segunda-feira, 8 de junho de 2009

As nossas Maravilhas

Macau
1. Neste 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, será apresentado o resultado da eleição das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo http://www.7maravilhas.sapo.pt/ De 27 monumentos que retratam percursos da nossa história universalista, o convite à eleição de sete ergue-se como uma oportunidade privilegiada de melhor conhecermos aquilo que foram os passos absolutamente inovadores de nossos antepassados dos séculos XV-XVI. Fortalezas, mosteiros, igrejas e tantos outros monumentos reflexo de sociedades daquela época ficaram como registo de presença cuja nossa memória deverá preservar. Não, todavia, num olhar saudosista que paralisa os desafios do presente, mas sim numa visão atenta que saiba capitalizar a matriz globalista e intercultural dos portugueses.
2. Na medida em que entramos no conhecimento destes monumentos e da sua história ficamos maravilhados com tantas edificações surpreendentes. Tantas vezes o que parecia impossível foi realizado e edificado, mesmo em tempos recorde e na defesa de gentes e patrimónios. É um valor inestimável estar pelo mundo semeada uma presença dos portugueses que, para além de grandes monumentos, contém o património linguístico e mesmo uma interculturalidade sanguínea. Facto histórico indesmentível: outros povos descobridores ou conquistadores fechavam-se em seus castelos e fortificações; os portugueses, na generalidade, procuraram o contacto, geraram prole, assumiram a miscigenação como modo de presença pessoal.
3. Se o tempo ajuda a purificar as memórias dos abusos tidos na história, todavia, o tempo não deve fazer perder e esquecer o melhor dos passos andados. Sem mitologias nostálgicas de que somos um povo predestinado, mas sem o pessimismo arrastador que nos impede de avançar e arriscar, valerá a pena acompanhar este concurso das sete maravilhas como uma aula de história rica de memória e, também, de projecto.
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Alexandre Cruz

O povo que vota sabe muito. E quando quer, pode mudar tudo ou não

Os vencedores
A abstenção é fruto da falta de cultura política
Ontem, na hora de votar, cruzei-me com uma pessoa amiga, com curso superior. Mostrando uma ignorância política absoluta, questionou-me assim: Afinal que eleições são estas? Serão assim tão importantes? Que ganhamos nós com isso? Com os resultados conhecidos, dei razão àquilo que já sabia. Somos bons políticos para dizer mal de tudo, para criticar opções governamentais, para contestar as posições dos partidos políticos, para lutar encarniçadamente contra reformas, para contestar quem quer acabar com privilégios, mas, no fundo, há uma grande ignorância a muitos níveis e um grande egoísmo na cabeça de gente que podia olhar o mundo com espírito solidário. A abstenção, vivida muito entre nós, é fruto dessa falta de cultura política e dum desinteresse geral pelo que à sociedade, no seu todo, diz respeito. O bem comum, que deve sobrepor-se aos interesses individuais e de classe instalados, tem que ser ensinado e treinado desde tenra idade. Doutra forma, corremos o risco de alimentarmos gente abúlica, sem opiniões criativas, sem gosto pela inovação, sem sentido estético, sem capacidade solidária e sem gosto pela política. Sobre os resultados eleitorais, está tudo dito. Ganhou o PSD e perdeu o PS. Mais concretamente: Ganhou Manuela Ferreira Leite e perdeu José Sócrates. Enquanto o PS desceu, todos os partidos da oposição subiram. O PS insiste na ideia de que estas eleições eram para o Parlamento Europeu e que nada tinham a ver com a governação. Penso que está enganado, pese embora a má escolha de Vital Moreira feita por Sócrates. O povo que foi votar é o que nunca falta. Sabe bem o que quer. O povo que vota tem sempre razão. O que falta não tem razão nenhuma. Nem tem o direito de criticar seja o que for, embora tenha a liberdade de viver indiferente à causa pública. Nessa altura, quando pega no boletim do voto, sente-se com o poder que a democracia lhe dá. E também sabe que, protestando, e muitas vezes o faz, raramente é ouvido. Mas na hora das eleições ele sabe que, com o seu poder, pode reorientar a história. Será que Sócrates aprendeu a lição? Não sei. O tempo o dirá. Porém, os portugueses sabem bem o que querem, sobretudo o povo que sofre no dia-a-dia, o que não tem privilégios, nem regalias, nem ordenados dignos, nem trabalho garantido, nem pensões de reforma milionárias, nem carros de luxo, nem férias de sonho, nem pão para matar a fome a filhos… O povo que vota sabe muito. E quando quer, pode mudar tudo ou não. Fernando Martins

Temos de acreditar mais em nós próprios

“Acima de tudo, temos, definitivamente, de acreditar mais em nós próprios. Portugal e os portugueses, ao contrário do que muitas vezes pensamos, são respeitados e apreciados no estrangeiro. Há inúmeras provas disso ao longo do tempo. É preciso acabarmos de vez com o choradinho dos coitadinhos e termos confiança em nós.”
Fernando Santos, treinador de futebol

domingo, 7 de junho de 2009

Um poço sem fundo?

1. A novela de alguns bancos portugueses afogados pela incúria e pelo interesse único do deus dinheiro continua imparável. Mundos e fundos transferidos para os chamados paraísos fiscais são o reflexo dessa estratégia multiplicadora mas fugidia de um paradigma de economia que, mais ano menos ano, teria de ter o seu próprio fim. Não menos preocupante poderá ser a estratégia da generalização acusatória para com facções políticas, como se o “crime económico” fosse desta ou daquela corrente de pensamento. Esta atitude continua a espelhar que ainda não se aprendeu com a história… De todos os lados do pensamento social e político, infelizmente, poderá existir a suspeita de pertenças ao poço sem fundo, que cresce tanto mais quanto menos a ineficiência justiceira.
2. Do ano 2000 para cá um conjunto de situações, suspeitas de grandes crimes que entroncam na corrupção, têm assolado este paraíso à beira mar plantado. Da sensação de que seriamos um povo pobre mas honrado, passou-se, com meia dúzia de grandes casos envolvendo personalidades mediáticas, a uma nova consciência de que havíamos andado enganados. Não se transfira só a responsabilidade para entidades de estatuto nacional, pois que as obrigações cívicas e éticas nunca podem passar de moda pessoal e social, pelo contrário: vão sendo tanto mais publicadas e defendidas quanto menos agilidade nos sistemas educativos e de justiça parece existir. Também seja sublinhado e interrogado sobre: qual o papel eficiente das entidades de supervisão? O que faltou/falta?
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3. O prior que pode acontecer será o colocar-se tudo no mesmo saco. Como em tudo, existem papéis diferentes para diferentes actores. O cumprimento das regras do jogo conduz a que é lícito e meritório o procurar a gestão dos rendimentos, o arriscar nas bolsas, o avançar para esta ou aquela entidade bancária que, pressupostamente, cumprirá os requisitos oficiais. Mas, sem ética da confiança tudo se desmorona… Não será?
Alexandre Cruz

2.ª Regata de Cruzeiros do Porto de Aveiro: 27 e 28 de Junho

Programa aposta forte no convívio
entre as várias tripulações
Nos próximos dias 27 e 28 de Junho vai realizar-se, ao largo da Barra de Aveiro, a 2.ª Regata de Cruzeiros do Porto de Aveiro. A organização é da Administração do Porto de Aveiro (APA), em parceria com o Clube de Vela da Costa Nova (CVCN). A BP associa-se a esta importante prova desportiva como Patrocinadora Oficial.
A prova é aberta a barcos de cruzeiro à vela agrupados em classes IRC, ANC e OPEN. A 19 e 20 de Junho começarão a chegar a Aveiro as embarcações forasteiras. As provas decorrem nos dias 27 e 28, inseridas num programa que aposta forte no convívio entre as várias tripulações.

Pormenores da Ria de Aveiro

Às vezes, ou frequentemente, passamos a correr pela nossa Ria. Mas se passarmos por ela com calma, é certo e sabido que nos ângulos da nossa visão há sempre motivos para contemplação. Como os que esta imagem mostra, com a Ria por pano de fundo.

Nos 65 anos do Dia D, Obama homenageia os homens normais que redefiniram o futuro da história

Obama
Salazar retirou-nos o orgulho de podermos cantar vitória
Obama continua a marcar a nossa história contemporânea com intervenções certas na hora certa. Ontem, em França, nas celebrações do Dia D, batalha em que se definiu o rumo de um futuro democrático, o Presidente norte-americano homenageou os homens normais que defenderam a liberdade da Europa, face ao terror Nazi. Foi um combate entre duas visões da humanidade. Venceu a visão que ainda hoje nos anima, embora carregada de sombras prenunciadoras de perigos, tudo por causa das injustiças sociais. Falou dos homens normais. Os eternos esquecidos nos registos da história. Os chefes, os que ficam nos anais e que são também fundamentais, ensombram ou ignoram os que dão o corpo à luta. Esses que, muitas vezes, semeiam os campos de batalha, marcando com o seu sangue as areias que testemunham o seu esforço. Honra, portanto, aos homens normais e quase sempre esquecidos. Já agora, só mais uma palavra. Nessa luta por uma liberdade digna para a Europa e para o mundo, os portugueses, pelas decisões dos seus chefes, ficaram de fora. Salazar não passou de um cobarde que negociou, ora com os aliados ora com os nazis, uma neutralidade indigna, retirando-nos o direito e o orgulho de podermos cantar vitória com esses homens normais, que reorientaram a história do nosso tempo. Não deixou que os portugueses lutassem pela dignidade dos homens livres. Fernando Martins

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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