quarta-feira, 16 de setembro de 2020

ANDANÇAS - Mira

Há três anos andei por aqui com a Lita. 
No centro de Mira, terra de alguns dos nossos ancestrais,
encontrámos história, poesia e flores com espelho de água  






Exame do 1.º grau - 1911



 Com a qualidade possível, partilho uma prova do exame do 1.º grau (3.ª classe) do aluno Beijamim Bolaes Monica, realizado em 25 de Julho de 1911. Em cima, à esquerda, a prova foi rubricada por Domingos Cerqueira, que veio a ser ou já era um inspetor escolar e autor da Cartilha Escolar, cuja primeira edição data de 1912. Na prova, à direita, em cima, há ainda a rubrica do prof. Oliveira.

Nota: Se conseguir melhor foto, procederei à substituição. 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Para momentos de inquietude



(Clicar)

Sobre esta obra, Lídia Jorge diz, na revista LER, que, “num tempo de destruição, este livro ajuda a acalmar, no coração de quem o lê, a noção da ameaça que nos cerca”. E acrescenta que, para ler Ana Luísa Amaral, “é necessário sair da esfera do conforto gramatical herdado, entrar no domínio da sua cultura e erudição, e, sobretudo, na intimidade de um sentimento capaz de passar do microcosmo da domesticidade para o domínio das esferas celestes, uma harpa de mil cordas coordenadas segundo um código que lhe é muito próprio”. 
Acrescento apenas que gostei muito de o ler e que o recomendo a quem gosta mesmo de poesia. Hão de sentir, como eu, que, neste tempo de pandemia, a boa poesia nos ajuda a esquecer momentos de alguma inquietude.

F. M. 

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Padre Lé

Figuras da nossa terra 


Manuel Ribau Lopes Lé nasceu a 4 de agosto de 1922 na Gafanha da Nazaré. Filho de José Lopes Lé e Teresa de Jesus Ribau. 
Os seus progenitores dedicavam-se à agricultura e o seu pai também era marnoto, assim acompanhou-os nestas lides até aos 14 anos, altura em que concluiu a instrução primária, na Escola do Prof. Oliveira, na Gafanha da Nazaré, e ingressou no Seminário da Imaculada Conceição, na Figueira da Foz (1936-1937). No ano seguinte, frequentou o Seminário Maior de Coimbra (1937-1939), de 1939 a 1943 o Seminário de Aveiro e o Seminário de Cristo Rei dos Olivais de 1943 a 1947. 
Foi ordenado presbítero a 20 de setembro de 1947 na Igreja matriz de S. Mateus no Bunheiro, por D. João Evangelista de Lima Vidal, celebrando Missa Nova na Igreja matriz da Gafanha da Nazaré, quando era pároco o Padre Guerra. 
Até novembro de 1952 foi coadjutor do Bunheiro, tendo sido depois nomeado pároco das freguesias de Préstimo e Macieira de Alcoba onde permaneceu até 1957. 
A 28 de outubro de 1957 foi nomeado pároco da Gafanha da Encarnação, onde exerceu sempre o sacerdócio numa relação muito próxima com comunidade, durante 52 anos. 
Deste período temos a destacar, em 1983, o início das obras da nova igreja da paróquia, que foi inaugurada a 22 de agosto de 1993; em 1987 o Centro Paroquial foi reconhecido como Instituição de Solidariedade Social; e, em 1993 entrou em funcionamento o Corpo Nacional de Escuteiros, Agrupamento 1024 por sua responsabilidade. 
Retirou-se do serviço paroquial em setembro de 2009, tendo vindo a falecer a 2 de maio de 2010, com 87 anos de idade. 

Notas: 

1. Trabalho do Centro de Documentação de Ílhavo, integrado no projeto "Se esta rua fosse minha", com a colaboração de Francisco Carapelho, aluno do Agrupamento de Escolas da Gafanha da Encarnação, que fez uma pesquisa junto da comunidade sobre o Padre Lé, tendo falado com José C. Carapelho e José R. Carapelho, que conheceram este sacerdote, natural da Gafanha da Nazaré, e confirmam a proximidade que ele tinha com a comunidade.
2. Referem que o topónimo foi atribuído em vida ao Padre Lé, tendo este confidenciado que apesar de aquela não ser a rua da Gafanha da Encarnação com mais movimento, era a mais importante, pois era onde se localizava o pavilhão e a escola.
3.Homem dos sete ofícios, a população recorria a ele para pequenos arranjos mecânicos, elétricos, relojoaria, entre outros. Além disso, era uma espécie de enfermeiro que tinha um curso para poder administrar injeções, algo muito importante numa época em que o pessoal de enfermagem não abundava.
4.A Rua Padre Lé localiza-se na Gafanha da Encarnação é uma homenagem ao Padre Lé, prior da paróquia de Nossa Senhora da Encarnação. O topónimo foi uma proposta da Assembleia da Freguesia da Gafanha  da Encarnação (Ata n.º 12/1995, de 30 de Junho). Esta era a antiga Rua dos Pinhais.

Arte Xávega

Para não cair no esquecimento


A Arte da Xávega, que muitos conhecem pela utilização de juntas de bois que puxam a rede para a praia, não começou assim. O padre João Rezende diz, na sua Monografia da Gafanha, que “Até cerca de 1887 estava ainda em uso o processo de pesca no mar pelo arrasto ao cinto, que consistia em cada um dos pescadores prender, por uma laçada especial, a corda do cinto às duas cordas especiais da rede (o rossoeiro e a corda barca) e assim ligados, ou atrelados se quiserem, arrastarem a rede para fora da pancada do mar". Diz o mesmo autor que foi Manuel Firmino, proprietário de companhas e político de Aveiro, quem primeiro substituiu, naquele ano, o arrasto ao cinto pela tracção do gado bovino.

Publicado no meu blogue Galafanha. 

domingo, 13 de setembro de 2020

Experiência religiosa certa?

Uma reflexão de  Miguel Panão


Fará sentido usar as outras religiões para fazer valer as razões por nos mantermos ligados à nossa, ou desligados de qualquer uma? Não desconfio das religiões, mas das pessoas que consideram a sua como A “certa.” Não existem religiões certas ou erradas. Existem pessoas que têm a mente aberta para umas coisas, e fechada para outras. Existem pessoas com uma experiência forte numa religião, outras com experiências superficiais, e outras sem desejo ou intenção de ter qualquer experiência religiosa. Existem pessoas, simplesmente, e a humanidade faz-se mais de caminhos do que destinos. Penso serem mais importantes os desconfortos pelas diferenças nas experiências espirituais, do que os confortos provenientes de falsas certezas.

Hoje é domingo

 

Como diria o saudoso Raul Solnado, um artista como poucos a fazer graça sem baixezas, "hoje é domingo em todo o país" e para além dele, conforme o globo terrestre que rola sem darmos por isso. A semana de trabalho a sério começa/termina sempre com o domingo, para descanso, lazer e outros derivados a gosto de cada um. Conforme a idade, a estrutura mental, a educação, a necessidade física, mental e outras. Eu incluo-me nisto tudo. O domingo dá até para variar e hoje nem me apetece dormir a sesta para o aproveitar bem. Veremos se consigo. 
Para já, estou só com a Lita e no meu sótão reina um silêncio que dá conforto e paz de espírito. Suspendo por momentos a escrita para o ouvir melhor. Nem vento assobiando, nem passarada a chilrear, nem gatos a miar, nem cães a ladrar, nem galos a cantar, nem música! É meio-dia e nada. E é nesta calmaria que reflito sobre os discursos de que dei nota neste meu blogue do Papa Francisco e de António Guterres sobre a realidade da Mãe Natureza que tão vilipendiada tem sido pelos humanos, que somos nós, que nos dizemos sós, através dos milénios. Ganâncias desmedidas têm dado cabo do planeta Terra e da Humanidade em geral. Depois brotam calamidades de toda a ordem. Os arautos das verdades do bem e do belo são ridicularizados ou ignorados. Todos proclamamos a necessidade de cuidar da Natureza, mas todos, também, embarcamos nas marés do consumismo desenfreado. 
Apesar de tudo, bom domingo. 

Fernando Martins

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