Um poema de Adília Lopes para refletir
domingo, 14 de março de 2021
Costa Nova — Saudades das velas brancas
Numa passagem pelos meus arquivos bati à porta da Costa Nova, aqui tão perto e por onde passo com alguma frequência. As velas brancas acordaram-me para uma paisagem que aprecio imenso. Fico com elas na gaveta dos meus propósitos quando vier o bom tempo e quando se forem de vez os confinamentos.
Aldeias e Vilas Medievais - Idanha-a-Velha
Escondida na Beira Interior, Idanha-a-Velha tem uma fundação romana que a torna numa das principais estações arqueológica de Portugal. A história ditou que por lá também passassem os suevos e os visigodos, tendo posteriormente sido doada, no séc. XIII, à Ordem do Templo.
Os vestígios das várias épocas que atravessou continuam bem presente nas suas ruas e monumentos.
A alegria não se decreta (1)
Crónica de Bento Domingues
no PÚBLICO
no PÚBLICO
1. Quando comecei a ler os textos da liturgia deste Domingo, consagrado à alegria, fiquei triste. São textos muito antigos acerca de acontecimentos ainda mais antigos, de mundos que apenas se renovam em guerras fratricidas, com deuses que só se mostram relevantes a justificar a violência. Não parecem os mais adequados para despertar, hoje, nas comunidades das celebrações dominicais, online, motivações e formas para enfrentar a fadiga, a tristeza e a depressão. Pensei: algo como o quarto andamento da Nona Sinfonia de Beethoven seria bem-vindo!
É, no entanto, pressuposto que tais motivações estão inscritas nesses veneráveis documentos da memória religiosa. Seria tarefa das homilias fazer a ponte entre eles e as questões da nossa vida presente: a Bíblia, em acto de interpretação, numa mão e o jornal na outra, como recomendava Karl Barth.
Mesmo quando isto acontece, o resultado nem sempre é entusiasmante. Há muito tempo que se diz que as homilias ajudam mais ao aborrecimento do que à festa.
sábado, 13 de março de 2021
"Sua Fraternidade" o Papa Francisco no Iraque
Crónica de Anselmo Borges
no Diário de Notícias
Precisava de ir, e havia quatro razões e objectivos essenciais: fazer uma reparação, visitar uma Igreja martirizada, aprofundar o diálogo inter-religioso, contribuir para a reconstrução do Iraque.
Precisava de ir, e havia quatro razões e objectivos essenciais: fazer uma reparação, visitar uma Igreja martirizada, aprofundar o diálogo inter-religioso, contribuir para a reconstrução do Iraque.
1. 1. O que João Paulo II fez para tentar impedir a invasão do Iraque, mas sem êxito! O que é facto é que, com base numa mentira, a invasão e a guerra em 2003 atiçaram ainda mais o incêndio dos horrores. Um erro fatal! Francisco também disse: "Venho como penitente".
1. 2. Francisco encontrou-se com o ayatollah Ali al-Sistani, a maior autoridade xiita no Iraque, que vive numa casa modesta, num bairro pobre de Nayaf e que, contra as regras se levantou humildemente para saudar Francisco. Foi um encontro a sós. Apesar de não ter havido um documento comum (pode vir mais tarde) como o assinado por Francisco e o Grande Imã de Al-Azhar, o egípcio Ahmad al-Tayyeb, a maior autoridade sunita, "Documento pela Fraternidade Humana", foi um gesto histórico, pois aprofunda o diálogo com o outro ramo do islão. Num encontro que durou uns 50 minutos, segundo um comunicado oficial, o líder muçulmano afirmou que os "os cristãos no Iraque devem poder viver em paz e segurança". O Papa "destacou a importância da colaboração e amizade entre as comunidades religiosas para que, cultivando o respeito mútuo e o diálogo, possamos contribuir para o bem do Iraque, da região e de toda a Humanidade." Ambos apelaram à fraternidade.
Para a história do Jardim Oudinot
O Jardim Oudinot, uma sala de visitas da região, inaugurado na Gafanha da Nazaré em 10 de Agosto de 2008, merece ser sublinhado com algumas notas histórias. Terei de me debruçar sobre o assunto quando me sentir mais livre.
Para já, aqui partilho umas fotos que registei durante as obras em 5 de Maio de 2008.
sexta-feira, 12 de março de 2021
Nossa Senhora dos Campos
Colónia Agrícola da Gafanha
De passagem rápida pela Colónia Agrícola da Gafanha, registei esta foto da Capela onde se venera Nossa Senhora dos Campos, inaugurada em 16 de Junho de 1956, segundo registo do Pe. Domingos Rebelo no seu livro "O culto a Maria na Diocese de Aveiro".
Contudo, a Câmara de Ílhavo afirma que a capela «estava quase concluída em 1957», passando a ser celebrada a missa aos domingos a partir de 22 de Fevereiro daquele ano. Acrescenta a autarquia que em 1959 foram adquiridas duas novas imagens (Nossa Senhora dos Campos e Santo Isidro). Em 1961 foi inaugurado o sacrário.
Outra versão adianta que que a bênção da capela ocorreu em 8 de Dezembro de 1958 por D. Domingos da Apresentação Fernandes, estando presentes o Secretário de Estado da Agricultura, como representante do Governo, e demais autoridades.
Edifício e Oficinas da antiga JARBA vão ser requalificados
Tudo se conjuga para que o Edifício e Oficinas da antiga JARBA (Junta Autónoma da Ria e Barra de Aveiro) venham a ser considerados como Conjunto de Interesse Municipal, garante a Câmara Municipal de Ílhavo, na linha do que há tempos anunciou a presidente da APA (Administração do Porto de Aveiro), Fátima Lopes Alves, na altura da concessão da exploração do Forte da Barra, ao abrigo do Programa REVIVE. Lembre-se que à JARBA sucederam a JAPA (Junta Autónoma do Porto de Aveiro) e a atual APA (Administração do Porto de Aveiro).
Aquele conjunto edificado, situado na Ilha da Mó-do-Meio, no Forte da Barra, Freguesia da Gafanha da Nazaré, comporta uma reconhecida importância municipal por revelarem valores, designadamente cultural, histórico, social, arquitetónico e urbano, que valorizam o peculiar lugar do Forte da Barra e que, por isso, importa salvaguardar, defende a autarquia ilhavense.
Estas medidas têm por objetivo requalificar e criar um equipamento alusivo à história portuária local.
Pratica a verdade, aproxima-te da luz
Reflexão de Georgino Rocha
para esta semana
O diálogo de Jesus com Nicodemos traz-nos esta preciosidade, que marca a atitude fundamental do homem/mulher que busca o autêntico sentido da vida: quem pratica a verdade, aproxima-se da luz. É dirigida a um mestre em “letras sagradas” que, entusiasmado pelo que ouvia a respeito do grande profeta de Nazaré, vem na penumbra da noite, conversar com ele e expor-lhe as suas dúvidas. Tantas notícias circulam que algo de diferente deve estar a acontecer. Jo 3. 14-21.
A CAMINHO DA PÁSCOA
Hesitante pelo risco que correria, decide-se pela força da sua paixão de saber, de conhecer a realidade, de ver claro os caminhos da salvação. Escolhe a noite, não só por ser símbolo do seu estado interior, mas por proporcionar um ambiente de maior verdade, um espaço de liberdade isenta de preconceitos e condicionamentos.
A atitude de Nicodemos torna-se um dos símbolos de quem busca a verdade com determinação. Desinstala-se do que lhe dá segurança – as leis –, recolhe informação que acentua o seu estado de dúvida, pondera o que será mais razoável e sensato – ir à fonte e verificar a autenticidade das notícias –, faz-se ao caminho com ousadia prudente. Esta atitude constitui um símbolo vigoroso que mantém toda a sua actualidade!
quarta-feira, 10 de março de 2021
Painel profético
Editorial do "Correio do Vouga":
Uma reflexão sobre a visita do Papa ao Iraque
Aiatola al-Sistani com o Papa Francisco
![]() |
Querubim Silva |
A primeira ideia que me ocorreu foi esta: o editorial desta semana deve ser uma página de silêncios, onde fale a policromia profética dos gestos do Papa Francisco destes dias no Iraque. A começar pelo pano de fundo da coragem de partir de Roma para um País destruído pela guerra, com múltiplos subterrâneos de corações armadilhados, assolado pela pandemia.
É o próprio Francisco que, no voo de regresso a Roma, justifica a sua decisão corajosa. «Pensei muito, rezei muito sobre isto e no fim tomei a decisão, que vinha verdadeiramente de dentro. E disse que Aquele [Deus] que me deixa decidir assim, trate das pessoas. Mas depois da oração e com consciência dos riscos". E referiu também como fator importante o confronto com o relato dos abusos sofridos por Nádia Murad, com quem se encontrou pessoalmente em 2017. "Quando ouvi a Nádia, que veio contar-me coisas terríveis ... Todas essas coisas juntas fizeram a decisão, pensando em todos os problemas, muitos. No final a decisão veio e eu assumia-a".
Aldeias e Vilas Medievais - Castelo Novo
Na encosta da Serra da Gardunha, Castelo Novo começou por estar sob a alçada da Ordem dos Templários, recebendo mais tarde o seu foral por atribuição de D. Manuel I.
Nesta aldeia medieval as influências históricas surgem a cada esquina, com exemplos dos estilos manuelino e barroco, como as estruturas que encontra no Largo do Pelourinho.
Pintada com casas de granito dispostas em ruas e calçada irregulares, Castelo Novo tem na fortaleza, a 650 m de altitude, o seu maior monumento.
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