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domingo, 6 de maio de 2012
TECENDO A VIDA UMAS COISITAS - 289
PITADAS DE SAL – 19
DO REBOCHO AO MONTE FARINHA
Caríssima/o:
Para nós, os da Beira-Ria, há nomes que se
nos pegaram na memória desde tenra idade, faziam parte da nossa vida: Cambeia,
Portas de Água, Regueirão, Esteiro, Paredão Arrunhado, Traveses, ... Rebocho,
Monte Farinha...
Para chegarmos às Marinhas forçoso era rumar
ao Rebocho ou ao Monte Farinha e isso mesmo nos diz meu irmão Artur neste
pequeno escrito em que nos revela o quão importantes eram essas investidas:
«Quantas
e quantas vezes, aos domingos, íamos nós os três, eu, o pai e o tio António, no
bote, em direcção ao Rebocho. A viagem era feita quando a maré vazava; o meu
tio puxava a corda à sirga; eu ia sentado à frente; e o meu pai ia atrás com o
remo que fazia de leme.
Como no
esteiro Oudinot havia muitas árvores de fruto, o tio António, de vez em quando,
lá atirava uma pera para dentro do bote e assim quando chegávamos ao fim da
viagem já tínhamos fruta para comer ao meio-dia.
Chegados
ao Rebocho, íamos para as marinhas e lá começava o meu tio à foice, enterrado
na lama até à cinta. De quando em quando, lá vinha uma enguia; verdade seja que
ele tinha o dom para aquele tipo de pesca. Ele e o meu pai lá continuavam com a
foice e as enguias voavam até à praia, onde eu tinha que as apanhar.
Também
tinha de cortar erva para os coelhos.
O bote
vinha carregado com os sacos da erva, que eram bastantes, e uma grande
caldeirada de enguias.
A casa só
chegávamos a meio da tarde...»
Não era
só a caldeirada para a minguada mesa da família; à espera duma refeição mais
farta, os coelhos e outra criação saltavam contra as redes de vedação quando os
pescadores se estiravam no banco de madeira para lavar os pés da lama
incrustada. Talvez valha a pena esclarecer que, nesses recuados tempos, a erva
para os animais era escassa para quem não tinha terras: rapidamente se esgotava
a que nascia nos caminhos ou nas bermas das estradas.
Conforme
a maré, o destino podia variar para o Monte Farinha que então cavalos e não só
por ali andavam em liberdade. Com pequenas variantes, o programa era idêntico e
os proventos equivaliam-se. Talvez a imagem desta ilha perdure mais pelos
animais: era sempre motivo de brincadeira o relinchar dos cavalos, os seus pinotes
e cabriolas.
Anos mais tarde, outras viagens e
com uma única motivação: o passeio e o recreio...
Mas essas
ficarão para outra pitada...
Manuel
sábado, 5 de maio de 2012
UNIDOS A CRISTO DAMOS FRUTO QUALIFICADO
Reflexão de Georgino Rocha, para este fim de semana
Galileia
Em linguagem simples e poética, familiar aos discípulos, Jesus prossegue os ensinamentos sobre a realidade profunda da sua união a Deus Pai e da relação entre aqueles que acreditam na sua mensagem. Recorre a uma imagem tirada da vida agrícola – a da vinha em que se destaca uma videira por ser única, verdadeira, autêntica. E extrai, de forma singular, as “lições” que ela insinua, desvendando o seu sentido profundo.
Os discípulos, como homens da Galileia, estavam habituados a ver os campos e as vinhas, os trabalhos dos agricultores e vinhateiros, os cuidados a ter com cada vide. E a aguardar, em paciente espera o tempo da vindima, a apanha das uvas amadurecidas desejadas. Certamente, não teriam qualquer dificuldade, em entender o que lhes era confidenciado em ambiente tão marcante, como o da “ceia de despedida”, em que Jesus realça o amor como realidade “envolvente” de todos.
Karl Marx nasceu neste dia
Karl Marx nasceu no dia 5 de maio de 1818. Filósofo e revolucionário, marcou indelevelmente a história com as suas ideias e teses. Todos sabem que as ideias socialistas, desde as mais moderadas até às mais extremistas, tiveram por Marx grande projeção no mundo, sobretudo no século XX. Do que sei, e não é muito, as suas teorias estão refletidas na sua obra "O Capital".
Esta curta nota tem como único propósito levar os meus leitores e amigos a ler algo relacionado com este pensador que tantas gerações influenciou. Faleceu em 1883.
Ler aqui
Ética de mínimos e ética de máximos
Por Anselmo Borges,
no DN
Adela Cortina
Para lá da síntese que aqui apresentei, na semana passada, do estudo sobre "Identidades Religiosas em Portugal: Representações, Valores e Práticas - 2011", da Universidade Católica, há outros dados significativos sobre os quais é importante reflectir.
Apesar da descida de 7,4% nos últimos 12 anos, 79,5% da população continua a afirmar-se católica em Portugal (quatro em cada cinco portugueses). Quanto à prática religiosa, 31,7% dizem que vão à missa pelo menos uma vez por semana. Somando os 14% que dizem ir pelo menos uma ou duas vezes por mês, o total perfaz 45,7%. Esta percentagem, por razões que a sociologia explica, deve ser exagerada. Seja como for, quase metade dos católicos considera-se não praticante (43,9%).
Quanto às práticas orantes, a sondagem mostra que, juntando os que dizem rezar todos os dias e os que rezam algumas vezes na semana, obtemos o total de 59,7%.
DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO: Há quem fale com o coração nas mãos
Texto de Maria Donzília Almeida
“Le coeur a des raisons que la raison ne connait pás!"
Blaise Pascal
Disse, um dia, a um conceituado cardiologista, meu conterrâneo, que ele deveria estar muito orgulhoso da profissão que abraçara, nomeadamente, da sua especialidade clínica! Expliquei: para mim, o coração é....a caixinha dos sentimentos, onde se guarda aquilo que mais prezamos na vida, o Amor! Está no imaginário popular, a mesma ideia que refere o coração como depositário desses mesmos sentimentos. Logo, um cardiologista deve ser muito apreciado pelo comum dos mortais! Cuida e trata dessa preciosa “caixinha”!
As expressões populares “ter bom coração” ou “ter mau coração”, conforme os sentimentos nele albergados, atestam, precisamente, o que atrás foi dito. Mas, ouçamos o que dizem os especialistas, que falam racionalmente!
O coração humano é o órgão responsável pelo percurso do sangue bombeado, através de todo o organismo, que é feito em aproximadamente 45 segundos em repouso. Bate cerca de 109.440 a 110.880 vezes por dia, bombeando aproximadamente 5 l de sangue.
Neste tempo, o órgão bombeia sangue suficiente a uma pressão razoável, para percorrer todo o corpo nos sentidos de ida e volta, transportando assim, oxigénio e nutrientes necessários às células que sustentam as atividades orgânicas.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Uma lição de história: Visita de estudo a Conímbriga
Texto de Maria Donzília Almeida
Casa dos repuxos
Ontem, dia 3 de Maio, rumou da nossa escola, um grupo de alunos do 5.º ano, para uma visita de estudo, com destino a Conímbriga. Apesar das condições atmosféricas adversas, lá partimos, com a chuvinha a cair certinha e a embaciar as janelas da camioneta. Contudo, a alegria e o entusiasmo desta gente miúda é alheia a qualquer contratempo.
Como primeiro destino, tivemos as ruínas de Conímbriga. Aquilo que as criancinhas aprendem, em contexto de sala de aula, é confirmado e para sempre gravado naquelas memoriazinhas em crescimento. Depois da gravação na pedra, que os Romanos deixaram para a posteridade! Conímbriga localizava-se na via que ia de Olissipo, a Bracara Augusta. Foi ocupada pelos romanos durante as campanhas de Décimo Junio Bruto, em 139 a.C. No reinado do imperador César Augusto (século I), a cidade sofreu importantes obras de urbanização, tendo sido construídas as termas públicas e o Fórum.
PACHECO PEREIRA AFIRMA: HOUVE HUMILHAÇÃO DE PESSOAS
Li no NEGÓCIOS ONLINE
"Há muita gente que está a sofrer e com muita dificuldade e, não se podendo evitar o sofrimento e a austeridade, há, no entanto, que ter extremo cuidado no tratamento das pessoas, em particular com a sua dignidade”. Para Pacheco Pereira houve, nesta acção, humilhação de algumas pessoas. “Posso atirar um saco de moedas ao ar e as pessoas atiram-se para apanhar. Foi um bocado o que aconteceu. Quem foi lá apanhar as moedas ficou contente, mas sabe que se teve de se pôr no chão. E aí há uma certa humilhação”."
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"Há muita gente que está a sofrer e com muita dificuldade e, não se podendo evitar o sofrimento e a austeridade, há, no entanto, que ter extremo cuidado no tratamento das pessoas, em particular com a sua dignidade”. Para Pacheco Pereira houve, nesta acção, humilhação de algumas pessoas. “Posso atirar um saco de moedas ao ar e as pessoas atiram-se para apanhar. Foi um bocado o que aconteceu. Quem foi lá apanhar as moedas ficou contente, mas sabe que se teve de se pôr no chão. E aí há uma certa humilhação”."
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