quarta-feira, 25 de março de 2015

Evocando o Dr. Querubim do Vale Guimarães

Efeméride — 25-03-1970



«Faleceu o Dr. Querubim da Rocha do Vale Guimarães, nascido ocasionalmente em Coimbra quando o pai frequentava a Universidade, mas desde 1908 definitivamente radicado em Aveiro, onde exerceu as suas actividades jornalísticas, forenses, políticas e apostólicas. Entre outros, desempenhou os cargos de director do semanário católico Correio do Vouga, de presidente da Comissão Pró-Restauração da Diocese e de presidente da Junta Diocesana da Acção Católica (Correio do Vouga, 27-3-1970) – J.»

Fonte: Calendário Histórico de Aveiro, de António Christo e João Gonçalves Gaspar

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NOTA: Conheci o Dr. Querubim do Vale Guimarães, mas somente falei com ele uma vez,  para lhe pedir um artigo sobre o Grande Encontro da Juventude que ocorreu em 1963, em Lisboa, com organização da Ação Católica Portuguesa. Era eu, na diocese, na altura, o responsável pela divulgação na imprensa das atividades relacionadas com esse encontro. Ele acedeu prontamente, com uma delicadeza e sensibilidade muito grandes. O artigo foi publicado no Correio do Vouga. O assistente da JOC (não sei se de outros organismos) era Mons. Aníbal Ramos que ficou até um pouco agastado por não terem dado destaque ao texto do Dr. Querubim na primeira página...

Caramulo — Penedo



Vá-se lá saber por que razão gosto eu tanto da serra, apesar de ter no sangue vestígios da maresia do nosso mar e da nossa ria. Sempre me seduziram as silhuetas das montanhas e a agressividade dos penedos, apesar da maresia ocupar espaço no meu ADN.
Este penedo da serra do Caramulo, provavelmente com milhões de anos, tem alma que o torna eterno, resistindo à inclemência do tempo, de sóis escaldantes e gelos duros de roer, mas ainda de fogos assassinos e da capacidade destruidora do homem. Ali está para nossa contemplação, com garantias de vida de anos sem conta.

Padre João Gonçalves é o novo ecónomo da diocese



«D. António Moiteiro Ramos, Bispo de Aveiro, nomeou o padre João Gonçalves para o cargo de ecónomo da diocese aveirense. O actual presidente, por exemplo, das Florinhas do Vouga é, a partir de hoje, o responsável por acompanhar de perto todos os assuntos relacionados com a economia e as finanças da diocese, “não apenas o que diz respeito à cúria, mas também às paróquias”, conforme refere o próprio.
Para esta nomeação, proposta pelo Bispo, foi necessária a aprovação por parte do Conselho Ecónomo Diocesano e do Corpo de Consultores Diocesanos, que agora deram luz verde para que o padre João Gonçalves passe a exercer as novas funções que lhe vão exigir “um acompanhamento muito próximo às paróquias” de forma a poder encontrar mais cedo alguns problemas que as mesmas possam apresentar nas suas contas.»

Fonte: Diário de Aveiro

NOTA: Felicito o Padre João Gonçalves por mais este cargo de tanta responsabilidade na Diocese de Aveiro. A sua capacidade de diálogo e a sua experiência também a este nível serão, sem dúvida, uma mais-valia para a diocese e para as paróquias.

Diabruras do Scott — O felizardo


Crónica de Maria Donzília Almeida

O felizardo

Sou um Vira-latas assumido!
É o que diz a minha dona com convicção, mas sem qualquer desdém. Sim, que um cão que se preza sabe interpretar o olhar e os gestos dos humanos que nos rodeiam. Quando a minha dona se aproxima de mim e me faz carícias atrás das orelhas e no dorso e me olha com aqueles olhos de carneiro mal morto, eu sei o significado disso.
Não obedeço aos critérios de educação dos cãezinhos bem comportados, domesticados, que são uns paus mandados na mão dos donos. Se me apetecer, corro à vontade pelo espaço amplo, atrás dos carros ou motas que passam na rua, a tentar apanhá-los. Quando me dá na real gana, passeio-me à chuva, para grande desgosto da dona que me diz que vou ter problemas de reumatismo! Para me convencer a resguardar-me da chuva, até colocou um revestimento de alcatifa, no canil, de fibra natural, a caruma ali do bosque! E para não ganhar fungos, muda-a regularmente…é só conforto! De vez em quando, quando menos espera, encontra-me refasteladinho na caminha, sobre a alcatifa fofinha a cheirar a pinho! Só quando me apetece!

domingo, 22 de março de 2015

Dia Mundial da Água


"Enquanto o poço não seca, não sabemos dar valor à água"

Thomas  Fuller (1654-1734), médico e orador inglês

Teólogos a cheirar a povo e a rua

Crónica de Frei Bento Domingues 
no PÚBLICO e hoje

Frei Bento Domingues


1. A teologia católica, desde o Vaticano I (1869-1870) até aos anos 50 do séc. XX, expressa em diversas escolas, sentiu-se desafiada pelas várias expressões culturais da modernidade, mas foi sempre severamente vigiada e castigada pelo Santo Ofício.
A mentalidade tridentinista que o marcava e o pânico diante do chamado "modernismo" fizeram com que muitas pessoas e algumas faculdades de teologia fossem severamente vigiadas, castigadas e silenciadas.
Em geral, tentavam responder ao primordial apelo de S. Pedro: capacitar-se para dar razão da esperança cristã (1Pd.15) na actualidade, segundo as solicitações dos "sinais dos tempos". Partiam de uma convicção teológica óbvia: aquilo que não fosse capaz de exprimir a fé, nos vários contextos do presente, era uma traição ao Novo Testamento e à verdadeira Tradição, que passou a ser cada vez mais investigada, para não ser abafada pelas florestas de tradições em expansão.

sábado, 21 de março de 2015

Periferias, eleições e Portugal

Crónica de Anselmo Borges 
no DN de hoje


1. Deus ama o mundo: este é o núcleo da mensagem do Evangelho, o que significa que, ao contrário do que tem feito frequentemente, a condenação do mundo, concretamente, do mundo moderno, não pode constituir programa para a Igreja. Esta é a mensagem do Papa Francisco, que conquistou o coração das pessoas precisamente pelo amor. No meio deste nosso mundo perigoso e sem esperança, ele "constitui a única e a grande reserva moral global", escreveu o eurodeputado Paulo Rangel. Francisco é um pároco que entregou a vida aos que lhe foram confiados, que são todos. Um pároco universal. Nessa qualidade, acaba de dar uma entrevista, não a profissionais, mas a La Cárcova News, revista de um bairro pobre argentino. Deixo aí pontos essenciais.
Tem medo de fanáticos que o querem matar? "A vida está nas mãos de Deus." "Peço-lhe um único favor: que não me doa. Porque sou muito cobarde em relação à dor física."~

POR VOSSA CAUSA

Uma reflexão de Georgino Rocha


A causa dos outros, a nossa, é a razão de ser da missão de Jesus. Assim o afirma ele ao explicar aos discípulos o sentido da voz vinda do Céu que dizia: “Já o glorifiquei e tornarei a glorificá-l’O”. Jo 12, 20-33. Deus Pai intervém a favor do seu Filho que está perturbado pelo iminente e dramático desfecho da vida. São João, o narrador do diálogo, menciona uma série de interrogações que perpassam na mente de Jesus: “Que hei-de fazer? Pai, salva-me desta hora?” E conclui: “Mas por causa disto é que cheguei a esta hora. Pai, glorifica o teu nome”. É a hora de Deus!

sexta-feira, 20 de março de 2015

Primavera — Bem-vinda sejas!



Já cá canta a primavera neste dia tão aguardado por tanta gente. Novos e velhos cantam loas à estação do ano mais bonita. Bonita por dentro e por fora. Por dentro, porque nos alegra a vida com as suas garantias de renovação, direi melhor, de ressurreição. Com ela, as plantas acordam da sua letargia para uma vida nova; e connosco acontece o mesmo. Até se diz, com propriedade, que nas escolas as crianças e jovens aprendem com mais facilidade. E por fora, porque a natureza muda espontaneamente de face, exibindo festa por todos os poros. As flores surgem, os cheiros tornam-se mais agradáveis, o ar fica mais leve e os poetas e demais artistas exultam de contentamento, desabrochando para a criação. As pessoas, por mais simples que sejam, despem-se de preconceitos, sacodem o capote das chuvas, afugentam agasalhos do frio e ensaiam nova vida. 
Boa primavera para todos.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Assim vai o mundo


As notícias que nos chegam de todos os quadrantes são como bombas atómicas de grande potência. Quando nos caem em cima, a explosão é fatal. Não matam assim de repente, mas vão matando o nosso sonho de um mundo fraterno. A corrupção instalou-se de armas e bagagem nas sociedades contemporâneas. Se calhar  existiu sempre, através dos séculos. Só que, com os órgãos de comunicação social multifuncionais e atentos, tudo salta para a luz do dia. E não haverá gente honesta? É claro que há. Mas também não podemos ignorar a evidência. Há gente sem caráter um pouco por todo o lado. Há gente capaz de vender a alma ao diabo à custa do sofrimento de milhões de pessoas. Há gente que suja as mãos sem vergonha. E não há modo de os julgar e castigar. Pavoneiam-se como se nada fosse. Saem da cadeia porque têm milhões que lhes garantem a liberdade. Tem milhões para contratar advogados que, em nome das leis que os políticos fizeram aprovar, bloqueiam a justiça com recursos, requerimentos e todo um conjunto de manobras em nome do direito. 
Apesar disto tudo, não podemos esmorecer. O mundo mais justo tem de renascer. Eu acredito nisso.

Dia do Pai



Eu sei que o Dia do Pai não pode coincidir apenas com uma data, por mais fundamentada que ela seja. Neste caso, 19 de março também está identificado com S. José, o carpinteiro que foi pai adotivo de Jesus. De qualquer modo, o Dia do Pai é todos os dias, ou não tivessem os pais, decerto todos os pais, a certeza de que devem assumir a sua missão da paternidade até ao fim da sua existência terrena. 
Contudo, esta celebração, chamemos-lhe assim, sempre servirá para recordar aos pais os seus deveres para com os que encorparam o seu ADN, traduzido não apenas na consanguinidade, mas nos valores que, normalmente, passam de geração em geração, com as indispensáveis adaptações que os tempos e as circunstâncias sugerem ou exigem. 
Os pais reveem-se nos filhos e os filhos devem rever-se nos pais. Mal vai o mundo se assim não for. Hoje, os meus quatro filhos contataram-me para o habitual cumprimento que a efeméride aconselha. Mas deixem-me dizer que o fazem com regularidade. Diária ou quase. E fazem-no sempre com carinho que por vezes até me comove. Espero que os seus filhos e meus netos prosseguiam na vida com gestos semelhantes, porque a vida, afinal, sem afetos não faz sentido.

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