quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

É urgente repensar o papel do sénior

Crónica de Maria Donzília Almeida

Trio sénior


Aniversário — Lê-se no texto de apresentação do Fórum Municipal da Maior Idade:
“No contexto atual, num mundo em constante mutação, ávido de progresso e em que tudo se processa de forma cada vez mais rápida, sobretudo nas etapas associadas à fase mais avançada da vida, nem sempre as necessidades e as capacidades, ou as incapacidades, associadas a essas etapas são devidamente rentabilizadas, compreendidas e aceites, não apenas pelos restantes elementos da sociedade, mas muitas vezes pelo próprio indivíduo que as está a viver.
Por essa razão, revela-se hoje fundamental repensar o papel do sénior, atendendo sobretudo ao facto de esta franja da população estar em acentuado crescimento, de forma a mantê-lo ativo, produtivo e integrado, proporcionando a valorização integral do seu tempo, promovendo a sua qualidade de vida e atenuando as consequências inerentes às suas perdas e alterações físicas e emocionais.”

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

"Filinto Elísio — Poeta Amargurado"

O mais recente livro de Senos da Fonseca 


NOTA: Senos da Fonseca, um dos mais prolíferos escritores de Ílhavo, com intervenção cultural multifacetada, brinda-nos desta vez com uma peça de teatro, cujos ensaios estão a decorrer para apresentação muito em breve no teatro da Vista Alegre. Tudo farei para estar presente no lançamento do livro e no espetáculo, assim mo permita a minha saúde. De qualquer forma, aqui deixo o meu abraço de parabéns ao autor.

Scott arqueólogo

Crónica de Maria Donzília Almeida



Ão ão…

Há muito tempo, que não dou um ar da minha graça, mas estou bem rijo e cheio de genica. Continuo a correr pelo cãodomínio fora, como se fosse um perdigueiro à procura de caça. Mas não, o que faço é correr atrás dos carros que circulam na rua, ou de algum cãopanheiro meu que passa, em plena liberdade. Às vezes, vêm em matilha e fazem uma chinfrineira, que eu até penso que deve incomodar os moradores na rua. Mas não lhes digo nada… porque os invejo! Gostava de estar no lugar deles e fazer-lhes cãopanhia! Tenho a certeza que eles me aceitariam na sua família e me iriam tratar muito bem… nunca vi um cão abandonar ou escorraçar um familiar. Somos uma raça à parte, com sentimentos que estão em vias de extinção nos humanos, que se julgam tão inteligentes: o sentido de gratidão, reconhecimento e fidelidade. 
Um cão quando se dedica ao dono, é um caso muito sério! Nós não brincamos com os sentimentos dos donos! Se nos dedicamos, é de corpo e alma!

domingo, 3 de janeiro de 2016

Com quem começar o novo ano? (I)

Crónica de Bento Domingues 

frei bento domingues - Pesquisa Google:
Esperava-se, nesse momento, 
tanto entre judeus como entre gentios, 
que o universo mudasse de signo 
para uma nova salvação.

1. Um católico fervoroso tentou convencer-me de que a preocupação com a Bíblia e mesmo com os textos do Novo Testamento era prejudicial à sua fé, pois suscitavam-lhe muitas dúvidas e, para viver, as certezas é que são precisas. Tinha ficado muito satisfeito, no entanto, ao ouvir dizer que, “ao contrário do Judaísmo e do Islão, o Cristianismo não era uma religião do Livro. Era uma ligação espiritual a Jesus Cristo que, aliás, não tinha deixado nada escrito. Nenhuma doutrina ou prática moral se poderia reclamar dele”.

Perante semelhante desistência intelectual, não entrei na conversa. Por outro lado, também não disponho de respostas rápidas para questões complexas, como tantas vezes me foi pedido nesta quadra natalícia. Uma, repetida por vários leitores, regressou como se fosse a primeira vez: afinal, quem é o fundador do Cristianismo?
Um famoso historiador das origens cristãs, Antonio Piñero, em várias das suas obras e intervenções, sustenta que nenhuma das ideias do Novo Testamento, isoladamente consideradas, é original. A teologia deste conjunto de escritos não é um meteorito descido do céu. É um produto da história teológica, social e literária anterior que importa conhecer para compreender o nosso passado religioso e de certo modo, o próprio Ocidente.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Bolacha Americana



Sou do tempo da Bolacha Americana que se vendia nas praias no verão como doce sempre apetecido. Depois a venda passou a ter lugar cativo nas grandes superfícies, que garantiam a comercialização durante todo o ano. Só no verão não dava para viver. E pelo que tenho visto não faltam os clientes, com "raiva" minha porque não a posso comer. A diabetes a isso obriga. 
Hoje o vendedor da bolacha americana saiu à rua, mesmo em tempo de inverno, curiosamente sem muito frio. E à falta de um bom amplificador de som, moderno e sofisticado, o vendedor usa as mãos para projetar a sua voz o mais longe possível. Bom apetite para quem puder comer a bolacha estaladiça e doce... muito doce.

A sabedoria em três palavras

Crónica de Anselmo Borges 

É urgente fazer o elogio do silêncio, 
para ouvir a voz da consciência



1. Passada a alegria, talvez até a euforia, da passagem do ano velho para o novo ano, o que é facto é que estamos no ano novo de 2016. E, aqui chegados, nesta abertura do novo, do que nunca houve, pois é mesmo novo, inédito, pela primeira vez, talvez não seja mau reflectir um pouco

2. Fazer o quê no novo ano? Fazermo-nos, que é a única tarefa que temos na existência.
Ao contrário dos outros animais, os humanos vêm ao mundo por fazer. Nascemos prematuros. Daí, dizermos a nós próprios: ou a natureza foi madrasta para nós, pois nascemos sem garras para nos defendermos, sem pêlos para nos protegermos, por fazer, ou esta é a condição de possibilidade de sermos o que somos, fazendo-nos: seres humanos, tendo de receber e de fazer por cultura o que a natura nos não deu. Nascemos com uma abertura ilimitada de possibilidades, permitindo inovar, criar e inventar, e crescer, de tal modo que, se Platão, por exemplo, cá voltasse, encontraria os outros animais como os deixou, mas teria dificuldade em adaptar-se à nova sociedade que entretanto os humanos criaram. Cá está: tendo nascido por fazer, a nossa missão é, fazendo o que fazemos nas mais variadas funções e actividades, fazermo-nos a nós próprios, uns com os outros, evidentemente. E, no fim, o resultado será ou uma obra de arte ou uma porcaria (perdoe-se a dureza da palavra), a vergonha de nós.

Festa da Epifania

Reflexão de Georgino Rocha

EM JESUS, DEUS FAZ-SE 
HUMANO PARA TODOS

Rolo da câmera | Flickr - Photo Sharing!:
Magos na tradição da Gafanha da Nazaré


Os magos do Oriente e a arriscada viagem a Belém, com episódica passagem por Jerusalém, constituem uma boa referência para todo o ser humano que busca o rosto de Deus. São um símbolo que Mateus “trabalha” admiravelmente e vem completar a manifestação do alcance da missão de Jesus. Aos familiares, é o nome; aos pastores, o anúncio dos anjos e a visita ao curral de animais; aos magos, a estrela com brilho intermitente que os acompanha em toda a viagem até Belém.

A Igreja, apoiada na riqueza desta tradição, celebra a Festa da Epifania do Senhor, festa em que Deus se humaniza em Jesus, acolhe os de longe e de perto, integrando raças e cores, tradições e culturas, crenças e religiões. Integrando, sem anular, mas completando e abrindo os olhos do coração a uma nova luz: a estrela da verdade, a riqueza do diálogo, a paciência nas “horas de trevas”, a persistência na viagem da vida, a alegria de alcançar a meta e ver o sonho realizado – início de uma nova etapa como aconteceu aos magos que regressam por outro caminho, após o encontro com o Menino e sua Mãe.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

A partir de hoje, começo a renascer!

Reflexão-poema  
de Maria Donzília Almeida

Propósito  — 2016

Hoje dir-me-ei que quero
Estar de bem com a vida,
E em paz comigo, com as pessoas
Que me rodeiam
E as que estão distantes de mim.
Vou irradiar esperança e amor,
A todas as pessoas que convivem comigo.
O que de graça recebi, de graça quero oferecer.
Não me vou queixar do passado,
Do que não deu certo,
Nem daquilo que deixei de fazer.
Hoje o meu pensamento
eleva-se e o meu viver intensifica-se.
Que Deus me ajude a ser
uma pessoa realizada e feliz,
Que nasceu para algo mais:
quero oferecer a todas as pessoas
o meu ombro amigo,
para que possam contar comigo
para chorar, sorrir, sonhar…
A partir de hoje, começo a renascer!


Google com bom gosto

A Google deseja-lhe um Feliz Ano Novo!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ano Novo



Hoje fico por casa. Para já, o silêncio impera. Só lá para a hora do jantar é que teremos a presença de alguns filhos e netos com a natural conversa mais ou menos animada até ao momento exato de brindarmos ao novo ano, na esperança de que será muito melhor do que um 2015 para esquecer.
Nunca receei o silêncio e muito menos a solidão. Porque pensar, refletir e tomar decisões, na intimidade de nós próprios, são atos muito pessoais. Partilhados só depois.
Espero um 2016 muito melhor que o ano prestes a passar à história, com momentos bons, mas com outros menos agradáveis. A magia do ano novo é de sempre. Na minha já longa vida sempre senti isso. Mais notoriamente na passagem do milénio. Nessa altura, não faltaram os milenaristas com os seus presságios catastróficos do fim do mundo, tantas vezes pregado, porém nunca realizado. A não ser para os que partem deste mundo.
Contudo, não faltaram os que anunciaram a hipótese de os computadores bloquearem ou desconfigurarem. E esperámos mais ou menos ceticamente que algo poderia acontecer. Nada aconteceu. Mais uns minutos depois das 12 badaladas e tudo, afinal, se comportou bem. Não houve fim do mundo e os computadores continuaram a portar-se como habitualmente, indiferentes ao pessimismo de muitos. E logo mais, na altura de brindarmos ao ano novo, com ou sem espumante,  ficaremos apenas com a esperança de que o mundo continuará a rolar, que homens e mulheres saberão contornar os obstáculos para todos  então construirmos uma sociedade mais fraterna.
Bom ano para todos. 

JESUS, O FILHO DE MARIA, SALVADOR DO MUNDO



Reflexão de Georgino Rocha


santa Maria Mãe de Deus - Pesquisa Google: «O brilho do rosto 
do Deus revelado em Jesus 
é próximo e familiar»

O nome de Jesus é-lhe dado por seus pais por indicação do anjo Gabriel, aquando da anunciação em Nazaré. Maria e José vão ao templo de Jerusalém cumprir o que estava prescrito. Observam o ritual comum a todos, inscrevem o nome do Menino no registo oficial, inserindo-o na história de Israel e, por ela, na da humanidade. 
Nome anunciado, nome dado, nome registado, nome realizado e em realização. Porque Jesus não indica apenas uma figura histórica, mas uma missão pessoal com abrangência universal. Ele é o Salvador como anunciaram os coros celestes aos pastores de Belém, a Luz oferecida por Deus a todos os povos como intuiu profeticamente o velho Simeão, o Emanuel de todos os peregrinos no tempo como vaticinou Isaías, o filho de Deus como reconhece o centurião romano, o “meu Senhor e meu Deus” como confessa Tomé ao ver as chagas do cruxificado/ressuscitado. E a lista dos títulos que expressam a missão de Jesus pode facilmente alongar-se com tonalidades várias que realçam a riqueza extraordinária da sua realidade admirável.

Pesquisar neste blogue

PARA PENSAR

Vencer na vida não é apenas cruzar a linha de chegada, é aproveitar cada passo antes disso.

PESQUISAR

Arquivo do blogue

DESTAQUE

Propriedade agrícola dos nossos avós

Pe. Resende Sobre a propriedade agrícola diga-se que nos primeiros tempos do povoamento desta região ela era razoavelmente extensa. Porém, à...