sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Efeméride — Stella Mariz


 1985 – 10 de novembro 

Na freguesia da Gafanha da Nazaré, a Obra do Apostolado do Mar inaugurou a primeira fase do edifício do Clube «Stella Maris», para acolhimento dos marítimos que demandam o porto de Aveiro ou nele se ocupam em quaisquer profissões (Correio do Vouga, 8 e 15-11-1985) – J.

Calendário Histórico de Aveiro 
de António Christo 
e João Gonçalves Gaspar

NOTA: O Clube Stella Maris, da Obra do Apostolado do Mar, não resistiu à evolução dos tempos e já há muito fechou portas, enquanto instituição vocacionada para o apoio espiritual e social aos homens do mar e suas famílias. As circunstâncias, em especial a instalação dos Portos Comercial e de Pesca Costeira junto ao Jardim Oudinot, ditaram a sentença. Outros tempos, porventura com novas exigências sociais e pastorais, pedirão novas respostas.

Georgino Rocha — O futuro definitivo será uma festa. Prepara-a


Jesus quer abrir os horizontes do futuro definitivo e mostrar a sua relação com a vida presente. Tem consigo os discípulos e está na parte final dos seus ensinamentos. Deixa o Templo e retira-se para o Monte das Oliveiras. Daí contempla a cidade e, em visão antecipada, vê o que lhe vai acontecer: Não ficará pedra sobre pedra. Dos escombros, surgirá uma situação nova.
Recorre, como bom mestre, a exemplos da vida concreta, acessíveis à compreensão de todos. Hoje, serve-se da realização das bodas de casamento, muito apreciadas pelos judeus, sobretudo pelos noivos e seus amigos. E descreve-a em forma de parábola, tendo como horizonte a história da salvação ou seja a relação que Deus estabelece com a humanidade em ordem a que esta possa experienciar o amor com que é amada. Gratuitamente. E não por méritos alcançados, créditos acumulados.
Proporciona assim aos fariseus, seus adversários intransigentes, um conjunto de elementos que os confrontam com a presunção de estarem salvos por serem quem são, observarem certos costumes e fazerem certas práticas religiosas. Eles, como as jovens da narrativa, são convidados, a iniciativa vem de quem promove a festa e quer vê-los a participar com a luz da alegria.
Mateus, (Mt 25, 1-13), o narrador que escreve a parábola uns bons anos mais tarde, dá-lhe outra acentuação. Face ao que estava a acontecer – a demora em o Senhor chegar -, insiste na paciente espera, na vigilante atenção, no esforçado cuidado em ordem a que os cristãos estejam preparados para o acolhimento indispensável, para percorrerem os caminhos da vida na sua companhia, para passarem a porta de entrada na sala do festim e participarem na boda do amor nupcial.
Jesus quer dizer-nos claramente que o nosso futuro será uma festa e não uma tortura; uma comunhão e não uma solidão; uma celebração da vida plena e não um lamento de desolação e ruína. Deus estará connosco e em nós. E também com os outros e nos outros. Seremos a sua família. Com Jesus, o primogénito, o Senhor. Com Maria, a mulher do sim pleno e da entrega coerente. Com uma multidão de amigos que serão a nossa surpresa agradável pois partilham da nossa feliz herança.
O futuro é como a árvore que está contida na semente. Será o desabrochar do presente transformado pelo amor sincero. A transformação é obra de Deus. A semente e o seu desabrochar, as raízes e o seu alimento são connosco. Constituem a grande aventura da vida, a nossa maior responsabilidade. É agora. Depois, fechada a porta pela morte, já não haverá mais possibilidades. É no tempo presente. Depois, aberta a porta pela morte, será a visão dos frutos da semente cuidada com desvelo e abençoada por Deus Pai, o encanto do coração humano recompensado nos esforços despendidos, a alegria de saborear a surpresa preparada.
Jesus visualiza a sua mensagem nas dez raparigas convidadas para a festa nupcial. Enquanto esperam que o noivo chegue, entretém-se divertidamente. Cansam-se e começam a sentir sono. Adormecem. Com estes pormenores, a parábola faz um retrato da vida de muitos humanos. Distraídos como andam, não advertem no que vai acontecendo. Indiferentes, isolam-se nas ocupações mais rotineiras e banais. Absorvidos pelo que dá gosto, desconsideram tudo o que exige sobriedade e abnegação por um bem maior. E como as jovens estão convidados para a festa da vida integral, plena. Mas esquecem-se.
O noivo faz-se esperar. Quer proporcionar um tempo de paciência confiante e de cuidado vigilante. Ou seja, um tempo de provação da verdade do amor. A chegada é surpreendente. A alegria contida, agora torna-se exuberante. Todas se afadigam para a recepção. É o momento da grande verificação. Os recursos são avaliados. Para umas, o cálculo havia sido errado. E falta o azeite para a candeia iluminar o desfilar do cortejo que se fazia durante noite. E o azeite constitui o sinal visível da relação pessoal com o noivo. Não pode ser pedido, emprestado ou alienado. Seria a perda da identidade própria, a despersonalização da relação reduzida ao anonimato.
A prevenção do azeite da nossa candeia faz-se a partir da mais tenra idade: gestos educados e respostas civilizadas, cultivo de sentimentos positivos e transmissão de valores, atenção lúcida à realidade envolvente e mais distante, escuta diligente da voz da consciência e esforço por lhe dar seguimento, discernindo o que é justo e humaniza, o que edifica os outros e ajuda a construir o bem comum. A luz da nossa candeia brilha com nova intensidade quando acolhe o dom de Deus, simbolizada no Círio Pascal, Jesus ressuscitado que franqueou as portas da morte e abriu os horizontes da vida ressuscitada.
Ao serviço desta abertura de horizontes da vida e da história, está a instituição dos Seminários que realiza, de 12 a 19 de Novembro, a habitual semana de oração e de pedido de colaboração aos fieis. É seu objectivo principal promover “a formação dos futuros pastores da Igreja”. A Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios fez-nos chegar uma Nota Pastoral de que destacamos alguns parágrafos.
“O Seminário é tempo de estar com Jesus e de aprender com Ele a viver no meio das realidades do mundo; é tempo para exercitar a escuta e aprofundar o discernimento acerca da vontade de Deus; é tempo de cultivar um coração dócil, livre e generoso para o serviço de Deus e dos irmãos; é tempo para descobrir o estilo mariano da evangelização que valoriza a proximidade, a ternura e o afeto”. E vem o apelo: Ajudemos os nossos Seminários.
Está ao nosso alcance, fazer da vida uma festa, iluminada pela fé cristã e pelo convívio dos irmãos. Acredita. Prepara o futuro definitivo com opções razoáveis no presente.

Georgino Rocha

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Tolentino Mendonça abre as páginas de um livro singular


Sinopse

Há um momento em que percebemos que são as perguntas (e não as respostas) que nos deixam mais perto do sentido. Sabemos que as respostas são úteis, sim, e que precisamos delas para continuar a viver - mas a vida transforma as próprias respostas em perguntas ainda maiores.
A espiritualidade tem de ser uma oportunidade para o reencontro com interrogações fundamentais, mesmo se desacreditadas num quotidiano que nos dispersa de forma cada vez mais absorvente: «Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? A quem pertenço? Por quem ou por que coisa posso ser salvo?»
Talvez tenhamos arrumado demasiado depressa a religião no lado das respostas - e esquecido as grandes perguntas que ela nunca deixou de nos dirigir.
Guiados por um dos mais importantes ensaístas portugueses de hoje - um pensador com grande experiência de escuta dos outros -, em O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas entramos, mais do que numa viagem de regresso, num itinerário de reinvenção de nós mesmos.
Na senda daquilo a que já nos habituou em obras anteriores, tanto de reflexão teológica e filosófica como de poesia, José Tolentino Mendonça abre aqui as páginas de um livro singular e corajoso: o das perguntas sobre a nossa vida.

Nota: Texto da Quetzal 

NOTA: Ainda não li o mais recente livro de José Tolentino Mendonça, um autor que muito aprecio, desde há muito tempo. Depois de ler "Baldios", a primeira obra que me chegou às mãos deste padre, poeta, cronista  e ensaísta, entre outras vertentes da cultura, passei a senti-lo como escritor com algo para transmitir de bastante original. "O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas" deverá ser a próxima aquisição. 

“Magusto à Moda Antiga” para celebrar o São Martinho


Como manda a tradição, a Câmara Municipal de Ílhavo vai realizar, no próximo dia 13 de novembro, segunda-feira,  pelas 14h30, no Fórum Municipal da Maior Idade, o tradicional magusto com todos os Clubes Seniores do Município de Ílhavo.
Os utentes do Espaço Sénior da Santa Casa da Misericórdia de Ílhavo, do Espaço Convívio da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, do Espaço Convívio da Obra da Providência e dos Espaços Maior Idade da Câmara Municipal de Ílhavo vão reunir-se à volta da fogueira e das castanhas quentinhas, no Fórum Municipal da Maior Idade, onde não faltarão outras iguarias da época num lanche partilhado com muita animação e convívio.
O Fórum Municipal da Maior Idade acolhe, mensalmente, 1.600 utilizadores em diferentes iniciativas que promovem o envelhecimento ativo, sendo esta uma excelente ocasião para apresentar mais uma criação dos Espaços Maior Idade, a Faneca Natalícia 2017, contando com a presença da nova Vereadora da Maior Idade, Fátima Teles.

Fonte: Texto e foto da CMI

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Ares de Outono - Ermida da Senhora da Saúde





O frio e o vento não deram para mais. Senti hoje, verdadeiramente, os ares de outono, um outono incomodativo. Mesmo assim, não resisti a registar a velha ermida da Senhora da Saúde. Igreja pequenina, acolhedora e humilde dos meus tempos de juventude. Ao lado, a nova igreja paroquial com a arte de Jeremias Bandarra no interior a condizer com a traça moderna do templo. E a torre sineira, imponente, a impor a sua sombra, real e simbólica, à velha ermida de tempos idos, não destoando do conjunto. Pelo contrário, entendo que foi uma bonita opção.

MaDonA — Dia Internacional da Preguiça - 7 de novembro

Preguiça

Bicho-Preguiça

Curiosidades sobre o Bicho-preguiça


Dizem que a preguiça é a mãe de todos os vícios? Onde está a igualdade de género?

“Ai que prazer 
Não cumprir um dever, 
Ter um livro para ler 
E não fazer!”

Fernando Pessoa, 
não pretendia exortar à preguiça, mas a um sentimento de pura liberdade.

Apesar de todas as segundas-feiras parecerem o dia da preguiça, a verdade é que existe um dia especial para o celebrar. Aproveitar o dia para explorar a arte de não fazer nada, o "dolce far niente", que os Italianos criaram e transmitiram ao mundo .
A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda. Pode subentender um processo criativo.
A preguiça crónica pode ser preocupante e indício de algum transtorto grave. Se se tratar de uma “preguicite aguda”, é tão passageira como uma faringite, sinusite ou nevrite, tratável com um chá de pau de marmeleiro, na pedagogia dos nossos pais! Hoje, os psicólogos recomendam mezinhas mais suaves, sem recurso a medidas dráticas, que possam machucar as adoráveis criancinhas...
As pessoas ditas preguiçosas tendem a dormir sesta com alguma frequência. Estas têm o poder de reduzir a pressão sanguínea, melhorar a saúde cardiovascular e reduzir significativamente o stress – tudo coisas positivas para o bem-estar e a saúde em geral.
Foram importadas dos “nuestros hermanos”que fizeram uma invenção genial – “La siesta”. Os povos latinos, sempre, na vanguarda do descanso. Preguiça é o nome de um mamífero, cujo nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. É um animal de pelos longos, que vive na copa das árvores de florestas tropicais desde a América Central até o norte da Argentina.
De hábitos solitários, o preguiça tem, como defesa, a camuflagem e as garras. Para se alimentar, utiliza-se de "dentes" que se apresentam em forma de uma pequena serra. É herbívoro, tem hábitos alimentares restritos e dorme cerca de catorze horas por dia,
(Que inveja!) também pendurado nas árvores. Na reprodução, dá apenas uma cria, e apenas a fêmea cuida do filhote. Um pai preguiçoso, seguido por muitos humanos. A mãe é que paga as favas todas! Reproduz-se, como tudo o que faz, na copa das árvores. Raramente desce ao chão, apenas aproximadamente a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas. Quer manter a casa limpa!
Um hino à preguiça!

Maria Donzília  Almeida

NOTA: Por dificuldades técnicas, só hoje me foi possível editar esta mensagem da minha amiga e colaboradora Maria Donzília. Apresento as minhas desculpas à autora e aos seus e meus leitores.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Igreja permite que padres continuem em funções depois de assumirem paternidade

P.e Giselo Andrade


Está a dar que falar o caso de um padre da Madeira, Giselo Andrade, que assumiu, recentemente, a paternidade de uma menina. O caso de padres que têm ou tiveram filhos não é inédito. Sempre os houve e sempre os haverá, apesar de terem assumido, como adultos responsáveis, a condição de celibatários, norma da Igreja católica estabelecida há séculos. Há muito que se defende que o celibato devia ser opcional e não obrigatório. Não me repugna nada aceitar a livre escolha dos candidatos ao presbiterado. Mas também sei que na Igreja católica as alterações às normas, mesmo que não tenham fundamento bíblico, não acontecem de um dia para o outro. Nas demais Igrejas cristãs, os presbíteros podem ser casados, o mesmo acontecendo na Igreja católica do oriente. De qualquer forma, penso que todos somos pecadores (Quem não é que atire a primeira pedra), razão por que não vejo mal nenhum em o padre Giselo Andrade continuar a exercer o seu ministério, sem fugir, covardemente, às suas responsabilidades paternas. Claro é, contudo, que não estará em condições de constituir família.

Para um mais completo esclarecimento ler o texto publicado hoje no Diário de Notícias

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