segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Meu Pequenino


Jean-Paul Sartre, o filósofo ateu, 
enviou do seu cativeiro 
aos padres que admirava 
uma meditação sobre a pintura 
que gostaria de fazer do Natal. 
Aqui fica a minha imperfeita tradução: 

"A Virgem está pálida e olha para o menino. O que seria necessário pintar neste rosto é um encantamento ansioso que não apareceu senão uma vez sobre uma figura humana. Porque Cristo é o seu menino: a carne da sua carne, o fruto das suas entranhas. Cresceu nela durante nove meses e dar-lhe-á o seu seio (...) e, por momentos, a tentação é tão forte que ela esquece que ele é Deus. Aperta-o nos seus braços e diz: 'Meu pequenino.’

domingo, 21 de dezembro de 2014

NATAL




Natal

Foi na pobreza
Sem brilho
Sem luz
Que a natureza
Nos trouxe Jesus.
Mas na humildade
A humanidade
Venera o Menino
A nossa paz
E a serenidade
Ele nos traz,
Se caminharmos
E embarcarmos
No bom caminho!
Que o nosso destino
Seja a comunhão
Ao darmos a mão
Ao nosso irmão!
Este ano eu pus
Na senda da vida
A aura sentida
Do Menino Jesus!

M.ª Donzília Almeida


Quantos Cristos ressuscitaram? (1)

Crónica de Frei Bento Domingues 



1. Nas crónicas de Natal, durante vários anos, preocupei-me, com questões de ordem histórica e teológica, levantadas pelo género literário dos chamados “Evangelhos da Infância”. Esses belos tecidos simbólicos, anunciando o reinado do Espirito de Cristo – recusa do mundo de senhores e escravos – são mal servidos por uma leitura estéril de biologia milagrosa.
Este ano, opto pela peregrinação ecuménica do Papa Francisco à Turquia, fundamental para o renascimento das Igrejas. Selecciono, apenas, duas respostas descontraídas a perguntas dos jornalistas, no voo de regresso [1]. Voltarei, em breve, a outros aspectos.
O Papa Bergoglio tinha afirmado que, para chegar à suspirada plenitude da unidade, “a Igreja católica não tem intenção de impor qualquer exigência”. Daí a questão: “estaria a referir-se ao Primado (do Bispo de Roma)?

sábado, 20 de dezembro de 2014

Valdemar Aveiro lança mais um livro

Uma obra com histórias pitorescas e picarescas

Capitão Valdemar, ao centro, com  amigos

Valdemar Aveiro lançou hoje, 20 de dezembro, no anfiteatro do Museu Marítimo de Ílhavo, o seu mais recente livro, “Ecos do Grande Norte — Recordações da Pesca do Bacalhau”, que foi «um filho tardio», porque «julgava já não ter disposição de espírito para escrever». O autor, que ontem completou 80 anos de vida, afirmou tratar-se de um trabalho que teve «seis meses de gestação», o que prova à evidência a sua capacidade de trabalho, alimentada por excelente memória e vontade de comunicar vivências dos ílhavos «num deserto de água salgada».
O capitão Valdemar, como é mais conhecido, viveu 65 anos ligados ao mar, entre moço e oficial, mas ainda como membro da Administração da Empresa de Pescas S. Jacinto.
Ao encerar a sessão do lançamento do seu livro, criticou as contrapartidas da UE que levaram «ao desmantelamento da nossa frota». «Deram-nos dinheiros para não produzirmos», afiançou.
Evocou épocas em que Ílhavo pontificava na oficialidade dos navios, para além dos contramestres, cozinheiros e motoristas, que também eram ilhavenses. Nessas alturas, Ílhavo era uma terra de «passagem de modelos» nas ruas, pela forma como as mulheres  se arranjavam. «Muitos estrangeiros ficavam por cá atraídos pelas sereias», frisou. Mas presentemente, Ílhavo «é uma terra descaracterizada», disse.

Herança cristã da Europa

Crónica de Anselmo Borges no DN 


«No contexto dos debates à volta da entrada ou não da Turquia na União Europeia, o escritor turco Orhan Pamuk, Nobel da Literatura de 2006, fez, na sua recente visita a Lisboa, algumas considerações sobre os valores fundamentais da Europa, que merecem atenção. Foi dizendo que a herança cultural europeia não se deve limitar à preservação dos seus monumentos, pois não pode esquecer "a preservação dos seus valores fundamentais", acrescentando que "temos de ter uma discussão séria sobre esses valores".»

Para ler na próxima segunda-feira no meu blogue

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Messias de Handel

Laguna — Património Mundial?

Um desafio lançado neste Natal
por Senos da Fonseca




Uma paisagem natural de espanto para o olhar

“Laguna — Património Mundial?” é um desafio lançado a todas as gentes ligadas à Ria de Aveiro, direta ou indiretamente, por Senos da Fonseca, um ilhavense  que vive intensamente a problemática lagunar, abordando os mais diversificados temas.
Neste Natal, avançou com a ideia, provavelmente utópica para uns tantos e garantidamente pertinente para muitos mais, de nos unirmos na defesa da integração da laguna no rol honroso do Património Mundial da Humanidade, sendo necessário conjugar esforços do povo e forças vivas, rumo ao desejável objetivo de se  chegar à meta com êxito.
Senos da Fonseca avança com dez razões que justificam a sua proposta de projeto que se quer ganhador, onde destaca que «A laguna foi (e é) um fenómeno natural raro, praticamente único», que desde o início «captou a atenção do homem», enquanto lhe propôs «um árduo desafio de aproveitamento das imensas potencialidades».

Grupo Desportivo da Gafanha na rádio

Futebol de Lés a Lés


«O Grupo Desportivo da Gafanha procurou com pouco dinheiro constituir um grupo capaz de manter a equipa no mapa do futebol nacional. A principal equipa de futebol do Gafanha integra a Série D do campeonato nacional de séniores e durante a primeira volta as coisas não correram da melhor forma.»

Jornalista Mário Aleixo

Ler e ouvir aqui

FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA PALAVRA

Reflexão semanal de Georgino Rocha



     A disponibilidade de Maria é total, e incondicional a sua entrega. Após uma saudação que a felicita pela graça alcançada e um diálogo que lhe desvenda a densidade do futuro próximo, o seu “sim” é pleno e definitivo, alegre e confiante. Deus quere-a senhora e ela, por amor, faz-se escrava. Lc 1, 26-38. Ele enche sempre as mãos vazias e acolhedoras dos que confiam na sua promessa.
    
 O episódio tem lugar em Nazaré, aldeia da Galileia com uns cem habitantes. O protagonista é o anjo do Senhor que vem a casa de Joaquim e de Ana. A mensagem expressa-se no convite para ser mãe de Jesus, o Filho do Altíssimo. O ambiente deixa “respirar” simplicidade e o silêncio faz pressentir a sublimidade do acontecimento. O interlocutor é uma jovem virgem em estado singular: já não “pertence” à família por estar “comprometida” com José, nem ao esposo e seus familiares por ainda não terem celebrado publicamente a boda ritual. Tudo ocorre no espaço onde Maria se encontra, na vida fecunda do lar onde se cultivam as mais nobres tradições e forjam os grandes ideais: o amor de doação, a mútua ajuda na relação, a integridade na educação, a memória agradecida do passado, a esperança confiante no futuro, a leveza no perdão e a elevação na oração. Deus inclina-se para ela e para todos os que encontra disponíveis. 

Clube de Vela da Costa Nova coordena estágio na Figueira

Vela da Mentor promove estágio de Natal




No portal do Porto da Figueira da Foz li uma referência a Sara Reis, velejadora experiente e treinadora da escola de vela Optimists do Clube de Vela da Costa Nova, clube que formou o campeão olímpico Nuno Barreto. A Sara, campeã nacional feminina em 2008, coordenou um estágio de dois dias na Figueira, coadjuvada pelo treinador da Mentor Vasco Justino.
Apesar de não andar muito informado sobre as áreas desportivas, gostei de saber que o Clube de Vela da  Costa Nova pratica e ensina a velejar quem sente pazer nos desportos náuticos. 

Ler mais aqui

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Natal desde as "periferias" da humanidade

Reflexão de Jorge Carvalhais 
no Correio do Vouga




Embalado pelo cante, 
representado pela arte, 
meditado pela poesia

Desde a sua eleição, o Papa Francisco mostrou-se determinado em sair dos corredores do Vaticano ao encontro das "periferias" da humanidade.
E, com esse seu exemplo, incita-nos a que façamos o mesmo.
Recentemente, reli a Mensagem que o novo Papa escreveu para o primeiro Dia Mundial das Missões do seu pontificado, em outubro de 2013. Nela, Jorge Mário Bergoglio, iluminado pela Alegria do Evangelho e imbuído do espírito de Assis, apelava a que nos desinstalássemos e saíssemos do "espaço fechado" em que vivemos, para levarmos a Boa Nova "à periferia". Mas estaremos nós dispostos a acolher o que "as periferias" têm para nos ensinar?
Ora, vem esta reflexão a propósito da época que se aproxima e do sentido que devemos dar ao Natal. Daí que, na minha partilha natalícia anual com os leitores do Correio do Vouga, tenha querido deixar poucas palavras pessoais. Antes prefiro ofertar três pequenas "lembranças": um tema musical, uma peça de artesanato e um poema.
Em comum, todas elas têm o facto de terem nascido das "periferias": da margem esquerda do Guadiana, no Alentejo mais distante e profundo; da savana ugandesa, coração da África, Terra-Mãe; da Amazónia meridional, na Pátria Grande, latino-américa querida.
E apesar de nenhuma ser da minha autoria, estou certo de que os seus autores não se importarão que eu faça delas os meus "presentes" de Natal 2014.


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