Amanhã,10 de abril, vai ser prestada uma justa homenagem ao célebre aveirense José Estêvão Coelho de Magalhães, com o descerramento de uma placa. Esta distinção honra a memória de um político que lutou incansavelmente para que a Linha do Norte passasse por Aveiro, como veio a acontecer. Tanto quanto julgo saber, aquele traçado que ligava o Porto a Lisboa estaria planeado para passar por Águeda.
segunda-feira, 9 de abril de 2018
A OPÇÃO A TOMAR E O CAMINHO A SEGUIR
Georgino Rocha
JUNTOS, DISCERNIR
«Só a realidade sentida com compaixão nos faz assumir como nossa a causa dos outros, sobretudo se estão em grave necessidade. E nos impele a querer ajudar a resolvê-la por razões explícitas: a comum humanidade, a solidariedade, a coerência entre o que se diz como mensagem e o que se faz como prática, a vontade positiva de encontrar uma solução ética viável. Outras há, com certeza. É indispensável ter consciência das razões do nosso agir e explicá-las a fim de motivar as pessoas envolvidas.»
O recurso ao discernimento como ciência de acção pastoral vem merecendo atenção crescente. O mesmo acontece noutras áreas do agir humano. A complexidade das situações a urgir respostas acertadas e oportunas, a consciência da dignidade das pessoas envolvidas ou a envolver, o impacto das tecnologias e dos processos educativos, a aplicação e organização racional de recursos, a par de muitos outros factores suscitam uma nova sensibilidade social e apostólica. E assim, ganha força o aforismo antigo: O que a todos diz respeito por todos deve ser resolvido. Como? É pergunta que deixa em aberto o desafio de saber organizar a participação a todos os níveis em que a sociedade se organiza e a Igreja se configura. O Espírito Santo quer precisar das nossas mediações humanas para agir livremente.
O recurso à experiência dos povos, designadamente entre nós aos estudos bíblicos, constitui uma fonte de inspiração que abre horizontes rasgados a quem “navega nestas águas”. Não falta literatura qualificada sobre esta matéria. O programa pastoral 2017/18 da diocese de Aveiro tem como referência fundante o texto de Marcos 6, 34-44. Texto com uma densidade humana rica e grande alcance simbólico. Contém o núcleo germinal do discernimento como acção pastoral concertada, organizada. Com natural espontaneidade e alguma reflexão, surgem alguns passos que convém destacar.
domingo, 8 de abril de 2018
FRANCOS — Caminhos Percorridos
Um livro de Manuel Olívio Rocha
Não sendo do Porto, a cidade invicta, gosto muito do Porto, e quando lá vou, mesmo de fugida, regalo-me com o casario antigo e suas ruas e ruelas estreitas, mais do que das grandes avenidas e do corre-corre das pessoas com ares de permanentemente atarefadas. Mas ainda gosto de ler o que me aparece sobre a mui nobre e invicta cidade onde, há séculos, os fidalgos tinham algumas restrições em ali passar mais dias do que ditavam as leis dos homens bons. E quando me chega um livro da terra que deu nome a Portugal, então ainda mais me prendo ao burgo, também designado por capital do Norte… com muita honra dirão muitos. Vem isto a propósito de um livro, em edição familiar, que me foi oferecido pelo meu familiar e amigo, Manuel Olívio Rocha, ali radicado há décadas.
“FRANCOS — Caminhos Percorridos”, de sua autoria, tem edição da Paróquia de Nossa Senhora da Boavista, com capa de Domingas Vasconcelos e impressão e acabamento de “Clássica, Artes Gráficas”. O livro, que tem 247 páginas, com ilustrações a cores e a preto e branco, apresenta um recheio que vem desde o século X até aos nossos dias, merece ser lido. É justo sublinhar que o autor, meticuloso na busca, na análise, na seleção, no encadeamento dos acontecimentos e na forma escorreita que usa no que escreve e publica, merece o nosso aplauso e o apreço de todos os residentes na paróquia de Francos, mas não só.
Manuel Olívio refere, em Agradecimentos, os que o ajudaram nas suas pesquisas e pede compreensão «para eventuais imperfeições, omissões ou erros» involuntários, mas eu estou em crer que o muito que nos apresenta, como fruto de laborioso trabalho, nem tempo nos dá para considerações críticas. Confesso que, na leitura que fiz, só tive oportunidade de me sentir enriquecido pelo que aprendi. E desde já o meu muito obrigado pela oportunidade que me foi dada para mais ficar a gostar do Porto e das suas gentes.
EVANGELHO SEGUNDO O PAPA FRANCISCO
Frei Bento Domingues
no PÚBLICO
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Bento Domingues |
1. Um dos fenómenos mais característicos do catolicismo do século XX foram os movimentos da Acção Católica. Paulo Fontes estudou o seu papel na criação de verdadeiras elites, em Portugal [1]. Para a hierarquia eram o seu braço estendido. Chegavam onde ela não conseguia entrar. Os jovens eram desejados, encorajados, mas a sua criatividade estava limitada pelo mandato que os dirigentes recebiam dos bispos. Eram um laicado super controlado. Daí, os mil conflitos que os assistentes eclesiásticos, correias de transmissão, tinham de saber gerir até onde fosse possível. Que Deus sabe escrever direito por linhas tortas é um aforismo português. Teve muito que fazer. Se a hierarquia perdeu os jovens, e muitos se afastaram da prática religiosa oficial, o Papa Francisco não se resignou a essa debandada, aos vencidos do catolicismo.
Na abertura da reunião pré-sinodal dos jovens [2] (19.03.18), o Papa não repetiu as asneiras controladoras do passado. Nem cedeu à ideologia aduladora da juventude, de palmadinhas nas costas. Para ele, a juventude não existe. É uma abstracção. Existem os jovens, histórias, rostos, olhares, ilusões. Dizer que importa escutá-los e dialogar, já se sabe. O Papa não tem jeito para conversa fiada. Resolveu, com o seu comportamento e o seu discurso, alterar, radicalmente, o relacionamento da Igreja com os jovens. Dados os limites desta crónica, terei de me contentar com algumas passagens e um convite à leitura integral do seu atrevimento.
2. Bergoglio conhece o terreno que pisa: "Há quem pense que seria mais fácil manter-vos à distância para não se sentirem provocados por vocês. [...] Os jovens devem ser levados a sério! Parece-me que estamos rodeados por uma cultura que, se por um lado, idolatra a juventude, por outro, impede que os jovens sejam protagonistas. É a filosofia da maquilhagem. As pessoas procuram pintar-se para parecerem mais jovens, mas não deixam crescer os jovens. Isto é muito comum. Porquê? Porque não querem ser interpelados.
sábado, 7 de abril de 2018
RUMO AO CONGRESSO EUCARÍSTICO
Georgino Rocha
ESPERANÇA, EUCARISTIA, MISSÃO - 1
Introdução: A celebração da eucaristia faz viver o amor de Jesus Cristo, que alimenta a esperança, fruto da fé teologal. Os cristãos participantes são convidados a “levantar o coração” e a entrar em sintonia com o ritmo progressivo da assembleia, a imbuir-se do espírito comunitário e a cultivar o desejo de quem sabe doar-se livre e generosamente. Como Jesus em missão de salvação universal.
O Papa Francisco dá-nos a garantia de que: “Na fé, dom de Deus e virtude sobrenatural por Ele infundida, reconhecemos que um grande Amor nos foi oferecido, que uma Palavra estupenda nos foi dirigida: acolhendo esta Palavra que é Jesus Cristo — Palavra encarnada –, o Espírito Santo transforma-nos, ilumina o caminho do futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para o percorrermos com alegria. Fé, esperança e caridade constituem, numa interligação admirável, o dinamismo da vida cristã rumo à plena comunhão com Deus”. (A Luz da Fé, 7)
A relação da esperança com a celebração da eucaristia que é “corpo entregue e sangue derramado” pela salvação do mundo pode ver-se, de forma emblemática, no itinerário dos discípulos de Emaús. (Lc 24, 13-35) e episódios subsequentes. Vamos com eles, parando nas fases mais marcantes e alargando horizontes de envolvimento pessoal e comunitário. Façamos em grupo, se possível, esta caminhada, rumo ao Congresso Eucarístico da nossa diocese.
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