domingo, 5 de janeiro de 2020

Navio-escola Sagres na rota de Magalhães

Navio-escola a sair na Barra de Aveiro (Foto dos meus arquivos)
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que a viagem de circum-navegação do navio-escola Sagres é um momento "histórico, irrepetível e singular". A Sagres iniciou neste domingo, em Lisboa, a sua maior viagem de sempre, integrada nas comemorações do V Centenário da Circum-navegação do navegador português Fernão de Magalhães. 
O Navio-escola levará cerca de um ano a fazer a viagem e a guarnição é composta por 142 elementos. Com a bandeira nacional a assinalar a presença do povo português nos quatro cantos do mundo, a Sagres será motivo da nossa atenção até à sua chegada, não faltando registos dignos de nota. Boa viagem e bom regresso.

O nosso futuro é agora

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

"Já estamos no novo ano. É um ano para a nossa conversão que tem muitas dimensões."

1. Em alguns ambientes, a espiritualidade está na moda. Quase se poderia dizer: espiritualidade sim, religião não. Quem assim se exprime pode ter muitas queixas das crenças, dos rituais e dos preceitos das instituições religiosas ou, apenas, preconceitos. Raramente é fruto de investigação, de estudo. A investigação e o estudo parecem reservados ao domínio das ciências. A espiritualidade apela à subjectividade de quem não se contenta com o mundo empírico e procura não só um sentido para a vida, mas formas de viver esse sentido. Existem sabedorias e espiritualidades sem qualquer afirmação explícita de Deus como acontece, por exemplo, no budismo, mas não só.
No campo católico, a espiritualidade sempre se conjugou no plural. Por exemplo, espiritualidade beneditina, franciscana, dominicana, carmelita, inaciana e as espiritualidades das congregações religiosas dos séculos XIX e XX. Se elas marcaram a história também a história as marcou a todas. Actualmente, devido à secularização do Ocidente, a grande moda são as importações das chamadas espiritualidades orientais, quase sempre bem destiladas.

O Anjo da História

Crónica de Anselmo Borges no Diário de Notícias

«A crise do nosso tempo manifesta-se essencialmente no esquecimento e obturação das grandes perguntas, decisivas, perguntas metafísico-religiosas. Assim, o que resta é uma cultura empobrecida e uma política reduzida a negócios, sem horizonte autenticamente humano. Depois, é o que se sabe, está à vista.»

Terminados os festejos da passagem de ano e já no novo ano de 2020, é bom e mesmo urgentemente necessário parar para reflectir sobre o enigma maior do tempo. É, que queiramos ou não, com a passar do tempo, somos confrontados com aquela arrasadora constatação do historiador e filósofo R. Wittram na sua obra Das Interesse an der Geschichte: “A mim os grandes acontecimentos históricos do passado afiguram-se-me como cataratas geladas, imagens congeladas pelo gelo da vida que se foi e nos mantém à distância. Gelamos à vista dos grandes feitos: reinos caídos, culturas destruídas, paixões apagadas, cérebros mortos. Se tomamos isto a sério, podemos sentir que nós, historiadores, temos uma ocupação bem estranha: habitamos na cidade dos mortos, abraçamos as sombras, recenseamos os defuntos”. 
Por isso, a questão do tempo é também a questão de Deus; por outras palavras, perguntar pelo tempo é perguntar por Deus. De facto, como questionava Theodor Adorno, um dos fundadores da Escola Crítica de Frankfurt, como se poderia falar de reconciliação à maneira do sonho marxista, por exemplo, se ela valesse apenas para os vindouros, numa sociedade realizada e sem conflitos? Nessa situação, o que seria de todas as vítimas da injustiça da História e de todos os mortos do passado? O tempo com final, na perspectiva bíblico-cristã, é o tempo da esperança na salvação de Deus para todos. Aquele Deus de quem o teólogo Karl Rahner disse que é “o Futuro Absoluto”, Futuro de todos os passados, Futuro de todos os presentes, Futuro de todos os futuros, na consumação e plenitude da existência de todos os homens e mulheres de todos os tempos. 
Também o grande filósofo, Walter Benjamin, um marxista especial, de raiz judaica, perseguido pelo nazismo, se confrontou com o mesmo enigma. Na célebre tese 9 do seu ensaio Sobre o Conceito de História, escreveu: “Há um quadro de Klee intitulado Angelus Novus. Representa um anjo que parece preparar-se para se afastar de qualquer coisa que olha fixamente. Tem os olhos esbugalhados, a boca escancarada e as asas abertas. O anjo da História deve ter este aspecto. Voltou o rosto para o passado. A cadeia de factos que aparece diante dos nossos olhos é para ele uma catástrofe sem fim, que incessantemente acumula ruínas sobre ruínas e lhas lança aos pés. Ele gostaria de parar para acordar os mortos e reconstituir, a partir dos seus fragmentos, aquilo que foi destruído. Mas do paraíso sopra um vendaval que se enrodilha nas suas asas, e que é tão forte que o anjo já as não consegue fechar. Este vendaval arrasta-o imparavelmente para o futuro, a que ele volta as costas. Enquanto o monte de ruínas à sua frente cresce até ao céu. Aquilo a que chamamos o progresso é este vendaval.”

sábado, 4 de janeiro de 2020

Torresmos de Bacalhau



Ingredientes: 

Pele do bacalhau Óleo vegetal qb 

Preparação: 

Comece por cortar a pele do bacalhau e seque bem. Corte em tiras e frite em óleo bem quente, até ficarem crocantes, e coloque em papel absorvente para retirar o excesso de gordura. Sirva como aperitivo e bom apetite! 

Receita apresentada pelo Grupo Folclórico “O Arrais” no “Concurso Prato Tradição & Prato Inovação”. (1.º lugar da Categoria “Inovação”), realizado no âmbito do Festival do Bacalhau 2019

Nota: Publicado na agenda "Viver em..." da  CMI

A violência e os incompetentes

“A violência é o último refúgio do incompetente” 

Isaac Asimov ( 1920-1992), escritor 

Li hoje esta frase no PÚBLICO, na rubrica “Escrito na Pedra”, e não resisti à tentação de a transcrever porque está certíssima. Sinto-a como espelho de atitudes de muita gente nas redes sociais. Não é que se ande por dá cá aquela palha à paulada física, porque há palavras que ferem muito mais do que um murro. Realmente, a violência, seja ela qual for, é mesmo própria dos fracos e dos incompetentes. 

Os Reis Magos já vêm a caminho para adorar o Menino

Menino com Maria e José



Rei Herodes no seu trono

Pastores vão adorar o Menino 

Nas Eucaristias, foi anunciado que os Reis Magos vêm a caminho para adorar o Menino e até já está marcado o dia, 12 de janeiro, para o esperado encontro com o Filho de Deus, na Gafanha da Nazaré. Os poderosos, depois de os humildes pastores O terem adorado, também desejam conhecer o Salvador prometido, que está ao colo de sua Mãe, ambos bem protegidos por José, um homem bom e justo, sempre atento aos desígnios de Deus. 
Os Reis com seus séquitos não conhecem os caminhos, mas não faltarão gafanhões com uma estrela à frente para iluminar os caminhantes até Belém. 
Durante o cortejo, outros se incorporarão, cantando e revivendo alguns autos natalícios, como reza a tradição. É preciso, no entanto, sensibilizar os menos avisados de que estamos em dia de festa na paróquia e que a Sagrada Família já sabe que haverá muita gente com ânsias de beijar o Menino, que a todos acolhe com santa ternura. 
A fila vai engrossando durante o trajeto, e todos, ricos e pobres, com ofertas, produtos das suas colheitas e frutos dos seus labores, desejam presentear o Menino-Deus que se fez homem para nossa salvação.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Onde está o Rei acabado de nascer?

Reflexão de Georgino Rocha 
para o domingo da Epifania do Senhor 


“O Natal é um dom que nos é oferecido, é uma luz que se acende. A grande pergunta é: o que é que eu vou iluminar com esta luz? Por que é que esta luz se acendeu? O que é que eu posso fazer? Essa é, no fundo, a verdadeira pergunta natalícia”.

Cardeal Tolentino Mendonça 

Ingenuidade, ignorância ou provocação?! São exclamações espontâneas que a pergunta dos Magos a Herodes suscita e “deixa no ar”. Confiança no informador, desejo de acertar na procura, certeza firmada no nascimento ocorrido? São interrogações que podem servir de guia para penetrarmos na maravilha da Epifania do Senhor. Profissão de fé no Recém-nascido, profecia do futuro emergente, testemunho corajoso de quem busca a verdade e, inquieto, arrisca todas as vias? São deduções razoáveis e auspiciosas que se podem fazer, a partir do encontro de Jerusalém. A pergunta dos Magos é a pergunta de tantos homens e mulheres do nosso tempo que, sem preconceitos inibidores, ousam escutar a voz da consciência profunda e, livremente, pretendem alcançar resposta condizente.
“O encontro com Deus necessita de sinais, de mediações, fortes e impalpáveis ao mesmo tempo, como todos os sinais de luz, afirma Manicardi, prior da Comunidade de Bose. E prossegue: O texto do Evangelho apresenta a procura de Deus por parte dos Magos: procura feita de confiança, caminho, indagação, e, finalmente, encontro”.
Perguntar ao rei do poder por outro rei, seu concorrente, credenciar a necessidade de saberem com a descoberta da “sua estrela no Oriente”, manifestar a determinação de quererem adorá-lo, reconhecendo a sua divindade… é “coisa” que dificilmente Herodes podia “engolir”. E, hábil como era, desencadeia um processo em ordem a evitar quaisquer veleidades.

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