domingo, 16 de outubro de 2011

Um Orçamento do Estado com futuro sem saída numa UE sem rumo

Manifestação em Lisboa


A perplexidade apoderou-se dos portugueses, sobretudo dos que costumam pagar impostos e da chamada classe média. Estamos, pelo que posso prever, num futuro sem saída a curto e médio prazo. Esperam-nos, por consequência, dificuldades enormes, com dramas garantidos pelo desemprego em crescendo. A Troika, a defensora intransigente do poder económico que manda no mundo, atirando a política para o tapete, ainda não resolveu, com todas as suas exigências, qualquer problema de qualquer Estado. A Grécia, como está à vista de todos, anda pelas ruas da amargura, como barata tonta, à procura de uma saída digna para o equilíbrio das finanças e da economia. Portugal, por este andar, estará na calha para lhe seguir os mesmos passos.
Há anos, Jorge Sampaio lembrou e bem que «há vida para além do défice». Também julgo que sim, porque há milhões de pessoas no nosso país que têm vivido de magríssimos salários, de empregos irregulares e incertos, da esmola recebida com vergonha de familiares e amigos. O caminho para que esta situação se multiplique está a aumentar a olhos vistos.
Não tenho na manga a solução para os problemas que nos estão a afetar. Nem vejo, infelizmente, na classe política, económica e financeira quem tenha ideias inovadores capazes de nos livrar do buraco em que estamos metidos. Houve, é certo, décadas de esbanjamento, de obras inúteis, de derrapagens monstruosas nas empreitadas públicas, tudo pela incompetência dos nossos políticos, dos nossos técnicos, dos nossos empresários e dos corruptos da nossa velha nação.

PÚBLICO: Crónica de Bento Domingues

(Clicar na imagem para ampliar)

Comunicação Social, Pobreza e Exclusão

Na sede da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré



Vai realizar-se, no dia 24 de Outubro, na Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, pelas 14 horas, um debate, subordinado ao tema "O Papel da Comunicação Social na criação de representações, atitudes e comportamentos face à pobreza e à exclusão social". A inscrição é gratuita e deverá ser feita no núcleo da EAPN - Rede Europeia Anti-Pobreza (234426702 ou aveiro@eapn.pt), em Aveiro, até ao dia 20 de outubro.

Uma reflexão para este domingo



MAIS QUE UMA QUESTÃO DE IMPOSTOS
Georgino Rocha

A armadilhada não pode falhar. Há que pôr cobro ao agitador Nazareno que se movimenta tão livremente na esplanada do Templo e desafia o mais sagrado das práticas judaicas. O conflito crescia em intensidade e ostentação. A situação tornara-se intolerável. Por isso os chefes religiosos urdem a trama e aliam-se aos líderes políticos, partidários de Herodes. O “caldo” era excelente.

TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 259

DE BICICLETA ... ADMIRANDO A PAISAGEM – 42 



PADEIROS E CARTEIROS 

Caríssima/o: 

A imagem de hoje fala por si. 
Convicto estou que os ciclistas da actual geração não experimentam (não podem...) o sabor a pão fresco que as nossas papilas gulosa e enganadoramente nos trazem à boca. 
Os padeiros e as padeiras, manhã cedo, pedalavam pressurosos para venderem o pão do almoço dos trabalhadores... e muitas vezes, a fiado! Se cheirava! 
Nesses tempos, como as estações do ano eram marcadas por flores e frutos, com os seus odores e sabores, assim também várias actividades nos brindavam com cheiros e paladares que nos regalavam... Tal e qual: o pão fresco do padeiro! 

Há dias em conversa amena recordaram-se estas bicicletas e um nome veio à baila: o Dionísio Padeiro. Alguém dirá melhor que eu mas a forma física obtida a pedalar raivosamente a bicicleta e o cesto permitiram-lhe competir nas corridas oficiais da época.

sábado, 15 de outubro de 2011

Um poema para este sábado






Meditação sobre os poderes


Rubricavam os decretos, as folhas tristes 
sobre a mesa dos seus poderes efémeros.
Queriam ser reis, czares, tantas coisas, 
e rodeavam-se de pequenos corvos, 
palradores e reverentes, dos que repetem: 
és grande, ninguém te iguala, ninguém. 
Repartiam entre si os tesouros e as dádivas, 
murmurando forjadas confidências, 
não amando ninguém, nada respeitando. 
Encantavam-se com o eco liquefeito 
das suas vozes comandando, decretando. 
Banqueteavam-se com a pequenez 
de tudo quanto julgavam ser grande, 
com os quadros, com o fulgor novo-rico 
das vénias e dos protocolos. Vinha a morte 
e mostrava-lhes como tudo é fugaz 
quando, humanamente, se está de passagem, 
corpo em trânsito para lado nenhum.
Acabaram sempre a chorar sobre a miséria 
dos seus títulos afundados na terra lamacenta.
José Jorge Letria, in "Quem com Ferro Ama"
Sugestão do caderno de ECONOMIA do EXPRESSO

O ensino primário foi promulgado no século XIX


Uma história singular
Maria Donzília Almeida


O ensino primário, obrigatório, foi promulgado, no século XIX, mais precisamente, no dia 7 de Setembro de 1835. Por curiosidade, dei-me ao trabalho de analisar o Decreto do Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino: determina as matérias a serem ensinadas na Instrução Primária; estabelece que a instrução primária é gratuita para todos os cidadãos em escolas públicas; incumbe às Câmaras Municipais e aos párocos empregar todos os meios prudentes de modo a persuadir ao cumprimento desta obrigação, junto dos pais. 
A partir daí, foram-se sucedendo os decretos e Cartas de Lei, que regulamentavam a institucionalização e obrigatoriedade do Ensino Primário. Dessa legislação emitida pelo governo, saltou-me à vista pelo insólito do texto, o Decreto do Governo de 28 de Setembro de 1884, que passo a transcrever: Os que faltarem a este dever, (Ensino Primário Obrigatório) serão avisados, intimidados, repreendidos e por último multados em 500 até 1000 reis; serão preferidos para o recrutamento do exército e da armada os indivíduos que não souberem ler nem escrever; serão criadas escolas especiais para meninas e definidos os objectos de ensino. Se por um lado se fazia o apelo ao cumprimento da escolaridade obrigatória, surge como algo paradoxal, a preferência para a defesa do estado, de indivíduos analfabetos! O poder legislativo, desde, há séculos, que se baseia na incongruência e omissão.

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