sábado, 21 de maio de 2022

Unir a bondade e a inteligência

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

Com bondade generosa e inteligência lúcida, podíamos e devíamos fazer da Terra uma casa comum mais bela, mais iluminada, para habitar.

O senhor Elliot fora operado a um tumor. Embora a operação tenha sido considerada um êxito, depois dela as pessoas começaram a dizer que o senhor Elliot já não era o mesmo - sofrera uma mudança de personalidade drástica. Outrora um advogado de sucesso, o senhor Elliot tornou-se incapaz de manter um emprego. A mulher deixou-o. Tendo desbaratado as suas poupanças, viu-se forçado a viver no quarto de hóspedes em casa de um irmão. Havia algo de estranho em todo este caso. De facto, intelectualmente continuava tão brilhante como antes, mas fazia um péssimo uso do seu tempo. As censuras não produziam o mínimo efeito. Foi despedido de uma série de empregos. Embora aturados testes intelectuais nada tivessem encontrado de errado com as suas faculdades mentais, mesmo assim foi procurar um neurologista. António Damásio, o neurologista que Elliot consultou, notou a falta de um elemento no reportório mental de Elliot: ainda que tudo estivesse certo com a sua lógica, memória, atenção e outras faculdades cognitivas, Elliot parecia não ter praticamente sentimentos em relação a tudo o que lhe acontecera. Sobretudo era capaz de narrar os trágicos acontecimentos da sua vida de uma forma perfeitamente desapaixonada. Damásio ficou mais impressionado do que o próprio Elliot. A origem desta inconsciência emocional, concluiu Damásio, fora que a cirurgia da remoção do tumor cortara as ligações entre os centros inferiores do cérebro emocional e as capacidades de pensamento do neocórtex. O pensamento de Elliot tornara-se igual ao de um computador: totalmente desapaixonado.

Festival da Canção Mensagem — Notas para a sua história


Em 1978, o Grupo da Juventude Masculina de Schoenstatt, bem apoiado e estimulado pelo Pe. António Maria Borges, sentiu que seria interessante promover a realização de um Festival da Canção, que servisse de estímulo ao aparecimento de novos compositores, autores de poemas e intérpretes. O festival destinar-se-ia também a angariar fundos para a ampliação da Casa de Sião.

1978 — 1.º Festival
“Eu sou como o vento” — Letra e Música: José Fernando. Intérprete: Grupo “Nós”.

1979 — 2.º Festival
Armando (?)

1980 — 3.º Festival
“GIRA” — Letra e Música: Pe. António Maria Borges. Intérprete: Manuel Serafim.

1981 — 4.º Festival
“Duo África”

1982 — 5.º Festival
“Deixem viver a natureza” — Grupo “Nova Era”.

1983 — 6.º Festival
“Meu irmão” — Letra: João Esteves Almeida ; Música e Intérprete: Armando Carlos.

1984 — 7.º Festival
“Bandeira da Paz” — Letra: Paula Bizarro; Música e Intérprete: Carlos Margaça.

1985 — 8.º Festival
“Abre o Coração para amar” —Letra: Manuel Pina; Música e intérprete: Cândido Casqueira.


NOTAS:

1 – Quem possuir mais informações fidedignas, agradeço a generosidade de  mas remeterem;
2 – Também gostaria de publicar fotos dos festivais;
3 – Elementos recolhidos no livro “Gafanha – N.ª S.ª da Nazaré”, de Manuel Olívio Rocha e Manuel Fernando da Rocha Martins. 

sexta-feira, 20 de maio de 2022

MUSEU DA CIDADE - Exposição para compreender Aveiro

António Campos Graça 
Um fotógrafo que amou Aveiro



Até 4 de Setembro, todos poderemos visitar a exposição "O Fotógrafo que amou Aveiro, António Campos Graça", no Museu da Cidade. A exposição apresenta trabalhos do homenageado e de outros fotógrafos que integravam a sua coleção, mas ainda filatelia.
Quando foi anunciada a abertura daquela exposição, dei-me ao cuidado de reler a revista AVEIRO ANTIGO, edição da Câmara Municipal de Aveiro de 1985. Aí sublinhou o vereador da Cultura, Custódio Ramos, que António Graça «despendeu o melhor da sua vida recolhendo e preservando imagens da sua terra , tal como a viu e amou». Por sua vez, João Gonçalves Gaspar frisa que o fotógrafo agora relembrado é «Exemplo vivo do homem do povo pelo entranhado amor à sua terra natal», onde sempre viveu «em paz e sossego».

NOTA: Fotografias de AVEIRO ANTIGO

Dia Europeu do Mar

Réplica da caravela Vera Cruz que esteve na Gafanha da Nazaré em Maio de 2009

Celebra-se hoje, 20 de Maio, o Dia Europeu do Mar e o Dia da Marinha, em homenagem a Vasco da Gama, que neste mesmo dia a mês de 1498 ligou a Europa ao Oriente, via marítima, ao chegar à Índia.
...
Esta é uma boa oportunidade para homenagear todos quantos labutam no mar, mas também a quantos estiveram ligados, direta ou indiretamente, à construção naval.

Santo André reabre ao público amanhã

A cerimónia de reabertura do Navio-Museu Santo André, ancorado no Jardim Oudinot, na Gafanha da Nazaré, está agendada para esta sexta-feira, dia 20, às 18h, e contará com a presença do Secretário de Estado do Mar, José Maria Costa.

O navio-museu Santo André vai reabrir ao público  amanhã, 21 de maio, depois de diversos trabalhos de remodelação e melhoramentos, condizentes com a realidade histórica da faina da pesca do bacalhau, de que aquele navio foi um destacado campeão.
No interior do antigo arrastão bacalhoeiros, informa a autarquia ilhavense, há novos recursos expositivos e o coração do navio, Casa das máquinas, passa a ser um novo pólo de atração. No exterior há uma nova receção que valoriza o espaço de acesso ao Santo André.
Com um investimento superior a um milhão de euros, a remodelação foi financiada pela União Europeia, na ordem dos 700 mil euros. Esta foi a primeira grande intervenção desde que o Santo André passou a navio-museu, em 2001.
Lembre-se que, com a entrada na União Europeia, a Pesca do Bacalhau em Portugal, por circunstâncias que nunca compreendemos muito bem, levou ao desmantelamento da frota bacalhoeira e indústrias correlativas, no País, com prejuízo para imensas famílias que lhe estavam ligadas. O navio, porém, foi salvo do inglório desmantelamento e a autarquia ilhavense transformou-o em museu, em respeito pela memória dos bravos homens do mar das nossas terras.
Com guia a elucidar-nos, dele sairemos mais enriquecidos.

FM

Alegrai-vos. Somos a morada de Deus

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo VI da Páscoa 

Somos a morada de Deus que vem viver na nossa consciência, no mundo interior de todos os que são fiéis à Sua palavra

Jesus está na hora das grandes confidências, pois vive o tempo da despedida, de dizer aos discípulos o que lhe vai no coração e quer deixar como distintivo da sua identidade: a alegria, fruto da palavra. “Se me amásseis, ficaríeis contentes por Eu ir para o Pai”. Jo 14, 23-29.
Em diálogo franco, Jesus faz declarações que suscitam perguntas. Judas, não o Iscariotes, não entende como é que Jesus se vai manifestar, nem porque escolhe a quem o irá fazer. E formula a correspondente pergunta: “Porque vais manifestar-te a nós e não ao mundo?”; pergunta a que Jesus responde: “Se alguém me ama, guarda a Minha palavra e Meu Pai o amará. Eu e Meu Pai viremos e faremos nele a Nossa morada”.
Abre assim horizontes surpreendentes e interpelantes. Os contemplados são aqueles que acolhem o seu amor e guardam a sua palavra; a estes, Jesus dá a garantia de serem morada de Deus e de receberem o Espírito Santo. Assim, terão companhia em todas as circunstâncias da vida e nada os poderá perturbar. Assim, a saudade da despedida é compensada pela nova forma de presença. E Jesus destaca a alegria como testemunho da fé dos que compreendem o alcance destes factos, da Sua palavra.

quinta-feira, 19 de maio de 2022

VIII Festival da Canção Mensagem - 1985

Integrado nas comemorações
das Bodas de Diamante 
da Freguesia da Gafanha da Nazaré
1910 - 1985





 1.º PRÉMIO 

ABRE O CORAÇÃO PRA AMAR


Na porta sempre fechada,
No sorriso por esboçar,
No deserto do egoísmo,
Falta aí o verbo amar!

Na solidão em que vives
Onde o ódio tem lugar,
Na tristeza e na amargura,
Falta aí o verbo amar.

              Refrão

              Há ainda à tua volta
              Quem saiba sorrir e dar
               Abre os olhos e procura
               Abre o coração pra amar!

Na beleza de uma flor,
Num distante chilrear,
Num sorriso de criança,
Está presente o verbo amar!

Num sussurro de um riacho,
Na primavera a chegar,
Em cada mão que se estende,
Está presente o verbo amar!

Autor da Letra: Manuel Joaquim A. Pina
Autor da música: Cândido Carlos Casqueira
Intérprete: Cândido Carlos Casqueira


Nota: Quando arrumo (ou desarrumo) a minha papelada encontro sempre curiosidades da minha vida. Hoje, caiu-me do céu a brochura elaborada para o Festival da Canção Mensagem com a indicação expressa da votação que deu a vitória à canção que acima reproduzo. Dedico esta mensagem aos premiados, mas também aos que nesse ano concorreram com muito entusiasmo. 
Os concorrentes vieram da Murtosa, Eixo, Ílhavo, Pardilhó e da nossa terra, naturalmente.


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