quinta-feira, 28 de julho de 2005

RIO VOUGA: Uma sugestão de passeio

 

  À PROCURA DO NOSSO RIO


Hoje,  proponho um passeio que tanto pode ser perto como longe. Sugiro que se parta à descoberta do nosso Rio Vouga, com paisagens deslumbrantes a desafiarem uma fuga ao stresse. Perto ou longe, ele está sempre à nossa espera para ser admirado e contemplado, sobretudo por olhos pouco habituados à natureza pura, que um rio como o Vouga ainda pode oferecer, por aqui e por ali.
Saia de casa sem meta à vista, para além do rio, e aprecie as belezas das margens do Vouga, que chega a Aveiro à procura do mar, onde quer dormir tranquilamente e tornar-se infinito. Ouça o marulhar cantante das cascatas e sinta o rio, ora apressado ora dorminhoco, à espera de ser mais cantado em prosa ou verso ou registado com cores de artista.
Leve máquina fotográfica, para mais tarde recordar, um caderno para registar um poema que o Vouga lhe possa inspirar, olhos para ver e a alma para ficar inebriada. Vá e não fique sempre agarrado à praia. Há muito mais que ver por aí.

Fernando Martins


Um poema de António Correia de Oliveira

RIO VOUGA

Rios do meu País, línguas de prata, 
Misteriosas bocas de verdura 
Onde sorri a graça das estrelas: 
Convosco falo eu que sei a língua 
Dessa íntima saudade, que é a vossa, 
Por ser a desta terra em que nascestes. ~
Mas só um, de entre vós, fala comigo: 
Só um sabe o meu mal, e o vai chorando 
Por entre as vivas fráguas que lho lembram. 
Só um, vendo cair as minhas lágrimas, 
As recolheu em si, piedosamente, 
Para as dar a beber aos arvoredos. 
E tardou seu andar, só para que elas 
Estrangeiras paisagens amargosas 
Não vissem, nem corressem pelos mares: 
Mas bebidas, assim, pelas raízes 
Florescessem na Terra dos Amores, 
E fossem parte dela eternamente.
Rios do meu País, milagres de água, 
Fundos olhos de moiras prisioneiras 
Entre sombrias árvores, olhando, 
Só um de vós viu já abrir meu peito: 
E, de falar comigo, sabe a lágrimas, 
Enrouqueceu a sua voz profunda, 
És tu, Vouga sagrado!
És tu, ó rio ~ Português de nascença, e até à morte, 
Figura da nossa alma derradeira. 

In Antologia

PORTO DE AVEIRO

Posted by Picasa Portal do Porto de Aveiro apresentado a José Sócrates
O novo Portal do Porto de Aveiro foi seleccionado como um dos projectos de excelência do Programa Aveiro Digital, integrando o grupo de projectos a serem apresentados ao Primeiro-Ministro José Sócrates, este sábado.Depois de adiamentos originados pela agenda de José Sócrates, o chefe do executivo assiste, no próximo sábado, dia 30, no Teatro Aveirense, à apresentação do novo Programa Nacional para a Sociedade da Informação. A cerimónia, com início previsto para as 10.30 horas, contará ainda com a presença do Ministro para a Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.
O novo PORTAL pode ser apreciado em PORTO DE AVEIRO.

quarta-feira, 27 de julho de 2005

Um pensamento

A fé é uma ânsia,
a esperança é uma ambição,
a caridade é puro amor.

Coelho Neto

"Arte Religiosa e Património Cultural"

Mais um livro de Mons. João Gonçalves Gaspar

Acaba de me chegar às mãos a segunda edição, revista e ampliada, de “Arte Religiosa e Património Cultural”, um livro de Mons. João Gonçalves Gaspar. Trata-se de uma obra que reflecte os conhecimentos do autor sobre um tema nem sempre muito bem compreendido e abordado por quem está ligado à Arte Sacra e ao património cultural, em especial de matriz religiosa. Por isso, este livro, de apenas 48 páginas, merece ser lido por todos os membros do clero, mas também pelos demais agentes de pastoral e pelos arquitectos, engenheiros, artistas e decoradores de templos, na certeza de que ali poderão colher preciosos ensinamentos. 
Mons. João Gaspar, no respeito absoluto pelas orientações da Igreja sobre estas matérias, escreve sobre projectos, disposição do templo e sua finalidade, lugar dos fiéis, presbitério, altar, ambão, fonte baptismal, reserva eucarística, espaço penitencial, imagens e bens preciosos, sem deixar de indicar a bibliografia correspondente. 
Há ilustrações sobre ampliações de igrejas, construções novas, fachadas e imagens, que poderão servir como motivos de reflexão, para se não ofender a Arte Sacra e para se respeitarem as orientações estabelecidas pela Igreja Católica. 
D. António Marcelino lembra, num texto a abrir a obra, que “A arte, pela sua função, significado e valor, tem lugar importante na celebração eucarística e na vida da Igreja. Ela é, neste campo e ao mesmo tempo, expressão poética que deve procurar coerência com o rito que se celebra e com louvor a Deus pelo reconhecimento dos seus dons; que assume ainda o seu verdadeiro sentido ao participar, de modo escrupuloso, na manifestação dos seus sinais sagrados com a sua qualidade de adaptação e de medida adequada”. 
O Bispo de Aveiro recorda ainda que a história mostra o cuidado da Igreja “na edificação dos lugares de culto, na beleza e nobreza das alfaias litúrgicas, na qualidade do canto, na dignidade referencial dos gestos e expressões de quem preside à celebração e no sentido de comunhão visível de quem nela participa”. 

Fernando Martins

Recado aos gafanhões espalhados pelo mundo

Posted by Picasa Entrada da barra Fico à espera dos vossos contactos
Soube, há dias, que alguns emigrantes gafanhões espalhados pelo mundo enviam, aos seus familiares e amigos, referências ao meu blogue, como sinal de simpatia e de saudades pela sua e minha terra. É sempre agradável saber que sou lido e comentado longe da Gafanha da Nazaré, por gente que de certo me conhece bem. A todos o meu muito obrigado, com desejos, muitos sinceros, de que estejam felizes, embora com o pensamento no torrão natal. Há bastante tempo que trazia na ideia a vontade de a todos me dirigir, no sentido de provocar uma maior aproximação e de lhes pedir que me sugiram qualquer referência à Gafanha da Nazaré, e não só. Quando alguém me lembra ou propõe um tema, haverá sempre, de minha parte, dentro do possível, a preocupação de ser agradável, pois estou no ciberespaço para isso. Aqui deixo então o desafio de me escreverem, em especial por via e.mail (rochamartins@hotmail.com), para eu aqui fazer eco dos vossos sentimentos e emoções, das vossos gostos e saudades, numa procura de todos contribuirmos para um mundo mais fraterno. E para matar saudades, aqui fica uma foto da entrada da barra, com o Farol à vista. Fico à espera. Fernando Martins

Economistas publicam manifesto

O risco de fantasias

Treze economistas portugueses contestam hoje num manifesto publicado no Diário de Notícias a eventual concretização de grandes obras públicas, que «poderá ser desastrosa» para Portugal, um país que «vive uma profunda crise». Apesar de os economistas nunca especificarem a que grandes obras públicas se referem no manifesto, o Governo de José Sócrates anunciou recentemente que vai concretizar os projectos do novo aeroporto internacional na Ota e do comboio de Alta Velocidade TGV, avaliados em mais de 25 mil milhões de euros. O grupo de economistas, alguns dos quais estiveram com José Sócrates nas Novas Fronteiras, questiona no manifesto a qualidade do investimento público, escreve o DN. O manifesto é subscrito pelo presidente da Vodafone, António Carrapatoso, o ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças, António Nogueira Leite, o professores catedráticos Augusto Mateus e Fátima Barros, o presidente da RSE Portugal, Fernando Ribeiro Mendes, e o advogado e fiscalista, Henrique Medina Carreira.

(Para ler comentários, clique EXPRESSO)

Um artigo de Laurinda Alves, no Correio do Vouga

O valor da fidelidade
Alain Etchegoyen, filósofo francês, acaba de publicar um livro sobre a força da fidelidade (“La force de la fidélité dans un monde infidèle”, editions Anne Carrière), onde fala de uma ideia nova.
Interrogado pela revista Psychologies sobre a novidade de uma questão tão antiga como o próprio homem, o filósofo declarou que o facto de ter passado a ser uma escolha faz toda a diferença.
Etchegoyen explica: “A fidelidade não só deixou de nos ser imposta como, pelo contrário, hoje em dia tudo nos convida à infidelidade: a Internet e os encontros facilitados, o Viagra, o individualismo, a aceleração do tempo, a mobilidade geográfica, enfim, tudo apela ao desejo e à satisfação imediata”.
A fidelidade é e será sempre uma decisão pessoal mas, num mundo onde é tão fácil ser infiel, importa perceber onde reside o seu valor e a sua força.
Permanecer fiel a si próprio e aos outros é extraordinariamente difícil. Assumir compromissos, criar laços, estabelecer critérios e viver com prioridades nem sequer apetece mas, na realidade, é a única estratégia que nos permite viver com verdade e coerência.
Talvez para muitos, a verdade e a coerência não sejam valores em alta mas assunto que, para mim, são decisivos. Gosto de amizade com verdade, amo a coerência nas pessoas e valorizo a constância nas relações. Neste sentido, concordo inteiramente com Alain Etchegoyen quando diz que “a fidelidade é essencial para a construção da nossa identidade e ser fiel também é permanecer igual a si próprio ao longo do tempo”.
A fidelidade está, acima de tudo, ligada ao compromisso. Seja numa relação amorosa, de amizade ou outras, o compromisso só é possível se houver muita vontade e verdade. Podia acrescentar ainda a liberdade mas, para não criar equívocos, sublinho que se trata de liberdade interior para decidir, em consciência, o que é melhor para mim, e não da liberdade para fazer hoje uma coisa e amanhã o seu contrário. Aliás, em matéria de relações afectivas esta liberdade de agir confunde-se muitas vezes com leviandade e daí a necessidade de perceber do que falamos quando falamos em liberdade.
Voltando à fidelidade, é interessante ler o que escreve Etchegoyen a este propósito: “A fidelidade protege-nos de nós mesmos e dos nossos excessos; a fidelidade (a nossa e a do outro) é uma vitória do narcisismo na medida em que reforça e assegura o nosso próprio valor; a fidelidade dever ser ‘negociada’ por cada casal pois todos têm circunstâncias e caraceterísticas diferentes.”
Estes três pressupostos são radicalmente importantes para perceber a substância da fidelidade e para tomar consciência de que qualquer forma de traição ao outro começa sempre por ser uma traição a nós próprios.
Todo o livro de Alain Etchegoyen é muito realista e provocador no sentido mais clássico do termo. Provoca a discussão e eleva o pensamento e, neste sentido, revela a sua condição de filósofo.

terça-feira, 26 de julho de 2005

Uma opinião de Marcelo Rebelo de Sousa, no DN

Posted by Picasa Marcelo Rebelo de Sousa (Foto do DN) "Que raio de ideia"
As presidenciais estiveram esta semana no centro das atenções com a definição de novas potenciais candidaturas. Hoje regressei e muita gente me fez chegar logo "Que raio de ideia"... Mas no fundo bastava ter alguma informação e conhecer a natureza humana - eu ando nisto, a fazer comentários, há 33 anos - e, que diabo, hei-de conhecer minimamente a natureza dos examinados e comentados. As presidenciais são objectivamente importantes. As pessoas começam a dizer que as autárquicas é que são, mas no nosso sistema de governo as presidenciais foram sempre importantes e, numa situação de crise, obviamente são mais. O papel do presidente não é o de um rei parlamentar ou do presidente italiano. O que é que se passou? O PCP já tinha dado a entender que tinha o seu candidato. Eu tenho para mim - mas não tenho informação nenhuma - que é Carlos Carvalhas o nome pensado; o Bloco de Esquerda insiste em ter um candidato. Em qualquer caso, o PS percebeu que devia unificar a esquerda e portanto mexeram-se os três candidatos a candidatos esta semana. Pelo que eu vi, lendo retrospectivamente, Manuel Alegre disse-se disponível, ainda teve uns apoiozinhos de sampaístas - de Alberto Martins e de Vera Jardim -, mas foi mais forte a vontade de Mário Soares. Diogo Freitas do Amaral mexeu-se, a meu ver numa entrevista infelicíssima, eu sei que ele caiu em Bruxelas e que está com uma vértebra fracturada, não sei se foi antes se foi depois da entrevista.
(Para ler o texto na íntegra, clique aqui)

Divorciados na Igreja

Posted by Picasa Papa Bento XVI Papa estuda situação dos divorciados na Igreja
A questão da participação dos divorciados na vida da Igreja esteve ontem em cima da mesa, num encontro que Bento XVI manteve, à porta fechada, com o Clero de Vale de Aosta, região dos Alpes italianos, onde está a passar férias.
Na igreja paroquial de Introd, onde se encontravam cerca de 140 padres e diáconos, teve lugar um diálogo especial com o Papa, numa sequência de perguntas e respostas que passaram pelos temas dos jovens e da catequese, da família e da pastoral prisional, com o anúncio de um novo documento do Conselho Pontifício Justiça e Paz sobre este último tema.
A resposta que dominou o encontro, contudo, foi a relacionada com o problema dos divorciados que voltaram a casar. “Mesmo se não podem receber a comunhão, não estão excluídos do amor da Igreja, nem do amor de Cristo”, respondeu Bento XVI. As declarações do Papa, recolhidas pela Rádio Vaticano, foram no sentido de uma acção da Igreja que mostre “respeito pelo indissolubilidade do sacramento do matrimónio e, ao mesmo tempo, amor por estas pessoas que sofrem”.
Bento XVI lembrou que, ainda como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, tinha começado a aprofundar este tema, consultando diversas conferências episcopais do mundo.
O problema, como sublinhou o Papa, é “complexo”, tratando-se de perceber se a pessoa em questão tinha consciência do verdadeiro sentido do casamento celebrado na Igreja. “De qualquer forma, é necessário tratar sempre estes casos com grande humanidade e espírito de acolhimento”, concluiu.
Fonte: Ecclesia

Um artigo de António Rego, na Ecclesia

Posted by Picasa António Rego As nossas terras
Terra de emigração, cais de saída durante muitas décadas, escoamento cruel das nossas melhores energias e afectos, quase mendigos de estranja, rapidamente sub-alugámos aquilo que melhor iludia o sonho e justificava o salto. Eis-nos, agora, a vigiar as nossas fronteiras para que outros não ousem o que nós ousámos, nem nos perturbem como eventualmente perturbámos os outros. Irónica esta troca de tabuleiro, terreno demarcado de defesa acérrima quando nos pertence, e de coragem de invasão quando entramos em terra estrangeira.
Cada estrangeiro que entra em Portugal como imigrante, representa dez portugueses que fizeram e fazem exactamente o mesmo noutros países. Ou seja, somos pelo menos, dez vezes mais invasores que invadidos. Esta é a verdade que precisa ser olhada com justiça mas também em tom de humanidade que nenhuma lei expressa. É verdade que vivemos outros tempos, que os portugueses nunca lançaram bombas onde quer que fosse que, como emigrantes, somos um povo pacífico, digno e trabalhador como primeira definição. Mas não se pode apagar a história das permutas económicas, sociais e culturais que os fenómenos migratórios provocam. Possivelmente são o sintoma mais visível da expressão que alguns julgam pusilânime: primeiro a pessoa, depois a pátria. Aqui, diga-se, ninguém como a Igreja – perita em humanidade – faz da teoria e da prática uma única realidade. Nos tempos de vacas gordas ou magras, num “Egipto” governado por faraó ou por José, filho do velho Jacob.
Faz-nos bem subir a um miradouro e ver a terra para além do nosso quintal. E a história para além das nossas histórias. E no Verão, recapitulamos estes contactos duplos com gente da nossa terra... e de outras terras que vivem na nossa.

DIA DOS AVÓS

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Procuremos estar hoje
um pouco mais com os nossos avós
Celebra-se hoje o Dia dos Avós. Será para muitos um Dia como outro qualquer; para alguns, e espero que para a maioria, será um motivo para olharem, com mais ternura, para os seus avós. Para muitos outros, este será um Dia para recordarem os seus avós, que, cumprindo a sua missão na Terra, de amor, de trabalho e de dedicação à família, voltaram para Deus, segundo a fé dos crentes. Há dias ouvi e li que é nas férias que certas famílias mais abandonam os seus idosos. Partem para gozarem dias de descanso, algures longe dos seus locais de trabalho e de inquietações, e esquecem-se dos seus familiares mais velhos, como se eles fossem “coisas” sem interesse e sem sentimentos. Sempre senti que os avós continuam a ser, enquanto vivos, um papel preponderante na sociedade, já que são livros abertos cheios de saberes de experiência feitos. Livros abertos e sempre disponíveis para nos ensinarem e para nos enriquecerem a todos os níveis, sobretudo espiritualmente. Ouvi-los, em especial, é ajudá-los a reviver vidas cheias de trabalho, de canseiras, de lutas e de sofrimentos, que eles partilham connosco, normalmente com tanta expressividade. Por isso, neste Dia dos Avós, apetece-me sugerir aos meus leitores que, para além das flores e das lembranças que decerto lhes vão oferecer, tenham algum tempo para os ouvir e para lhes dizerem e para lhes mostrarem que os amam. Eu sei que a vida nos obriga a ritmos de trabalho que nos dispersam e nos levam, por vezes, a esquecer os que nos estão mais próximos. Mas também é verdade que haverá sempre uns momentos que nos permitem sentir que temos a obrigação de amar os nossos avós, como membros indispensáveis de qualquer família que se preze. Os nossos avós, como outros familiares, são, com certeza, para além da fonte de saberes, um extraordinário repositório de valores que enformam a nossa vida. Quem não recorda, com saudade, os avós que já nos deixaram e os testemunhos que nos legaram e que ainda hoje preservamos? Por isso, deixemos, neste dia, um pouco o que nos preocupa e procuremos estar com os nossos avós, especialmente para os ouvir. E se eles já foram para Deus, dediquemos-lhes uma simples mas sentida oração. Deus não deixará de nos atender. Fernando Martins

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Propriedade agrícola dos nossos avós

Pe. Resende Sobre a propriedade agrícola diga-se que nos primeiros tempos do povoamento desta região ela era razoavelmente extensa. Porém, à...