segunda-feira, 1 de março de 2021

Contributos para o bem estar integral



O diácono permanente José Carlos Alves da Costa acaba de publicar um livro — PASTORAL DA SAÚDE – Contributos para o bem estar integral — que merece ser lido, meditado e aplicado individual e comunitariamente. Trata-se de um trabalho que surge num contexto especial, porque, como sublinha na Introdução, «Nunca, como no presente século, tanto a saúde como a vida da humanidade mundial estiveram tão em risco». E esclarece: «O medo generalizou-se e vários hábitos com a higienização das mãos, etiqueta social e respiratória foram alterados.»
No mesmo espaço do seu trabalho, José Carlos lembra que a «”Pastoral da Saúde”, ou melhor, o sofrimento humano é o tema central em toda a Bíblia e um dos principais serviços pastorais da Igreja Católica». Acrescenta que a Pastoral da Saúde é um serviço de caridade e de evangelização da Igreja, «cuja missão principal é ir ao encontro da pessoa doente na sua totalidade ou dimensão».
Olhando para a Diocese de Aveiro, com 101 paróquias, o diácono José Carlos frisa que apenas 65 comunidades paroquiais possuem «respostas pastorais ativas» nesta área. E adianta: «Penso que a maioria dos agentes de pastoral ainda não descobriram que é perante a vulnerabilidade da pessoa doente que a Pastoral da Saúde tem maior expressão e ganha outro sentido junto da pessoa que sofre, por esta sentir a sua vida em perigo.»

domingo, 28 de fevereiro de 2021

Sorri sempre

Sorri! 
Sorri sempre
Ainda que o teu sorriso
Seja triste…
Porque mais triste
Que o teu sorriso triste
É a tristeza
De não saber sorrir!...


In placard de uma clínica

NOTA: Publiquei no meu blogue em 28 de Fevereiro de 2007

Não podemos viver sem transfigurações

Crónica de Bento Domingues 
no PÚBLICO

«Bergoglio não perde nenhuma oportunidade para relançar, com todas as pessoas de boa vontade, a fraternidade universal, em que não fica de fora nenhuma das grandes questões do nosso mundo. O Papa não é a Igreja. É um dinamizador fantástico, mas não pode nem quer fazer nada sozinho. Reeditou, na prática, o velho aforismo cristão: nada do que é humano me é estranho.»


1. Abraão estava redondamente enganado ao julgar que era de Deus a voz que lhe exigia a morte do seu único filho [1]. A dramaticidade criada por uma suposta ordem divina, exigindo a obediência louca e cega ao absurdo, é uma fantástica criação literária da mais pura desumanidade e, como tal, deveria ser lida e meditada para lá das aparências. Muitas leituras dessa narrativa dramática não se dão conta de que se trata de uma arte extraordinária para dizer que, da parte de Deus, nunca podem vir ordens de matar, embora abundem no Antigo Testamento.
Essa peça teológica, proposta hoje na Eucaristia, não é apenas para repudiar costumes ancestrais de loucura religiosa, que se alimentava de sacrifícios humanos, nem só para denunciar os actuais incitamentos à violência e à guerra, em nome de Alá, que fazem mais vítimas do que os repugnantes cultos da antiguidade. Também não deve servir para justificar as vergonhosas inquisições e guerras religiosas, no interior da história das igrejas cristãs.
Deve ajudar, pelo contrário, a descobrir e denunciar a sacralização de comportamentos sociais, económicos e políticos, que matam em série e às claras, em nome de concepções nada éticas, que banalizam a vida humana. O Papa Francisco foi e é atacado, em certos ambientes, por mostrar que há economias que matam, que geram e alimentam desigualdades assassinas.
Não nos enganemos com os equivocados elogios à fé e à obediência cega de Abraão, usados, por vezes, para confundir o “sentir com a Igreja” com a obediência cega a todas as medidas das hierarquias eclesiásticas!

sábado, 27 de fevereiro de 2021

O velho limoeiro





Hoje quis dar uma volta pelo quintal, onde há laranjeiras normalmente carregadas de fruta, não para vender mas para a família e não só. E também há limoeiros, uns que morreram e tentam ressuscitar, e um que tem tal amor à vida que todos os anos nos brinda com bons limões, alguns de se lhe tirar o chapéu, como pode ver-se na foto que exibo.
De tão velho, com tronco carcomido e ramos a exigirem apoios para suportarem o peso dos frutos, merece-nos um respeito muito grande e um carinho especial da Lita que está sempre atenta às necessidades da velha árvore. Nunca lhe falta a rega no verão, que é simultânea para todo o arvoredo, nem os tratamentos adequados.

Escuteiros premiados em Bruxelas

Prémio Cidadão Europeu 2020 
para o CNE

Por proposta do eurodeputado José Manuel Fernandes, do PSD, o Parlamento Europeu atribuiu o prémio Cidadão Europeu 2020 ao velhinho Corpo Nacional de Escutas (CNE), que tem 97 anos e 72 mil jovens espalhados pelo país. A distinção premeia o trabalho dos escuteiros católicos ao nível da educação e formação dos jovens para a cidadania activa e para o desenvolvimento de competências. 
O eurodeputado do PSD, que nunca foi escuteiro, salientou o facto de a instituição, com quase 100 anos de vida em Portugal, ter a capacidade de adaptar a sua actividade no actual período pandémico. Em 2020, o CNE foi a única entidade portuguesa distinguida pelo Prémio Cidadão Europeu, mas antes já foi premiada a Fundação Francisco Manuel dos Santos, a Plataforma de Apoio aos Refugiados e a jornalista do PÚBLICO Teresa de Sousa.

Nota: Texto publicado no PÚBLICO. Ler mais em Sete Margens 

Fim do cristianismo na Europa? 2

Crónica de Anselmo Borges 
no Diário de Notícias


1. Pergunta-se: o que se passou para que o jesuíta Victor Codina tenha podido escrever, num estudo sobre Ser Cristiano en Europa?, que estamos a assistir a um colapso do cristianismo na Europa?
Realmente, os dados são preocupantes. Exemplos: na Espanha, o número de agnósticos e ateus supera o dos católicos praticantes. Na França, a maior parte da população já não é católica. Na República Checa, mais de 60% declaram-se ateus. Nos Países Baixos, na Noruega, na Suécia..., o número dos que se declaram sem religião ronda os 50% da população. E tudo indica que o número de católicos e dos que se confessam cristãos vá diminuindo na Europa em geral e é, de facto, notória a exculturação do cristianismo... Quanto à juventude, os números são alarmantes: “uma grande parte vive à margem da Igreja, que, para ela, se converteu numa pequena e estranha seita”. A situação reflecte-se na queda vertiginosa das vocações, com seminários vazios, muitas paróquias — o seu número aumentará sempre — não têm padre. E não é só “um inverno eclesial europeu”, assistimos também a um exílio de Deus...

Aldeia e Vilas Medievais - Castelo Rodrigo


 
Com uma fortaleza fundada por Afonso IX de Leão, Castelo Rodrigo é uma lição de história. Durante mais de 600 anos foi sede de concelho e é-lhe atribuída uma lealdade eterna à coroa portuguesa.
Para além do castelo, entre os elementos que constituem o património desta aldeia ancestral estão as antigas muralhas, um pelourinho quinhentista, uma cisterna medieval, a igreja matriz e as ruínas do palácio de Cristóvão Moura.

Nota: Sugestão de passeio e visita propostos pela Via Verde 

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

IPSS têm de sair dos próprios muros

É URGENTE INVENTAR 

Padre João Gonçalves
«As valências que mais me entusiasmam não são as chamadas valências clássicas (Creche, Jardins-de-Infância, ATL e Lares); isto qualquer instituição pode fazer», frisou o Padre João Gonçalves. E, com ênfase, sublinhou: «O que é preciso é que as instituições saiam dos próprios muros; é preciso avançar para valências atípicas; é urgente inventar, com imaginação e objectividade, respostas a novas emergências sociais, que trazem muitas carências!»
E no mesmo tom, o Padre João, que ainda é capelão hospitalar e Coordenador Nacional da Pastoral Prisional, afirmou: «Não nos podemos acomodar, fazendo só o que está estabelecido; eu acho que a nossa imaginação tem de ir muito além disso, respondendo aos desafios que a sociedade nos traz.»
Reforçando a importância da imaginação na luta contra a pobreza e pela inserção social, o nosso entrevistado lembrou o problema do desemprego em crescendo no nosso país, mas ainda alertou para a necessidade de combatermos a solidão. E sobre esta questão, garantiu que já tem mais um projecto a «fermentar», que se resume em organizar voluntários para acompanharem idosos em solidão.

F.M.

NOTAS: 
1. Publicado no jornal Solidariedade em 2010
2. A propósito das dificuldades económicas geradas pela pandemia, com muita fome envergonhada, no país e no mundo, reli hoje uma entrevista que o Padre João Gonçalves, recentemente falecido, me concedeu em 2010. Já lá vão mais de 10 anos, mas  a pertinência das suas palavras permanece atual. Por isso as partilho neste meu espaço aberto ao mundo pela positiva. 

Escutai, Jesus, o meu Filho Amado, diz-nos Deus

Reflexão de Georgino Rocha 
para o Domingo II da Quaresma


A CAMINHO DA PÁSCOA

A exortação é dirigida às futuras “colunas” da Igreja – Pedro, Tiago e João - e, nelas, aos discípulos e aos cristãos de todos os tempos. A voz que se faz ouvir é de Deus Pai, profundamente envolvido na “aventura” em curso, protagonizada pelo Nazareno perturbador. O Filho amado, a quem é preciso escutar, é Jesus que se deixa transfigurar, antecipando a dimensão futura do itinerário vital, recorrendo à brancura irradiante das vestes. Os discípulos fazem uma experiência de bem-estar, de conforto interior, de encontro pessoal inesquecível. Mc 9, 2-10.
“Está claro que este relato, no segundo domingo da Quaresma, aponta claramente à ressurreição de Jesus, afirma Castillo. O relato sugere-o ao apresentar a Jesus transfigurado, deslumbrante. E Jesus faz referência expressa à sua própria ressurreição de entre os mortos. Estamos, portanto, perante um evangelho de vida que transcende a morte e pretende manter viva a esperança. A Palavra do Pai di-lo claramente, vinda da nuvem, que escutassem só a Jesus. O que significa dar as máximas garantias de credibilidade ao que Jesus ia dizer aos discípulos”.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Prémio Universidade de Coimbra para Cardeal Tolentino



«O cardeal D. José Tolentino Mendonça é o vencedor do Prémio Universidade de Coimbra (UC) que vai ser entregue a 1 de março, na sessão solene comemorativa do 731.º aniversário da instituição, anunciou hoje o seu reitor, Amílcar Falcão,
“Trata-se de uma figura ímpar, uma pessoa da cultura, com uma visão social, com uma visão inclusiva da humanidade, do mundo, das pessoas, da sociedade, que tocou muito diretamente ao júri, que o nomeou por unanimidade”, refere uma nota enviada hoje à Agência ECCLESIA pela Universidade de Coimbra.
O reitor da UC acrescentou que o cardeal português se destacou dos outros candidatos ao prémio pela “figura inquestionável que é no plano nacional e internacional”.
Amílcar Falcão explica que o Prémio UC mantém o valor de 25 mil euros mas este ano, pela primeira vez, vai ser dividido em duas partes, “10 mil euros para o vencedor e 15 mil euros para uma bolsa de investigação” numa área que vai ser escolhida por D. José Tolentino Mendonça, biblista e arquivista da Santa Sé.
“Acreditamos que será, certamente, de uma área de inclusividade, de resposta às necessidades da sociedade num ano tão difícil como o que estamos a viver e em que a Humanidade, que é o tema da XXIII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, fica muito bem representada com um premiado desta qualidade”.»

Li na Ecclesia

Nota: Congratulo-me com mais um reconhecimento púbico das altas qualidades humanas e intelectuais do Cardeal José Tolentino Mendonça, desta vez da mais antiga universidade portuguesa e uma das mais antigas do mundo  ocidental.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Depois do Covid-19 a vida será diferente

PONTO DE VISTA


Temos vivido, por razões bastante conhecidas, em confinamento, podendo sair de casa somente por razões especiais inerentes ao dia a dia das famílias. Sair, sim, mas tendo em conta as regras decretadas por quem rege os trabalhos e canseiras da luta contra o coronavírus, que já leva quase um ano em todo o mundo.
Famílias em casa, mesmo para quem aprecia algum recolhimento, geram danos de variadíssima ordem que todos vamos sentindo no corpo e no espírito, cabendo aos psicólogos, psiquiatras, sociólogos e dirigentes religiosos, entre outros especialistas, o estudo dos problemas que tal situação não deixará de provocar.
Entretanto, a imaginação e o bom senso de cada família e de cada pessoa também terão uma palavra a dizer, no sentido de ultrapassar alterações no comportamento de cada um e de todos. Importa aceitar as decisões oficiais na esperança de que a pandemia venha a ser vencida, permitindo o regresso à vida normal o mais depressa possível.

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