Esta foto, que saquei da Agência Ecclesia, mostra bem a proximidade que existe entre o Bispo de Aveiro que foi e o Bispo de Aveiro que é. D. António Francisco dos Santos, à direita, e D. António Moiteiro, à esquerda. Sobre a proximidade que demonstram, não há dúvidas e nem outra coisa seria de esperar. D. António Francisco foi para o Porto, mas mantém Aveiro no coração. D. António Moiteiro já tem Aveiro no coração, admito eu sem rebuço. Ambos vieram de Braga. O povo de Aveiro, desde o mar e ria até à serra, é um povo que sabe receber e se dá sem limites a quem o ama. É o caso. E esta imagem, que apreciei sobremaneira, veio mesmo a calhar e vai ficar nos meus arquivos para eventuais publicações nos meus recantos do ciberespaço.
quarta-feira, 15 de abril de 2015
Auto de abertura da Barra de Aveiro
15-IV-1808
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Barra de Aveiro (1934) |
«Lavrou-se neste dia o auto de abertura da barra nova de Aveiro, que se realizou em 3 de Abril, subscrito por Miguel Joaquim Pereira da Silva. Depois de referir os trabalhos preparatórios de abertura e a maneira como se deu o rompimento, acrescenta: – «As águas que cobriam as ruas da praça, desta cidade, e os bairros do Albói e da Praia, abaixaram três palmos de altura dentro de vinte e quatro horas e outro tanto em o seguinte espaço, e em menos de três dias já não havia água pelas ruas e toda a cidade ficou respirando melhor ar por estas providências com que o Céu se dignou socorrê-la e a seus habitantes com esta grande Obra da Barra» (Aveiro e o seu Distrito, n.º 6, pg. 45) – A»
Fonte: "Calendário Histórico de Aveiro"
de António Christo e João Gonçalves Gaspar
segunda-feira, 13 de abril de 2015
À conversa com Manuel Amândio Soares dos Santos
A arte não escolhe idade
nem condição social
A arte não escolhe idade nem condição social. Brota espontaneamente quando sente que é chegada a hora de se manifestar ou quando encontra ambiente para desabrochar. Foi precisamente isso que constatámos na visita que fizemos um dia destes ao nosso conterrâneo Manuel Amândio Soares dos Santos, 80 anos, reformado há 15, três filhas e três netas, com a esposa, Maria Aldina Nunes Estanqueiro, de 77 anos, acamada e cega, a exigir cuidados permanentes.
Nas horas vagas, «quando a ideia ajuda», esculpe peças decorativas, usando cimento branco, rede de arame e ferro, que vai encontrando e às vezes, «com a pressa de acabar a obra», comprando.
Estranhou a nossa visita e curiosidade, pela pessoa humilde que é, sem nunca ter feito qualquer exame da instrução primária, por preferir trabalhar, apesar de ter por mestre o professor Carlos, que na altura lecionava numa escola no lugar onde hoje está o Lar Nossa Senhora da Nazaré.
domingo, 12 de abril de 2015
A ressurreição não pode ser adiada (1)
Crónica de Frei Bento Domingues
no PÚBLICO
![]() |
Frei Bento Domingues |
1. Encontrei-me, nesta Páscoa, com um grupo de antigos alunos que me veio convidar para um colóquio sobre os novos caminhos da cristologia.
Alguns deles situam-se nas trajectórias de nomes famosos como os de G. Vermes, Sanders, Theisen, Meier, Piñero, Torrents, S. Vidal e outros, mais ou menos alinhados na “terceira busca” ou investigação, do Jesus histórico. É inegável o valor extraordinário dessas reconstruções, embora para alguns comecem a ser entediantes.
A maioria segue os resultados dos importantes Colóquios organizados por Anselmo Borges, no Seminário da Boa Nova, em Valadares, entre os quais Quem foi/quem é Jesus Cristo?. Conhecem as múltiplas iniciativas editoriais de Tolentino de Mendonça, coroadas pela bela colecção Biblioteca Indispensável. J. Carreira das Neves é, desde há muito e para todos, a abelha incansável da Bíblia. Nenhum tinha ainda lido, por óbvias dificuldades de comunicação, O rosto humano de Deus, de A. Cunha de Oliveira, sobre o qual espero vir a escrever, com o vagar que o conjunto da obra deste autor merece.
sábado, 11 de abril de 2015
Efeméride — Sé de Aveiro reaberta ao culto
1976 - 11 de abril
«Depois de profundas obras de ampliação, de solidificação e de restauração, foi solenemente reaberta ao culto, com o rito litúrgico da dedicação, a Sé de Aveiro – a secular igreja de S. Domingos (Correio do Vouga, 23-4-1976) – J.»
No Calendário Histórico de Aveiro,
de António Christo e João Gonçalves Gaspar
Faça uma visita guiada à Sé de Aveiro
Mete a tua mão no meu lado
Reflexão de Georgino Rocha
«As feridas da paixão de Jesus continuam nos “feridos da vida” em todas as situações existenciais: em crianças violentadas e mal-amadas, em casais instáveis e amargurados, em famílias reconstruídas sem sucesso, em desempregados sem horizontes de trabalho estável, em pessoas doentes desamparadas, em perseguidos e torturados por defenderem a sua consciência e a sua fé, em espoliados da dignidade humana, silenciados à força e “varridos” da memória colectiva.»
Jesus toma a iniciativa de provar aos discípulos e, por eles, a todos nós que não é um fantasma pascal, mas um ser humano integral ressuscitado. Recorre, segundo o evangelista narrador -Jo 19, 20-31- a várias estratégias e recursos para se manifestar e deixar reconhecer: a Madalena aparece como jardineiro e tem com ela um diálogo enternecedor; aos discípulos de Emaús como caminhante anónimo e acompanha, conversa e explica de tal modo o sentido das Escrituras que lhes aquece o coração arrefecido pelos acontecimentos trágicos de Jerusalém; aos pescadores cansados no mar da Galileia como mestre que reorienta o trabalho e prepara a refeição que partilha com eles ao regressarem da faina; aos discípulos-apóstolos aferrolhados em casa com medo dos judeus como Alguém surpreendente que se identifica exibindo as cicatrizes das feridas da sua paixão e crucificação, depois de os saudar na alegria da paz e enviar em missão de perdão, depois de lhes dar o Espírito Santo do revigoramento e da misericórdia. Estes factos são mencionados para comprovar o propósito claro de Jesus; outros aconteceram e não chegaram a ser registados; e muitos outros estão a acontecer, embora nem sempre identificados e anunciados.
A verdade nua e crua
Crónica de Anselmo Borges
Anselmo Borges |
1. Era um daqueles beatos que julgam amar a Deus por Ele, mas que apenas pedincham em vez de agradecer. Lá estava ele permanentemente diante do Cristo crucificado: "Senhor, cuida dos meus campos, dá-me saúde e faz que eu não morra." Um dia, farto, o sacristão escondeu-se por trás do crucifixo: "Filho, tens de tratar tu dos campos e da saúde e já sabes que um dia tens de morrer como todos os outros." O beato, furioso: "Porque és assim, pelo teu mau falar, é que foste, e bem, pregado na cruz."
Quem gosta de ouvir a verdade nua e crua?
Vamos supor que, num funeral, o padre se ergue a dizer: "Meus irmãos, levamos hoje a sepultar este irmão que era um estupor. Não sabe a mulher das suas infidelidades? Não sabem todos que era um corrupto? Alguém conhece um acto seu de generosidade? Como tratou os filhos? Um ateu crasso, materialista, que fugiu ao fisco, matou, e todos, lá no íntimo, consideram que era tão-só um crápula. Graças a Deus, estamos livres dele, vai hoje a sepultar."
A verdade nua e crua. Mas alguém, incluindo as suas vítimas, toleraria o discurso?
E aquele pensamento de Pascal: se se soubesse o que os amigos dizem nas costas, talvez não sobrassem no mundo mais do que dois ou três amigos.
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