sábado, 20 de junho de 2020

VERÃO


Com um dia luminoso, o VERÃO chegou. A estação do calor, do sol luminoso, das praias da alegria, das águas cristalinas, das serras acolhedoras, das férias para descanso, dos amigos que voltam para matar saudades, dos encontros familiares e de tantos momentos de convívio está de volta! Sem pretender acordar tristezas, falar de vírus e mágoas desesperantes, de doenças que incomodam, de ausências, tantas de curta duração e outras definitivas, o VERÃO veio para nos animar a vencer barreiras, para restaurar a nossa esperança, para nos levar a criar raízes de partilha e verdade, para nos convidar a espalhar fraternidade, para nos abrir a novos horizontes.
Eu continuarei por aqui, se Deus quiser. Vontade não me falta!
Bom VERÃO para todos.

Fernando Martins

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Ria de Aveiro na literatura

Costa Nova e Barra
Torreira

“E voltando-se então, verá as águas mansas da extensíssima ria fulgurando de todos os lados: e, entre elas, as salinas, recticuladas pelos tabuleiros em evaporação, com os seus montes cónicos de sal novo dando a impressão de um largo acampamento de tendas imaculadamente brancas espalhadas a perder de vista pela vastidão dos polders. Para o sul, terá o braço da ria que segue para Ílhavo e Vagos e que margina os pinhais e campos arenosos da Gafanha; a seguir, em sentido inverso, o outro braço que se alonga para as Duas Águas e vai dar à Barra, e donde emergem as mastreações das chalupas e iates ancorados; ao poente, a linha fulva das dunas da costa, vaporizadas pela tremulina; e para o norte a imensa ria da Torreira, onde o arquipélago das ilhas baixas, formadas pelas aluviões, a Testada, o Amoroso, a dos Ovos, a das Gaivotas, Monte Farinha, verdejam nas suas extensas praias de junco. E nessa vastidão de águas tranquilas, nesse gigantesco pólipo fluvial que por todos os lados estende os seus fluídos tentáculos, entre a rede confusa dos esteiros e canais, bordados de tamargueiras e de caniços, velas sem conta, velas às dezenas, às centenas, vão, vêm, bolinando em todos os sentidos, e pondo no verde das terras ou no azul das águas a doçura do seu deslizar silencioso e a graça da silhueta branca.”


Luís de Magalhães

In “A arte e a natureza em Portugal”, 
citado por Orlando de Oliveira,
no seu livro "Origens da Ria de Aveiro"

Não tenhais medo! Confiai em mim

Reflexão de Georgino Rocha 
para o XII domingo do Tempo Comum

"Ocorre, hoje, o dia europeu da música e o início do Verão. Boa oportunidade para a mudança de sentimentos negativos e timoratos, saborear o novo ambiente social que vai surgindo e fomentar a harmonia e a beleza do universo."

Os discípulos recebem a missão de Jesus de ir anunciar a Boa Notícia do Reino, de ir por aldeias e cidades, de praticar actos de libertação em favor das pessoas necessitadas e de denúncia de situações opressivas. O desempenho da missão está cheio de riscos: desprezo, injúrias, perseguições, morte. Como Lhe vem a acontecer a Ele.
Que sentimentos e emoções assaltariam o seu coração ao ouvirem tal anúncio? E nós, ao contemplar o rosto sereno e a voz firme de Jesus, ao escutar a exortação a não temer, a não ter medo, mas a confiar porque é essa a vontade do Pai? E nós, ao tomarmos consciência do que acontece hoje no mundo e na Igreja? Lembremos o cortejo de rostos humanos desfigurados e de símbolos religiosos banidos da “praça pública”.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

Porto de Aveiro visto do Miradouro...







Junto à rotunda onde termina a Avenida José Estêvão que atravessa a Gafanha da Nazaré, dando acesso ao Jardim Oudinot, Forte da Barra, Farol e outros destinos, há um miradouro que me intrigava. Para que serviria aquilo? Vai daí, hoje com tempo, parei para ver. E descobri, então, que tem a sua utilidade: O turista chega, sobe as escadinhas (com alguma dificuldade para mim) e pode apreciar uma boa parte da Zona Portuária, com Farol, Forte, Jardim Oudinot, ponte, laguna e casario...

NOTA:
1. Fotos registadas com telemóvel
2. Clicar nas imagens para ampliar

POBREZA: É a hora de todos colaborarem

«É preciso deixar ideologias, 
esta é a hora de todos colaborarem»

Pobreza - Foto da Cáritas 

“Assim aconteceu quando se viabilizaram as medidas de prevenção do Covid-19, no nosso país, portanto é possível. Que os deputados com assento parlamentar discutam a real situação da pobreza, se revelem verdadeiros políticos, que a sua motivação seja a defesa do bem comum”. 

Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa 

Ler mais na Agência Ecclesia

Gafanha na Literatura


“É certo que de cada popa se vê um Portugal diferente, conforme a latitude: verde e gaiteiro em cima, salino e moliceiro no meio, maneirinho e a rilhar alfarroba no fundo. Camponeses de branqueta e soeste a apanhar sargaço na Apúlia, marnotos a arquitectar brancura em Aveiro, saloios a hortelar em Caneças, ganhões de pelico a lavrar em Odemira, árabes a apanhar figos em Loulé. Metendo o barco pela terra dentro, é mesmo possível ir mais além. Assistir, em Gaia, à chegada do suor do Doiro, ver transformar em húmus as dunas da Gafanha, ter miragens nos campos de Coimbra, quando a cheia afoga os choupos, fotografar as tercenas abandonadas do Lis, contemplar, no cenário da Arrábida, a face mística da nossa poesia, ou cansar os olhos na tristeza dos sobreirais do Sado. Mas são vistas… Imagens variegadas dum caleidoscópio que vai mudando no fundo da mesma luneta de observação.”

Miguel Torga

In PORTUGAL

Nota: Foto publicada na revista "Aveiro e o seu Distrito", nº 5, para ilustrar um trabalho de Frederico de Moura (Médico e licenciado em Letras - História e Filosofia), intitulado "Apontamentos para um trabalho sobre a paisagem de Aveiro". A foto mostra um batatal na Gafanha. O guarda-sol protege um bebé que deve estar a dormir numa canastra, berço típico das Gafanhas, nos ambientes agrícolas.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Palmeiras no Oudinot e na Costa Nova

Marginal da Costa Nova
Marginal na Costa Nova
A Câmara Municipal de Ílhavo (CMI) substituiu as 22 palmeiras afetadas na Calçada Arrais Ançã (na Costa Nova) e outras 20 palmeiras no Jardim Oudinot, Gafanha da Nazaré, por outras palmeiras da espécie washingtónias, mais robustas e onde o escaravelho-vermelho não provoca danos, ação que tem um custo global de 40 590 euros. No ano passado, a CMI já tinha realizado idêntica operação na Praia da Barra e no relvado marginal à ria da Costa Nova.

Fonte: Timoneiro 

terça-feira, 16 de junho de 2020

Estabilidade...



Na vida, qualquer ser humano luta incansavelmente para chegar à estabilidade. E não é fácil, tais são os obstáculos que surgem na caminhada. Teimando e treinando haverá sempre hipóteses de alcançar os objetivos desejados, que são a garantia do equilíbrio. Na natureza a estabilidade é notória... 
Ao fixar no retrato esta estabilidade aplicada e traduzida nos cubos à entrada da moradia, sentimos que ali está patente o desejo de concretizar o sonho de uma vivência equilibrada, talvez um sinal de felicidade tranquila.

Flores



A beleza da natureza está pujante em todos os cantos, mas com a pressa da vida nem tempo temos para a apreciar. Quando saio para o meu quintal, deparo com flores que me deixam embebecido. E então prometo a mim mesmo que é altura de pôr de lado frivolidades para dar mais atenção ao belo que me cerca.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Vingança do cato


Um dos catos que temos cá por casa foi sujeito a uma poda... Quando se julgava que estaria condenado a morte lenta, fomos surpreendidos pelo seu amor à vida. Quando menos se esperava, venceu a sua alegria de voltar ao nosso convívio. 
Dos quatro troncos, de um dia para o outro, brotaram filhotes como vingança pelo que lhe fizeram. Tudo se conjuga para daqui a uns meses o cato se apresentar como um ramalhete...

domingo, 14 de junho de 2020

A Bíblia, Trump e a violência

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

1. Donald Trump não era obrigado, mas seguiu o costume de fazer o juramento de posse de Presidente dos EUA sobre a Bíblia. Agora, acossado pelas manifestações contra a morte do afro-americano George Floyd, exibiu-a como autentificação divina da sua política.
As Sociedades Bíblicas Unidas e os diferentes movimentos bíblicos católicos não podem protestar contra o uso da obra mais traduzida e editada no mundo. A Bíblia não é sempre inocente em relação à guerra, ao terror, à violência.
É verdade que o movimento fundamentalista norte-americano confessa que a Bíblia é inspirada pelo Espírito Santo, razão da inerrância das suas escrituras. Servir-se dessa equívoca evocação, para cobertura da política nacional e internacional de Donald Trump que destila ódio e violência, obriga a questionar esse ambíguo biblismo.
É frequente a pergunta: não será o próprio Antigo Testamento (AT), acolhido nas edições cristãs da Bíblia, que documenta as mais extremas e cruéis práticas de ódio e violência, não apenas em nome de Deus, mas até por ordem de Deus?
Não é legítimo responder com o recurso ao contexto histórico para desculpar actuações que foram, são e serão sempre criminosas.
Comecemos pelo mais elementar: de onde vem a palavra Bíblia?
Existia uma cidade fenícia, muito antiga, Biblos, cujas ruínas são visíveis, hoje, no Líbano. É sabido que os fenícios inventaram um dos primeiros alfabetos com 22 signos. Desde o século XI a.C., Biblos era um importante lugar de produção do papiro e tinha uma reputada escola de escribas. Não admira que os seus escritos tenham usado o nome da cidade. A língua grega herdou a palavra biblion para designar um escrito, um livro. Em grego, o plural – livros – diz-se: ta biblia. Este plural usava-se, também, para designar uma biblioteca. Alguns séculos, antes da nossa era, os judeus de cultura grega usaram esta expressão, ta biblia, para designar a colecção dos seus livros sagrados.

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