terça-feira, 16 de novembro de 2021

Farol da Barra de Aveiro merece uma visita




Não será novidade para ninguém se dissermos que o povo da nossa terra, na sua grande maioria, nunca subiu ao Farol. Vão até lá, apreciam-no de perto e de longe, sabem que é o mais alto de Portugal e ouvem a ronca em dias de nevoeiro no mar, mas não passam disso. 
Hoje venho lançar o desafio aos nossos conterrâneos, convidando-os a fazerem um esforço para subirem ao Farol pelos seus 288 degraus e para lá no topo, a 62 metros de altura, apreciarem uma paisagem circundante e deslumbrante em dia luminoso. E depois, com as fotografias que tirarem, não deixem de divulgar o espetáculo que registaram. 
O Farol entrou em funcionamento em 1893, após um processo demorado de estudos e construção. Posteriormente, houve necessidade de o proteger das investidas do mar, problema esse entretanto ultrapassado com a construção dos molhes. 
As visitas realizam-se às quartas-feiras, às 13h30, 14h15, 15h, 15h45 e 16h30, no inverno, até 27 de março de 2022. No verão, o horário será diferente. As marcações das visitas realizam-se no local, sem possibilidades de agendamento prévio e por ordem de chegada, por grupos até seis pessoas. A subida é pela escadaria de acesso.

F.M. 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Evocando - Carregar moliço



João Sarabando, um conhecido publicista de Aveiro, terra e região que o envolveram imenso, recolheu esta foto que veio a ser publicada no livro "AVEIRO - Imagens de um Século (Do espólio de coisas de Aveiro deixado por João Sarabando)", organizado por Jorge Sarabando. Na legenda diz que se refere aos anos 70 do século passado.
Importa mostrar, a meu ver, esta e outras imagens dos meus tempos de menino e jovem, como marcas indeléveis de um passado de muito trabalho e luta persistente, que tive o grato prazer de testemunhar. Não com vontade de que esses tempos voltem, mas em jeito de homenagem aos nossos antepassados.

Fernando Martins

Papa Francisco, cidadão do mundo (2)

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

Em Outubro, aconteceu a abertura oficial de um sínodo, já não exclusivo dos bispos, mas de toda a Igreja. Atrevo-me a dizer que é a decisão mais importante de todo o pontificado de Bergoglio.

1. No meu entender, o que unifica o percurso polifacetado do Papa Francisco é a luta por uma Igreja outra ao serviço de um mundo outro. Na crónica do domingo passado, tentei uma leitura desse percurso até 2018. Prometi que não deixaria em branco os anos de 2019 a 2021.
2019 ficou marcado por três grandes acontecimentos. O primeiro foi a assinatura do documento Fraternidade Humana pela Paz Mundial e a Convivência Comum, pelo Papa Francisco e pelo Grão Imame de Al-Azhar, Ahamad al-Tayyeb, em Abu Dhabi. É um documento extraordinário em si mesmo e ficará, para sempre, como referência do que devem ser as relações entre cristãos e muçulmanos. Além de encorajar e fortalecer o diálogo inter-religioso, promove não só o respeito mútuo, como condena, de forma radical, o terrorismo e a violência em nome de Deus. Em nome de Deus só se pode fazer o bem.

domingo, 14 de novembro de 2021

Não tenhamos medo de olhar de perto os mais frágeis

DIA MUNDIAL DOS POBRES 



Por iniciativa do Papa Francisco, celebrou-se este domingo, pela quinta vez, o Dia Mundial dos Pobres com objetivos de se pôr fim à pobreza de multidões de pessoas em todo o mundo. «O Dia Mundial dos Pobres, que estamos a celebrar, pede-nos que não viremos a cara para o outro lado, que não tenhamos medo de olhar de perto o sofrimento dos mais frágeis», lembra o Papa.
Na sua mensagem, o Papa denuncia «a multiplicação de novas formas de pobreza, questionando discursos políticos que fazem dos pobres “responsáveis pela sua condição” e mesmo um “peso intolerável” para o sistema económico». Diz ainda que «Um estilo de vida individualista é cúmplice na geração da pobreza e, muitas vezes, descarrega sobre os pobres toda a responsabilidade da sua condição. Mas a pobreza não é fruto do destino; é consequência do egoísmo».
Perguntaram um dia a Teresa de Calcutá se haveria forma de erradicar de vez a fome no mundo. E madre Teresa respondeu de pronto:  Claro que há; bastaria que cada um de nós matasse a fome, cada dia, ao primeiro  pobre que encontrasse na rua. (Citei de cor).

CASTELO DE POMBAL - Marca fascinante da nossa História


Gosto imenso da nossa região, da qual falo e escrevo frequentemente, exibindo as suas belezas. Raramente digo mal do que temos, preferindo apontar sugestões que considero viáveis para o bem da comunidade. Contudo, não deixo de apreciar, tantas vezes com emoção, as marcas históricas que os nossos antepassados nos legaram. Hoje, aqui fica o Castelo de Pombal que registei há anos quando por ali andei à descoberta do Marquês.

sábado, 13 de novembro de 2021

A azeitona


De vez em quando recordo os meus escritos mais antigos e outros que publico no meu blogue, em jeito de quem partilha o que gosta. E fico espantado com as preferência dos meus leitores. Vejam, por exemplo, a história intitulada  "A azeitona" que ocupa o primeiro lugar do último ano.

Podemos "definir" Deus?

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias

"A religião pura e sem mancha consiste em visitar os órfãos e as viúvas."

1. É evidente que, em sentido estrito, não podemos definir Deus. Ele é o Infinito, o Mistério da Ultimidade e, por isso, está sempre para lá de tudo o que possamos pensar ou dizer d'Ele.
O que dizemos fica sempre aquém. Mas as religiões sempre tentaram. A Bíblia também.
Duas vezes fundamentalmente a Bíblia tenta dar uma "definição" de Deus. A primeira pertence ao Antigo Testamento: "Eu sou Aquele que sou", diz Deus. A segunda é do Novo Testamento: "Deus é Amor." "Eu sou Aquele que sou" é o nome do próprio Deus, revelado a Moisés, e significa: Eu sou aquele que está convosco. "Deus é Amor" procede da experiência feita com Deus através da experiência com Jesus enquanto encarnação desse amor na sua universalidade, e é, nas palavras do grande teólogo Karl Barth, "a definição fundamental" de Deus: "Deus ama! (...) tal é a essência de Deus que aparece na revelação do seu nome. "Deus é" quer dizer: "Deus ama"."

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Gafanha da Nazaré - Primeiro matrimónio

Efeméride 
17-06-1911

O primeiro matrimónio celebrou-se nesta data, na então chamada capela da Cale da Vila, Gafanha da Nazaré, a servir de matriz provisória. Domingos José Soares e Maria de Jesus da Silva consorciaram-se em cerimónia presidida pelo pároco encomendado João Ferreira Sardo, que os uniu, tendo também procedido “à bênção do anel”. O Domingos tinha 22 anos de idade, era solteiro e pescador, natural e morador na freguesia da Murtosa e nela baptizado, filho legítimo de José António Soares e de Maria Joaquina de Oliveira, naturais da mesma freguesia, concelho de Estarreja, Diocese do Porto; a Maria de Jesus tinha 23 anos de idade, era solteira e jornaleira, natural da freguesia da Gafanha, filha legítima de Manuel Fernandes Casqueira e de Rosa de Jesus, naturais desta freguesia. Foi baptizada na freguesia de Ílhavo. Serviram de testemunhas no baptizado João Peixoto, casado e jornaleiro, e Joana de Jesus Casqueira, casada e seareira, naturais desta freguesia e nela residentes. Cônjuges e padrinhos não assinaram, “por não saberem escrever”.

Quando digo o nome do mar...

 

Quando digo o nome do mar não é do mar
que digo o nome, mas de tudo o que
antes e para lá do mar ficou
em sobressalto nos perigos da sua travessia.

Aprendi isso em lugares raros,
como o último silêncio, a última gota
de água ou de mel.

Francisco José Viegas

Li em Poemário

Praia da Barra - Marco geodésico

 

Nem sei há quantos anos ali está, no sítio certo, o marco geodésico, a cumprir a sua função, indiferente a quem passa. Nas dunas, entre ervas secas, a olhar o mar e quem passa. Não sei quem cuida do seu aspeto físico e da sua preservação. Tem, no cimo, um curto ferro. Será que lhe falta alguma coisa? E terá ou já teve alguma inscrição? Confesso que não sei.

Aprendei a lição da figueira

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo XXXIII do Tempo Comum



Os sinais do mundo novo estão a surgir no apreço pela dignidade humana, na solidariedade, na justiça e equidade, no amor de doação, expressões qualificadas do amor com que Deus nos ama. Antecipemos o futuro, envolvendo-nos no presente, fazendo nossa a luta por estas causas e valores.


Uma figueira constitui o recurso pedagógico a que Jesus “lança a mão”, nos seus ensinamentos, sobre o que irá acontecer no final dos tempos: a instauração do reinado de Deus na humanidade, a realização das promessas. “Será um processo lento e longo no qual o Deus humanizado em Jesus se fará presente entre os humanos, até humanizar este mundo libertando-o da desumanização que origina tanto sofrimento e opressão” (J. M. Castillo, La religión de Jesús, Ciclo B, De Brouwer, 2017). A convulsão cósmica que culmina os acidentes marcantes da história humana é narrada nas fases da vida da figueira.
Os discípulos estão habituados a observar o que acontece com ela nas várias estações do ano. Sabem que é a última árvore a desabrochar os rebentos nos ramos e a cobrir-se de folhas, deixando a letargia da hibernação e abrindo-se às novas aragens dos começos do Verão. E sabem também que, só depois, virão os figos apreciados e saborosos. Antes, porém, passa por fases de total despojamento, fustigada pelas forças agressivas e devastadoras de vendavais e chuvas intensas. Paciente, o agricultor observa os sinais da evolução do ritmo normal da vida “congelada” e, confiante, aguarda a hora promissora da nova estação. Mc 13, 24-32.

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Animais das nossas vidas

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