sexta-feira, 20 de abril de 2018

Para longe vá o agoiro!

Portugal em risco de catástrofes iguais ou piores a 2017



O risco de incêndios catastróficos iguais ou piores aos de 2017 é real e tem tendência para aumentar, alertaram hoje peritos norte-americanos que defendem que "não há tempo a perder" em Portugal.
O pior cenário antevisto no relatório apresentado hoje no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, é claro: "sem uma intervenção séria e imediata, Portugal pode esperar uma situação pior do que em 2017".

Li aqui 

NOTA: Todos sabemos que o Governo está a trabalhar, no sentido de todos contribuirmos para limpar a floresta a tempo e horas. O aviso da urgência de nos empenharmos no esforço de darmos as mãos, na luta que é de todos, para evitar mais dramas, terá, certamente, base científica.

O discurso de Macron

Anselmo Borges no DN 

Emmanuel Macron

1 O Collège des Bernardins tornou-se um lugar de cultura para grandes encontros e debates em Paris. Foi lá que, no passado dia 9, o presidente francês, Emmanuel Macron, falou, a convite da Conferência dos Bispos de França, para 400 personalidades representando o mundo católico francês. E fez um discurso inédito, verdadeiramente histórico, sobre a relação da Igreja e do Estado, digno de quem, para lá de toda a sua outra preparação académica, estudou Filosofia com um dos grandes filósofos do século XX, Paul Ricoeur. Um discurso obrigatório para qualquer político que, acima da intriga política e do enredo em estratégias rasteiras de interesses pessoais e partidários, tenha aspiração a estadista. Precisará de conseguir mais de uma hora de silêncio e reflexão, pois o discurso é longo. Uns breves apontamentos.

2 O discurso é perpassado pela necessidade de "reparar" o vínculo entre o Estado e a Igreja que "se deteriorou", o apelo a maior empenhamento dos católicos na política, a reflexão sobre a união do temporal e do espiritual.

2.1. As raízes cristãs da Europa são uma "evidência histórica". Aliás, "não são as raízes que nos importam. O que importa é a seiva", e está "convencido de que a seiva católica deve contribuir ainda e sempre para fazer viver a nossa nação" e a Europa. Aqui, coloca-se a questão nuclear das relações entre a Igreja e o Estado, e Macron foi exemplar: "Eu considero que a laicidade não tem certamente por função negar o espiritual em nome do temporal nem arrancar das nossas sociedades a parte sagrada que alimenta tantos dos nossos concidadãos. Como chefe do Estado, eu sou o garante do direito de crer ou de não crer, mas não sou nem o inventor nem o promotor de uma religião de Estado que substitui a transcendência divina por um credo republicano." Já em Janeiro, na apresentação de cumprimentos às autoridades religiosas, tinha criticado uma concepção de laicidade confundida com laicismo, que pretende uma espécie de "vazio metafísico" e confina a religião à esfera privada: "A República não pede a ninguém que esqueça a sua fé", disse então.

Domingo do Bom Pastor

Georgino Rocha



ESCUTAR E SEGUIR JESUS, COM ALEGRIA CONFIANTE

Jesus ressuscitado quer reafirmar o que já havia dito aos apóstolos sobre a sua relação pessoal com eles e com as gerações seguintes, portanto connosco em Igreja. Recorre a vários tipos de comunicação que, João o narrador da parábola do Bom Pastor, designa por sinais e muitas outras coisas. (Jo 10, 11-18).
Guiados pelo discípulo amado, somos convidados a visitar as terras da Palestina, a percorrer campos e vales, a contemplar rebanhos e pastores; somos convidados a perceber esta linguagem rural, cheia de beleza e encanto. Se não lhe captamos o sentido profundo, reconhecemos que está desajustada à cultura do nosso tempo que privilegia a técnica à sabedoria, a funcionalidade ao afecto humano, o anonimato à identidade pessoal e comunitária. Achamos, porventura, ofensivo ser rebanho, viver “arrebanhado”, ser tosquiado e “barregar”, quando o incómodo é grande ou a necessidade pressiona. Mas deixando-se impregnar pelo seu espírito genuíno, facilmente entramos em sintonia com a mensagem fundamental: a do amor com que somos amados, a da relação que nos faz crescer como pessoas solidárias, a da confiança no futuro que nos bafeja em sementes de esperança, como os campos verdejantes, que o pastor procura para alimentar o seu gado.
Jesus insere-se numa rica tradição bíblica, que retrata Deus como o pastor do seu povo e os reis como agentes em seu nome, quando são fiéis. Sirva de referência o capítulo 34, 1-10 de Ezequiel. O profeta retoma o tema de Jeremias 23, 1-6 e faz uma descrição mordaz da situação do rebanho entregue a si mesmo, ou explorado pelos pastores que assumem atitudes de mercenários assalariados. E surge em realce o rosto dos dirigentes do povo, reis e chefes, responsáveis pela ruína da nação, descrédito da religião. Deus, porém, não dorme e vai intervir.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Flor silvestre para a nossa Gafanha



Ao chegar à bonita idade de 108 anos, que completará daqui a uns meses, vividos numa constante luta pelo progresso e contra adversidades sem conta, a Gafanha da Nazaré, velha senhora rejuvenescida com o título de cidade, que lhe foi justamente atribuído há 17 anos, está em festa. E com razão! Tal idade não merece tudo e muito mais?
Sentimos, os que lhe preparámos a boda, por esta ou por outra qualquer razão, que faltam algumas iguarias na mesa principal, como reflexo, talvez, da crise que se vive. Novos trajos, adornos mais consentâneos com a época que temos o privilégio de viver, comodidades caseiras semelhantes às que possuem outras senhoras, mas também acreditamos que tudo lhe será ofertado em próximos aniversários.
Os seus filhos, porém, dão-lhe hoje o que é possível e com a mesma alegria da criança que, ao passar pelo jardim florido da primavera, colhe uma flor silvestre, pura e simples, não alterada, ainda, pela genética e corre a entregá-la, feliz, à mãe aniversariante, com o beijo de parabéns. Tal como nós, neste aniversário da nossa querida cidade da Gafanha da Nazaré. 

19 de abril, dia da elevação a cidade.

Quando passei pela Bestida


«No velho pontão da Bestida, que as invernias todos os anos despedaçam, dir-se-ia que Portugal acaba. Portugal e a terra na sua solidez física, nos seus costumes mais vulgares, e até nalguns dos elementos mais primordiais da sua vida. É outro mundo, líquido, brumoso, feito de distância azul, isolado do continente por uma ria maravilhosa, paleta de mil cores, tão larga que cabe nela o Tejo, nos seus dois quilómetros de água tranquila e adormecida. 
Fecham-se atrás de nós, como sob o pano de uma ribalta, as terras ribeirinhas da Murtosa, e de Bunheiro, entre pâmpanos virentes, muito tufados, milheirais extensos que ondeiam as suas bandeiras doiradas, pomares cerrados, onde os ramos já nos estendem os frutos maduros, corados de sol, que fendem a casca, pejados de sumo.» 

Artur Portela

Ler mais aqui 

quarta-feira, 18 de abril de 2018

MASTERCLASSES NA CASA DA MÚSICA



E público que a Filarmónica Gafanhense vai proporcionar masterclasses de Clarinete, Saxofone, Trompete e Trombone, dirigidas a alunos e músicos de bandas filarmónicas e orquestras ligeiras.
As masterclasses de Clarinete e Saxofone decorrem no dia 28 de abril de 2018, das 10h às 18h, na Casa da Música da Gafanha da Nazaré, com os professores Tiago Abrantes e João Figueiredo. 
As masterclasses de Trompete e Trombone terão lugar no dia 5 de maio de 2018, das 10h às 18h, no mesmo espaço, com os professores Luís Filipe Granjo e Daniel Dias. 
Os interessados devem inscrever-se quanto antes, porque as vagas são limitadas.

DIA INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E SÍTIOS

Castelo de Montemor - o -Velho


Capela de Nossa Senhora de Penha de França  - Vista Alegre

Forte Novo ou Castelo da Gafanha

Ponte romana de Chaves

Farol da Barra de Aveiro

Figueira da Foz

Ribeira Grande - S. Miguel - Açores

Santuário de Schoenstatt

Celebra-se hoje, quarta-feira, 18 de abril, o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. É mais um Dia Internacional, dirão alguns, mas a efeméride tem a sua razão de ser, quanto mais não seja, para nos acordar para a pertinência do tema. Pretende-se, afinal, promover a divulgação de monumentos e sítios com relevância história, bem como sensibilizar entidades e pessoas para a sua preservação e proteção. Eu até acrescentaria com relevância sentimental. Haverá, decerto, um pouco por toda a parte, celebrações condignas alusivas à data. 
Quando se fala de monumentos e sítios, julgo que todos se inclinam para edifícios e lugares alusivos à história, mas eu penso que também será pertinente sublinhar aquilo que pessoalmente nos diz respeito, por ocuparem um lugar especial nas nossas memórias. 
Vou indicar alguns monumentos e sítios que, de alguma forma, me marcaram. E sugiro que os meus amigos façam o mesmo ou sigam outro caminho. A indiferença é que não cabe neste capítulo.

NOTA: É claro que não tem conta o número de monumentos e sítios que visitei e me ficaram na memória. Editei apenas estes por razões que todos compreenderão. De muitos monumentos e sítios que me encantaram tenho escrito nos meus blogues. 

Escuteiros celebram São Jorge em Ílhavo




No dia 29 de abril, domingo, cerca de 2300 escuteiros vão celebrar, na cidade de Ílhavo, o seu patrono mundial — S. Jorge —, naquela que é a grande festa do Escutismo da Região de Aveiro do Corpo Nacional de Escutas. 
Diz a nota de divulgação do evento que, recordar S. Jorge, é viver os valores da fé, da coragem e da dedicação ao próximo. 
O S. Jorge 2018 tem início às 9h30, no Jardim Henriqueta Maia, com cerimónia de abertura, à qual se segue uma manhã toda ela dedicada a um conjunto de sete Jogos espalhados por vários pontos do centro da cidade de Ílhavo. 
O almoço está previsto para as 13h, seguido de desfile, às 14h30, partindo do Mercado Municipal de Ílhavo e para o Jardim Henriqueta Maia, onde terá lugar a Eucaristia (15h30), celebrada pelo Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro. 
Por volta das 17h haverá um momento para entrega de prémios e lembranças aos participantes. 
A cerimónia de encerramento contará, entre outras, com as intervenções do Chefe Nacional do CNE, Ch. Ivo Oliveira e do Presidente da Câmara Municipal de Ílhavo, Eng. Fernando Caçoilo. 
O S. Jorge 2018 é resultado de uma proposta de organização conjunta dos seis Agrupamentos de Escuteiros do Município de Ílhavo com a participação do Núcleo de Ílhavo da FNA (associação dos antigos escuteiros) que, ao longo dos últimos anos, têm desenvolvido relações mais próximas por trabalharem em conjunto, e em parceria com a Câmara Municipal de Ílhavo, na organização de uma atividade anual – o Acampamento Municipal de Escuteiros de Ílhavo (ACAMUN). 
Sublinhe-se que, durante este ano, se comemoram vários aniversários: 10.ª edição do ACAMUN,  90 anos do Agrupamento 189 - Ílhavo, 40 anos do Agr. 531 – Gafanha do Carmo, 39 anos do Agr. 588 – Gafanha da Nazaré, 30 anos do Agr. 878 - Costa Nova e 25 anos do Agr. 1021 - Praia da Barra e do Agr. 1024 – Gafanha da Encarnação. 

FESTA DO LIVRO EM AVEIRO


terça-feira, 17 de abril de 2018

EÇA DE QUEIRÓS ANDOU POR AQUI

Para não cair no esquecimento



… Filho de Aveiro, educado na Costa Nova, quase peixe da ria, eu não preciso que mandem ao meu encontro caleches e barcaças. Eu sei ir por meu próprio pé ao velho e conhecido «palheiro de José Estêvão».

Eça de Queirós, “Carta a Oliveira Martins”, 1884

… a Costa Nova — e eu considero esse um dos mais deliciosos pontos do globo. É verdade que estávamos lá em grande alegria e no excelente chalé Magalhães

Eça de Queirós, “Entre os Seus, Cartas Íntimas”, 15 de julho de 1893

Apesar de ter retardado ontem o meu jantar até às nove da noite, não pude desbastar a minha montanha de prosa. Levar as provas para os areais da Costa Nova, não é prático — ó homem prático! Há lá decerto a brisa, a vaga, a duna, o infinito e a sardinha — coisas essenciais para a inspiração — mas falta-me essa outra condição suprema: um quarto isolado com uma mesa de pinho.

Carta a Oliveira Martins, 1884

GAFANHA DA NAZARÉ — CIDADE HÁ 17 ANOS

As celebrações vão ocorrer 
no dia 19 de abril 



No próximo dia 19 de abril, a Gafanha da Nazaré celebra a sua elevação à categoria de cidade, com tudo o que isso possa implicar. Na minha modesta opinião, a elevação a cidade exige dos poderes públicos, mas não só, uma atenção especial, porque nessa qualidade tem de se apresentar com dignidade, perante o contexto das cidades portuguesas. O título, que por justiça lhe foi atribuído, por Decreto-Lei 32/2001, será sempre, por isso, razão mais do que suficiente para festejar a efeméride, por muitas e variadas formas. E não se pense que isso é apenas obrigação das autoridades concelhias e de freguesia, mas de toda a gente que gosta da sua e nossa terra, que tantos obstáculos teve de ultrapassar para chegar à situação em que se encontra. 
Sem deixar de aplaudir o que a Câmara de Ílhavo e a Junta de Freguesia vão promover, quero lembrar que seria muito redutor se as forças vivas da terra ficassem indiferentes à efeméride, como se de nada valesse o esforço de quantos pugnaram pela elevação a cidade há 17 anos. 
Como notas históricas, permitam-me que recorde que o Decreto-Lei n.º 32/2001 foi publicado no Diário da República de 12 de julho do mesmo ano, mas tinha sido aprovado pela Assembleia de República em 19 de abril de 2001. Contudo, recebeu em 7 de junho do referido ano a assinatura do Presidente da República, Jorge Sampaio. 
Curiosamente, o povo fez a festa no dia da aprovação do decreto na Assembleia da República, à qual assistiram muitos gafanhões que a Lisboa se deslocaram propositadamente, para ali saborearem a alegria que o título de cidade proporcionou. E foi esse dia que marcou a efeméride.

Fernando Martins

Ver programa aqui 




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