O meu céu, aquele que contemplo quando respiro o ar purificado pelas árvores do nosso quintal, merece ser partilhado com os meus amigos e leitores do meu blogue, espalhados um pouco por todo o mundo. Bom Dia de Portugal e das Comunidades para todos os portugueses, estejam onde estiverem, mas também para todos os povos que vivem entre nós.
sexta-feira, 10 de junho de 2022
Vive a festa de Deus Família
Reflexão de Georgino Rocha
para o Domingo XI — A Santíssima Trindade
Jesus, na ceia de despedida, fala abundantemente do Espírito Santo. Atribui-lhe funções de companhia amiga, mestre que faz memória do sucedido e ajuda à sua compreensão, conforto dos discípulos e testemunha qualificada, perante o mundo adverso, luz do coração que discerne a maldade do pecado e a bondade da graça, presentes nas situações de vida, guia seguro para a verdade plena. É sobretudo esta função que mais se destaca na festa da Santíssima Trindade. Jo 16, 12-15.
O pintor crente Roublev faz uma expressiva visualização desta realidade inabarcável pelas capacidades humanas: Um ícone de três pessoas que se entreolham e, no modo como se olham, fazem brilhar o amor de cada uma pelas outras. Traduz, assim, a relação que existe entre o Pai, o Filho e o Espírito. São um só na comunhão e três pessoas na pluralidade das funções que manifestam ao longo da história da salvação. Todas estão presentes no agir de cada uma que assume o protagonismo. É pelo seu agir em nosso benefício que temos acesso ao mistério insondável da sua existência. É pelo que Jesus promete aos discípulos que podemos sentir a “mão” segura do Espírito Santo a conduzir-nos para esta verdade admirável.
DIA DE PORTUGAL E DE CAMÕES — Mudam-se os tempos...

Mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões
Nota: Ilustração da Edição de OS LUSÍADAS com comentários de José Hermano Saraiva e ilustrações de Pedro Proença. Edição EXPRESSO com apoio do Totta
quinta-feira, 9 de junho de 2022
RIA DE AVEIRO vista por Artur Portela
«Mas a ria enche-se de asas brancas, garças reais que coalham o azul, além sobre a barra, onde a névoa fumega indecisa e lenta, e do outro lado, sobre Pardelhas, Estarreja, até Ovar bolinando ao vento.
É uma verdadeira esquadra, embandeirada em festa, porque hoje é dia de São Paio, na Torreira. Cada barco traz a sua povoação, a sua aldeia, a sua canção, as suas guitarras e adufes. A ria torna-se melodiosa, e sussurra, vibrante nas suas ondas de água, finas como cabelos de mulher, que os ventos represados percutem como uma arcada de violino. Durante muito tempo embala-nos aquela música aquática, dolente e enlanguescedora. As tonalidades mudam. Já não há azul. Os longes tornaram-se brumosos, e a água oleosa, baça, não tem uma vaga, uma crispação. Dir-se-ia um lago imobilizado por um silêncio astral. Um cinzento de agonia envolve esta paisagem de além mundo, prostrada na morte, se o sol não acordar antes da tarde.»
O São Paio da Torreira,
a Romaria dos Pescadores
de Artur Portela
Fonte:
"Aveiro e o seu Distrito", n.º 12, 1971
Pavão tranquilo
Nos jardins do Palácio de Cristal, no Porto, o pavão percebeu a minha vontade e pôs-se a jeito. Saltou para o caixote do lixo, ao que julgo, e esperou que eu disparasse. Depois foi à sua vida... e eu à minha.
quarta-feira, 8 de junho de 2022
Dia Mundial dos Oceanos
Celebrou-se hoje, 8 de Junho, o Dia Mundial dos Oceanos. O tema proposto terá levado muita gente a falar e a agir sobre a revitalização coletiva dos mares. Falamos muito dos oceanos, mas julgo que não será o suficiente para se evitar a poluição dos mesmos. Mas também penso que se torna urgente manter uma atenção vigilante sobre os Oceanos, numa tentativa de sublinharmos a sua importância para a qualidade de vida sobre a terra.
(...)
Debruço-me frequentemente sobre a importância do nosso Atlântico, sob o ponto de vista paisagístico, mas reconheço que se torna imperioso estar mais atento aos malefícios que sobre ele recaem, direta ou indiretamente.
No Porto com Gaia à vista
De passagem pelo Porto, tive oportunidade de apreciar o Douro e o casario da outra margem, a Vila Nova de Gaia, como sempre a conhecemos. É cidade, mas gosta de ser conhecida como Vila. É o terceiro município mais populoso do país, depois de Lisboa e Sintra. O Vinho do Porto estagia por ali, com rio à vista. E quem sabe se logo mais, depois do jantar, não saborearei um cálix do precioso néctar que os ingleses ajudaram a internacionalizar!
terça-feira, 7 de junho de 2022
RIA DE AVEIRO vista por António Arroio
«A região de Aveiro é uma pequena Holanda em clima e luz ocidentais. Provavelmente pela extensa superfície de evaporação de centos de hectares de água salgada, toda esta região se distingue no norte do país pela luz irisada que a banha e de momento a momento muda de tom. Por vezes julgamo-nos aí transportados a uma região ideal.»
António Arroio, engenheiro e crítico,
Porto, 1856; Lisboa, 1934
"Origens da Ria de Aveiro”,
de Orlando de Oliveira
segunda-feira, 6 de junho de 2022
De que espírito somos?
Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO
A invasão da Ucrânia recebeu o apoio do Patriarca de Moscovo, Cirilo I. Do ponto de vista cristão é inevitável a pergunta: qual é o espírito que move este Patriarca?
1. Continuamos a viver, em muitas partes do mundo, tempos de confusão política e religiosa. A guerra voltou a esta Europa cansada de paz e sem memória das vítimas de um passado não muito longínquo.
A invasão da Ucrânia, por mandato de Vladimir Putin, actual presidente da Rússia, recebeu o apoio do Patriarca de Moscovo, Cirilo I. Do ponto de vista cristão é inevitável a pergunta: qual é o espírito que move este Patriarca? O Espírito de Cristo – Espírito do Pentecostes – é um apelo universal à paz e à partilha dos bens da natureza destinados a todos os seres humanos. Não me pertence julgar as suas convicções e intenções, mas também não posso fechar os olhos e os ouvidos, embora não tenha de acreditar só no que é apresentado pelos meios de comunicação e das redes sociais.
domingo, 5 de junho de 2022
Dia Mundial do Ambiente
Celebra-se hoje, 5 de Junho, o Dia Mundial do Ambiente. A data foi escolhida em 1972, no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente.
Pretende-se levar todo o mundo a refletir sobre a necessidade de preservar a natureza, nas suas mais diversificadas situações, evitando “ofensas” levadas a cabo pelas pessoas, mas também pelas estruturas a diversos níveis, nomeadamente de natureza industrial.
Sendo certo que as escolas e outras instituições têm neste âmbito um papel determinante na formação das crianças e jovens, importa sensibilizar todas as populações e estruturas sociais, culturais, empresariais e políticas para o culto da natureza, sob pena de hipotecarmos o nosso futuro, que é também o futuro da humanidade. Repare-se nas devastações causadas pelas guerras que minuto a minuto os meios de comunicação social mostram ao mundo.
Chora e feijão assado
A Gastronomia de Bordo
“Chora e Feijão Assado — A Gastronomia de Bordo na Pesca do Bacalhau” é uma edição da coleção “A Nossa Mesa” e uma homenagem à cozinha tradicional portuguesa, sobretudo bacalhoeira. Assim se lê na contracapa do livro que tem o carimbo do Museu Marítimo de Ílhavo e da Câmara Municipal, mas ainda do Turismo Centro Portugal. Trata-se de uma obra destinada a toda a gente, em especial aos amantes da cozinha e dos bons e tradicionais petiscos.
Na apresentação, lembra-se que esta edição teve origem no Festival Gastronomia a Bordo, que decorreu em 2018, apoiado no Projeto “Territórios com História”. Sublinha-se a importância da investigação inédita de Pedro Miguel Silva, que "nos apresenta uma retrospetiva histórica da gastronomia dos navios de pesca do bacalhau, traçando a vida alimentar a bordo". Refere-se a contribuição da curadora do festival, a Chef Patrícia Borges, que "trabalhou as receitas a partir de fontes escritas e sobretudo orais, com as memórias e registos pessoais de três antigos cozinheiros: Manuel Sousa, José Pascoal e José Ribeiro ".
“Chora e feijão assado — A Gastronomia de Bordo na Pesca do Bacalhau” apresenta-se numa excelente edição, capa dura, ilustrações a condizer, oportunas referências históricas e, como não podia deixar de ser, as receitas bordo: Chora, Caldeirada de Espinhas, Arroz de Samos, Línguas Fritas, Sopa de Feijão, Caldeirada de Bacalhau, Pão de Forno e Raia de Pitau, entre outros.
FM
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