terça-feira, 9 de janeiro de 2018

É ERRO GRAVE TOMAR A NUVEM POR JUNO

A propósito de eventuais crimes 
em instituições de solidariedade social



Nos últimos tempos, têm vindo a lume notícias de eventuais crimes graves em algumas instituições de solidariedade social. Digo eventuais porque aguardo, como muitos portugueses de bom-senso, que a Justiça Portuguesa analise as situações, julgue e condene ou absolva os implicados em erros graves de gestão. Até lá, não podemos condenar ninguém, no pressuposto de que, até trânsito em julgado, todos os acusados têm direito ao bom nome. 
Acontece que a partir dos indícios de suspeitas não param generalizações com o intuito de condenar, à partida, todas as instituições que se dedicam, há centenas de anos, no nosso país, ao cuidado dos mais desfavorecidos da sorte ou de quem nessecita de ajuda, em especial as famílias (pais e mães) que precisam de trabalhar. O tempo das avós a cuidarem netos já lá vai há muitas décadas. E do mesmo modo também já lá vai o tempo de os filhos cuidarem dos pais. 
O facto de haver meia dúzia, se tanto, de instituições com anomalias na área da gestão e nos vários setores das suas valências, não podem nem devem ser tidas como paradigma das centenas que trabalham para o bem-comum da nossa sociedade. Se há gestores incapazes ou indignos, também é verdade que a maioria se pauta por princípios e valores respeitáveis, dando muito de si, com entusiasmo e paixão, às instituições e pessoas que servem. É erro grave de muita gente tomar a nuvem por Juno.

Fernando Martins

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

FERREIRA DE ALMEIDA APOSTA NOS MAIS PEQUENOS



«Mário Ferreira de Almeida, natural da Gafanha do Carmo, é licenciado em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e acaba de se lançar num projecto diferente, especialmente focado em dar a conhecer as belas artes aos mais novos (mais de seis anos) e a todos que tenham curiosidade em experimentar os prazeres do desenho e pintura.»


NOTA: Confesso que não conheço o artista Mário Ferreira de Almeida. Somos de gerações muito distantes e, por isso, está justificada a minha ignorância. Contudo, vou estar atento porque, pelo que li, tem projetos interessantes que merecem ser divulgados e apoiados. Fui à cata dele e descobri-o no FB, com a curiosidade de ser, nessa plataforma, meu amigo. Daqui lhe envio os meus parabéns pelo ideia de se voltar para os mais pequenos e para as pessoas interessadas pelo prazer do desenho e da pintura. 

ADIG E ANRGN DENUNCIAM POLUIÇÃO



Certos de que as indústrias são fundamentais à vida, desde o princípio dos tempos modernos, a verdade é que não podem tornar-se inimigas do homem e, muito menos, do ambiente. À partida, todas transportam em si a capacidade de poluir, daí os requisitos legais que têm de cumprir para evitar a poluição. Mas nem sempre tais requisitos são rigorosamente tidos em conta, o que lamentamos sobremaneira.
A ADIG (Associação para a Defesa dos Interesses da Gafanha da Nazaré) e a ANRGN (Associação Náutica e Recreativa da Gafanha da Nazaré), atentas ao que se passa na nossa terra, denunciam, frequentemente, agressões ambientais. Aconteceu por estes dias, conforme comunicado assinado por Humberto Rocha, presidente das duas instituições.
No comunicado, pode ler-se: «No dia 5 de Janeiro, pela manhã, as águas que saíam da conduta do antigo Esteiro do Oudinot, na Marina da Associação Náutica e Recreativa da Gafanha da Nazaré, apresentavam um aspeto opalino, com manchas maiores ou menores, que não permitiam visualizar a limpidez da Ria.» 
Salienta o comunicado que foi dado conhecimento à Capitania, à Administração do Porto de Aveiro, ao SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR), à GNR da Gafanha da Nazaré e à ARH (Administração da Região Hidrográfica) da Agência Portuguesa do Ambiente, mas, tanto quanto sabemos, ainda não terá sido descoberta a causa da poluição denunciada. 
Como é natural, as entidades citadas «demonstraram interesse» em descobrir as pessoas ou empresas causadoras das descargas poluentes, sabendo-se que na área há, apenas, quatro indústrias a laborar. 
Ficamos a aguardar os resultados dos estudos e inquéritos que, naturalmente, terão de ser feitos. 

FM 

AREIAS VÃO ALIMENTAR ZONA DUNAR



Milhões de toneladas de areia vão ser retiradas definitivamente para alimentar o cordão dunar, garantiu o presidente do conselho da administração do Porto de Aveiro, em declarações à Radio Terra Nova. Isto vai acontecer durante o presente ano. Sublinhamos a garantia expressa no uso do advérbio definitivamente, o que significa que, a partir dessa retirada, não haverá, à partida, mais areias pelo ar a prejudicar os residentes perto da zona portuária.

domingo, 7 de janeiro de 2018

LEMBRAR AS VÍTIMAS NÃO EVITA NOVAS VÍTIMAS

Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO 



1. Com verdade ou maldade, ouvi repetir, desde há vários anos, que para os meios de comunicação, sobretudo para as televisões, os incêndios representam uma bênção. Fazem subir as audiências sem grandes custos, alimentam a morbidez pelos desastres, intoxicam o país de irremediáveis opiniões contraditórias e paralisantes. A visão dos nossos recursos, potencialidades e lacunas é substituída pelo espectáculo das chamas. Resta a conversa sobre as responsabilidades do Estado, cada vez mais diluídas e transnacionais, os interesses das empresas privadas, a desertificação do interior e os aproveitamentos partidários de circunstância. O reordenamento do território com a participação activa das populações é o tema nunca esquecido e sempre adiado. As suspeitas de fogo posto e as capacidades da lua incendiar a noite são enigmas recorrentes.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

O CANCRO DA IGREJA



Anselmo Borges 

1. "O Papa Francisco é hoje um dos homens mais odiados no mundo." Esta afirmação recente pertence a Andrew Brown, no The Guardian, que acrescenta: "E quem mais o odeia não são ateus, protestantes ou muçulmanos, mas alguns dos seus próprios seguidores."
Pessoalmente, não sei se trata mesmo de ódio, mas tenho a convicção firme de que Francisco tem na Igreja muitos opositores e inimigos, furiosos por causa das reformas que está a operar e por verem os seus interesses, incluindo o clericalismo e o carreirismo, ameaçados. Sobretudo na Cúria Romana, que, como já aqui escrevi, quando se olha de modo atento para a história, foi fazendo mais ateus do que Marx, Nietzsche e Freud juntos.
Mas, por outro lado, Francisco é hoje um dos líderes mundiais mais estimados, amados e influentes do mundo. A simplicidade e a humildade, a simpatia e o afecto, reais e genuínos, que manifesta pelas pessoas, a começar pelos mais débeis, fragilizados, abandonados, o seu amor pelas periferias geográficas e existenciais, tornaram-no uma figura popular em toda a parte.

VALDEMAR AVEIRO, O COMANDANTE DE HOMENS

Entrevista conduzida por Lúcia Crespo



«Tem 83 anos, nasceu em Ílhavo, terra de gente com salitre no sangue. Aos 16 anos, Valdemar Aveiro partiu para os mares da Terra Nova a bordo do Viriato, navio de pesca à linha. Era então moço de câmara. Estreou-se como capitão no Santa Joana, o primeiro arrastão português. Deixou o mar em 1988, mas continua ligado à pesca. “Tenho uma actividade que faz inveja a muita gente”, graceja.»

«"Ó menina, tenho uma maldição muito rara, que é pôr-me na pele dos outros." A frase sai-lhe assim, dorida e espontânea, como acontece com os homens grandes. Valdemar Aveiro tem 83 anos e é um dos capitães dos bacalhoeiros portugueses que andaram pelos mares do fim do mundo. Nasceu em Ílhavo, embarcou com 16 anos para a Terra Nova a bordo do Viriato, um navio de pesca à linha. Era então moço de câmara. Foi escalando na hierarquia de bordo e fez a sua estreia como capitão no Santa Joana, o primeiro arrastão em Portugal. Foi depois convidado para comandar o navio mais moderno de então, o Coimbra. Valdemar Aveiro correu o mundo como comandante de navios. E de homens.»

Li em negócios 

NOTA: Texto e foto do jornal NEGÓCIOS

FESTA DA EPIFANIA DO SENHOR



A ESTRELA QUE NOS GUIA PARA JESUS

Georgino Rocha


A estrela dos Sábios do Oriente que procuram Jesus, recém-nascido, surge como o grande referencial para quem deseja encontrar a verdade. Procura porque o seu espírito a intui e a vê partilhada por outros. Procura porque reconhece os sinais da novidade que vão surgindo um pouco por toda a parte e quer captá-los e entrar em sintonia. Procura porque sente o impulso de uma secreta esperança que anima os caminhos da vida.
Jesus, o procurado, irradia a sua luz a partir da encarnação, fazendo-se humano. Constitui assim um novo espaço de encontro com toda a humanidade: homens e mulheres, povos e raças, judeus e pagãos, novos e velhos, camponeses e citadinos. Hoje é o dia do encontro oferecido por Deus na gruta de Belém, aonde chegam os Sábios Reis vindos do Oriente, após terem feito um percurso que fica como iluminação de todos os que se dispõem a ser cristãos discípulos de Jesus, a Estrela por excelência. E a liturgia da Igreja destaca este encontro como meta de convergência do tempo de Natal que manifesta novos horizontes: A Belém acorrem os pastores; ao Templo, o velho Simeão e a profetisa Ana, símbolos queridos dos fiéis judeus; a Jerusalém se dirigem, rumo a Belém, os Sábios Reis. (Mt 2, 1-12).

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

“DESCOBRIR AVEIRO”

De Suzana Caldeira (textos) 
e Suzana Nobre (ilustrações)


«Com textos de Suzana Caldeira e ilustrações de Suzana Nobre, este livro partilha sítios e pormenores da cidade de Aveiro que de outro modo poderiam passar despercebidos. Focado no Bairro da Beira-Mar este é o número 1 da recém-criada coleção: “Descobrir Aveiro”, em que cada livro tratará um Bairro ou Temática especifica do distrito de Aveiro.
É um projeto de autoedição, em que as autoras assumiram todas as etapas do projeto criativo e assumindo sós todo o custo e risco de edição.
Este livro é dedicado à cidade de Aveiro: leve, ilustrado e de fácil leitura fala da cidade, do seu património, da cultura e das tradições, desenvolvido por duas pessoas não naturais de Aveiro, que se apaixonaram pela cidade.
O prefácio é de José Carlos Mota, docente no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro que descreve o livro como “um trabalho de enorme qualidade a merecer louvor e apoio”.»

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ANIVERSÁRIO DO AQUÁRIO DOS BACALHAUS


O Aquário dos Bacalhaus do Museu Marítimo de Ílhavo, que se tornou num dos maiores atrativos do museu, celebra o seu 5.º aniversário no próximo dia 13 deste mês. As comemorações são sobretudo dedicadas à família, com dois momentos de puro deleite que permitirão, por um lado, experimentar a tranquilidade e a beleza do Aquário dos Bacalhaus e, por outro lado, conhecer mais acerca do silencioso mundo destes habitantes das águas geladas do Atlântico Norte.
De manhã, a partir das 10h, o Aquário ficará reservado a uma aula de Yoga para pais e filhos; à tarde, às 15h30, realiza-se uma visita especial que permitirá escutar o silêncio do fundo do mar. Durante este dia as visitas ao Museu Marítimo de Ílhavo são gratuitas, entre as 10 e as 18h
As inscrições para ambas as ações podem realizar-se até 11 de janeiro por telefone (234 329 990) ou por email (visitas.mmi@cm-ilhavo.pt).

Fonte: CMI, MMI

UA ASSINALA O SEU 44.º ANIVERSÁRIO

Entrevista com o Reitor Manuel António Assunção


"Temos uma Universidade reconhecida e líder em várias áreas"

«Numa altura em que a UA assinala o seu 44.º Aniversário, o Reitor Manuel António Assunção destaca os grandes marcos de uma instituição que considera ser hoje líder em várias áreas, capaz de servir muito bem a região e o país, internacionalmente reconhecida e dotada de um excelente ambiente físico e humano. Nesta entrevista, o Reitor dos últimos sete anos e meio aponta a Saúde como uma das questões que continuará a estar na agenda da Universidade e avança que a proteção do planeta, incluindo as alterações climáticas, a economia circular e a revolução digital serão alguns dos próximos grandes desafios a que a UA saberá certamente responder, garantindo assim a continuidade do seu relevante papel na sociedade.»

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Animais das nossas vidas

O Toti e a Tita foram animais das nossas vidas. Aqui estão no relvado com a Lita. Descontraídos e excelentes companheiros, cada um com o seu...

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