segunda-feira, 11 de abril de 2022

Semana Santa ou Semana da Coligação Assassina?

Crónica de Bento Domingues 


Frei Bento Domingues
Os poderes judaicos procuraram encostar Pilatos à parede e Pilatos responsabiliza-os por tudo o que aconteceu. Agora, temos na própria Europa, novas narrativas de destruições e massacres incríveis, mais precisamente na Ucrânia.

1. Com o Domingos de Ramos começa a Semana Santa e é proclamada a Paixão de Cristo, segundo S. Lucas [1]; na Quinta-feira, a leitura da Última Ceia é de S. João [2] ; é do mesmo evangelista a leitura da Paixão na Sexta-Feira [3]. Esta é uma selecção. De facto, existem quatro narrativas, tantas como os Evangelhos. São textos essenciais porque é em torno das razões da condenação de Jesus à morte, da teimosia experiencial em dizer que Ele ressuscitou, que pelo seu Espírito reúne e anima todos os que acolhem o seu projecto de abertura universal, que se afirmaram os movimentos cristãos.
Importa ter presente que a escrita dos textos do Novo Testamento recolhe várias tradições orais. É feita bastante depois dos acontecimentos. Não são escritos de reportagem. São interpretações de comunidades que viviam e celebravam a certeza de que, com Jesus, participavam no advento de um céu novo e uma nova terra [4]. Celebravam, faziam memória e viviam, no seu presente, o que depois foi passado a texto. Os exegetas, de várias gerações e com problemáticas diferentes, têm trabalhado para encontrar os traços do Jesus histórico e o Cristo da fé.

sábado, 9 de abril de 2022

Domingo de Ramos para abrir a Semana Santa

Fora dos meus espaços habituais, com o portátil senti-me em casa. O burburinho era próprio dos ambientes públicos onde uma brusca corrente de ar me levou a espirrar. Olharam para mim como se o espirro fosse próprio do Covid-19. Mas não será. Ainda ontem um teste acusou negativo. Contudo, nunca estaremos livres de perigo.
É sábado com temperatura amena, perspetivando-se um simpático fim de semana. Pressinto esse desejo no rosto das pessoas. E as crianças brincam alegremente alheias às guerras. Deus queira que nunca sofram diretamente os dramas provocados por homens loucos, que os houve em todos os tempos. A felicidade das crianças é bonita de se ver pela espontaneidade das suas brincadeiras e atitudes. Uma recusou-se a subir pelo tapete normal. Conseguiu avançar pelo que era de descer. E ficou feliz pela sua vitória.
Há pessoas assim. Gostam de remar contra a maré, embora essa teimosia lhes exija muito mais esforço.
Amanhã é domingo. Para os cristãos, é Domingo de Ramos. Começa a Semana Santa que culminará com a Páscoa da Ressurreição. Como cristão, vou procurar vivê-la em espírito de serena reflexão.

F. M.

Para os céticos, há sempre um mas...

Todos temos assistido em direto à guerra que a Rússia inventou e dinamizou para dramatizar e aterrorizar o mundo, já de si tão complexo e sofredor em tantos recantos do globo. Desde a época em que nasci, fui dando conta de guerras por perto e por longe que me deixavam espantado e inquieto sobre a incapacidade de os povos se entenderem por palavras e atitudes de bem e de justiça, capazes de gerarem fraternidade. Mas afinal, não tem sido possível nem será viável na minha geração, pelo que posso concluir.
A guerra cruel que a Rússia inventou com a sua megalomania e levou a cabo para tristeza da humanidade gerou  gente desesperada em fuga, deixando para trás familiares e amigos, uns em luta contra o invasor e outros mortos sem dó nem piedade. Tudo isto em pleno século XXI, era de tantos atos civilizacionais e humanistas que enformam e unem povos de etnias várias e culturas diversificadas, a par de imensas descobertas que nos espantam e nos sugerem caminhos de tantas felicidades.
As atrocidades, hora a hora exibidas nos órgãos de comunicação social, graças ao trabalho possível, competente e corajoso de profissionais experientes, não consegue convencer gente de ideias feitas, mas incapazes de abrir os olhos e as mentes à realidade dos factos. Para estes céticos, há sempre um mas...

Fernando Martins

OPI ANSELMO BORGES Francisco vai a Kiev?

Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias

1 - Depois de uma invasão injustificável e uma uma guerra cruel, com milhões de deslocados e refugiados, crianças traumatizadas para sempre, prédios arrasados, o que fica para trás, após a retirada russa de perto de Kiev, nomeadamente em Butcha, é de uma atrocidade de pesadelo: corpos de civis com as mãos atadas e assassinados, valas com cadáveres ao abandono, mulheres violadas, num cenário de tragédia indescritível. Não há palavras. E alguém beneficia com estas atrocidades? Aqui, veio-me à mente um livrinho famoso. O seu autor: Carlo M. Cipolla (1922-2000), historiador da economia O seu título: As leis fundamentais da estupidez humana, de que fica aí uma resumo.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Ferry "Cale de Aveiro" já operacional

 
O “Cale de Aveiro” esteve em manutenção durante o último mês, mas já voltou a fazer a ligação a São Jacinto,  no passado dia 6 deste mês. Ainda bem para quantos vivem ou trabalham em São Jacinto, uma freguesia do concelho de Aveiro.

Humilhado na Morte, Glorificado na Ressurreição

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo de Ramos, 
Pórtico da Páscoa



"A paixão de Jesus consiste em viver para os outros, correr os riscos desta opção e pagar a respectiva factura de incompreensão e morte. Não é simples compaixão ou ingénua comiseração."

Hoje, domingo de Ramos, não somente recordamos um feito histórico, mas um acontecimento de fe; fazemos solene profissão de fe em que a cruz e morte de Cristo são, definitivamente, uma vitória. Palmas e ramos, sinais populares de vitória, manifestam que a morte na Cruz é caminho de vitória. Lc 22, 14 – 23, 56
A paixão de Jesus condensa e realiza, de forma sublime, o seu amor pelo bem dos outros. Mostra, com clareza, o centro da sua vida e missão. Une, de modo feliz, a dedicação às pessoas, com o desejo intenso de Deus Pai salvar a todos/as. Leva ao extremo a capacidade de doação que perdoa aos verdugos, suporta o abandono dos amigos, vibra e chora com a dor da multidão, aceita a ajuda dos que o acompanham na caminhada pública, solidariza-se com a sorte dos excluídos e condenados e condói com toda a humanidade.

quinta-feira, 7 de abril de 2022

PÁSCOA — Primeiro domingo depois da Lua Cheia


A Páscoa é uma festa móvel. Celebra-se sempre na Primavera, a partir de 21 de Março (Equinócio da Primavera  — dia igual à noite). A Páscoa é sempre no primeiro domingo depois da Lua Cheia. Confira num calendário lunar. A partir daí, procura-se o início da Quaresma  — 40 dias antes da Páscoa. E o Entrudo, na terça-feira que antecede o tempo de caminhada para a Páscoa, festa da Ressurreição de Jesus Cristo.
Boa Páscoa para todos, com saborosos folares.

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