem comum de todos". "Há sempre uma relação com a política. Porque a pastoral não pode não ser política", para indicar caminhos e valores do Evangelho. Mas concorda com Wolton na denúncia do fun...

Georgino Rocha — Admirados com a resposta de Jesus. Aprecia!

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A figura e a inscrição na moeda que os fariseus mostram a Jesus constituem o ponto de partida para o ensinamento que o Evangelho de hoje nos transmite. (Mt 22, 15-22). As autoridades queriam desforra pelos desafios que as atitudes de Jesus lhes lançavam. Haviam tentado apanhá-lo já em alguma questão acusatória. Agora colocam-lhe a pergunta envenenada: “É lícito pagar o imposto a César ou não?”. São seus porta-vozes alguns fariseus e outros partidários de Herodes, aliados de circunstância para a armadilha dar resultado. E têm tudo bem pensado. Procuram captar a benevolência de Jesus, elogiando-o com menções honrosas verificáveis: Sabemos que és verdadeiro, ensinas o caminho de Deus, não fazes acepção de pessoas porque vais para além das aparências. Dir-se-ia que para começar não havia melhor entrada. Mas palavras são palavras que podem esconder a realidade. E esta era a intenção dos “inocentes louvaminhas”, intenção que Mateus, o narrador do relato, apresenta de modo claro: Os ...

Ares de Outono — Exposição no Centro Comercial Glicínias

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Uma exposição que merece uma visita. Não faltam motivos para nos inspirarmos. Lamento não ter levado uma máquina para conseguir melhores registos.

Nádia Piazza — O silêncio do fogo na voz da dor...

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«Estamos tão cansados, mas não podemos estar. Os mortos não se calam e não nos deixam cansar. Gritam por Justiça! Exigem Mudança! A Associação das Vítimas do Incêndio de Pedrógão Grande, o grande, brutal e devastador incêndio que lavrou do dia 17 a 24 de Junho de 2017, nos concelhos de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pêra, é um movimento cívico que partiu dos familiares e amigos das vítimas mortais desta tragédia. Uma associação cujo mote é apurar responsabilidades e ajudar a construir um futuro em que tal tragédia e crueldade não volte a acontecer! Esta é a descrição do que pretendemos ser, com a ajuda de todos e a lembrança de todos aqueles que partiram. Porque hoje somos uma comunidade traumatizada. Uma comunidade sujeita a uma tal brutalidade que não se nos apaga da memória... O cheiro a terra ardida é algo que nos envolve, que nos macilenta e que se entranhou em cada um de nós. A perda de dezenas de vidas e de forma tão trágica que roça a loucura...

Bispo de Aveiro mobiliza diocese para ajudar vítimas dos fogos florestais

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O Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, acaba de publicar uma Nota Pastoral — Dar as mãos para sermos muitos —, a propósito os Fogos Florestais que assolaram também a área diocesana. Nela reconhece que as causas dos incêndios dependem «direta ou indiretamente da vontade humana», adiantando que «só pode prevenir-se ou combater-se com eficácia, se todos nós, desde o cidadão mais simples ao mais responsável, em vez de vãs lamentações, mudarmos realmente de mentalidades e de hábitos sociais».  D. Manuel Moiteiro, diz que a Igreja não pode ficar indiferente ao drama de tantos cidadãos, enquanto reafirma «a nossa comunhão e caridade cristãs para com todos os afetados». Nessa linha, propõe o levantamento das necessidades mais urgentes das nossas famílias, ao mesmo tempo que entrega à Cáritas Diocesana a coordenação de toda a ajuda a prestar às populações atingidas pelos fogos.  Os fundos a recolher são depositados na conta em nome do Fundo Diocesano de Emergência Social, da ...

Notas do meu diário — Catástrofe Nacional

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Quis hoje retomar, a esta hora, a edição do meu blogue, mas não consegui superar a emoção que me tem afetado estes dias. A Catástrofe Nacional, com mais de 100 mortos e feridos no corpo e na alma sem conta, impediu-me de avançar. Li os jornais online e alguns comentários nas redes sociais; vi imagem chocantes e ouvi gritos de dor; protestos desesperados e gente sem voz; pessoas abandonadas e políticos em guerra; revoltas sem propostas e silêncios angustiados. Tudo isto num país pobre, desertificado, cheio de autoestradas e rotundas, com povo a sobreviver em casebres humildes e com velhos entregues à sua sorte em plenas serras e aldeias quase sem vida, ou com a vida dos que só estão bem nos sítios que amam.  Veio a chuva, o fogo está extinto e daqui a uns tempos a vida recomeça como se nada de anormal tivesse acontecido. Fico-me por aqui… hoje. NOTA: A foto, de Adriano Miranda, no PÚBLICO, retrata o drama dos nossos compatriotas que tudo perderam. Ficaram as cinzas, um ...

Incêndios Florestais - Portugal está de Luto

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Portugal está de luto, decretou o Governo. Também decretou a situação de calamidade. Um ano de incêndios que devastaram o país e mataram cerca de 100 pessoas. Ainda não estão contabilizados os feridos, alguns dos quais poderão vir a falecer. Uma tragédia para um país com tão débeis recursos. Não temos palavras para retratar os dramas de milhares de compatriotas que tudo perderam. Tudo, incluindo bens construídos ao longo de anos, mais a alegria de sonhar, o gosto de projetar o futuro, o prazer de viver.  A tragédia vai marcar os nossos quotidianos por tempo sem fim. A história de Portugal, a história de concelhos, freguesias e aldeias e as histórias de famílias e pessoas atingidas pelo inferno das chamas hão de ficar dramaticamente registadas na nossa memória coletiva.  Para muitos, as culpas são sempre dos outros, mas temos de assumir que todos somos coniventes nesta situação, direta ou indiretamente, desde o poder político, nacional e autárquico, até aos nossos comp...

Bento Domingues — Um livro indispensável

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1. Que livro é esse que me leva a dizer que é mesmo indispensável? Se tenho de confessar que foi essa a convicção que a sua leitura me impôs, sei que o espaço desta crónica não é o mais adequado para a justificar. A verdade é esta: ajudou-me a diminuir ignorâncias que talvez não sejam só minhas; ofereceu-me o conhecimento de alguns percursos da Bioética que ajudam a vencer a ideia de que perante questões tão complexas, o mais razoável seria deixá-las no segredo dos especialistas.  O título, que enche a capa dessa obra, revela, sem ambiguidades, o seu conteúdo: Eutanásia, Suicídio Ajudado, Barrigas de Aluguer. Destina-se a possibilitar um debate de cidadãos, esclarecido e fecundo. O autor, Miguel Oliveira da Silva, é professor catedrático de Ética Médica na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Foi, entre 2009 e 2015, o primeiro presidente eleito do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Integra, por eleição, o bureau da DH-Bioética do Conselho ...