sábado, 13 de janeiro de 2018

EFEMÉRIDE - DOMINGOS JOÃO DOS REIS


1933, 13 de janeiro


Bairro do Albói 
«Faleceu Domingos João dos Reis que, apesar de oriundo de família humilde, conseguiu meios de fortuna e tornou-se notável em obras altruístas. Fundou o bairro do Albói, fazendo edificar aí sessenta moradias, que arrendou a casais de modesta economia, apenas pelo prazo de vinte anos; findo este prazo, eles ficariam proprietários dos edifícios. Também concorreu para a transformação do bairro do Rossio, adquirindo os barracões da Companhia do Braçal (O Debate, 19-1-1933) – J»

Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo e João Gonçalves Gaspar

Bairro do Albói - Ler aqui 

NOTA: A generosidade e o sentido de partilha sempre existiram ao longo dos séculos,  normalmente levados à prática sem trombetas nem notícias de caixa alta nos jornais. Este aveirense, que nasceu humilde, criou um bairro que ainda hoje existe, com as alterações próprias da vida, para casais modestos. É obra. Será que Aveiro já homenageou este homem bom? Confesso que não sei, mas vou tentar averiguar. Alguém poderá ajudar-me? 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

CONCERTO DA FILARMÓNICA OVACIONADO DE PÉ

A Filarmónica Gafanhense 
apresentou o seu concerto de  Natal 
na igreja matriz 

Filarmónica Gafanhense (foto do meu arquivo)

Ainda não era Natal, mas já se sentia como se fosse. Vivia-se então o dia 16 Dezembro último, bafejado por um sol de Outono que aquecia de soslaio a terra e as almas.
A noite aproximava-se e, com ela, o desejo de viver o serão no aconchego e conforto do lar. Era lógico que assim se pensasse, mas não, os habitantes das Gafanhas saíram de casa e dirigiram-se para a igreja matriz da Gafanha da Nazaré. O templo rapidamente se encheu de uma pequena multidão, que também levou com ela o apetecido calor dos seus lares, naquela noite quase de Inverno.
Então o que é que se passava que conseguiu tirar de casa toda esta gente? Tratava-se de mais um concerto da Filarmónica Gafanhense, mais propriamente o de Natal.
O espectáculo dividiu-se em duas partes, a saber: actuação do Coro de Câmara D’Ouro dirigido pelo maestro José Gonçalves e, de seguida, a referida filarmónica sob a direcção do maestro Henrique Portovedo. 
O Coro e a Filarmónica cantaram e tocaram especialmente músicas clássicas alusivas à época festiva, tendo-se destacado Herlander Sousa. Foi na Filarmónica Gafanhense que este último iniciou os primeiros passos musicais. Mais tarde. Herlander ganhou o 1ª prémio, tocando Flute Concertino op.107 de Cécile Chaminade, obra musical que sempre o acompanhou e que o ajudou a alcançar novos horizontes.
Pela reacção do público, o concerto agradou plenamente, ovacionando-o de pé todo o evento com calor e entusiasmo.
Estão de parabéns a Filarmónica Gafanhense, o Coro de Câmara D’Ouro e seus dirigentes, entre os quais o senhor Paulo Miranda. Também não nos devemos esquecer do maestro Henrique Portovedo e os seus músicos.
Os últimos agradecimentos são dirigidos às entidades religiosas e políticas, nomeadamente o senhor padre César, à Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré através do seu presidente, senhor Carlos Rocha que ajudaram na concretização deste belo acontecimento artístico, musical e cultural. 

Janeiro de 2018

Licínio Ferreira Amador

Homenagem a D. António Francisco

«In manus Tuas — Nas Tuas mãos… é o lema episcopal do Senhor D. António Francisco e o título que damos a estes textos que nos ajudarão a não esquecer a sua paixão pela caridade, o seu ardor pela evangelização dos praticantes e dos não crentes e o seu espírito de oração.» — lê-se no Prefácio do livro publicado com o mesmo título, como gesto de homenagem a D. António Francisco, assinado por D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro. Esta nota, na contracapa, sintetiza, de forma lapidar, o conteúdo do livro publicado pela Diocese de Aveiro, como sinal de gratidão a D. António Francisco dos Santos, falecido em 11 de setembro, no Porto, sede da diocese do mesmo nome e da qual foi Bispo. Antes, havia sido Bispo de Aveiro, onde granjeara estima e admiração dos aveirenses, pela sua simpatia natural, proximidade sem barreiras, humildade exemplar, caridade inexcedível e bondade sem limites. D. António Francisco partiu para o seio de Deus, inesperadamente, quando tanto tinha para nos dar da sua visão humanista do mundo, alicerçada na Boa Nova de Jesus Cristo, que ele, tão expressivamente, sabia transmitir-nos.

CINCO BOMBAS SOBRE A HUMANIDADE

Anselmo Borges 


Escrevi aqui, em duas crónicas, sobre os triunfos da humanidade em relação à fome, à pobreza, à saúde, ao saber, à liberdade, à igualdade... Foram apresentados factos, números, estatísticas, inegáveis. Isso tem de ser registado, para que se saiba do nível actual sem precedentes nos padrões de vida globais. Mas não quereria que se ficasse com a ideia de um optimismo ingénuo. Na verdade, é preciso ser realista e tomar consciência, como acentua o filósofo e teólogo Xabier Pikaza, das cinco bombas que pesam sobre a humanidade e que podem destruí-la pura e simplesmente. A ameaça maior para a Humanidade na actualidade tem que ver com o seu excesso de poder, de tal modo que, sem diálogo, sem uma mudança de paradigma, ela pode auto-eliminar-se. Quais são essas cinco bombas e o seu risco?

1. Vimos da natureza, mas é em nós que a natureza e a sua história tomam consciência de si. Somos da natureza, mas, ao mesmo tempo, na natureza, contrapomo-nos a ela, reflectimos sobre nós e sobre ela. Temos capacidade para descobrir os seus segredos, as suas leis, os seus mecanismos interiores, e tanto podemos servir-nos dela, contemplá-la na sua grandeza e beleza, como destruí-la. Aí está o armamento nuclear, atómico, que pode dar azo à total destruição da natureza e da humanidade. Antes, não tínhamos, mas agora temos a possibilidade de realizar um suicídio global. Muitos países possuem ou possuirão armas atómicas e, com esse meio, podem acabar com a vida e a humanidade toda no planeta. O Papa Francisco não se cansa de repetir que a Terceira Guerra Mundial está em curso, embora aos pedaços, às fatias, e o receio é uma guerra total, que pode tornar-se uma guerra nuclear. Suponhamos que um grupo terrorista se apodera de armamento atómico...

QUE PROCURAIS? PERGUNTA-NOS JESUS

Georgino Rcoha

Georgino Rocha

A pergunta de Jesus feita aos discípulos de João que o seguiam abre a nova fase do Ano Litúrgico que a Igreja nos propõe para celebrarmos. É uma fase que valoriza o tempo comum, a normalidade da vida, o quotidiano. É uma fase que destaca a grandeza das “rotinas” assumidas como espaço de realização pessoal e oportunidade de salvação. É uma fase que convida a mergulhar na profundidade do ser cristão que se expressa no viver e conviver diários, revigorados pela confiança e pela alegria do Evangelho. (Jo 1, 35-42).
Os discípulos são dois. Um é André e o outro não tem nome. Possivelmente, será João, o autor do relato. Mas pode haver outra intenção. E o nome ser o da pessoa que segue Jesus, em qualquer tempo, anda à procura de saciar o desejo de se encontrar com Ele, de saber por experiência o que vai escutando de outros. Que bom! Todos lá cabemos. Tu e eu. A resposta fica nas nossas mãos. A atitude dos discípulos abre caminho à nossa decisão. Vamos acompanhá-los mais de perto.
O seu mestre, João Baptista, estava parado nas margens do rio Jordão. Jesus ia em movimento. Ele está prestes a sair de cena. Jesus a entrar em missão, na vida pública. João não retém os discípulos, mas liberta-os e encaminha-os. Jesus acolhe e, pedagogicamente, inicia um diálogo de aproximação e convite. Diálogo que o narrador resume a perguntas emblemáticas: “Que procurais? Mestre, onde vives? Vinde e vereis”. Perguntas que ficam a ecoar na história à-espera de interlocutores motivados para que haja encontro pessoal e comece a nova relação que humaniza e salva.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

IMPORTA CONHECER A HISTÓRIA DOS OVOS-MOLES


«A Confraria dos Ovos Moles de Aveiro acaba de lançar um apelo à comunidade aveirense no sentido desta ceder vários tipos de documentação relacionada com os ovos-moles. “O objectivo é reunir a maior quantidade possível de informação que ajude no esclarecimento da história deste doce de Aveiro, com vista à publicação de um livro”, esclareceu Sérgio Ribau ao Diário de Aveiro.»


NOTA: Ora aqui está uma excelente ideia para os aveirenses, e não só, descobrirem as muitas receitas da confeção dos ovos-moles de Aveiro. Sim! Eu sei, e todos sabemos, que há diversas receitas deste tradicional doce que tem apreciadores em todo o país e até no estrangeiro. 
No Natal  e Ano Novo falou-se dessa variedade de receitas, sendo unânime a ideia de que os ovos-moles diferem de pastelaria para pastelaria. Estávamos habituados a comer os saborosos doces de uma determinada casa, mas desta vez o responsável pela compra atrasou-se e já não lhe aceitaram a encomenda. E todos notaram a diferença. E que tal um concurso? 

ÍLHAVO - ENCONTROS DE HISTÓRIA LOCAL


MUNICÍPIO DE ÍLHAVO CELEBRA 120 ANOS DA SUA RESTAURAÇÃO




«Ao longo do ano serão vários os momentos que irão refletir a importância deste relevante marco histórico para o presente e futuro de todas as vivências e dinâmicas municipais, sendo também de destacar a nova rubrica da Agenda de Eventos “Viver em…” que desvenda o sentimento dos ilhavenses sobre a extinção do concelho.
As diversas atividades centradas nos 120 anos da Restauração do Concelho de Ílhavo iniciam-se no próximo dia 17 de janeiro com os Encontros de História Local que espelham a história deste importante marco e que lançará o primeiro número da revista “Nossa Gente” com a biografia de Alberto Ferreira Pinto Basto, um dos impulsionadores do processo de restauração de 1898.»

MIGUEL TORGA . CONFIANÇA


Confiança

O que é bonito neste mundo, e anima,
É ver que na vindima
De cada sonho
Fica a cepa a sonhar outra aventura…
E que a doçura
Que se não prova
Se transfigura
Numa doçura
Muito mais pura
E muito mais nova…


Miguel Torga

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

ANO EUROPEU DO PATRIMÓNIO CULTURAL

Beleza à espera de descoberta e encantamento 







“Onde o passado encontra o futuro” é o tema que vai juntar as iniciativas do Ano Europeu do Património Cultural, que tem como objetivos «encorajar mais pessoas a descobrir e a comprometerem-se com o património cultural europeu e reforçar um sentido de pertença a um espaço europeu comum».

Li aqui

NOTA: Este texto pode ser o ponto de partida para nos debruçarmos sobre o nosso Património Cultural, visto de diversos ângulos. Olhando à nossa volta, aqui no nosso concelho, o que poderíamos fazer, de concreto, para divulgar e valorizar o que temos de muito bom? 

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

A VIDA, OS SENTIMENTOS E AS CULTURAS HUMANAS

Sobre um livro da António Damásio


Não estava nos meus horizontes próximos a leitura do mais recente livro de António Damásio — “A ESTRANHA ORDEM DAS COISAS” —, por abordar questões, segundo admitia, da ordem das Filosofias e das Neurociências, longe dos meus interesses principais. Porém, a oferta de pessoa amiga levou-me a assumir a leitura que, desde o início, me aliciou, embora me obrigasse a utilizar o dicionário, agora coisa fácil, graças à Net.
O livro deste conceituado e galardoado cientista, com assento em diversas universidades, aborda questões que nos fazem pensar sobre a vida, os sentimentos e as culturas humanas, como se lê na capa. E no interior, o escritor e cientista explica, com riqueza de pormenores, conceitos e mecanismos da evolução da vida através dos muitos milhares de anos. Tantos, que a mente do homem comum, e mesmo de alguns habituados a pensar, nem sequer conseguirá ter a noção da grandeza daqueles milhares de anos. 
Como acontece com todos os livros que tenho em mãos, li o que diz a capa, a contracapa e as badanas, em jeito de introdução à leitura que me espera. Dou-me bem com esta regra elementar, que reputo de essencial. Na contracapa, o editor interroga-se sobre o que terá levado «os seres humanos a criar culturas, esse conjunto impressionante de práticas e instrumentos onde se incluem a arte, os sistemas morais e a justiça, a governação, a economia, a tecnologia e a ciência?», para logo acrescentar que «A resposta habitual a esta pergunta remete para a excecional inteligência humana, auxiliada por uma faculdade ímpar: a linguagem». Mas Damásio vai mais longe, quando afirma que «os sentimentos — de dor, sofrimento ou prazer antecipado — foram as forças motrizes primordiais do empreendimento cultural, os mecanismos que impulsionam o intelecto humano na direção da cultura». 
O autor sublinha em Inícios que «Os seres humanos distinguiram-se de todos os outros seres ao criarem espantosas coleções de objetos, práticas e ideias, conhecidas coletivamente como “culturas”, nelas se incluindo «as artes, o inquérito filosófico, os sistemas morais e as crenças religiosas, a justiça, os sistemas governativos e as instituições económicas, e a tecnologia e a ciência.»
Mais adiante, questiona-se: «Como é que os seres humanos vieram a ser, ao mesmo tempo sofredores, mendicantes, celebrantes do prazer, filantropos, artistas e cientistas, santos e criminosos, senhores benevolentes da Terra e monstros empenhados na sua destruição?» E conclui o seu raciocínio, na abertura da sua obra, esclarecendo que o presente livro tem com o objetivo «apresentar alguns factos associados à criação de mentes que pensam, criam narrativas e significado, recordam o passado e imaginam o futuro». 
“A ESTRANHA ORDEM DAS COISAS” tem 381 páginas, estando dividido em III partes: A vida e a sua regulação (Homeostasia); A montagem da mente cultural; e A mente cultural em ação. No final contém notas e referências, gradecimentos e índice remissivo.

Fernando Martins

Nota: Este texto é uma simples referência a um livro de que gostei imenso e que aconselho aos meus amigos. Não me aventurei a tecer grandes considerações para não correr o risco de errar. Os temas, desenvolvidos, apesar de tudo, com muita clareza pelo autor, contêm conceitos e termos que necessitam de muita reflexão e grandes conhecimentos. Eu não passo de um simples leitor. 

FM 

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