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A Alegria do Amor. 2

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Crónica de Anselmo Borges no Diário de Notícias Anselmo Borges «Cada pessoa,  independentemente  da própria orientação sexual,  deve ser respeitada na sua dignidade» 1 A Exortação A Alegria do Amor, do Papa Francisco, é isso: um hino ao amor. Cita, por exemplo, M. Benedetti: "Se te amo, é porque és/o meu amor, o meu cúmplice e tudo/e na rua, lado a lado,/somos muito mais do que dois." Sobre o prazer erótico no amor, cita J. Pieper: por um momento, "sente-se que a existência humana foi um sucesso". Mas Francisco conhece o coração humano, a sua exaltação e as suas misérias e há as pulsões e o amor e as histórias de cada um. Por isso, aponta ideais, mas conhecendo a realidade e falando para pessoas concretas, criticando os que na Igreja "agem como controladores da graça e não como facilitadores". À Exortação é devida uma leitura atenta e meditada. Deixo aí apenas algumas questões que concitam mais a atenção.

AMOR, A FORÇA QUE MOVE O MUNDO

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Reflexão de Georgino Rocha «O amor é força criativa  que move o mundo» Jesus está a viver os momentos imediatos à saída de Judas, após a ceia de despedida. Tinha-lhe dado o pedaço de pão da fraternidade que havia repartido pelos outros apóstolos. Vê-o abandonar o grupo para ir denunciá-lo e fazer a sua entrega: consumar a traição que, há tempos, amadurecia no coração. Pressente que se aproxima a parte final do seu processo persecutório. E cheio de emoção confiante, confidencia os segredos mais íntimos aos seus apóstolos, agora carinhosamente tratados como “meus filhos”. Perante o fracasso iminente, Jesus declara ter chegado a hora da sua glorificação. A traição e o assassinato fazem brilhar a paixão de amor criativo que sempre o move na vida. O abandono e a cobardia não cortam os laços de amizade radical como evidencia quando Judas o identifica com o beijo no Jardim das Oliveiras. O seu amor é para sempre, incondicional, para todos. A desolação e o desabafo abrem espaç...

Sobre a anedota dos caranguejos

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Uma reflexão de Pedro José Lopes Correia 1.“Um pescador andava há horas na orla do mar a recolher caranguejos para um balde. Ao chegar a um café de praia, um homem que ali estava pousou o jornal e perguntou-lhe: – Desculpe, como é possível não lhe fugir nenhum caranguejo, se o senhor vira costas para ir apanhar mais e nunca deixa o balde tapado? – Ora, amigo, não vê que são caranguejos portugueses? Se algum deles tentar subir, os outros juntam-se logo para o deitar abaixo”. Ler toda a reflexão aqui Nota: Pedro José Lopes Correia é pároco das Gafanhas da Encarnação e Carmo e vigário paroquial da Gafanha da Nazaré. Escreve num estilo muito pessoal e as suas reflexões, assentes no quotidiano das pessoas e comunidades em que vive e trabalha, têm substância e arte, ou não fosse ele um homem de leituras abrangentes, contudo muito direcionadas para testemunhar a vivência da fé em Jesus Cristo que o anima. É por essas razões que aprecio muito o que escreve e como escreve....

Poesia ao ar livre

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De passagem por uma Estação de Serviço A Lita lê o poema de amor... Gosto imenso de poesia e outras artes ao ar livre… Quem passa, se tiver algum sentido de observação e de sensibilidade, não ficará indiferente.  Numa Estação de Serviço, lá para os lados de Leiria, vimos e lemos há anos este lindíssimo poema de amor do nosso rei e poeta D. Diniz, que foi um monarca extraordinário no seu tempo… Aqui fica como recordação e como exemplo para muitos autarcas. Se não puderem nem souberem dar-nos outras coisas, ao menos brindem-nos com poesia, que até é gratuita!

DIA DA TERRA

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O Dia da Terra foi criado pelo norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de abril de 1970, fundamentalmente para nos levar a tomar consciência dos problemas levantados pela contaminação do mundo em que vivemos. Defendeu a importância da conservação da biodiversidade, promovendo preocupações ambientais aos mais diversos níveis.  É sabido que, infelizmente, por mais congressos que se promovam e iniciativas que se tomem no sentido da defesa do ambiente, em especial, e do planeta, em geral, sempre com o intuito de manter intacta a biodiversidade, a verdade é que os homens teimam em poluir todos os ecossistemas, caminhando assim a passos largos para a aniquilação dos seres vivos que constituem o todo que é a vida sobre o planeta terra. Oxalá todos saibamos acordar a tempo para evitar o pior, que é a destruição da vida que todos queremos usufruir. Aproveitemos este dia para tomarmos consciência da premência da preservação da natureza que nos foi emprestada para vivermos em...

“Coleção Essencial – Livros RTP”

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«Em 1970, e em colaboração com a “Editorial Verbo”, a RTP lançava ao mundo uma coleção de Livros de Bolso, “Biblioteca Básica Verbo – Livros RTP”. Um conjunto de livros com o apoio RTP que representava uma ideia completamente inovadora no mercado cultural português. Hoje, na mítica livraria Buchholz, em Lisboa, e agora com a Editora LeYa como aliada, assistiu-se ao renascimento da “Coleção Essencial – Livros RTP”. Os autores mudaram, as capas também e a forma como se divulgam ainda mais. Mas o conceitos mantém-se: Livros RTP é sinónimo de boa literatura a baixos preços. Gonçalo Reis, Presidente do Conselho de Administração da RTP, mostrou-se orgulhoso com o relançamento de uma iniciativa que “divulga as artes e a cultura”. O primeiro título lançado é “Ensaio sobre a Cegueira”. Na mesma Coleção, estão mais 24 livros, de autores como Mário Vargas Llosa, Mia Couto, Thomas Mann, entre outros, lançados mensalmente, sempre ao preço de 10€. A curadoria da coleção é de Zeferino...

Luís Ferreira é o novo Diretor do Centro Cultural de Ílhavo

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Centro Cultural da Gafanha da Nazaré O Executivo Municipal aprovou a contratação de Luís Miguel de Sousa Ferreira como Diretor e Programador dos Centros Culturais de Ílhavo e Gafanha da Nazaré, assumindo também a tarefa de Assessor Cultural do Presidente da Câmara, Fernando Caçoilo. Luís Ferreira é natural de Tomar, onde nasceu em 1983, e é Licenciado em Design Industrial pela Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha. Tem no seu percurso profissional um currículo muito diversificado, pelo que é de esperar um aproveitamento integral das suas capacidades e experiências nos vários espaços que a autarquia concelhia põe à sua disposição para uma dinamização consentânea com as nossas realidades.  Diz um comunicado da CMI que se revela «fundamental manter, mas sobretudo reforçar a filosofia implementada, assegurando que a gestão e programação destas estruturas municipais (Centros Culturais de Ílhavo e da Gafanha da Nazaré, Centro Sociocultural da Costa Nova e Teatro ...

Feira de Março

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A animação é mais à noite Para quem gosta das alturas Para quem gosta de chegar às nuvens Que grande verdade. A nossa região é assim As inevitáveis farturas da Família Armando Passei hoje pela Feira de Março. Foi a correr por impulso de consciência. O tempo foi passando e o encerramento está prestes a acontecer. Apesar de um pouco incapacitado, com dores nas dobradiças do esqueleto, arrisquei. Contudo, tive azar. Agora, a Feira de Março, com cerca de meio milénio de vida, adotou os horários do comércio citadino. De modo que os pavilhões, grandes e pequenos, mais dedicados ao comércio e indústria de maior porte e instituições, estavam encerrados. Apenas disponíveis as bugigangas, comes e bebes e as tradicionais farturas.  Comidas as farturas, apenas duas para cada um, eu e minha mulher, regadas com água fresquinha e leve, uma voltinha que as pernas não dão para muito, umas fotos para treinar (estou sempre nessa fase), as aquisições da Lita para renovar algumas p...

1910 — Gafanha da Nazaré — 2016

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Com os meus parabéns Ao chegar à bonita idade de 106 anos, vividos numa constante luta pelo progresso e contra adversidades sem conta, a Gafanha da Nazaré, velha senhora rejuvenescida com o título de cidade, que lhe foi justamente atribuído há 15 anos, está em festa. E com razão! Tal idade não merece tudo e muito mais? Sentimos, os que lhe preparámos a boda, que faltam algumas iguarias na mesa principal, como reflexo, talvez, da crise que se vive. Novos trajos, adornos mais consentâneos com a época que temos o privilégio de sentir ao vivo, comodidades caseiras semelhantes às que possuem outras senhoras, mas também acreditamos que tudo lhe será ofertado em próximos aniversários. Os seus filhos, porém, dão-lhe hoje o que é possível e com a mesma alegria da criança que, ao passar pelo jardim florido da primavera, colhe uma flor silvestre, pura e simples, não alterada, ainda, pela genética e corre a entregá-la, feliz, à mãe aniversariante, com o beijo de parabéns. Tal como nós...

Problema do Petcoke no Porto de Aveiro

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Assembleia da República já recebeu   Projetos de Resolução do Problema  da Poluição pelo Petcoke no Porto de Aveiro . O Partido Socialista, o Bloco de Esquerda e o CDS-PP apresentaram, na Assembleia da República, Projetos de Resolução do Problema da Poluição pelo Petcoke, no Porto de Aveiro. Todos eles mencionam as reivindicações da ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha) junto da Administração do Porto de Aveiro e da Cimpor, bem como das instâncias nacionais e europeias e que são: — Barreira Eólica contra ventos dominantes, de Norte e Noroeste;  — Bacia de Contenção de Lixiviados e Estação de tratamento, para não contaminar a Ria;  — Estação de Monitorização da Qualidade do Ar, permanente; — Barreira arbórea no limite do Porto de Aveiro com a cidade da Gafanha da Nazaré. Nas reuniões da ADIG com as referidas duas entidades, ficámos com a convicção do seu...

“Tempos de Pesca em Tempos de Guerra”

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O mais recente livro de Licínio Amador Licínio Amador (foto de Etelvina Almeida) Participei no sábado, 16 de abril, no anfiteatro do Museu Marítimo de Ílhavo, no lançamento do livro “Tempos de Pesca em Tempos de Guerra” de Licínio Amador. Anfiteatro repleto de gente amiga do autor, mas também interessada pela temática que deixou marcas tristemente profundas no espírito dos nossos conterrâneos. O afundamento do “Maria da Glória”, um lugre bacalhoeiro, inofensivo e neutral no conflito dramático da II Grande Guerra, não podia deixar de suscitar curiosidade. Mais de quatro anos de pesquisas resultaram num livro que merece uma referência especial no final da leitura que já iniciei. Domingos Cardoso, que coordenou a cerimónia, o autor, Licínio Amador, o representante da Câmara Municipal, Marcos Ré, Tito Cerqueira, que apresentou o livro, e Tibério Paradela, que teatralizou uma cena, vindo do fundo do mar, preencheram os lugares da mesa. E o coro da Academia dos Saberes de Aveiro...